2ª Cachoeira da Mata


Conhecíamos apenas a 1ª Cachoeira da Mata, e foi pra lá que fomos, a 2ª segunda cachoeira era uma espécie de lenda que já ouvimos falar, mas que nunca a vimos. No caminho pela estrada da corredeira pra chegar até a cachoeira, encontramos infelizmente um lagarto teiu morto, talvez por atropelamento. Ao chegar na 1ª cachoeira, percebemos que a água estava mais rala do que o normal, mais uma evidência de que a estiagem de 2014 foi realmente significativa, porém, apesar do baixo volumes de água, esta continuava cristalina, uma das características mais marcante e valorizada desa cachoeira. Próximo a ela, encontramos um fóssil animal esturricado pelo tempo decorrido, mas que continua preservadas as estruturas de óssea e da pele, mesmo assim, difícil identificar com certeza que espécie seria esta.

Após um relaxante banho de cachoeira em águas límpidas, surgiu a sugestão de continuar andando no curso do rio a procura da 2ª Cachoeira da Mata, que falaram que existe e que seria de grande altitude.Todos concordaram, então seguimos rumo ao desconhecido, após andar um tanto, foi possível ouvir um forte barulho de água caindo e o horizonte ficou mais limpo, sinais de que estávamos chegando ao nosso objetivo.

Logo mais, já a beira do precipício, pudemos contemplar mais um lindo visual que esta região proporciona, e o maravilhoso gostinho de conhecer uma cachoeira diferente. Depois de mais de 30 cachoeiras filmadas e fotografadas em Garça e redondezas, fica cada vez mais difícil ir em uma cachoeira inédita, por isso este dia foi tão especial. Agora o desafio é tentar chegar até ela por baixo, pois só foi possível chegar por cima, uma vez que a queda é abrupta e não permite descer, o jeito é ir por outro caminho, embora saibamos que não será nada fácil, mas também, se fácil fosse que graça teria?

Rudi Arena

Trilha Faz. Cascata – Estrada da Bomba

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Esta trilha é puro creme da pirambeira, o início dela se dá pela fazenda cascata e o destino é voltar pela estrada da bomba d`água do SAEE. Apesar da baixa quilometragem, este é um pedal desgastante em razão do terreno acidentado que exige um esforço extra, ainda mais que ter que atravessar piramba abaixo a fazenda cascata, passar por um inevitável e longo brejo, depois de tudo isso, ainda tem a íngreme subida da estrada da bomba pela frente exige um certo esforço, mas cada km mal traçado vale a pena.

O tempo todo de pedal somos contemplados com um visual a volta belíssimo, com as paisagens que Garça tem de melhor, de serra, vales e paredões, um berço de nascentes, aliás mananciais que hidratam a população garcense, pois são das minas dessas redondezas que sai a água que escorre pelas casas da cidade de Garça. Lamentável é que embora tenha aumentado consciência da necessidade de preservação de nossos mananciais, constatamos que muitos nascentes e cursos d`água ainda estão descoberto da necessária mata ciliar, o caminho para reparar os erros do passado é longo, mas necessário.

Um dos pontos altos do pedal, foi que vimos de muito perto um belo tucano exibindo-se para nós, mas infelizmente não foi possível filmá-lo ou fotografá-lo, o que tinha sido um motivo de alegria, mas com uma pontinha de frustração, aliás, não é todo dia que um tucano se exibe para você. Porém, ao final rolê, a providência divina nos foi generosa e nos brindou com um belo casal de tucanos que repousavam tranquilamente em um galho e me deixou fotografar a vontade, apesar de não estar tão próximos como o que havíamos avistado inicialmente, foi possível fazer uma boa foto, que prova que a sentinela do planalto tem sim tucanos nos arredores, o que muitos moradores podem duvidar ou não ter conhecimento.

Já pude presenciar tucanos em vários lugares pedal a fora, mas nunca conseguimos registrar uma foto, desta vez foi possível, embora já tenha avistado no pico do tucano (ao lado direito de quem desce a bomba), na corredeira, próximo a companhia inglesa e mesmo na estrada do bairro da Adrianita,nota-se que é cada vez mais frequente esse encontro. Ou seja, o fato é que a presença de tucanos são mais perceptíveis do que nunca, um bálsamo maravilhoso quando nos deparamos com tanta negligência ecológica por aí.

