As cachoeiras e suas classificações, seus encantos, sua importância para a humanidade e sua natureza jurídica. E por que fazem macumba nesses locais?

Por Rudi Arena

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Oferenda na Cachoeira do Pico do Carcará em Garça-SP.

Com Certeza

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira,

Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira”

Trecho da música “Com Certeza” da banda Planta e Raiz.

“Águas de Cachoeira”*

“Lá na pedreira
Rola da cachoeira
Uma água forte
Pra me banhar
Uma água forte
Pra me banhar

Ela me enche de fé
Me dando um banho de paz

Bebo dela no coité
E vejo o bem que me faz
Água de beber
Água de molhar
Água de benzer
Água de rezar

Na boca da mata
tem chave de ouro
Tem pedras de prata
E aves de agouro
Tem um doce mistério
Que eu não sei contar
Eu só sei dizer pra você
Que meu pai mora lá”


* Composição de Labre e Carlito Cavalcante / Jovelina Pérola Negra, mas também conhecida na interpretação de Maria Bethânia

Introdução:

Desde a adolescência, quando me lembro dos meus primeiros banhos de cachoeira, essa experiência sempre me despertou bons sentimentos e me impactou de forma positiva. É claro que uma cachoeira é uma espécie de atrativo natural ótimo para de se banhar e se refrescar nos dias de calor, mas entendo hoje que as cachoeiras não são simples queda d’água.

Depois que formei na faculdade e voltei para minha cidade natal em Garça-SP em 2003, progressivamente passei a andar de bicicleta e pegar umas estradas de terra, mas só alguns poucos quilômetros, que me pareciam muito naquela época. Pouco tempo depois já havia encontrado boa companhia e a intenção era procurar chegar mais perto de vales e paredões muito comuns na região. Para isso era preciso sair da estrada e da zona de conforto, enfrentar algumas dificuldades pelo caminho e um terreno mais hostil. Ali estava o embrião do Piramba MTB. Com um pouco mais de tempo a turma foi aumentando e a busca passou a ser por cachoeiras. Esse caldeirão formou a identidade do grupo, cuja imagem hoje está indissociável das cachoeiras.

Cada cachoeira nova conhecida era um momento de grande contemplação e deslumbramento, e por isso mesmo, cada vez mais a gente queria ir de bike e buscar novas cachoeiras. Nesse intento, conseguimos chegar a algumas cachoeiras por indicação de pessoas, mais em muitas outras a tarefa era exploratória com base na intuição e mais recentemente com o google maps com suas imagens por satélite, que ajudam muito.

Desde o início por essa busca incessante por cachoeiras, quase todas as semanas desde então vou de bike até uma das tantas que há em Garça-SP, ainda que o tempo esteja frio. Só de estar próximo da cachoeira a sensação é sempre muito boa. O engraçado é que sinto falta de cachoeira se fico um tempo sem ir até uma delas. Ao longo do tempo passei a reconhecer que ao menos pessoalmente e de forma empírica com base na causa e efeito, o banho de cachoeira sempre pareceu revitalizar o corpo e a alma.

Antes de entrar, a água parece estar sempre muito gelada e é preciso uma certa coragem, pois realmente a temperatura é fria, mas ao adentrar em baixo da queda d’água parece que um turbilhão de sensações toma conta do corpo e da mente, o frio parece não ser mais um problema, e depois é normal ser tomado por uma ótima sensação de bem estar.

Por tudo isso, virei um grande apaixonado por cachoeiras e um assíduo frequentador delas. O interesse é tanto que resolvi pesquisar e escrever sobre o tema. Na minha concepção, embora não seja possível comprovar os benefícios dela para saúde física e mental pela ciência da atualidade, ninguém pode negar os encantos desses lugares, a plasticidade de sua beleza natural, que funciona como um lugar de lazer e como, ainda que de forma marginal, a gente se depara com ela no dia-dia sem querer, seja na tela de um quadro ou nos filmes, novelas e desenhos, já que é sempre um cenário fascinante para as artes visuais.

Além disso tudo, é inegável também a importância das cachoeiras para algumas etnias ou denominações religiosas, como a cena clássica com que já nos deparamos muitas vezes, que é a oferenda.

Também é muito interessante a classificação das cachoeiras. Sim, existem nomes diferentes de acordo com as características da queda d’água. Geralmente usamos cachoeira para todas as quedas d’água, mas todos já ouvimos falar em salto, cascata ou cataratas, não é? Tudo isso será mais explorado ao longo desse artigo. Observo que, ainda que seja um assunto muito interessante, me deparei com poucas fontes para estudo, mas garimpando bastante ali e aqui foi possível conectar um pouco de tudo o que já foi estudado sobre cachoeira para consolidar este texto que vem colocar um pouco de luz sobre assunto, as cachoeiras, seus encantos e sua importância para a humanidade.

A Cachoeira em amplo e estrito sentido (lato sensu e stricto sensu)

Normalmente, quando falamos em cachoeira, usamos a palavra em seu sentido amplo, extensivo para se referir às diversas formas de queda d´água existentes nos rios mundo afora. No entanto existem diferenças e para cada uma delas também existe um nome específico conforme alguns critérios e características. Podem ser classificadas assim:

QUEDA D’ÁGUA

Este é um termo que pode ser usado para qualquer tipo que será citado abaixo, independente das tipificações de cada uma, porque um termo bem genérico.

CACHOEIRA

Este termo é usado quando a queda d’água possui mais de 2 metros de altura, independente das descrições que serão citadas abaixo. A única coisa que difere de uma queda d’água é sua altura mínima, se encaixando, portanto, na categoria acima, porém o termo queda d’água quando se fala sobre uma cachoeira não está errado. É apenas um termo genérico. Portanto, tudo e qualquer curso d’água que despenca a mais de 2 metros é considerado uma cachoeira.

A cachoeira é muito semelhante à Cascata (e para muitos, a mesma coisa), que recebe este nome quando a queda não tem interrupção, quando a água desce diretamente ou com poucos obstáculos.

Cachoeira das Andorinhas – Cânion Itaimbezinho – Cambará do Sul

SALTO

Aqui começa a divergência entre pessoas, porque, sem conhecimento técnico, nomeiam uma cachoeira sem saber se ela pode ter os requisitos para levar o título de salto. Para uma queda d’água levar o título de salto, ela tem que possuir uma forma de esguicho, ou melhor dizendo, não ter contato com a pedra, caindo sem obstáculos. Existe a queda mista que entra também neste ponto, porque cachoeiras que tenham mais de 70% da sua queda, sem interrupção ou contato com as pedras, já é considerada salto.

Exemplo: Salto Ventoso, Salto Angel (Venezuela), Salto São Francisco.

Imagem: Foto: Antonio Hitcher

Para entender como estas definições são tênues, basta verificar que a maior cachoeira do mundo se chama Salto Angel (imagem acima), com seus 979 metros de altura.


CASCATA

Tendo a grande maioria das cachoeiras com esse estilo cascata, nada mais é do que o inverso do salto, fazendo com que a água deslize sobre as pedras no declive, independentemente de sua extensão. Existindo uma variedade delas e todas abrangendo o termo cascata, então pode–se aplicar os termos genéricos de queda d’água ou cachoeira, mas o especificado é cascata.

Cascata Rasga Diabo

Apenas quando há declives com pedras e ondulações é que leva o nome de cascata.

Um exemplo equivocado é da famosa Cascata Caracol, porque se trata de um salto, como se pode ver na imagem abaixo.

Cachoeira Caracol (Aqui temos um exemplo equivocado. Trata-se de um salto que foi chamado de cascata. Notem que a sua maior parte é queda livre, por isso é um salto)


CATARATA

O auge que uma queda d’água pode chegar é ser uma catarata, diferenciada das outras porque tem um volume de água absurdo. Possui uma formação semelhante a salto, mas existe uma extensão mínima necessária para ser nomeada. Pode ter até interrupções por igual com algumas quedas próximas.

Cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu/PR)

As Corredeiras

Corredeiras, Fluxo, Agua, Natureza, Panorama, Floresta

Embora não seja propriamente uma cachoeira, muitos a confundem com ela, mas, na realidade, trata-se de uma corredeira, mas não é por acaso, porque elas têm suas semelhanças. Mas esta é a parte do rio em que as águas, devido à diferença de nível, correm ligeiras e fazem muita espuma. A água em uma corredeira não cai, ela corre, por isso o nome, e corre rápido, em contraposição à calmaria aparente dos rios em terreno plano. Por isso mesmo, uma corredeira de água limpa é um ótimo lugar praticar esportes como rafting com caiaques, mas também para se lavar roupas e utensílios, e por isso as corredeiras pela força de suas águas foram locais historicamente utilizados por indígenas, ribeirinhos e quilombolas para esses fins.

O interessante que é lavar roupas nos rios é até hoje uma profissão no Brasil. O ofício de lavar roupa à beira do rio ainda é praticado por centenas de senhoras nas regiões ribeirinhas do rio São Francisco. Elas acordam cedo, com o raiar do “sol do Chico”, e partem com as roupas para a beira do rio.

*Antigamente, as lavadeiras passavam pelas ruas da cidade carregando o filho menor no colo, vestidas com saias de retalhos coloridos e equilibrando pesadas trouxas de roupas na cabeça. Hoje em dia, usam o carrinho de mão para o transporte das roupas e já não cantam os lamentos da profissão. As ladainhas entoadas pelas lavadeiras de antigamente ficaram nos livros. Agora, a canção sertaneja, de axé, arrocha e brega ganham voz na boca dessas ribeirinhas guerreiras.

Em Propriá, distante 99 km de Aracaju, na divisa entre os estados de Sergipe e Alagoas, as lavadeiras ainda mantêm a tradição de bater a roupa nas pedras para retirar o excesso do sabão, da água e da sujeira. Depois da lavagem primitiva, espalham as roupas na beira do rio.

** Uma corredeira ou rápido[1] é a seção de um rio ou curso de água onde o leito do rio tem o gradiente relativamente alto, aumentando a velocidade da água e a turbulência. Uma corredeira é uma característica hidrológica entre uma leve correnteza e uma cascata. Caracteriza-se pelo rio tornar-se mais raso e com algumas rochas expostas acima de sua superfície. Como a água corrente salpica, chapinha e respinga violentamente sobre e em torno das rochas, bolhas de ar se misturam e em partes da superfície adquirem uma cor branca. Corredeiras ocorrem onde o material do leito é altamente resistente ao poder erosivo do fluxo em comparação com o leito a jusante (corrente abaixo) das corredeiras. Córregos e rios muito jovens fluindo, cruzando seu caminho através da rocha sólida, podem ser corredeiras por muito do seu comprimento.

Corredeiras são categorizadas em classes, geralmente indo do nível I ao VI. Uma corredeira 5 ou V pode ser categorizada como classe 5,1-5,9. Corredeiras classe I são fáceis de atravessar e não necessitam de manobras, enquanto as corredeiras da classe VI representam uma ameaça à vida.

*https://virecarranca.com.br/2020/07/13/lavadeira-do-rio-uma-profissao-que-resiste-ao-tempo/

**https://pt.wikipedia.org/wiki/Corredeira

As cachoeiras nos filmes, novelas e desenhos

No clássico desenho do Pica-Pau, a ave tenta descer a qualquer custo pelas cataratas

As cachoeiras povoam o imaginário popular e cultura pop, além de estarem presentes nas atividades econômicas ligadas ao turismo, à religião, à cultura e à história dos povos. Está também na música popular brasileira em canções como“Com Certeza” da Banda de Reggae Planta e Raiz e “Águas de Cachoeira” de Jovelina PérolaNegra. É cenário de filmes de Hollywood como o Blockbuster, a saga “Crepúsculo – Amanhecer Parte 1, ou em filmes nacionais como o indicado ao prêmio do Oscar de 1996, o longa metragem “O Quatrilho. A beleza das quedas d´água é muito comum nas populares novelas nacionais como a Cachoeira Santa Maria em Pirenópolis da novela “Estrela Guia” com a cantora Sandy como protagonista. O cenário de Carrancas-MG de vegetação e montanhas também já serviu de pano de fundo para novelas como “Império” (2014), “Orgulho e paixão” (2018) e “Espelho da vida” (2018). Muitos são os documentários que bebem de sua fonte.

E ainda está presente em desenhos animados, como no icônico episódio do Pica Pau até um pouco polêmico com o Barril descendo a Catarata de Niágara de 1956. Foi objeto até de reprodução da cena nas Cataratas do Iguaçu no Brasil e de um filme.