O processo é lento de recuperação das matas nas margens de rios e nascentes, mas há algo positivo também, se ainda existem muitas nascentes sem a cobertura vegetal devida, por outro lado, existe um movimento de reflorestamento, de plantar uma muda no lugar de uma árvore frondosa que foi arrancada no passado, e que o presente já cobra seu preço, imagine então no futuro. Se hoje a água já não é tão abundante como em outrora, como será daqui 100 anos se continuarmos adotando velhas e esquizofrênicas práticas? A natureza é tão perfeita que até emite sinais de alerta, só não vê quem não quer.

Rudi Arena

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Animal Atropelado na Rodovia SP-294

Atropelamentos de animais domésticos é muito comum nas rodovias da região, infelizmente, muitos gatos e cachorros morrerem assim, mas também animais silvestres morrem da mesma forma. Eles ficam cada vez mais vulneráveis a este tipo de ocorrência, uma vez que a diminuição progressiva de seus habitats os obrigam a buscar alimentos cada vez mais longe, próximos as rodovias e as cidades. Uma consequência de nossa forma predatória de explorar os recursos naturais e relegado a um problema de menor importância pelas autoridades.

Em um belo dia de pedal, ao retornar da cachoeira da Igurê pela represa, quando atravessamos a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros à caminho de Garça, nos deparamos com um Mamífero de médio porte atropelado, um animal peludo que nunca tínhamos visto, a pergunta que se fazia era “que bicho é esse”?

Enquanto um falou que era quati (descartado imediatamente), outro suspeitou tratar-se de um Guaxinim, também conhecido como mão pelada. Após algumas pesquisas, acredito que seja mesmo um Guaxinim, mas não há 100% de certeza. Quem souber confirmar ou indicar qual espécie seria, faça um construtivo comentário, por favor.

Rudi Arena

Cachoeira do Cantu

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Trata-se de um lugar especial, uma espécie de pedacinho do paraíso na terra, de uma beleza incomum e com uma atmosfera tranquila que transpira paz. Em um sábado de sol matutino, os raios de sol batiam na cachoeira e esta refletia o brilho na água como se fosse uma espécie de extensão dela, mas correndo pelo chão, um espetáculo, uma imagem que ficará guardada na memória pelo resto da vida.

Ao chegar na cachoeira, nos deparamos com água caindo de quase todos os lados, existem duas grandes quedas e ao lado mais algumas quedas de água escorrendo pelas pedras, também existe um largo poço, mas não muito fundo, ideal para se refrescar e curtir a água limpa e gelada do local.

O acesso a cachoeira é pela estarda de terra do saltinho, está localizada entre os municípios de Garça-SP e Gália-SP. Porém, para chegar até lá é indispensável ter a devida autorização do proprietário, por isso, o seu acesso não é tão simples e nem a cachoeira é tão frequentada.

Rudi Arena

Cachoeira dos Escravos

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Cachoeira dos Escravos é simplesmente o pico com a vista mais incrível da região, as imagens falam muito mais do que qualquer descrição. Localizada próximo ao limite de município de Garça com Álvaro de Carvalho, porém, em território pertencente ao último.

O único problema é que para se chegar até lá, é preciso andar bastante por um asfalto sem acostamento, o que não é bem vindo para quem é chegado em andar nas pirambeiras da zona rural, mas neste caso, a recompensa é grande, sempre rende boa imagens e uma sensação agradável de sentir o vento batendo na cara de um lugar tão alto e com um horizonte tão privilegiado.

Rudi Arena

Cachoeira da Maria Augusta – 2º Dia na Serra da Canastra

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No segundo dia de aventuras na Serra da Canastra, o destino desta vez foi a agradável e belíssima cachoeira da Maria Augusta, localizada entre os municípios de Delfinópolis e São João Batista do Glória. A cachoeira possui um largo poço, formação de uma praia de areia grossa e fina, com duas quedas, à direita um grande paredão, e, à esquerda, uma área de floresta.

São duas quedas que ficam lado a lado – a maior com 35 m de altura. Para chegar, é necessário passar pela Pousada Mata do Engenho, que cobra a entrada. De lá, se não estiver em veículo 4×4, caminhe cerca de uma hora (2 km) ou alugue um cavalo na pousada (R$ 10 por pessoa).

Localizada na Mata do Engenho, a 18km de São João Batista do Glória, por onde o acesso é mais fácil.