Uma Cachoeira e seus encantos mil

Não é só a beleza da água a cair, ou o forte som que dela emana que nos fascinam. Em geral, ela está envolta a um exuberante meio ambiente. São os pássaros a cantar ao redor, as belas e altas árvores a nos deixar com a sensação de sermos pequenos perante uma cachoeira em sua plenitude, o leito do rio cavado pela água corrente contínua tem suas cores particulares realçadas em contraposição ao verde da mata, as rochas sempre brutas revelam um passado longínquo na terra, o relevo singular completa geralmente as belezas desses lugares.

Nenhuma cachoeira é igual a outra, umas são mais altas, outras mais baixas, umas mais remotas, outras mais acessíveis, umas com água cristalina, outras nem tanto, as cachoeiras estão presentes nos mais diversos biomas do brasil dos mais variados pontos do Brasil. Temos as cachoeiras incríveis dos Cânions do Sul, os mais profundos vales do Brasil e de beleza ímpar, muitas desconhecidas e inexploradas. Em Garça-SP, há mais de uma centena de cachoeiras e o acesso nem sempre é difícil, mas a algumas nunca conseguimos achar um bom local para descer até o fundo do vale para chegar até a queda d´água. Em geral, a natureza impõe um pedágio para se chegar até ela, algumas sai bem barato, mas outras cobram caro, por isso é preciso ter muita força de vontade porque muito é o esforço despendido.

Mas sua importância é inesgotável. É um local relevante para a práticas de rituais religiosos considerados sagrados para os povos nativos e praticantes de religiões de matriz africana que, apesar das dificuldades, conseguiram fincar raízes em todo território brasileiro. É nessa seara que optei por aprofundar o presente artigo, mas é interessante também lembrar da importância das cachoeiras para os primeiros habitantes do Brasil, os povos originários do Brasil, dizimados ao longo dos séculos pelos homens brancos, católicos, civilizados e de bem. Até hoje os algozes dos indígenas gozam da reverência de suas macabras façanhas, são tratados como heróis, ganham estátuas, nome de ruas e condecorações.

As cachoeiras sempre atraíram os homens, os animais, porque são fonte de água pura para se beber. Na antiguidade são locais usados para lavar o corpo e também alguns utensílios se necessário. Até hoje as cachoeiras tem uma força de água corrente ótima para limpeza só com a força d´água. Ao longo do tempo se transformaram também em atrativos turísticos para se banhar, para diversão, para aliviar o calor, na falta de praia no interior do Brasil. Nosso país é repleto de cachoeiras cristalinas e deslumbrantes, por isso muitas delas são locais utilizados para a prática de rituais religiosos dos mais sagrados.

Não é por acaso que elas se tornaram provas vivas do que existe de mais belo na natureza. São claras evidências da natureza divina do criador e têm uma força espiritual inexplicável. Em uma cachoeira podemos nos conectar com natureza e com seu criador, com as vibrações benfeitoras que emanam do local, que geralmente guardam muita história. As cachoeiras ao longo do tempo sempre foram locais de referência, de parada no caminho percorrido, de banho, de limpeza em geral, e para muitos um lugar místico e de muito valor espiritual. No Brasil as cachoeiras também sempre foram consideradas lugares sagrados para os povos indígenas muito antes da invasão dos europeus. Deveríamos procurar aprender um pouco com a sabedoria dos indígenas que conhecem e mantêm um laço muito mais estreito com a natureza do que nós pobres homens brancos, cada vez mais distantes do mundo natural em suas bolhas artificiais. Deixam, assim, de ter a oportunidade de se conectar com o meio ambiente, e de deixar florescer toda carga de ancestralidade e os instintos atávicos mais puros que um bom contato com a natureza proporciona.

As cachoeiras saltam aos olhos, mas ultrapassam a visão. Outros sentidos são ainda mais ativados, a audição talvez seja o mais é acionado, porque de longe pode ser ouvida. Perto delas tudo o que é som exterior parece ficar em volume baixo, sua sinfonia é soberana na mata. Quem tiver ouvidos para ouvir pode perceber que ela se impõe soberana, perto dela todos os barulhos outros da vida cotidiana e urbana são abafados pela força do som da água corrente iluminada que percorre as rochas para cair e, nesse processo, cria uma melodia singular. Cada cachoeira tem suas notas, timbres distintos. Mas também o tato pode ser o mais importante sentido em um banho de cachoeira, a sensação de sentir a água limpa e corrente passar por cada poro da pele, muitas com tamanha força da gravidade cujas águas chacoalham todo o corpo físico, mas parece que também mexe com a mente e o espírito. E não é só.

Cada cachoeira tem seus muitos atrativos e importância tanto para o homem como para os animais e o meio ambiente, por isso preservá-las é mais do que necessário, e não se restringe a isso, pois ali existe todos os elementos que proporcionam uma ótima conexão com a natureza e por consequência ao seu criador. Quanto mais pura estiver sua água, mais força de purificação tem a cachoeira, cascata, salto ou corredeira, e essa força da natureza divina é também responsável pela maior parte da energia elétrica que usamos para o nosso dia a dia, é o sistema de queda d´água como de uma cachoeira que faz ligar nossas máquinas, computadores e celulares. É pura energia em todos os sentidos.

As cachoeiras parecem ter um mil encantos, trazem paz, tranquilidade, conexão com a natureza. Há uma espécie de magia, e um ar um tanto romântico no seu mais amplo sentido, de apreciar as cintilantes águas a cair ou o som estrondoso que dela emana. É claro que também existe uma alusão de ser um ótimo lugar para os apaixonados. Existe também algo meio místico ou esotérico para alguns, e até mesmo sagrado para algumas das muitas religiões indígenas, os povos nativos de nossa terra. Mesmo para os cristãos os rios e cachoeiras são considerados locais de um de seus mais relevantes rituais ao longo da história, e tem Jesus como exemplo máximo no ritual de João Batista no Rio Jordão.

O Contato com a Natureza e a Cachoeira como fonte de vitalidade para terapia holística

Para muitos adeptos de práticas tidas como orientais se utilizam do contato com a floresta e as cachoeiras para promoção de curas físicas e emocionais (Reiki, Hinduísmo, Ayurveda, Yoga).

Já ouvir falar em banho de floresta? Pode parecer algo estranho, mas ele tá virando uma prática cada vez mais comum e incentivada em um dos países mais desenvolvidos e que possuem uma das populações mais longevas do mundo, o Japão. E ouso dizer que os efeitos de uma banho de cachoeira é ainda mais intenso, pois além do banho de florestam já que a cachoeira sempre está no meio de uma, há também a força poderosa da água corrente em queda impactando o corpo.

Os banhos de floresta no Japão*

O shinrin-yoku, ou banho de floresta, é a prática japonesa de passar um tempo em uma floresta como forma terapêutica para minimizar o estresse e incentivar o contato com a natureza.

A prática consiste em ir a uma floresta e passear entre as árvores, ou apenas sentar-se e aproveitar o momento para apreciar o ambiente, ouvindo os sons da natureza, o canto dos pássaros, o vento batendo nas folhas das árvores, o som das águas dos riachos, respirar o ar puro e naturalmente perfumado ou se deixar levar pela tranquilidade através de uma experiência totalmente sensorial.

O bem-estar físico e mental gerado pela prática do banho de floresta traz um momento relaxante, levando as pessoas ao esquecimento da agitação dos centros urbanos, proporcionando momentos de paz pelo contato com a natureza.

Os benefícios do shinrin-yoku

O banho de floresta tornou-se uma parte essencial dos cuidados preventivos com a saúde no Japão. Estudos japoneses comprovam que este banho melhora a qualidade do sono, do humor, da capacidade de foco e reduz os níveis de estresse.

Passar um tempo na natureza, longe da tecnologia moderna e dos grandes centros urbanos pode melhorar a saúde física e mental e criar um estilo de vida mais saudável para pessoas de todas as idades.

Imagem de uma floresta com árvores altas.
O banho de floresta deixa as pessoas mais felizes. Nagano | ©JNTO

*https://www.japanhousesp.com.br/artigo/os-banhos-de-floresta-no-japao/

Projeto de cooperação técnica para desenvolver banho de floresta no Brasil poderá ganhar reforço japonês* 

Muitos podem ver a questão do banho de floresta como uma prática meramente esotérica sem qualquer respaldo na ciência, mas o assunto é bem mais complexo.

Desde 2021, a Fiocruz e o Instituto Brasileiro de Ecopsicologia (IBE) realizam uma cooperação técnica e científica para desenvolver o banho de floresta no Brasil. No debate, Guilherme e Marco apresentaram o desenvolvimento do projeto de cooperação para a prática desse banho em nosso país. 

A iniciativa brasileira chamou a atenção de um pesquisador japonês que se dispôs para contribuir com a Fiocruz e o IBE com o projeto de implementação deste tipo de banho em florestas brasileiras. Yoshifumi é reconhecido como o responsável pelos principais estudos sobre o shinrin yoku, ao provar cientificamente os benefícios desta prática em centenas de pessoas. 

Em 1990, este pesquisador realizou a primeira prática de medição fisiológica dos efeitos do banho de floresta, a partir do nível do cortisol nas pessoas. Ao longo desses anos, a pesquisa passou por 63 lugares e analisou 756 participantes, tornando-se a maior base de dados já levantada sobre o tema no mundo.  Yoshifumi explica que a base da pesquisa está na compreensão da relação do homem com a natureza e a interação entre ambos. 

O Homem Evoluiu Dentro da Natureza e Tem uma Capacidade Inerente de Adaptar-se a Ela

O barulho das águas caindo da pedra, o cheiro da terra e do verde em
volta, o frescor na pele e a translucidez em frente aos olhos formam um
conjunto de sensações que acalmam. A pedra bem no centro da cachoeira
torna-se o ambiente perfeito para relaxar e repor a
energia do corpo. Assim é que Vera, conhecida como Vera Holística,
realiza suas sessões de Reiki.

O Reiki é um sistema de reposição energética, um tratamento terapêutico
usado para diversos problemas, físicos e emocionais. Vera conheceu as
terapias holísticas em 1996, quando estava enfrentando um câncer. Depois
de passar por diversos médicos e ficar internada por muito tempo, ela
tomou um chá preparado por sua mãe, em um dia que estava passando muito
mal, e melhorou. Descobriu que água é transmissora de energia. Tudo que
colocamos na água se transforma, e por isso que ela atende em
cachoeira, como anuncia.

Reiki a energia universal. A ideia é canalizar a energia, que
chamamos de prana, a energia da cura, explica Vera. O site oficial da
terapia define Reiki como uma técnica japonesa para reduzir
estresse e promover relaxamento, que leva à cura. Ele é feito a
partir da imposição de mãos, baseado na ideia de que uma energia
vital invisível nos deixa vivos.

A cachoeira – uma benção para a saúde!Se um banho de floresta faz bem, imagine um banho de cachoeira

O ar que respiramos

Devido à poluição e ao desmatamento sistemático das últimas décadas, o ar que hoje respiramos contém muito menos oxigênio do que há 20 anos. Estudos realizados com o ar retido em fósseis demonstraram que a proporção de oxigênio (O2) no ar respirado por nossos ancestrais chegava a 38%. Após a II Guerra Mundial, esse índice já havia caído para 22% e, segundo cientistas suíços, que desde então vêm monitorando criteriosamente a atmosfera, o nível atual de O2 não passa de 19,6%, despencando para 12% em cidades muito poluídas. Assim, todo cuidado é pouco! 

Ionização do ar

Mas há também uma outra poluição, menos conhecida, que também nos atinge: a poluição elétrica do ar pela concentração muito elevada de íons positivos.

Digamos, de maneira esquemática, que o ar contém íons com polaridades elétricas opostas: íons positivos, nocivos quando em excesso, e íons negativos que, contrariamente a seu nome, são benéficos para o nosso organismo. São até chamados de ‘vitaminas do ar’. O equilíbrio desses íons no ar que respiramos influi de maneira determinante em nossa saúde em geral e na nossa vitalidade em particular. De fato, o oxigênio assegura as funções vitais básicas, mas ele só passa dos pulmões para o sangue em presença de íons negativos.

As más condições da vida moderna provocam o rompimento do equilíbrio iônico e nos privam de muitos desses íons negativos tão benéficos para nossa oxigenação e nossa saúde. Essa carência de íons negativos é uma das causas das doenças da civilização: cansaço, nervosismo, dores de cabeça, depressão.

Fatores que influem na concentração de íons negativos no ar

O ar é ionizado naturalmente de maneira contínua. Os íons negativos se formam sob a influência de causas naturais: a radioatividade natural do solo, a fotossíntese das plantas, os raios cósmicos e ultravioletas do sol, as tempestades e os raios, a chama de uma vela ou de uma lareira, o impacto da água em movimento (chuva, chu­veiro, mar, fonte), o atrito do ar nas plantas pontudas. Se temos a sensação de res­pirar melhor ao pé de uma cachoeira, depois de uma tempestade, na montanha, à beira-mar, na floresta, no sol, isso ocorre pela riqueza do ar em íons negativos.

Por outro lado, certos fatores naturais favorecem a redução de íons negativos e um excesso de íons positivos, tais como o ar antes de uma tempestade, a chegada de ventos quentes e secos, o nevoeiro, etc.

Diversos fatores artificiais também diminuem a concentração de íons negativos no ar: poluição, ar confinado (residência, carro, escola, escritório, transportes coletivos), ar condicionado, proximidade de um aparelho elétrico (aquecedor, aparelho de televisão, computador, forno de microondas), tecidos sintéticos (carpetes e roupas sintéticas), fumaças industriais, gás de escapamento dos carros, poeira, tabaco, aquecimento elétrico e até o ar que expelimos de nossos pulmões.

É por isso que, nesses diferentes locais e condições, podemos sentir fraqueza, cansaço, irritabilidade, dor de cabeça, insônia, vertigem. Mas, cuidado para não lançarem a culpa de todos os males e do nosso mau humor sobre a qualidade do ar!

Vivemos em locais bem isolados, em ambientes fechados, onde a quantidade de íons negativos do ar é insuficiente. Portanto, é necessário reavivá-lo, purificá-lo e revita­lizá-lo por ionização.

Energize-se , a fonte mora ao lado.

Benefícios dos íons negativos

 Talvez você não saiba o que são os íons negativos, mas são eles que dão aquela sensação gostosa quando pisamos descalços na terra, respiramos ar puro, tomamos um banho de cachoeira, enfim interagimos com a natureza. Sabe por quê? Porque somos parte integrante dela e dependemos desse contato para manter a saúde física e mental, como apontam estudos realizados em vários países, que já comprovaram essa teoria. Logo, como um ser urbano, se realmente quiser se cuidar e ter mais saúde, mesmo que esporadicamente, aparte-se da cidade para obter mais benefícios para i mesmo.

Saiba mais sobre os íons

Os íons, pequenas partículas existentes na natureza, resultam do processo de perda ou ganho de elétrons, por meio de reações eletricamente carregadas. Por isso, eles se dividem em negativos (os ânions) e positivos (os cátions). Os negativos que se formam próximos a cachoeiras, à beira do mar, nas florestas e nos campos, são responsáveis por fazer a gente se sentir bem em contato com a natureza, principalmente, porque facilitam a absorção de oxigênio pelas células. Já os positivos, presentes nas grandes cidades, na água poluída, em dias nublados, em ambientes com ar condicionado e em equipamentos eletrônicos, atrapalham o raciocínio; afetam o sistema imunológico; aumentam o estresse e o mau humor; geram ansiedade; provocam dor de cabeça; e contribuem para depressão.

Nada como a natureza 

É importante viver rodeados de ionização natural (fontes, árvores e plantas) ou de irmos respirar e caminhar regularmente na natureza.

Além disso, será necessário impor normas rigorosas para a fumaça das fábricas, os gases de escapamentos dos carros, os aparelhos elétricos, o tabagismo e privilegiar as fon­tes naturais de íons negativos benéficos — as florestas, os jardins públicos, as fon­tes e os chafarizes.

Para se beneficiar com a natureza

Se você vive em apartamento, trabalha em escritório, respira ar condicionado e costuma se deslocar de carro, locais onde a presença dos íons negativos é mínima ou inexistente, adeque sua viagem à quantidade de íons disponível por centímetro cúbico em ambientes naturais. Observe:

  • Cachoeira – 25 mil íons negativos.
  • Beira mar – 5 mil íons negativos.
  • Campo – 1.200 íons negativos.
  • Cidade grande – apenas 100 íons negativos.
  • Apartamento e escritório – somente 20 íons negativos.
  • No carro – apenas 15 íons negativos.
  • Ambientes com ar condicionado – nenhum íon negativo.

Fontes: https://www.olharconceito.com.br/noticias/exibir.asp?id=9969&noticia=terapias-holisticas-realizadas-em-cachoeira-promovem-curas-fisicas-e-emocionais

https://clubedaviagem.com/2020/05/10/energize-se-a-fonte-mora-ao-lado/

https://www.docelimao.com.br/site/menu-do-assinante/videodicas-assinantes/86-terapias/1264-a-cachoeira-uma-bencao-para-a-saude.html

As cachoeiras como bolsões de histórias dos grupos indígenas das terras baixas sul-americanas *

É possível considerar as cachoeiras não só como elementos físicos e ambientais, mas como lugares significativos para os povos indígenas – constituídos por componentes ideológicos, históricos, econômicos e territoriais. Certamente a formação de ecótonos, áreas abundantes em alimento, com fartura de peixes e outras importantes fontes proteicas, como animais aquáticos de maior porte, faz das cachoeiras áreas de interesse econômico. Marcos físicos e estratégicos tornam-se, para quem sobe ou desce um rio, pontos de parada, entrepostos para comércio e para troca de dádivas, espaços de política, de disputa e de tomadas de decisão.


No entanto, não é somente por essa chave interpretativa que se dota de significância uma cachoeira; o caráter ideológico e o simbólico precisam ser levados em consideração. Diversos mitos indígenas, em diferentes áreas das terras baixas sul-americanas, compreendem as cachoeiras como locais sagrados, de nascimento do mundo. Parte importante da cosmologia e dos mitos de origem, as cachoeiras desempenham papel central para se pensar o ordenamento do mundo, do território e da própria vida. Para povos do alto rio Negro, como os Tariano, Tukano, Desana, Pira-Tapuia, Wanano e Tuyuka, a cachoeira de Iauaretê, no alto rio Negro, no noroeste da Amazônia, tem significância ímpar na conformação de sua identidade e territorialidade, pois foi “um dos pontos de parada da cobra-canoa que trouxe ao Uaupés seus ancestrais”. Da mesma forma, muitos coletivos indígenas, como os Jívaro da Amazônia Oriental, utilizam áreas de cachoeiras para a realização de atividades de iniciação dos rapazes. Por fim, a arqueologia demonstra que, além de berço da humanidade e local de passagem entre os períodos da vida ou entre lugares de viver, as cachoeiras também serviam para os momentos de transição ao mundo dos mortos, já que é comum se encontrar cemitérios nesses locais.


Vista como um lugar ancestral ou mítico, em virtude dessa dimensão simbólica, uma cachoeira pode integrar o imaginário de uma população. As cachoeiras são bolsões de histórias dos grupos indígenas das terras baixas sul-americanas, mesmo que sejam esporadicamente – ou mesmo nunca – visitadas. Assim, os vestígios antigos que se acumulam sedimentados no entorno das cachoeiras, os quais permitem caracterizá-la como paisagem histórica e arqueológica, acabam por propiciar o substrato às narrativas históricas elaboradas por esses grupos e por nós mesmos.


Se nesses casos o componente ideológico não exclui o viés material, e vice–versa, eles se integram formando a base física, geográfica, histórica e mental de uma sociedade. Sujeitas a variações e fluidez, essas paisagens constituem-se no território como espaços de identificação, o que implica construção, controle, engajamento e modificação. Dentro de fronteiras fluidas, como eram as indígenas, imersas em variadas territorialidades, as cachoeiras podem ser vistas como áreas centrais, nas quais se sobrepõem distintos territórios; são os “nós” e entroncamentos nessas redes; marcadores geográficos e simbólicos; ponto de encontro para grupos ou ainda espaços rituais e de peregrinação. Podendo conter simultaneamente essas diferentes funções, inclusive algumas divergentes, são formadas ao longo e pelo acúmulo dos resquícios das diferentes intervenções humanas durante a história.

*Autores: Fernando Ozorio de Almeida e Thiago Kater

As cachoeiras para a cultura afro, e o preconceito que sofrem os devotos das religiões Afro-Brasileiras.

As cachoeiras também são locaisespeciais para a Umbanda e o Candomblé que herdaram dos escravos, trazidos em seus tristes navios, elementos da cultura africana importantíssimos para essas religiões, presentes nos grandes centros metropolitanos e nas mais pequenas cidades do nosso extenso país. Infelizmente, ainda hoje é possível encontrar nos quatro cantos do país, após 136 anos do fim da escravização, as suas consequências, vistas nas mais diversas favelas, nas prisões brasileiras, nas desigualdades sociais que continuam como uma ferida ainda não cicatrizada. Apesar da propalada cordialidade do brasileiro por ser fruto de uma mistura de raças, o Brasil não é um país cordial. Não tivemos aqui umApartheid como na África do Sul ou uma legislação segregacionista como nos Estados Unidos, entretanto, o racismo continuou e permanece bastante presente aqui no Brasil. Não por acaso, fomos o último país a abolir a escravização, e isso foi muito bem retratado na letra da música “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro” do grupo O Rappa. Essa realidade precisa mudar. Nos EUA ainda o racismo é muito grande apesar dos avanços ao longo da história. Em 1964 Martin Luther King Jr. foi premiado com o Nobel da Paz por sua luta pacifista contra o racismo. Também nesse ano foi promulgada a Lei de Direitos Civis, que baniu todas as formas de segregação racial. No ano seguinte, 1965, os negros sulistas conquistaram o direito ao voto.

A segregação racial vigorou como lei em muitos estados norte-americanos, restos e sequelas do final da escravidão a que chegaram por meio de guerra civil. O regime segregacionista estabelecia que houvesse escolas para crianças brancas e escolas para crianças negras, rigidamente separadas, sem qualquer exceção. Sucede que para algumas crianças negras, estudar na escola que lhe era permitido pela segregação, significava viajar para outra cidade, independentemente de sua idade ou condição física. A Europa colonizadora de países africanos também tem uma dívida histórica, consequência de sua atuação marcada por exploração, escravagismo, atrocidades, genocídios e maus tratos. Os casos dos belgas no Congo e dos alemães na Namíbiailustram muitos bem a crueldade a que os africanos foram submetidos pelo brancos que se julgavam superiores moralmente.

As sequelas do passado escravocrata ainda se encontra muito presente no mundo atual nos mais diversos pontos do planeta. É evidente e existem muitas provas de casos registrados na história de preconceito e o racismo estrutural. O povo negro encontrou na religião uma forma de resistência, de preservação de sua cultura e costumes, e aí entra a religião herdada como um instrumento vital para não apenas resistir fisicamente, e sobreviver após a alforria que os jogaram na rua sem beira nem eira, mas para resistir filosoficamente, culturalmente e espiritualmente também. É inaceitável que ainda nos dias de hoje exista preconceito contra os religiosos da Umbanda e do Candomblé. Ele ainda está muito vivo na sociedade e o auge desses desajustes estão registrados nos vários boletins de ocorrências Brasil a fora, com ofensas, preconceitos, ameaças e até mesmo destruição de templos. Por tudo isso, o mais importante é que se tenha informação, porque a falta dela, a falta de educação no sentido amplo da palavra, faz com que existam estas lamentáveis ocorrências.

Sintoma de tudo isso é a famosa expressão “chuta que é macumba”. Muitos a utilizam de forma irreverente e sem malícia. A frase é um deboche, falada pelas pessoas em tom de brincadeira sem atentar para o fato de que estão sendo extremamente preconceituosas e intolerantes com as religiões de origem africana, em especial o Candomblé e a Umbanda.

Muitos não tem noção e consciência da importância da cultura e da gastronomia que herdamos dos povos africanos e que formou nosso povo, moldou nossa identidade como nação. Aprendemos a apreciar o feijão preto e sua famosa feijoada, acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu, pamonha, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê e muito mais pratos que se incorporaram na vida de muitos brasileiros. Mas não tal influencia não se limita ao o que comemos. A nossa cultura é formada pelo que há de mais enraizado também de origem afro, o samba, a capoeira, o maracatu, bem como em instrumentos musicais como tambor, atabaque, cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau, todos heranças africanas que constituem parte da cultura brasileira. Essa influência africana também está presente nanossa língua, como exemplo as palavras dengo, cafuné, caçula, moleque, quitute, farofa, bambambã, borocoxô, bunda, caçamba, capanga, cochilar, moleque, muvuca, quitanda, tanga, zumbi e fubá, todas incorporadas ao nosso cotidiano.