Rica em belezas naturais ao pé da serra, com várias cachoeiras e piscinas naturais dentro da fazenda e o belíssimo ribeirão Grande que passa a poucos metros da sede da fazenda.

 

Rudi Arena

 

Pousada Mata do Engenho

Acomodações
Chalés com varanda, ventilador, cama de casal e beliche.
Quartos duplos e triplos na casa da fazenda.

Opções
Piscina natural, trilhas no cerrado e inúmeras cachoeiras privativas como a cachoeira da Maria Augusta, muito famosa na região. Também passeios à cavalo e guia local.

Oferece
Diárias com café da manhã e refeição típica mineira.

Como chegar:
Partindo de São João Batista do Glória sentido Babilônia, são 18km de estrada de terra até a pousada. Sempre seguindo placas indicativas da pousada.

Contatos e reservas
(035) 3524-1965
Vanda ou Oliveira

1° Dia na Serra da Canastra – Cachoeira Casca D´anta

 

Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra tem 71.525 hectares demarcados e parte do território de 3 municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, no sudoeste de Minas Gerais e o grande objetivo da criação do Parque foi a proteção das nascentes do rio São Francisco. O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras. Uma estrada de 60 km corta o Parque de fora a fora e vias secundárias dão acesso a algumas das principais atracões

 No primeiro dia da odisséia do PirambaMTB na Serra da Canastra que fica no estado de Minas Gerais, mais precisamente nossa base foi a cidade de São Roque de Minas, onde fica a portaria nº 1 do Parque da Serra Canastra. Neste início de trilha em terras mineiras, o destino foi chegar em cima da cachoeira Casca D´anta, uma das maiores atrações desta Serra em razão de sua beleza e a mais alta cachoeira da região, são exatos 186 metros de queda livre e  o visual do cume do pico é para lá de fantástico, realmente espetacular, pois por mais que se aperte os olhos para tentar enxergar mais longe, o horizonte verde repleto de de vales e montanhas parece ser infinito. Porém, para chegar até lá, antes mesmo de chegar à porteira do Parque, existe uma subida feroz, muito íngrime mesmo. Ainda bem que é logo no começo, quando estávamos todos animados e cheio de gás, se fosse na volta, seria demasidamente desgastante, pois o percurso total deste pedal foi de aproximadamente 90 km de muitas descidas e subidas.

O pedal teria sido perfeito se não fosse um acidente não muito grave, mas também não muito leve, que poderia ter sido muito pior, um alerta para enviar um sinal de que precaução nunca é demais. Apesar do susto seguimos em frente e tentando aprender com os imprevistos e infortúnios que nos deparamos no caminho. Só restou descansar para o próximo dia de aventura que prometia, o tempo era curto para tantas atrações da Serra da Canastra. Um lugar peculiar, repleto de atrações naturais de deixar qualquer um de queixo caído.  Para Quem quiser visitar essa jóia da natureza, segue  algumas informações sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra.

Rudi Arena

REGULAMENTO BÁSICO DO PARQUE

  • Horário de visitação:
    8h00 às 18h00. Recomenda-se entrar até as 16h00 no máximo.

  • Velocidade de tráfego nas estradas:
    40 km/hora.

  • Lixo:
    Recomenda-se usar as lixeiras instaladas nos principais pontos ou de preferência recolher o lixo e entregá-lo em uma das portarias.

É proibido na área do Parque Nacional:

  • Entrada e consumo de bebidas alcoólicas.

  • Uso de equipamento coletivo de som.

  • Prática de esportes radicais como rapel, canioning, tirolesa, pêndulo e escalada.

  • Entrada de animais domésticos.

  • Uso de armas e material de caça e pesca.

  • Coleta de rochas, plantas e animais de qualquer tipo ou espécie.

Infrações:

As infrações ao regulamento podem resultar em punições para o visitante, desde a expulsão da área do Parque até o pagamento de multa ou prisão em flagrante.

Recomendações gerais:

  • Transitar somente por trilhas conhecidas e sinalizadas, de preferência na companhia de um guia local.

  • Levar sempre capa de chuva e agasalho em qualquer época do ano.

  • Usar boné ou chapéu e filtro solar para evitar queimaduras.

  • Não caminhar nas trilhas quando houver cerração.

  • Atenção para a trilha da Casca D’Anta (parte alta para parte baixa e vice-e-versa: reserve pelo menos 5 horas com luz solar para essa caminhada.