Macumba na Cachoeira

Foram inúmeras as vezes que fomos a uma cachoeira e nos deparamos com um conjunto de objetos próximos a uma cachoeira, à qual chamamos, sem conhecimento, macumba. Eu, em respeito a qualquer religião, não toco em nada, como muitos assim o fazem também, mas por medo. Nas cachoeiras de difícil acesso nunca encontramos uma oferenda, pois geralmente o fato de se ter de levar muitas coisas dificulta o ritual. É comum se encontrar velas, bebidas alcoólicas das mais diferentes, comida diversas como peixe, frango, farofa, legumes e frutas.

Em geral a Cachoeira da Igurê e na Cachoeira do Pico do Carcará são lugares em que frequentemente aparecem o trabalho espiritual, ambas em Garça-SP, que por serem mais acessíveis facilitam a prática desses rituais religiosos. Para entender melhor tudo isso, resolvi pesquisar um pouco sobre esse assunto misterioso, cujos praticantes sofrem muito preconceito. O assunto tem uma aura meio sobrenatural ou então que está ligado a coisas ruins, mas a verdade é que é um assunto intrigante, cercado de mitos, medos e muito pouca informação.

O que é Macumba?

Macumba é uma árvore Sagrada na cultura africana, onde os praticantes da religião se encontravam para rezar e realizar os rituais em nome de seu Orixá de devoção.  Mas também macumba é um antigo instrumento de percussão. Macumbeiro, originalmente, era o músico que tocava tal instrumento. Porém, normalmente se usa este termo de modo pejorativo desde o Brasil-colônia, embora seja também comum até mesmo entre os religiosos da umbanda e candomblé, mas quem não é praticante deve tomar cuidado para não usar o termo de forma depreciativa. O respeito a religião do outro deve existir acima de tudo. Não podemos reforçar estereótipos e preconceitos que, infelizmente, existem na sociedade e que devem ser combatidos, já que é um direito constitucional dos mais importantes. O artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.

É muito comum ir-se em uma cachoeira, bastante frequentada, e encontrar-se no local uma oferenda. São muitos os nomes que se dão popularmente a esta prática de cunho religioso associadas as religiões de matriz africana: trabalho, despacho ou macumba. São práticas enraizadas culturalmente e com abrangência em todo território brasileiro. Em especial são praticantes da Umbanda e do Candomblé os que costumam levar uma oferenda a determinadas entidades em cachoeiras, mas qual a razão disto? Estas oferendas podem conter uma gama bem variável de coisas, desde velas, frutas, comidas diversas e até sacrifício animal, com a distinção de que ao menos, teoricamente, os adeptos da Umbanda não são adeptos desta última prática.

O despacho de macumba

Esse nome passou a ser utilizado para nomear as oferendas feitas aos Orixás, e por muitos é considerada como magia negra. A macumba ou oferenda, nada mais é do que um presente a uma energia Divina para que ela auxilie a pessoa no direcionamento de uma causa. Assim como qualquer outra religião ou cultura pode usar de seus dons para realizar ações contra terceiros, a macumba também pode ser usada para isso, porém nenhum centro de Umbanda ou Candomblé de respeito verá bons olhos, ou aceitará esse serviço.

Para os praticantes das religiões de matriz africana, a macumba nada mais é do que demonstração de respeito e fé de quem segue a religião afro, é uma atitude de amor e devoção ao Orixá, é agradecimento pela vida, é fonte de proteção e sabedoria por quem busca o bem e a paz espiritual.

A força espiritual das cachoeiras na visão das religiões de matriz africana

Nesta seara, parece que as religiões herdadas pelo bravo e sofrido povo de origem africana no país tem muito a contribuir a respeito da força espiritual das cachoeiras.

Os banhos de cachoeira descarregam e purificam nosso lado material e espiritual, sendo capaz de eliminar cargas de feitiçarias, feridas que não podem ser vistas e médico algum consegue curar, e assim por diante.

As cachoeiras são a representação da própria divindade Oxum, expressando a pureza, a renovação, a abundância e fluidez da vida. Pelas águas se nasce, na sacralização do batismo, pelas águas se rega a terra e faz brotar a vida. E essa mesma água, indispensável ao nosso corpo, alimenta e limpa. Esse é o poder das cachoeiras, fonte inesgotável de nascimento e vida espiritual. São elas que fertilizam o solo, se espalham pelo planeta através dos regatos, ribeirões e rios e se unem ao mar, conectando-se com a imensidão da vida.

A cachoeira está geralmente em um ponto afastado do barulho, e em sua maioria não possui um movimento intenso de pessoas, recebendo seus visitantes de forma espaçada.

Em volta da cachoeira existe um ecossistema com plantas, rochas, animais, insetos, etc. É como se fosse um pequeno mundo!

A água da cachoeira, em sua grande maioria, é limpa, pura e cristalina. A corrente garante que essa água esteja sempre circulando, passando por pedras, sendo banhada pelo sol, entrando em contato com inúmeros elementos da Natureza e carregando-os consigo, porque como vimos anteriormente, a água é um ótimo condutor.

Aqueles que são um pouco mais sensíveis ou que se esforçam em concentração perto de uma cachoeira podem sentir que existe uma vida que rege todo o ecossistema da cachoeira. Alguns ouvem uma melodia, outros veem miríades de luz, outros somente sentem uma paz intraduzível quando se aproximam desse ambiente.

Toda cachoeira tem um ser angélico responsável por toda essa paz que a envolve. Eu a chamarei de Senhora da Cachoeira (os irmãos da Umbanda chamam de Mamãe Oxum), somente dando esse rótulo para facilitar o entendimento. Isso me lembra a bela canção “Mamãe Oxum”, composição de Chico César e também muito conhecida na voz de Zeca Baleiro:

“Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio
Pra enfeitar o seu gongá”

Ao se banhar em uma queda de água ou ao mergulhar no poço formado por uma cachoeira é impossível não se sentir impactado no corpo e na alma, a água geralmente gelada e o banho fazem a pessoa se sentir mais leve. Esse anjo transforma as poderosas energias que veem do alto para manutenção da vida e a condução dessa vida pelo rio que se forma com a cachoeira.

A pedra parece viva, as plantas parecem mais brilhantes, o ar é impregnado por alguma substância X, de aroma agradável, as aves parecem brincar de forma angelical.

Assim é o ambiente de uma cachoeira. Ao se banhar em uma cachoeira, uma torrente de energias positivas envolve o ser, imantando e limpando sua aura de forma espetacular.

Cada cachoeira é um espetáculo diferente. Por isso, pare e se concentre em cada uma para você conseguirá sentir a diferença. Todas são diferentes e magníficas obras primas desses anjos de luz.

As cachoeiras também são domínios de Xangô e são em conjunto consagradas a Oxum.

As vibrações das cachoeiras são de características vibratórias limpas e puras. Essas vibrações servem para o nosso reajustamento vibratório, o que nos auxilia no desenvolvimento da mediunidade e na afirmação de nossos Orixás de cabeça. Os banhos de cachoeira descarregam e nos purificam espiritual e materialmente, lavando desta forma nosso corpo físico e astral, eliminando larvas, miasmas e cascões astrais.

O banho de cachoeira descarregará qualquer carga de feitiçaria, tais como as famosas feridas que não curam com a medicina do homem, desde que, é claro, se tenha em conjunto a assistência do plano espiritual. Os banhos de cachoeira devem ser feitos em cachoeiras previamente preparadas para tal, ou seja, devem estar limpas de despachos e oferendas sem sentido, lá depositadas por incautos ou ignorantes em relação ao local. Tudo deverá ser recolhido com as mãos envoltas em sacos plásticos pretos (por ser a cor isolante), amontoado e queimado, ou ainda, enterrado. Somente após tome o banho, mediante uma evocação séria das forças reinantes no local.

Acender velas em cachoeiras é algo desnecessário, já que somente sujam o local. A maioria das pessoas as acende a esmo, sem compreender o funcionamento das velas, que não iluminam e não dão luz a ninguém no mundo espiritual, como muitos pregam. Devido às condições naturais onde estão localizadas as pedreiras e as cachoeiras, já que venta muito no local, dificilmente as velas permanecerão acesas até o final, interrompendo as ondas por ela emitidas e em seguida deixando mais um pouco de sujeira e de lixo no local.

 “A gente vai até a cachoeira para poder descarregar, pegar novas energias e leva o balaio, que é o presente à Oxum”, explica a Yalorisa D’ ÓSUN, Abadia Rodrigues Nogueira, de 49 anos.  

Ao passar pela cachoeira, estamos limpos e renovados. “A água é energia, é Oxum. Tudo o que chega de ruim, de energia negativa, ela tira de você, porque a água não tem obstáculo, ela contorna e segue adiante”, explica Abadia. 

Normalmente este trabalho ocorre próximo das datas nas quais que o terreiro celebra o dia de Oxum, mas, para alguns, a determinação do trabalho se dá em datas diversas estipuladas pelo Guia chefe de cada terreiro.

Diferente do trabalho da praia que tem função de descarregar o médium e principalmente as cargas do terreiro, a finalidade maior do trabalho de cachoeira é de energizar o médium, regulando-o como um instrumento de cordas, cada campo energético de seu corpo.

A Cachoeira como Fonte de Lazer, Esportes e Exploração Econômica

De acordo com as características da queda d’água, existe um conjunto de atividades que podem ser práticas como por exemplo:

  • Trekking: é a famosa caminhada por trilhas até chegar na cachoeira. Existem diferentes níveis de trilhas; iniciante, médio e avançado. Para prática deste último nível, é indicado a companhia de um guia local.
  • Observação: a beleza cênica, a fauna e a flora podem ser a grande motivação para visita.
  • Canyoningou canionismo: utiliza a mesma técnica do rapel, porém a descida é feita pelo meio de uma queda d´água ou ao lado dela e segue na exploração do rio abaixo, podendo utilizar também outras manobras, como saltos e tirolesas.
  • Banho de cachoeira: diminui o estresse, a água fria acalma e alivia os sintomas de depressão, incentiva a circulação, fazendo o corpo relaxar; é uma ótima opção para toda a família.
  • Acampamento: as pessoas podem passar dias junto à natureza dormindo em barracas.

As possibilidades de atividades nelas e nos seus arredores são muitas, mas em todos os casos, os empreendedores devem compreender que não basta colocar uma plaquinha com o nome do empreendimento e cobrar alguns reais na entrada.

A Natureza Jurídica das Cachoeiras no Brasil e Projetos de lei sobre o Assunto

Este é um tema aparentemente controverso e que a maioria reproduz conceitos e opiniões que não estão em harmonia com o nosso ordenamento jurídico vigente. Como a maioria absoluta das cachoeiras de Garça, assim como Brasil a fora, encontram-se localizadas em território pertencente a uma propriedade privada, logo, a cachoeira também pertence ao dono desta propriedade, correto?

Não, o entendimento acima não encontra guarida em nossa legislação, apesar de popularmente ser propagado o contrário. É que na realidade, as nascentes, córregos e rios que cortam uma propriedade privada são de natureza jurídica pública, são considerados bens naturais do estado e por isso, embora estejam permeados de território privado, sua natureza continua pública. E se um bem é público, não deveria haver restrição absoluta de acesso, a não ser que que exista algum dispositivo legal que vete o acesso ao público, como por exemplo o acesso público as cachoeiras encravadas em Parques Ecológicos, cuja visitação pública é proibida, com exceção de atividades educacionais, conforme Lei 9.985, de 18/07/2000.

O princípio da legalidade, é a pedra basilar do nosso estado democrático de direito e encontra-se expressamente disposto em nossa Constituição Federal nos seguintes artigos:

“Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”

Assim, ninguém pode ser proibido do seu direito de ir e vir, inclusive de visitar de bens públicos naturais se não for por imposição de Lei. Portanto, uma vez que a cachoeira é um espaço público e que não existe legislação que proíbe o acesso a população, mesmo que seja propriedade privada seus arredores, nenhum proprietário de terra pode proibir o acesso da população a uma determinada cachoeira, o que pode acontecer é negar que utilizem sua propriedade para acessar a cachoeira. Mas se a pessoa acessou o curso do rio em algum lugar e seguiu pelo seu leito até chegar a cachoeira, o proprietário rural não poderá fazer nada nesse caso.

Popularmente falando, temos um conceito de que a propriedade é privada e que com ela seus donos podem fazer o que bem entendem, não é assim, não mesmo. Primeiro, que toda propriedade, mesmo que urbana, deve cumprir sua função social, caso contrário, é passível de desapropriação pelo Estado. Nas propriedades rurais, existem ainda mais restrições, é o caso da obrigatoriedade de manter-se um percentual do território para reservas legais, ou seja, conservar parte da mata nativa, o percentual varia de acordo com o bioma em que a propriedade está inserido. E também existe a obrigação de manter intactas as áreas de preservação permanentes (APPs), como as matas as margens de qualquer curso d´água, topo de morros e em encostas íngremes.

Assim, o proprietário rural está sujeito a legislação vigente e não tem o direito de dispor como bem entende, e isto inclui o acesso da população as cachoeiras. Como não há dúvida de que a Lei determina que os rios e nascentes tem natureza pública, e como não existe proibição legal para seu acesso, logo, deve ser permito o acesso normalmente, pois o bem é de toda a população, nada mais justo que toda ela tenha acesso se assim quiser. E como chegar até a cachoeira se é preciso passar por propriedade privada antes? Este é um problema permeado de muita controvérsia, mas se essa passagem fosse proibida em absoluto, equivaleria a negação na natureza do bem público, que na prática faria da cachoeira um bem exclusivamente privado, o que não poderia ser. Mas por outro lado, não existe legislação que obrigue o proprietário rural a fornecer a servidão de passagem necessária.

Mas em muitos casos reconhece-se a aplicação do Instituto da Servidão de passagem, que nada mais é do que a necessidade de que o proprietário do imóvel ceda uma passagem para acesso a um lugar público ou privado, que não possui nenhuma outra forma de acesso.

Embora seja sempre conveniente a autorização do proprietário rural para visitar a cachoeira que está localizada dentro de seu imóvel, não é necessariamente imprescindível, pois não se pode proibir o acesso a um bem público, e assim, o cidadão que assim quiser, pode procurar uma passagem para chegar no bem comum almejado, a cachoeira, sem é claro causar danos materiais, ambientais ou atentar a privacidade dos proprietários rurais e seus funcionário . É importante agir com bom senso e serenidade, a passagem deve ser realizada de modo a não resultar em nenhum tipo de dano material ou ambiental ao imóvel rural, bem como deve-se passar o mais longe possível de possíveis residências ou prédios rurais, para fins de evitar a invasão de privacidade, perturbação ao sossego ou mesmo que o dono da propriedade sinta-se ameaçado com receio de furtos ou roubos.

Abaixo, segue um excelente e interessantíssimo artigo escrito por um Desembargador de Direito Aposentado e Ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, Dr. Vladimir Passos de Freitas, sobre a natureza jurídica das cachoeiras e sua exploração econômica. O texto  é de uma clareza solar e construiu uma tese muito bem alicerçada sob o amparo do ordenamento jurídico vigente, por isso, recomendo muito a sua leitura, ainda que destoa em alguns pontos do entendimento aqui esposado.

É esclarecedor o artigo acadêmico “CACHOEIRAS, EXPLORAÇÃO ECONÔMICA E PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE” de Vladimir Passos de Freitas, afirma sobre a natureza jurídica das cachoeiras :

O uso e gozo do lazer nas cachoeiras e a exploração comercial na área de entorno são matérias pouco discutidas na doutrina. Da parte da população, pode ser invocado o direito ao lazer e a condição de bem público das águas, conforme arts. 6.º, caput, 20, III e 26, II, da Carta Magna. Do ponto de vista do proprietário, é possível invocar ser dono da área terrestre e seu dever de manter protegido o meio ambiente local.

Adiante o autor vai além e aborda o acesso às cachoeiras e a servidão de passagem: “A busca de acesso a uma cachoeira pode dar-se para lazer ou para a simples busca da água do rio, para uso próprio. A servidão de passagem para consumo de água encontra previsão no Código de Cachoeiras, Águas, Dec. 24.643, de 10.07.1934, que no art. 34, I, afirma que “é assegurado o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente de águas, para as primeiras necessidades da vida, se houver caminho público que a torne acessível”. Aqui, evidentemente, se trata de uso da água para consumo próprio. Para a busca das águas da cachoeira com fins lúdicos, como já afirmado, não há qualquer previsão no Código de 1934, época em que a população brasileira era pequena e os recursos ambientais mais disponíveis a todos.

Coisa diversa é prevista no art.1.385 do mesmo Código que, na lição de Arnold Wald, “é o direito de passagem forçada, estudado nos direitos de vizinhança. Emana da lei, e sem ele, seria impossível ao proprietário do prédio encravado entrar e sair livremente do seu terreno”. Portanto, a passagem forçada destina-se ao dono do prédio que não tem acesso à via pública, nascente ou porto, e que pode exigir do vizinho seu direito de acesso. Este permissivo da lei civil, evidentemente, não se ajusta à utilização de cachoeira como forma de lazer. Resumindo, não têm os vizinhos ou terceiros direito de exigir passagem para que possam utilizar cachoeira como parte de seu entretenimento.


Outrossim, registre-se que a Lei 6.938, de 30.08.1981, viu introduzido o art. 9.º-A no seu texto, por força da redação que lhe deu a Lei 12.651/2012. Nele se fala em servidão ambiental, servidão esta que nada tem a ver com a que serve de acesso a bens ambientais como os rios e cachoeiras. Com clareza ÉdisMilaré registra que “a servidão ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e envolve, basicamente, a renúncia voluntária do proprietário rural ao direito de uso, exploração ou supressão dos recursos naturais existentes em determinado prédio particular”.


Finalizando, resta repetir antiga mas atual lição de Washington de Barros Monteiro, quando afirma: “De tudo quanto ficou exposto, extrai-se a conclusão de que as servidões se acham efetivamente impregnadas daquela ideia de submissão de um prédio a outro, de sujeição permanente de uma propriedade a outra, como de início se acentuou. Nelas se descobre, portanto, certa analogia com a servidão humana, o que justifica o vocábulo sugestivamente empregado pelo legislador”

E o jurista Vladimir Passos de Freitas conclui: “Apesar de que muito já se falou na literatura sobre a propriedade e suas limitações, entre elas aquelas de caráter ambiental, o tema da exploração turística das cachoeiras ainda é pouco discutido nos Tribunais. De qualquer forma, é possível chegar-se a algumas conclusões:


a) As águas das cachoeiras são bens públicos, pertencem à União ou ao Estado em que se situem, tudo a depender das características do rio em que elas se encontrem.


b) O acesso às cachoeiras, situem-se em locais públicos (por exemplo, parque nacional) ou em propriedades particulares, não pode ser exigido, incondicionalmente, por terceiros.


c) É, em princípio, admissível, a exploração econômica na área de entorno das cachoeiras, com comércio, vestiários e vigilância, desde que autorizada pelo Poder Público e avaliado, em procedimento próprio, o impacto ambiental.


d) O Poder Público, caso queira possibilitar o acesso da população a cachoeiras que se situem no interior de propriedades particulares, poderá desapropriar área de acesso necessária a tal finalidade.

Projetos de Lei em Tramitação para Regulamentar Visitas as Cachoeiras e Atrativos Naturais

Projeto de Lei (PL) 1562/2015 Inteiro teor


Situação: Aguardando Apreciação pelo Senado Federal

O acesso de pessoas para locais de grande beleza cênica, como praias e cachoeiras, que exija a travessia por propriedades privadas poderá ser cobrado. É o que determina o Projeto de Lei 1562/15, do deputado Celso Jacob (PMDB-RJ), aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Valtenir Pereira: é fundamental assegurar as condições necessárias para o desenvolvimento do ecoturismo

Como tramita em caráter conclusivo, a proposta será enviada agora para o Senado, a menos que haja recurso aprovado para que seja analisada antes pelo Plenário da Câmara.

O texto original regulamentava o trânsito por propriedades privadas que leve a locais de beleza cênica ou interesse para a visitação pública, mas não previa a cobrança de entrada por parte do proprietário. Isso foi incluído na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, onde a proposta tramitou, e mantido pelo relator na CCJ, deputado Valtenir Pereira (PMDB-MT).

Quantia módica
Conforme o substitutivo aprovado na CCJ, o dono do terreno poderá cobrar uma quantia módica em dinheiro, que seja justificada por obras e serviços de conservação e manutenção de caminhos, trilhas, travessias e escaladas necessários para o acesso a sítios naturais públicos.

A versão aprovada determina ainda que o trânsito pela propriedade até o destino poderá ser feito sem guia turístico, desde que a pessoa interessada contrate seguro por dano pessoal ou para o resgate em caso de acidente; declare capacidade técnica e equipamentos para realizar a travessia; e respeite o plano de manejo e conservação do local (se existente).

O relator elogiou a proposta de Celso Jacob. Pereira destacou que a Constituição estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, considerado “bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”.

“É de grande importância assegurar as condições necessárias para que a visitação de tais sítios e os esportes de natureza possam acontecer e crescer no País”, disse Valtenir Pereira.

Acesso livre
O texto aprovado assegura o livre trânsito por caminhos, trilhas, travessias e escaladas que levem a locais de beleza cênica. O acesso livre aplica-se tanto aos caminhos já existentes, utilizados tradicionalmente por praticantes de esportes ao ar livre, como os que forem constituídos em locais ainda não explorados.

Neste último caso, a delimitação das vias de acesso poderá ser estabelecida pelos proprietários privados, de acordo com boas práticas que assegurem mínimo impacto, assegurada a participação da sociedade civil.

Como contrapartida pelo uso, o projeto prevê que as pessoas que transitarem pelas vias privadas devem zelar pela conservação dos ecossistemas locais e respeitar os limites e regras definidos pelos proprietários e órgãos ambientais.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto de Lei (PL ) 7486/2017 Inteiro teor

Situação: Aguardando Designação de Relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)

O Projeto de Lei 7486/17 torna direito do cidadão o livre trânsito nas propriedades privadas, por trilhas e escaladas que conduzam a montanhas, paredes rochosas, praias, rios, cachoeiras, cavernas e outros locais de beleza cênica e interesse para a visitação pública. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

O texto apresentado estabelece que o livre trânsito se aplica aos caminhos já existentes, tradicionalmente utilizados por praticantes de esportes ao ar livre, e aos que necessitarem ser constituídos.

A delimitação de novos acessos será feita por órgão ambiental municipal ou, quando inexistente, pelo órgão estadual. A proposta assegura a participação dos proprietários das terras na definição.

Para evitar danos às propriedades, o projeto determina que as pessoas que transitarem pelas trilhas deverão zelar pela conservação dos ecossistemas locais, com adoção de práticas de mínimo impacto e sem sair dos limites estabelecidos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Conclusão

Em geral, as cachoeiras despertam atenção e os sentidos das pessoas, independente de credo religioso, a plasticidade de sua beleza agrada a todos, até céticos, ateus e agnósticos, atrai os animais também por outras razões, e sobretudo são locais de muita história, verdadeiros sítios arqueológicos, são considerados ecossistemas lóticos, ambiente de água corrente, em movimento, como rios, riachos, córregos que guardam uma riqueza inestimável. E ainda, são locais sagrados para liturgias e rituais de natureza religiosa.

O Brasil como um país continental que tem possui as mais belas e diversas cachoeiras que podem ser encontradas em todos os seus estados, de norte a sul, em todos os biomas e com um potencial incrível e inexplorado para o ecoturismo na maioria das vezes.

E, cada vez mais as cachoeiras são exploradas mundo afora para fins de turismo e tendo também um papel importante na atividade econômica. Por tudo isso, mais do que nunca é necessário tomar consciência, tanto proprietários rurais, poder público, iniciativa privada e entidades civis em geral de que ter a verdadeira dimensão de sua importância e necessidade de preservação. Assim, é possível haver atitudes proativas que possam ser realizadas para que a gente não perca a riqueza das cachoeiras para a ação impensada do homem, para a poluição dos rios ou para a expansão urbana desordenada. Podemos estar aterrando ou poluindo parte importante também de nossa história.

A preservação implica em uma importante ferramenta de manutenção e recuperação do meio ambiente, da cultura, de suas religiões, da história mundial, do turismo, até mesmo de renda para muitos brasileiros que vivem do turismo em cidades do interior do país e também é fonte de água potável para muitas pessoas em nosso esquecido Brasil profundo. Suas águas são de suma importância para diversos indígenas, ribeirinhos e sertanejos guerreiros que resistem para sobreviver com a ajuda providencial da natureza que estende seus longos e generosos braços até que onde nosso civilizado homem contemporâneo ainda permite.

Por  Rudi Ribeiro Arena *

*Bacharel em Direito pela PUC-Campinas, Servidor Público Federal, Ciclista, um dos fundadores do Grupo Piramba e apaixonado por cachoeiras.