  • Usar calçado confortável, fechado e com solado antiderrapante.

  • Afastar-se dos rios e córregos ao primeiro sinal de chuva.

Legislação/Parque Nacional:

Decreto 70.355, de 3 de abril de 1972

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Cachoeiras do Paredão

Chamada Serra da Canastra

Torres à Bomba-Trilha Ouro Fino

Normalmente, esta trilha é feita ao contrário, a descida é pela íngreme estrada da Bomba do SAAE e na volta passa pelas torres e segue pela estrada de terra do bairro rural da Adrianita para voltar para Garça-SP. No entanto, desta vez o caminho foi diferente, a ida foi pelas torres, seguimos pela estrada do Bairro São José, entramos na primeira entrada de terra a esquerda e seguimos até a Fazenda Ouro Fino. Nesta propriedade rural é que existe uma descida de pedra bem acidentada, mas muito bacana, bem a cara do PirambaMTB.

O interessante foi descobrir que por este caminho praticamente desce o vale da Bomba inteiro sem ter a necessidade de carregar a bike em qualquer momento, e ainda é possível curtir o visual privilegiado que se tem de cima, antes de começar a descer em direção a estrada da Bomba. Este rolê não tem muita quilometragem, mas isso não quer dizer que não é preciso suar, pois subir a estrada da Bomba sempre demanda um  certo esforço para superar a forte inclinação desta estrada. Mas, neste caso qualquer esforço vale a pena, pois a paisagem panorâmica do vale da Bomba e a adrenalina da descida de pedra recompensa qualquer esforço e qualquer subida.

Rudi Arena

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Pico do Carcará

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Há quase um ano que não íamos a esta cachoeira localizada entre o aeroporto de Garça e o bairro do São Lucas, ao lado da estação de tratamento de esgoto do SAAE, que infelizmente jorra o esgoto tratado na parte de baixo da cachoeira. Ainda bem que a gente chega na parte de cima  e assim,  podemos usufruir de uma água ainda limpa, que logo depois fica suja e mal cheirosa. Cheiro  nada agradável esse, que aliás dá para sentir da cachoeira, fora isso, é um lugar muito belo e com uma vista privilegiada.

Com o advento do horário de verão, fomos estimulados a ir até lá em pleno dia útil, pois é uma cachoeira bem próxima a cidade e ótima para se refrescar e também curtir o horizonte fascinante, onde gaviões carcarás estão sempre dando um rasante e exibindo suas belas plumagens coloridas. O nome de Pico do Cárcara não é a toa, é real, basta ir até lá que  certamente encontrará muitos ao redor.

Para  chegar até este pico, era muito fácil e rápido, bastava andar por alguns trios de bois em meio ao pasto que logo estava na cachoeira, mas desta vez para a nossa decepção, tudo mudou. Não havia um só trio ou trilha para se chegar até a cachoeira, tudo virou uma grande área de terra revirada, arada e extremamente fofa, o pneu a todo momento afundava, praticamente impossibilitando andar de bicicleta por ali, até mesmo nas descidas a bike não andava por mais esforço que fizesse.

Mesmo com toda essa dificuldade, seguimos em frente e chegamos até lá a cachoeira, mas voltar lá novamente vai demorar um pouco, cedo, pois se na ida que era descida já foi difícil, dá para imaginar como foi a volta. Em falar  em volta, nos deparamos com uma queimada em um pasto ao lado, pior foi constatar que o fogo foi colocado propositalmente, e provavelmente pelo dono da propriedade, pois fogo consumiu com exatidão o pasto e em linhas retas o que só poderia ocorrer com a utilização de líquidos inflamáveis.

Rudi Ribeiro

Cachoeira do Entorno da Geladeira

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Neste lugar chega-se à parte de cima da cachoeira, antes ainda tem uma pequena queda, boa para refrescar-se e banhar-se. Esta cachoeira fica ao lado direito da sede da propriedade que dá acesso à famosa Cachoeira da Geladeira, por isso mesmo, talvez esta queda pode passar despercebida, entre tantas outras que existe nas proximidades. Este foi o primeiro registro que o PirambaMTB fez dela, é sempre estimulante conhecer novas cachoeiras, seja por baixo como por cima.