Fontes:

https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/umbanda-candomble/macumba/

http://www.nuss.com.br/locais-sagrados/as-cachoeiras.html

http://www.grupopas.com.br

https://portal.fiocruz.br/noticia/projeto-de-cooperacao-tecnica-para-desenvolver-banho-de-floresta-no-brasil-podera-ganhar

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corredeira

https://umbandanuss.com.br/as-cachoeiras-umbanda/

https://virecarranca.com.br/2020/07/13/lavadeira-do-rio-uma-profissao-que-resiste-ao-tempo/

https://www.campograndenews.com.br/lado-b/comportamento-23-08-2011-08/descarrego-e-oferenda-em-rito-do-candomble-o-desejo-e-para-um-2017-abundante

https://santuariodeumbanda.com.br/site/locais-para-oferendas/vale-dos-orixas/oxum/

https://www.olharconceito.com.br/noticias/exibir.asp?id=9969&noticia=terapias-holisticas-realizadas-em-cachoeira-promovem-curas-fisicas-e-emocionais

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https://portal.fiocruz.br/noticia/projeto-de-cooperacao-tecnica-para-desenvolver-banho-de-floresta-no-brasil-podera-ganhar

https://www.japanhousesp.com.br/artigo/os-banhos-de-floresta-no-japao/

http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/453/446

https://www.camara.leg.br/noticias/513811-CAMARA-REGULAMENTA-TRAVESSIA-POR-PROPRIEDADE-PRIVADA-PARA-CHEGAR-A-PRAIAShttps://www.camara.leg.br/noticias/513811-CAMARA-REGULAMENTA-TRAVESSIA-POR-PROPRIEDADE-PRIVADA-PARA-CHEGAR-A-PRAIAS

https://www.camara.leg.br/noticias/611456-projeto-torna-direito-do-cidadao-transitar-por-trilha-turistica-localizada-em-area-privada

https://www.camara.leg.br/noticias/513811-CAMARA-REGULAMENTA-TRAVESSIA-POR-PROPRIEDADE-PRIVADA-PARA-CHEGAR-A-PRAIAS

https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/cachoeiras-um-encontro-com-a-forca-e-a-beleza-da-natureza,1a2e4174326c5810VgnVCM1000001b00320aRCRD

https://clubedaviagem.com/2020/05/10/energize-se-a-fonte-mora-ao-lado/

https://www.docelimao.com.br/site/menu-do-assinante/videodicas-assinantes/86-terapias/1264-a-cachoeira-uma-bencao-para-a-saude.html

Cachoeira das Araras por Baixo pela 1ª Vez

Pela primeira vez chegamos até em baixo da belíssima Cachoeira das Araras, foi preciso fazer um longo e desgastante trekking até chegar no pé do imenso paredão em que cai as águas da cachoeira que são resultado do encontro do Córrego Águas da Prata com o Córrego Águas de Ouro um pouco acima da queda.

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Foram ao todo 15 Kms, grande parte andando pelo leito do rio, enchendo o tênis de areia que logo precisava ser esvaziado para poder seguir em frente. Em muitos trechos o leito do rio afunila e água chegava até o peito. A volta para chegar a civilização foi de muita subida, mas muita mesmo. E é claro, muito mato alto, pirambeira pura e bruta. As dores nos pés e nas pernas ainda seguem até hoje, três dias após ter feito a trilha a pé, só para chegar até a cachoeira foram cerca de três horas de caminhada, e nos deparamos com cobras peçonhentas e aranhas de impor respeito.

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A cachoeira fica no fundo do bairro rural da Adrianita e para o lado do Pesqueiro do Codonho, e de acesso bem difícil, para chegar até ela também é preciso escalar rochas gigantes.

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Essa foi uma das presepadas mais difícil que eu já me enfiei, mas também foi um dia que ficará marcado para sempre para quem estava nessa saborosa e cansativa enrascada. A Cachoeira de baixo é muito imponente, muito alta, as águas são límpidas, é de uma beleza fantástica, mas cobra um preço alto, sem dúvidas. Era um dos lugares que o Piramba sempre quis chegar quando avistava de cima a queda da Cachoeira das Araras e chegar lá em baixo sempre pareceu algo quase impossível, não é, mas é preciso planejar muito bem antes encarar essa aventura, não foi que fizemos nesse dia, mas na vida a gente tem que aprender com os nossos erros.

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O sol se foi e ficamos longe de casa e exaustos com dores nos pés e nas pernas, todos riscados pelo capim navalha até os braços e no escuridão da noite, e ainda meio que perdidos em um vale remoto entre Garça e Gália, dentro de um rio onde a luminosidade da lua cheia não nos alcançava em razão da mata ciliar ao redor, um lugar até então desconhecido, cá entre nós, é uma experiência um tanto assustadora e na hora passamos apuros.

Por outro lado, foi uma das melhores e mais diferentes experiências que vi e o pior, eu fui levar comigo meu amigo e o seu o cunhado espanhol que estava em Garça a passeio e foram parceiros nessa aventura recheada de sentimentos intenso, da alegria de chegar até a cachoeira até ao desespero de não enxergar uma a saída nome meio do nada a noite, e também do alívio e cansaço no final.

Que dia!!! O bom que deu tudo certo, ainda que tarde da noite, e com certeza esse dia há de me deixar mais resiliente e também aprender que é preciso planejar melhor as próximas empreitadas do gênero.

By Rudi Arena

Piramba MTB no Roots Bike Park

A Localização

No primeiro dia de pedal da Expedição à Campos do Jordão do Piramba MTB em maio/2021 resolvemos conhecer o Roots Bike Park que fica localizado próximo a 1700 m de altitude e fica a 800 metros do Portal da cidade e a 50 metros do Centro de Lazer Tarundu e ao lado do Hotel São Cristóvão. No dia anterior havia chovido bem, no caminho havia uma ou outra poça d´água e um pouco de barro ainda restava na pista, logo, a atenção tinha que ser maior ainda nas partes mais técnicas.

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Um Anjo Salvador

Porém, a minha bike e a de um outro amigo quebraram logo no começo. Que azar!!! O problema da minha bike foi o frehub ou roda-livre que é um tipo de cubo de bicicleta que incorpora um mecanismo de catraca, e para ajudar o meu pedal soltou e caiu no chão, frustrante, logo no primeiro dia, e ainda por cima iria ficar sem bike para pedalar os próximos dias. Por outro lado, o meu amigo quebrou a gancheira, mas no caso dele, o mais que gente boa Anderson Castro emprestou uma bike que tinha no Roots Bike Park destinada para aluguel.

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Já o meu caso estava mais complicado de resolver, mas como existe uma oficina para pequenos reparados, o Anderson tentou arrumar o meu frehub, mas ele estava em estado deplorável e conserto não dava certo, mas ele não desistiu, pegou umas peças usadas que tinha e arrumou o freehub com sucesso, também me arrumou um novo pedal e instalou na hora. Agora sim, a bike estava pronta para percorrer as tilhas iradas do bike park. E ainda por cima, o incrível Anderson Castro não cobrou nada pelo serviço e nem pelas peças do freehub, acabei pagando um valor módico pelo pedal e o agradeci muito. Ele salvou não só o o meu pedal naquele dia, mas também para os próximos dois dias de mountain bike. Ele merece todos os agradecimentos.

Dificuldades das Trilhas

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As trilhas no Roots são divididas por cores, Amarelo, Verde, Laranja, Azul, Vermelho e Preto, em ordem crescente de dificuldade. Embora tenha algumas trilhas com nível de dificuldade baixo, em geral, o Roots Bike Park possui trilhas bem técnicas e obstáculos similares ao que se encontra na natureza bruta das trilhas de MTB, também tem um circuito de XCO bem legal. A pista muitas vezes exige bastante técnica do ciclista, são necessárias mudanças rápidas de marchas, frenagens precisas, são muitas as curvas fechadas ou inclinadas, degraus, trechos de trilha bem estreitos e trechos de terreno com muitas raízes que exige atenção. Também é necessário muita força na perna, tem subidas pesadas, muitas vezes é necessário frear tudo para em seguida subir.

São muitos os desafios, obstáculos e estruturas de madeira para exercitar variadas técnicas, até mesmo para treinar jumps e equilíbrio. A pista possui algumas pontes de madeira, e uma em especial é muito legal e simula uma WallRide, mas em um ângulo menor que 90º. Talvez, o maior desafio e a cereja do bolo seja os Rock Gardens, que em tradução literal seria Jardim de Pedras. Tem um com pedras bem grandes e um desafio e tanto para passar ileso. É claro que um tombo ali seria normal, e é óbvio que isso aconteceu com um pirambeiro nosso, mas nada demais, todo desafio tem lá seus riscos, não é?

O Visual

O visual é o bike park é muito bonito, com vegetação típica daquela região, muitas araucárias, a trilha também passa por uma bela lagoa com patos, e encontrei lá muitos pássaros e também um cogumelo muito conhecido mundialmente, mas raro no Brasil. Ele é comum nas regiões frias do hemisfério norte, mas tem ocorrência natural no outono, em regiões montanhosas da Serra da Bocaina e da Mantiqueira, entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, bem como em algumas localidades dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul de clima frio.

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A Amanita Muscaria, é aquele cogumelo de de desenho animado de chapéu vermelho e bolinhas brancas, e que aparece em clássicos como Alice no País das Maravilhas ou o filme Fantasia (Disney) e no game do Super Mário Bross. Porém, muito cuidado, sua ingestão pode desencadear distúrbios digestivos, taquicardia ou alucinações.

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Zoom Bike Park X Roots Bike Park

É natural a comparação entre os dois Bike Park de Campos do Jordão, já que o Piramba MTB em outra ocasião também conheceu o Zoom Bike Park. Para começar percebi uma diferença de propósito da cada bike park, e também de preço, o valor no Roots é mais barato e o seu estilo é raiz mesmo. Porém, é preciso reconhecer que O Zoom este tem uma maior estrutura , o terreno do Park é maior e as trilhas são mais bem organizadas e separadas umas das outras. O Roots Bike Park faz jus ao nome, as trilhas são mais truncada e bem técnicas, já no Zoom as trilhas são mais limpas, abertas e fluem mais.

Porém, no quesito atendimento e oficina de reparos, o Roots Bike Park se diferenciou pela qualidade e acolhimento. Fomos muito bem atendidos pelo Anderson Castro, diferente da experiência que tivemos no Zoom Bike Park. E ainda por cima, no entorno do Roots Bike Park existe uma pequena capela e também uma pequena Igreja que em tive o privilégio de primeira vez ter a sensação de tocar o sino do templo. A experiência como um todo muito legal.

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Sobre o Anderson e Drika do Roots Bike Park

E também é muito bacana a história dele no mountain bike. Ele foi campeão Brasileiro em 1996, e já esteve no pódio em muitas das mais duras provas de mountain bike, como Iron Biker, Canastra Ride, Mundial na Austrália, Panamericano na Argentina, as famosas provas de 24 horas, tendo sido um dos brasileiros classificados para o Mundial dessa modalidade. O Roots também conta com a Drika, “Mountain biker desde 1996, correu perto de 40 provas de aventura, algumas provas de mountain bike, e atravessou a América do Sul em 2008, num total de 24 dias, sendo 21 dias pedaladas! Trilheira rústica!”

Ao final, o Anderson ainda compartilhou todo o seu conhecimento histórico e nos serviu como um excelente de guia para uma viagem ao passado de Campos do Jordão com curiosidades fascinantes, que com certeza vale a um postagem em separado sobre o assunto.

By Rudi Arena

O ROOTS BIKE PARK é a mais nova opção para os Mountain Bikers se divertirem em Campos do Jordão-SP. Em meio a muito verde e com um visual lindo demais, a quase 1800m de altitude, há varias trilhas de diferentes níveis, e também um circuito XCO (7,0km) incrível, com acumulado de 230m. Temos trilhas para vários níveis de aventureiros, do iniciante ao profissional. O biker tem a opção de repetir o trecho que mais gosta quantas vezes quiser, fazendo trilhas e voltas diferentes cada vez.

Adrenalina, diversão e superação de limites na certa!

Coletânea das Cachoeiras de Garça

O vídeo é uma seleção de fotos de mais de 40 cachoeiras localizadas em Garça-SP e em seu entorno. Muitas são cachoeiras desconhecidas da própria população do município. Essa foi uma forma de demonstrar em poucos minutos a extensão e encanto das belezas naturais que existem na região e que o Piramba teve o prazer de registrar ao longo de sua história.

Mapa das Cachoeiras de Garça-SP

Aqui você pode conhecer cada cachoeira de garça através dessa ferramenta super interessante desenvolvida pelo Piramba MTB que é um mapa com o cadastro todas as cachoeiras que já registramos em Garça-SP.

Tutorial do Mapa das Cachoeiras de Garça:

  • Clique duas vezes para abrir o Mapa das Cachoeiras, cada ícone do Piramba corresponde a uma cachoeira.
  • Dê um zoom e escolha um ícone que logo aparecerá o nome da cachoeira.
  • Se quiser saber mais, clique que vai aparecer a foto da cachoeira e o link para obter mais informações sobre ela.