É um lugar bem tranquilo, de fácil acesso e com uma vista esplêndida do vale onde encontra-se diversas cachoeiras do complexo da Geladeira. Garça tem muitos picos com vistas belíssimas e cachoeiras exuberantes, isso é um prato cheio para quem gosta de pedal com boa dose de pirambeira, um incentivo e tanto para buscar novos lugares na região, pois além das dezenas de cachoeiras já registradas pela lente do Piramba, ainda existem dezenas de outros picos para conhecer em Garça.

Cada vez é mais difícil encontrar novas cachoeiras, mas isso não quer dizer que não existem, pelo contrário, elas estão lá e são muitas, cada uma com as suas dificuldades de acesso pelos mais variados motivos. A maioria a gente nem sonha que existe, o que evidencia um vasto mundo ao redor ainda para ser explorado, novas trilhas, novos picos, novas cachoeiras, o pedal nas pirambeiras garcenses não pode parar.

Rudi Arena

Cachoeira da Mata

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Esta é uma cachoeira bem escondida, o seu acesso é pela estrada de terra que leva a Corredeira, suas águas são cristalinas e repletas de pequenos peixes  que encanta quem percorre o leito de seu rio. Porém, chegar até a queda d´água não é uma tarefa simples, aliás, exige um tanto de coragem e disposição.

É preciso deixar de lado a bicicleta, e encarar o único caminho possível de se fazer,  descer um  ângulo próximo 90 graus e levando muito mato no peito e na cara, ainda bem que existe uma bela exuberante natureza ao redor, pois o que pode parecer empecilho  na verdade ajuda na descida,  tem que apoiar em raízes, caso contrário, escorrega-se para baixo e as lesões são certas.

Apesar de alguns percalços conseguimos chegar em baixo da cachoeira apenas com uns arranhões e espinhos encravados na pele, o que não é nada se comparado com o refrescante banho que nos foi proporcionado. Sem falar na tranquilidade que existe ao redor e a sensação de estar de estar em um lugar especial, frequentado por pouquíssimas pessoas.

A subida de volta foi um pouco mais fácil do que parecia, porque a  primeira vista parece que você está em um lugar onde não existe caminhos para subir  e pegar as bikes para retornar, porém, olhando melhor e ao começar a escalar onde parecia possível, percebemos que não era um bicho de sete cabeças, isso não quer dizer que o bicho não pode ter umas duas ou três cabeças quem sabe.

Rudi Arena

Cachoeira do Marangão – 22-10-2013

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No segundo dia do horário de verão e  primeiro dia útil,  foi a oportunidade para aproveitar o dia mais longo para no final de tarde, após um expediente de trabalho,  irmos até esta bela e escondida cachoeira que fica no ponto mais baixo do vale separa a zona rural de Garça e de Itiratupã.

Neste dia, resolvemos retornar por um caminho diferente do que habitualmente é feito, preferimos ao invés de voltar pelo mesmo caminho , para evitar de noite ter que atravessar um brejo fundo cuja água bate acima da cintura, subimos o vale pelo caminho oposto,  para sair na estrada de asfalto de Itiratupã.

O pedal ficou um pouco mais longo, mas com um gostinho de aventura, pois foi preciso procurar  no escuro um caminho alternativo para a volta, depois de alguns momentos de apreensão, enfim, conseguimos encontrar o almejado caminho de volta, e chegamos em Garça apenas um pouco mais tarde  e cansado do que estava previsto.

Rudi Arena

Cachoeira da Constroli – 20-10-2013

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Para comemorar o primeiro dia de horário de verão que nos proporciona dias mais longos para pedalar, nada melhor do que ir a esta cachoeira, que na minha humilde opinião, é a mais agradável de Garça. O seu poço largo é o ótimo para se banhar e refrescar nos dias quentes, além de que o sol bate na cachoeira a tarde toda, e a areia ao redor acaba dando um clima de praia, já que não temos mar, temos que nos satisfazer e dar valor aos nossos rios e cachoeiras que existem em nossa região.

Uma pena que neste dia, constamos que o poço estava menor e menos fundo do que estávamos acostumados. Mas isso é natural nesta cachoeira, como havia muito tempo que não íamos lá, tivemos esta surpresa, não foi a primeira neste lugar. Há alguns anos atrás, tivemos a tristeza de ver que a cachoeira estava praticamente sem poço, porém, após a temporada de chuvas, o poço voltou com força total, assim espero que seja desta vez também. A natureza é assim mesmo, dinâmica. Por isso todo cuidado ao pular em rio é pouco, ele sempre está em constante mudanças.