Obs: essa é uma ferramenta em construção, algumas cachoeiras estão pendentes de inclusão no mapa.

Para conhecer um saber um pouco mais sobre as belezas naturais de Garça visite nossas páginas e siga nossas redes sociais:

1Cachoeira das Araras
2Cachoeira do Arco
3Cachoeira do Banespinha
4Cachoeirinha da Bomba
5Cachoeirinha do Borrachudo
6Cachoeira do Carcará
7Cachoeira dos Macacos (Cipó)
8Cachoeira da Constroli
9Cachoeira Copaíba
10Cachoeira da Deusa
11Cachoeira do Entorno da Geladeira
121ª Cachoeira da Enseada
132ª Cachoeira da Enseada
14Cachoeira da Hípica / Aranhas
15Cachoeira da Igurê
16Cachoeira do Tubo
17Cachoeira Encontro Tubo
18Cachoeira do Cantu
191ª Cachoeira da Cascata (Cascatinha)
202ª Cachoeira da Cascata (Cascatona)
21Cachoeira dos Escravos
22Cachoeiras da Geladeira
232ª Cachoeira da Geladeira
24Cachoeira do Marangão
25Cachoeira da Mata
26Cachoeira do Paredão
272ª Cachoeira do Paredão
28Cachoeira da Pedra
29Cachoeira do Pneu
30Cachoeira Pico da Queda
31Cachoeira do Quebra-Tudo
32CACHOEIRA SANTA CECILIA
33Cachoeira São Matheus 1ª Queda
34Cachoeira São Matheus 2ª Queda
35Cachoeira das 2 Quedas
36Cachoeira do Tassio Natureza
371ª Cachoeira da União
382ª Cachoeira da União
39Cachoeira do Urubu
40Cachoeira Vigilancia
411ª Cachoeira Vigilancia
422ª Cachoeira Vigilância
433ª Cachoeira Vigilância
44Cachoeira dos Bandeirantes
451ª Cachoeira da 09 de julho 9 (Roça Grande)
462ª Cachoeira da 09 de julho 9 (Roça Grande)
473ª Cachoeira da 09 de julho 9
48Cachoeiras de São Pedro
492ª Cachoeira da Mata
503ª Cachoeira da União
512ª Cachoeira Copaíba
522ª Cachoeira do Entorno Santa Marcela
53Cachoeira Santa Marcela
542ª Cachoeira Santa Marcela
551ª Cachoeira do Entorno Santa Marcela
56Cachoeira da Faz. da Gávea
57Cachoeira Rosa 2ª Queda
58Cachoeira Estrela 2ª Queda
59Cachoeira Rosa 1ª Queda
142Cachoeira de Oriente
143Cachoeira da Fazenda Floresta
144Cachoeira de Águas de Santa Bárbara
246Casca Dantas
247Fundão
248Maria Augusta
351Cachoeira da Real (Cunha-Parati)

Veja a Matéria que a Solutudo de Botucatu fez com o Piramba MTB na linda Pousada Gávea

É com muita satisfação que apresentamos a matéria que a Solutudo de Botucatu fez com o Piramba MTB na Pousada Gávea em que podemos contar um pouquinho mais sobre a nossa trajetória, entre outras curisidades. Esta gravação foi realizada após uma primeira matéria sem conteúdo áudio-visual que foi feita anteriormente: https://conteudo.solutudo.com.br/garca/conheca-o-grupo-de-amigos-que-desbrava-garca-pedalando/

Já que esta primeira publicação teve boa repercussão e audiência segundo a Solutudo, então resolveram fazer uma outra matéria, mas desta vez a equipe dela quis gravar um vídeo com o Piramba e se deslocou até Garça. O lugar que foi escolhido não poderia ser melhor, a Pousada Gávea é lindíssima, e as fimagens se deram as margens de uma bela represa de águas esverdeadas.

Com essa gravação realizada, o Piramba MTB conseguiu atingir mais pessoas que geralmente acessa no conteúdo, e assim pudemos aproveitar essa oportunidade para divulgar o nome de Garça e suas belezas naturais, que tanto valorizamos. Essas que são desconhecidas mesmo para a população do próprio município, imagina então para resto do estado do São Paulo é como se elas não existissem, e divulgar o patrimônio natural de nossa terra sempre foi a grande missão do nosso grupo.

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Encerrada a gravação, todos nós, Piramba MTB e a equipe da Solutudo desfrutamos de um saboroso almoço regado a um refrescante suco de laranja e também a muita conversa boa, em clima descontraído. Isso tudo, no belíssimo restaurante da pousada que tem uma vista espetacular e um ambiente muito aconchegante.

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A Solutudo é uma empresa de tecnologia e comunicação com sede em Botucatu que tem como missão apresentar todos os detalhes da cidade, principalmente aqueles que só podem ser descobertos bem de perto, para que as pessoas possam conhecê-la, aproveitá-la e vivê-la de maneira mais leve.

A Pousada Gávea é um lugar Fantástico para quem gosta de contato com a natureza. Além de chalés para hospedagem, a Pousada também dispõe de um excelente serviço de restaurante, uma comida muito caprichada e saborosa, sem contar o visual maravilhoso ao redor. São muitas as trilhas, nascentes e cachoeiras a disposição do visitante. Também possui uma linda represa com caiaques a disposição. Tem piscina também uma ótima piscina como uma das opções de lazer, e ainda biblioteca, quadra de tênis iluminada, passeio à cavalo e pesca esportiva.

O acesso é muito fácil, está a margem da rodovia SP-331, altura do km 195. De Garça-SP basta pegar a rodovia para Lupércio, mas antes de chegar no distrito de Santa Terezinha de Alvinlândia-SP, tem uma entrada a esquerda e já chega na Pousada Gávea, não precisa pegar estrada de terra.

Rudi Arena

A Lendária Cachoeira do Gaia (Inédita) e o Vale do Rio Tibiriça em Garça-SP

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A Cachoeira do Gaia

O destino inicial do pedal era chegar na Lendária Cachoeira do Gaia, muito frequentada  e conhecida  pelos garcenses da antiga, aproximadamente há 30 anos, ouvia-se falar muito desta cachoeira,  principalmente em aos moradores da Vila Rebelo. Nas realidade, não se trata apenas de uma cachoeira, mas sim de um complexo de cachoeiras, mas infelizmente não foi possível explorar todas elas nesse dia.   Hoje, com a expansão da malha urbana em Garça-SP, a cachoeira hoje fica mais próxima da cidade ainda, mais especificamente perto do bairro do Frei Aurélio e do Monte Verde. O lado ruim desta proximidade, ela que ela acaba por sofrer com a poluição do lixo jogado na cidade, com as chuvas, esse lixo acaba descendo em direção ao começo do Rio Tibiriçá, por isso é possível achar muito plásticos na cachoeira, o que é lamentável para um lugar em que a natureza foi tão generosa.

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O Caminho a Beira do Vale do Rio Tibiriçá

Depois de chegar na Cachoeira do Gaia pela estrada de terra que existe ao final do distrito de indústrias de Garça, resolvemos seguir beirando o vale do Rio Tibiriça e logo avistamos uma linda  cachoeira à distância. Então chegar até ela passou a ser o nosso objetivo dali em diante, mas sempre pedalando pelo pasto e contornando o vale. Assim passamos por atrás do bairro São Lucas, do aterro sanitário e do prédio do SAPROMI, e seguimos adiante, afastando-se da zona urbana.

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O Pico do Carcará

Com o sol já caindo, enfim, chegamos na cachoeira, conhecida como Pico do Carcará, pois são muitas aves dessa espécie que circundam o lugar. De cima do pico, a visão é estonteante, um patrimônio natural pouco conhecido e preservado do município, próximo do aeroporto e da Estação de tratamento de Esgoto do SAEE. No total, foram pouco mais de 20 km pedalados, mas em razão do terreno, geralmente de grama e trios de boi, o pedal é um tanto arrastado, ainda mais porque são muitas as cercas a serem atravessadas. Mas só o visual de pedalar avistando uma linda cachoeira  já compensa qualquer esforço, a parte ruim mesmo é o mal cheiro de quando aproxima da estação de tratamento de esgoto, mas é assim mesmo, tudo tem o seu custo.

Rudi Arena

 

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Cenas exclusivas feitas pelo nosso amigo Vicente Conessa com o novo Piramba Cop, muitas outras belas imagens aéreas de Garça ainda virão:

Cachoeira do Gaia:

 

Pico do Carcará:

Conexão Piramba Califórnia

Los Angeles é uma grande cidade do sul da Califórnia e também muito conhecida como o centro da indústria de cinema e televisão dos Estados Unidos. Em busca do famoso letreiro de Hollywood, minha primeira conexão Piramba X Califórnia parecia um sonho até o momento, mas logo se tornou uma realidade.

O Caminho me convidava a fazer um trekking ou uma hiking como é chamada aqui, me fazendo relembrar os bons tempos de trilhas na saudosa cidade de Garça.

O que mais me chamou a atenção foi que todos os lugares que eu olhava, eu via uma paisagem diferente e muito bonita, uma sensação de paz e reenergização.

Minha primeira aventura percorreu os caminhos daquela trilha da famosa montanha do letreiro de Hollywood, Mount Lee, uma experiência muito recompensadora a medida que subia o trajeto que me parecia ir ao encontro do Letreiro.

Assista ao Primeiro Conexão Piramba Califórnia e se gostar, já sabe!!! Compartilhe!!

Thiago Bulho.

Acesse também as redes sociais do Piramba MTB. 

10 anos de Piramba MTB no Ar

Há 10 Anos foi Criado o Canal Piramba MTB no Youtube

A história do Piramba desde o início foi  temperada com muita a areia, suor e água de cachoeira. E a ideia  sempre foi procurar novos caminhos,  pedalar em lugares que não tem estrada ou mesmo qualquer trilha, que quase ninguém vai, e muitas vezes é preciso perseguir um caminho para chegar no destino almejado, que são os picos e cachoeiras da região, locais inóspitos, de difícil acesso e desconhecido de muita gente.

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A marca Piramba MTB surgiu no final de 2008, já fazíamos pedais com cachoeiras, e eu gostava de filmar, editar e depois para poder compartilhar aquele arquivo pesado acabava tendo que gravar o vídeo em CD e assim disponibilizar para os amigos, pois nunca tive nenhuma pretensão em criar um canal no youtube. No entanto, isso acabou sendo inevitável pela facilidade de compartilhar os vídeos com quem quiser de maneira simples e prática.

E junto com a necessidade de criar o Canal, também foi preciso criar um nome e assim surgiu o nome Piramba MTB que veio para ficar,  já são mais de 200 vídeos gravados, só este canal criado em 2008 passou da marca de 100 mil visualizações, pouco se comparado com muitos por aí, mas não deixa de ter um certo significado, se partir do princípio que é um canal com conteúdo próprio, produção precária, pouco tempo dedicado ao projeto, destinado a um publico reduzido, sem investimento nenhum, sem uso de artifícios para turbinar as estatísticas de visualizações, e sem fazer muita divulgação.

Mas o Piramba é muito maior que este singelo canal de youtube, pois outros também publicam vídeos do grupo e contribuem na consolidação da marca Piramba MTB ,  como os canais amigos: Canal do Vicente,  Canal do Thiago Bulho e o Sujo de Barro do Thiago Zancopé.

Em 2011 foi criado o Blog do Piramba 

Com o nosso amigo Vicente Conessa incorporado para valer nos pedais do Piramba deu-se o nascimento deste  presente Blog para ser um lugar para ampliar o conteúdo divulgado pelo Piramba, já que o youtube fica mais restrito a publicação de vídeos. Então o Vicente criou o Blog para postarmos além dos vídeos, fotos e também textos sobre as trilhas de bike e as cachoeiras da região de Garça.

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A característica principal do nosso grupo de pedal, é aliar o Mountain Bike com natureza, e em muitas vezes o destino são as diversas e belas cachoeiras que existem nas proximidades de Garça-SP.  Junto com o blog também foi criada uma conta do Piramba MTB no Flickr para postar as fotos registradas durante os rolês de bike.

Uma História Feita por Muitas Pessoas

Mas o Piramba vai muito mais além disso tudo, pois foi construído por muitas outras pessoas ao longo destes mais de 10 anos de existência, são todas aquelas que já participaram dos nossos pedais, que fizeram a história do grupo e criou a sua identidade. De um lado, com muita  adrenalina, aventura e  diversão, mas por outro lado, não foram poucos os momentos de extremo cansaço, dor, sofrimento e até desespero, e nessas horas que aparecem também a solidariedade e a superação, daí então o estreitamento dos laços de amizades é só uma consequência natural da situação.