Neste contexto, pertinente é a frase a seguinte frase atribuída ao filoso grego pré-socrático, Heráclito de Éfeso, “Ninguém se banha no rio duas vezes porque tudo muda no rio e em quem se banha.” Deste pensamento é possível depreender que alguém pode se banhar diversas vezes em um mesmo rio, mas tanto a pessoa como o rio não são mais os mesmos. As águas fluem e a pessoa muda, assim, ao banhar-se novamente no mesmo rio, a pessoa já passou por transformações e não é exatamente a aquela pessoa que se banhou da primeira vez, bem como a água do rio é outra, pois aquela água do primeiro banho já passou e não tem como ser a mesma, pois sofreu mudanças ao percorrer o leito do rio. Nada seria eterno do mesmo jeito porque tudo estaria em constante transformação, é o que podemos concluir do pensamento de Heráclito.

Esta cachoeira apesar de suas dificuldades de acesso, de ter que carregar as bikes em íngremes e acidentadas subidas, ela sempre vale muito a pena, tem um visual muito bonito em volta e sempre reserva algumas surpresas, neste dia encontramos uma bela espécie de sapo na cachoeira e um ovo partido, aliás, bem maior do que um de uma galinha, e ficou uma pergunta  no ar, de que animal seria este ovo???? Seria de um lagarto, uma cobra, um gavião, ou uma outra ave qualquer?

Rudi Arena

Itiratupã – Vera Cruz (19-10-2013)

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É sempre muito bom andar de bike nesta trilha que vai de Itiratupã em Jafa  até a cidade vizinha de Vera Cruz,  não existe estrada de terra para fazer este caminho. Por isso mesmo, pelo fato de ter que atravessar um bonito vale por pequenas trilhas de fazendas, é que faz o encanto deste caminho que assim como não economiza na beleza ao redor, também economiza em subidas até chegar em Vera Cruz. Já na cidade, não teve como não parar para tomar um refrigerante gelado para amenizar o calor, e logo pedalar a caminho de volta.

Rudi Arena

Macumba na cachoeira?

Macumba na cachoeira?

Já perdi as contas das vezes em que me deparei com oferendas na Cachoeira da Fazenda Igurê. Certa vez inclusive havia um verdadeiro banquete com moranga recheada, cuscuz, sardinha, as mais diversas frutas e bebidas. Mais recentemente o banho nessa cachoeira foi cancelado porque haviam pessoas fazendo rituais no local. E sempre ficou a duvida: qual o motivo de se utilizar as cachoeiras e rios para essa prática? Eis que surge Fernando Gabeira para sanar nossas duvidas é só clicar no título e assistir. Afinal, Piramba também é cultura e respeito! Saravá!

Vicente

Bike Park – O Jump Pede Passagem

  
Neste dia, mais uma etapa do Bike Park foi concluída, desta vez o Jump pediu passagem, é óbvio que em uma pista de mountain bike não poderia deixar de ter alguns saltos para divertir e dar uma carga de adrenalina na veia de quem pedala. Já são 02 locais para jump com bike, porém, ainda deve vir mais pela frente, inclusive falta preparar a trilha para chegar sem descer da bike até uma pequena cachoeira que existe bem próximo ao Bike Park.
Para testar a capacidade de saltar de nossos pirambeiros de plantão, em total confiança na competência deles, me coloquei deitado no chão como obstáculo a ser pulado pela bike. Como é possível constatar no vídeo abaixo, os saltos foram bem sucedido e em nenhum momento senti receio de ser atingido pelas magrelas voadoras. Mas o caminho até finalizar o Bike Park é longo e árduo,  devagar a pista vai ficando pronta e com a cara do PirambaMTB.
Um momento engraçado, apenas  se visto de hoje obviamente,  é o quando o pirambeiro Bulho ficou desesperado ao deixar a minha  câmera fotográfica mergulhar na água de um pequeno rio. Ainda bem que a câmera, apesar de não ser a prova de água, foi resistente o suficiente para ressuscitar após três dias, ela deu sinal  um de vida que eu já nem acreditava mais, sobreviveu á um afogamento e já está pronta para registrar imagens no próximo pedal. Foi apenas um susto.
Rudi Arena

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Bomba às Torres por Vias Alternativas – Cachoeira da União – Pico dos Tucanos

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Esta é a trilha é o puro creme da pirambeira garcense, o caminho tradicional já é repleto de piramba, que seria descer a estrada da Bomba e atravessar o morro subindo até voltar pelas torres. Porém, neste dia o percurso foi diferente, a opção foi fazer um caminho semelhante ao descer o vale da estrada da bomba e subir pelas torres, mas neste dia prefermos ir por vias alternativas, através de trilhas dentro de fazendas e não pela estrada de terra que seria o caminho natural.

Inicialmente começamos a pedalar pela estradinha de terra que tem atrás do bosque municipal e seguimos em direção ao vale que existe ali ao fundo. Só que antes descer todo o vale, é preciso pular uma cerca a esquerda e seguir em direção ao rio que existe ali perto. Ao chegar no leito do rio,  é preciso descer rio abaixo até logo chegar na 1ª cachoeira da união, local ótimo para se refrescar e curtir do alto e bela visão da 2º Cachoeira da União.  A pausa foi curta, pois o pedal não pode parar, assim seguimos em frente e fomos pedalando pelos pastos e morros à margem esquerda da estrada da bomba para quem vai descendo, passando pelo Pico dos Tucanos , uma represa, muito pastos, fragmento de mata, brejos, para enfim chegar ao córrego do barreiro.

Então o ponto mais desgastante da trilha apareceu, ter que subir morro acima o vale da Bomba1  do SAAE, após uma curta, mas extenuante subida carregando a bike nas costas, demos no fundo da fazenda Paneira cujo acesso é pela estrada de terra do bairro rural São José. Daí em diante, tudo ficou mais fácil e familiar,  voltamos passando pelas torres e depois pegamos a estrada de terra da Adrianita. Mais um pedal diferente e com a cara do PirambaMTB, os mais de 30 km percorridos dão impessão de ser bem mais longo, pois o cansaço é inerente a esta trilha,  porém, a paisagem ao redor e as descidas alucinantes em trios de bois, recompensa cada gota de suor derramada.

Rudi Arena

Dedo de Deus 2 – O Retorno

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Em um agradável dia de sol fomos de até a cidade de Lupércio para lá explorar alguns picos e trilhas que existem nas proximidades. Não foi a primeira vez, e certamente não será a última, pois este é um pedal que nunca cansa fazer. Inicialmente, descemos um pouco a serra da rodovia BR-153 que leva a Ourinhos-SP, mas logo que começou a primeira curva, pulamos a grade a direita, e subimos o morro até chegarmos ao ponto mais alto do pico e assim, poder desfrutar da bela e privilegiada visão que existe em volta. A vista de cima desafia quem tem fobia à altura, uma queda dali é certamente fatal, por isso não é aconselhável pedalar próximo ao precípício, qualquer erro bobo pode custar a vida.

Logo mais, seguimos em direção ao verdadeiro destino, poder contemplar o monumento natural conhecido como Torre de Pedra, mas também chamado de Dedo de Deus por sua forma geométrica. E, ainda de brinde, descer a inclinada estrada de terra, que é de serra e tem muitas curvas perigosas. O estradão começa  começa em Nova colúmbia (Ocauçu-SP) e segue em direção a Marília-SP,  fomos apenas até chegar em um rio no fundo de um belo vale  envolto de formaçoes geólogicas peculiares e encostas com matas bem preservadas. Demos um tempo no rio para  nosrefrescar em suas águas limpas e repleta de pequenos peixes, e também para se alimentar. Depois, voltamos em direção a Nova Colúmbia e pedalamos até entrar em uma outra estrada de terra para avistar o Dedo de Deus por outro ângulo. Este é um pedal em que temos sempre a certeza de forte adrenalina por conta das descidas perigosas tanto de asfalto como de terra, bem como é deslumbrantes paisagens ao redor.

O curioso neste dia foi que quando paramos na base da concessionária Transbrasiliana para nos abrigar do sol e trocar o pneu da bike do Rabicó, nos deparamos o socorrista Bruno e que por incrível coincidência lembrou de nós porque havíamos visitado a propriedade rural onde mora quando da ultima vez que fomos ao Dedo de Deus. Ele se lembrava claramente do tombo que o Bulho levou saindo da fazenda que está localizada na região do mirante. Assim, como o Bruno, também a funcionária Silvana nos recebeu muito bem, ofereceram café, água gelada e esbanjaram simpátia. Fica aqui registrado nossos sinceros agradecimentos pela generosa recepção.

Rudi Arena