São muitas as emoções e experiências acumuladas nestes 10 anos de pirambeiro, e isso é tão bom e enriquecedor que não tem como deixar de seguir na atividade, o pedal não pode parar nunca.

O conteúdo gerado pelo Piramba só foi possível com a ajuda essencial de muita gente, são tantos que não tem como relacionar todos. Cada um foi fundamental e peça de um quebra cabeça que forma o todo que é o Piramba MTB é. E a interação dos pirambeiros com a natureza sempre foi a tônica dos vídeos e das mais de  18 mil fotos já publicadas.

Existem muitas outras plataformas utilizadas para divulgar o nosso material, e mesmo assim,  tudo o que já foi registrado, é apenas uma parte do conteúdo já criado pelos pirambeiros. Em tempo de celulares para lá de modernos, é muito comum ter várias fotos e vídeos nos celulares de cada um e que não são publicados, e nem por isso menos interessantes, o que  mostra como é  vasto o conteúdo criado até agora, sempre repleto de bike e natureza.

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O Piramba MTB aumentou o número de redes sociais em que publica seu conteúdo, está também presente no Facebook e Instagram. Além do FlickrYoutube e WordPress e também tem o site Piramba Adventure com mais de 1.400 cachoeiras cadastradas ao redor do mundo. Uma plataforma digital complementa a outra, assim como contribui para que o Piramba MTB alcance o maior número de pessoas, e  mais gente pode ter contato com o material publicado, ou seja, as cachoeiras, os animais silvestres da região e trilhas de bike que existem nas proximidades de Garça-SP, bem como em outros lugares que já percorremos também.

A Evolução, Lenta, Gradual e Sólida das Estatísticas do Blog

Desde o nascimento do Blog em 2011, a cada ano que passa aumenta um pouco as visualizações quando comparado ao ano que passou, este ano mesmo, em julho já tinha passado os números de 2018. Aos poucos e com bastante conteúdo o site do Piramba MTB se consolida e cresce ano a ano.  As estatísticas que estão no quadro abaixo demonstra essa evolução.

E o interessante é que apesar dos números modestos do nosso Blog, em consulta as estatísticas quanto ao alcance geográfico do site  verificamos que já fomos acessados por mais da metade dos países do planeta terra, são os coloridos de amarelo, além do Brasil em vermelho é claro, conforme mapa múndi abaixo.

No total, pessoas distribuídas em 98 países já visitaram a nossa página. Outro dado que chama a atenção é o número de visualizações nos Estados Unidos, todos os dias existem visualizações originadas desta nação. Isso tudo é uma demonstração que devagar e sempre o Piramba MTB expandiu além das fronteiras do Brasil, conseguiu colocar as belezas do município de Garça-SP  nas telas de pessoas do outro lado do globo, o que não deixa de ser um motivo de satisfação, já que trabalhamos com muita simplicidade.

Considerações Finais

Por tudo isso, podemos dizer o Piramba MTB vem cumprindo neste tempo o papel de contribuir um pouco com a divulgação do Mountain Bike,  o esporte de fazer trilhas de bicicleta nos mais diversos cenários, por mais adverso que seja o caminho, bem como levar ao conhecimento de muitos, as encantadoras cachoeiras que existem em Garça-SP e região, muitas vezes desconhecidas pelos moradores locais.

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E ao conhecer e registrar imagens de tantas cachoeiras, acabou sendo necessário fazer o inventário delas, catalogá-las e torcer para que isso possa ajudar a preservação desses belos e importantes patrimônios naturais.  Por outro lado, este espaço também se fez lugar de informações sobre animais  pertencentes a nossa fauna e até mesmo chegamos a abordar um pouco da história da região.

Logo, o balanço desses 10 anos é bem positivo, o pedal nunca parou, e nem este Blog, apesar de momentos de maior ou menor atividade, bem como o gosto pelo contato com a natureza e a busca por conhecer novos caminhos e cachoeiras que não cessa jamais.

Conseguimos nesse tempo registrar mais de 40 cachoeiras na região de Garça, e ainda algumas outras em municípios diversos, desenvolvemos o mapa das cachoeiras, uma interessante ferramenta para conhecer melhor a extensão, a localização e a qualidade de nossas cachoeiras (Confira Aqui).

Mas este é um trabalho sem fim, apesar de ainda incompleto e com algumas imprecisões, não deixa de ser um motivo de orgulho a categorização e o desenvolvimento do mapa das cachoeiras, inclusive com fotos para que se tenha uma noção mais exata dessas preciosidades da natureza.

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Este trabalho de mapear as cachoeiras acabou por prestar uma pequena ajuda para que Garça conseguisse ver aprovado o projeto para se tornar um município de interesse turístico, e prova disso é que o próprio site oficial da Prefeitura de Garça na página referente ao Turismo, em “Mapa do Turismo”, existe um link chamado “Cachoeiras – Piramba MTB” que  utiliza a base de dados do nosso mapa de cachoeiras, inclusive a site dá o devido crédito ao Piramba (Veja Aqui).

Também sinal de  reconhecimento das publicações feitas pelo Piramba foi a matéria produzida por um importante periódico da imprensa Bauruense.  O Jornal da Cidade veio até Garça para conhecer melhor o Piramba MTB e fazer uma reportagem a respeito das cachoeiras inexploradas desta região, clique aqui para ler a matéria.

Também o Piramba MTB deu uma parcela de colaboração pra reconstituir a história da gigantesca e lendária Fazenda São João, hoje  mais conhecida como Companhia Inglesa com sua encantadora igreja em ruínas. A contribuição foi através da postagem de um primoroso texto cedido gentilmente por Hamilton Carvalho que vivenciou o período áureo desta fazenda. Nesta época,  era considerada maior que muitas cidades da região em número de habitantes, e ele com texto muito bem escrito conta com riqueza de detalhes como era a vida neste local. Confira aqui esta postagem. 

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Sem dúvidas, foi uma dos conteúdos mais interessantes já publicados pelo  Piramba MTB e também foi o que chamou a maior atenção dos internautas. Sempre ávidos por mais informações sobre o assunto, eles acabaram por contribuir com valiosos comentários  e assim pudemos conhecer melhor o que foi este lugar com características únicas na região.

Rudi Arena

Referências:

https://www.garca.sp.gov.br/turismo/

https://www.jcnet.com.br/Regional/2016/12/garca-tem-cachoeiras-inexploradas.html

https://www.flickr.com/photos/pirambamtb/albums/

https://www.instagram.com/pirambamtb/

https://pirambamtb.com/2017/01/29/mapa-das-cachoeiras-de-garca/

https://www.youtube.com/user/RudiArena

https://www.youtube.com/user/bandamst

https://www.youtube.com/user/tonawebtv

https://www.youtube.com/user/vilegaion

https://pirambamtb.com/2016/06/05/companhia-inglesa-memorias-da-fazenda-sao-joao-19441954-por-hamilton-carvalho/

https://www.facebook.com/Pirambamtb/

https://www.facebook.com/Pirambaadventure

http://piramba.com/

Você conhece a cachoeira da união?

Você conhece a cachoeira da união? Fica na cidade de Garça! Venha conferir todas as nossas cachoeiras!Turismo em Garça.
Nossa amigo Tom conseguiu sobrevoar a cachoeira e nos deu de presente essas cenas.
#Cachoeira #União #Waterfall #Aventura #Drone #Fly #Nature #Garça#Piramba #Turismo #CentroOeste #Paulista #Brasil #Marília #Bauru#Ourinhos #Lins #RioPreto #SãoPaulo #Campinas

 

Conheça a Cachoeira do Carcará!!

Conheça a Cachoeira do Carcará vista de cima!!!

É apenas uma das centenas de cachoeiras de Garça-SP, próxima a cidade, fica entre o bairro São Lucas e o Aeroporto do município.

Imagens gentilmente cedidas por Antônio Brandão

#Cachoeira #Pneu #União #Waterfall #Carcara #Aventura #Drone #Fly#Nature #Garça #Piramba #Turismo #CentroOeste #Paulista #Brasil#Marília #Bauru #Ourinhos #Lins #RioPreto #SãoPaulo #Campinas

Cachoeira do Pneu ou Stand

Conhece a Cachoeira do Pneu? Você pode ter ouvido fala então na cachoeira do Stand?
Nosso amigo Antônio Brandão nos proporcionando essas belas imagens!!

#Cachoeira #Pneu #União #Waterfall #Aventura #Drone #Fly #Nature #Garça #Piramba #Turismo #CentroOeste #Paulista #Brasil #Marília #Bauru #Ourinhos #Lins #RioPreto #SãoPaulo #Campinas

Trilha de Sepituba X Bonete – Ilha Bela – SP

Ilhabela é um dos únicos municípios–arquipélagos marinhos brasileiros e é localizado no litoral norte do estado de São Paulo, microrregião de Caraguatatuba. A população aferida pelo IBGE no Censo de 2010 era de 28 196 habitantes, e a área é de 347,5 km², resultando numa densidade demográfica de 81,13 hab/km². A população estimada pelo IBGE para 1 de julho 2015 era de 32 197 habitantes, resultando numa densidade estimada de 92,65 hab/km².[3]

Possui uma das mais acidentadas paisagens da região costeira brasileira, com todas as características de relevo jovem. Com o aspecto geral de um conjunto montanhoso – formado pelo Maciço de São Sebastião e Maciço da Serraria, além da acidentada Península do Boi –, a Ilha de São Sebastião se destaca como um dos acidentes geográficos mais elevados e salientes do litoral paulista, tendo como pontos culminantes o Pico de São Sebastião, com 1379 metros de altitude; o Morro do Papagaio, com 1307 metros; e o Morro da Serraria, com 1285 metros.

Banhado pelo oceano Atlântico, o município está localizado a 135 quilômetros da capital e a 140 quilômetros da divisa com o estado do Rio de Janeiro. Está situada um pouco ao sul do Trópico de Capricórnio, que passa sobre a cidade vizinha de Ubatuba.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhabela

Cachoeira do Quebra-Tudo em Álvaro de Carvalho

Vídeo da mais alta cachoeira das redondezas, encravada em dos muitos vales da bela região entre os municípios de Garça e Álvaro de Carvalho, sua altura exata ninguém sabe, mas que deve superar os 60 ou 70 metros  de altitude e cujas águas caem ao sabor do vento em meio as mais variadas pedras de todos os formatos e tamanho.  Um lugar belíssimo, porém de difícil acesso.

 

Cachoeira do Cantu e Mata da Igurê

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Clima frio não é propício para um pedal com cachoeira, certo? Para nós do Piramba MTB está errado, cachoeira é sempre a cereja do bolo, independentemente da temperatura . Pedal com duas cachoeira não tem como não ser bom, e ainda com amigos reunidos, conversas divertidas e belas paisagens ao redor. Apesar da baixa quilometragem, o mergulho pirambeira adentro é grande, o que proporciona os melhores momentos.

Começamos pela já famosa, e sempre fascinante trilha da mata da Fazenda Igurê, o que é um privilégio para os ciclistas de Garça e região, pois é impossível não curtir um pedal em meio à pura mata atlântica e os sons dos passarinho que ali habitam e fazem uma trilha sonora perfeita. A trilha também tem muitas artimanhas e obstáculos, é preciso atenção, tem descidas acentuadas, curvas, troncos no chão, cipós que enroscam podem enroscar o pescoço, e muitos arranha gatos pelo caminho. O caminho nunca é igual, sempre tem alguma coisa que mudou porque a natureza é viva e está sempre a se transformar, por isso esconde entre seus encantos também muitos perigos. Mas como é gotoso andar nesta mata, a adrenalina é grande quando se anda rápido ali, e é preciso todos os sentidos entrem em estado de alerta, pois uma só bobeada pode acabar dolorosa.

Logo mais, seguimos para um dos lugares mais bonitos de Garça, a Cachoeira do Cantu que é sem dúvida alguma é um ótimo colírio para os olhos, suas águas transparentes que parecem descer pelas pedras por todos os lado é um convite e tanto para entrar em sua água sempre fria, mas que neste dia estava extremamente gelada, depois que entra também, a sensação é renovar as energias. Importante observar, que para ir nesta cachoeira é preciso uma prévia autorização do proprietário da fazenda.

Mas esse ainda não era o final do pedal, seguimos ainda até a Cachoeira da Igurê, mas infelizmente, naquele dia a água não parecia muito própria para banho, o que tem sido cada vez mais frequente neste local, uma pena, pois um lugar tão especial, vira e mexe, aparece muito sujo, tanto a água como a areia.

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