Cachoeira das Araras por Baixo pela 1ª Vez

Pela primeira vez chegamos até em baixo da belíssima Cachoeira das Araras, foi preciso fazer um longo e desgastante trekking até chegar no pé do imenso paredão em que cai as águas da cachoeira que são resultado do encontro do Córrego Águas da Prata com o Córrego Águas de Ouro um pouco acima da queda.

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Foram ao todo 15 Kms, grande parte andando pelo leito do rio, enchendo o tênis de areia que logo precisava ser esvaziado para poder seguir em frente. Em muitos trechos o leito do rio afunila e água chegava até o peito. A volta para chegar a civilização foi de muita subida, mas muita mesmo. E é claro, muito mato alto, pirambeira pura e bruta. As dores nos pés e nas pernas ainda seguem até hoje, três dias após ter feito a trilha a pé, só para chegar até a cachoeira foram cerca de três horas de caminhada, e nos deparamos com cobras peçonhentas e aranhas de impor respeito.

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A cachoeira fica no fundo do bairro rural da Adrianita e para o lado do Pesqueiro do Codonho, e de acesso bem difícil, para chegar até ela também é preciso escalar rochas gigantes.

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Essa foi uma das presepadas mais difícil que eu já me enfiei, mas também foi um dia que ficará marcado para sempre para quem estava nessa saborosa e cansativa enrascada. A Cachoeira de baixo é muito imponente, muito alta, as águas são límpidas, é de uma beleza fantástica, mas cobra um preço alto, sem dúvidas. Era um dos lugares que o Piramba sempre quis chegar quando avistava de cima a queda da Cachoeira das Araras e chegar lá em baixo sempre pareceu algo quase impossível, não é, mas é preciso planejar muito bem antes encarar essa aventura, não foi que fizemos nesse dia, mas na vida a gente tem que aprender com os nossos erros.

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O sol se foi e ficamos longe de casa e exaustos com dores nos pés e nas pernas, todos riscados pelo capim navalha até os braços e no escuridão da noite, e ainda meio que perdidos em um vale remoto entre Garça e Gália, dentro de um rio onde a luminosidade da lua cheia não nos alcançava em razão da mata ciliar ao redor, um lugar até então desconhecido, cá entre nós, é uma experiência um tanto assustadora e na hora passamos apuros.

Por outro lado, foi uma das melhores e mais diferentes experiências que vi e o pior, eu fui levar comigo meu amigo e o seu o cunhado espanhol que estava em Garça a passeio e foram parceiros nessa aventura recheada de sentimentos intenso, da alegria de chegar até a cachoeira até ao desespero de não enxergar uma a saída nome meio do nada a noite, e também do alívio e cansaço no final.

Que dia!!! O bom que deu tudo certo, ainda que tarde da noite, e com certeza esse dia há de me deixar mais resiliente e também aprender que é preciso planejar melhor as próximas empreitadas do gênero.

By Rudi Arena

Piramba Explorer: Cachoeiras Inéditas em Vera Cruz (Vale do Araquá)

Piramba Explorer: Descobertas e Sofrência

O Piramba MTB já percorreu dezenas de cachoeiras em Garça e região, tanto as principais e mais famosas como também muitas inexploradas e desconhecidas, ainda assim, sabemos que provavelmente existem outras dezenas a serem registradas pela lente intrépida e inquieta do Piramba MTB.

Logo, de vez em quando é dia de Piramba Explorer, ou seja, é dia de sair rumo ao desconhecido, explorar novos caminhos e horizontes, ir onde desconfiamos que possa existir outras cachoeiras inéditas e ter aquele gostinho de ser surpreendido por uma bela cena da natureza, uma cachoeira ou um pico inédito. Por outro lado, nesse tipo de pedal aventura a sofrência e a frustração também são partes do enredo.

É comum traçar planos e metas para chegar em tal ponto, descer o vale, subir um morro, atravessar um alagado de taboal, mas muitas vezes o obstáculo se mostra intransponível, como um paredão ou abismo a frente. Muitas vezes seguimos com um objetivo, mas somos obrigados pela força da natureza bruta a recuar, voltar, nos localizarmos no mapa por satélite e rever a rota. Carregar a bike morro acima sempre acontece nessas ocasiões, percorrer cursos d´água para ver se chega em uma cachoeiras, escalar um pouco galhos e pedras, pula cerca, pula brejo, é um pouco de tudo, e também é preciso levar muito mato no peito, pedalar em terrenos inóspitos, onde não há nenhuma trilha ou caminho, é totalmente “off road”.

O Belíssimo Vale do Araquá

Se em alguma ocasiões a expectativa não vira realidade, em outras vezes rende muitas descobertas e várias cenas lindas da natureza exuberante de nossa região. Dia 28/03 e 02/04/2021 foram dias de Piramba Explorer, mais precisamente fomos explorar a região atrás do Posto Vera Cruz que fica a beira da rodovia SP-294 e nas proximidades do bairro rural Araquá. Aliás ao fundo dele, tem um belíssimo vale e felizmente encontramos algumas cachoeiras.

Embora o intuito inicial era descer o vale e chegar até o fundo dele para então procurar acessar as cachoeiras por baixo, isso não foi possível. Contornamos boa parte do acidente geográfico, mas não conseguimos achar um ponto que não fosse abismo para assim poder descer. Porém, como somos persistentes, voltamos lá outro dia com mesmo objetivo, mas novamente a natureza nos deu um baile e vimos que o buraco é mais em baixo, literalmente, é muito mais em baixo, o vale é uma espécie de Canion, de longe parece até que é possível descer até o seu fundo, só que de perto vemos que somos apenas formiguinhas em meio a sua imensidão vertical.

Saldo do Explorer: 5 Cachoeiras Inéditas

Entretanto, nada é em vão, nesse retorno, outra cachoeira por cima nós encontramos, trata-se de um pico muito alto e com uma bela visão, pena que é pouco o volume do córrego. A vontade de tomar um banho em baixo dela é gigante, assim como os obstáculos para chegar até lá. De qualquer forma, são válidos os registros e as descobertas, são mais cinco cachoeiras a serem acrescentadas no Mapa das Cachoeiras da região de Garça-SP. E quem sabe em um auspicioso dia conseguiremos iremos chegar em baixo das três grandes quedas que identificamos mas que apenas acessamos elas por cima. É um desafio e tanto.

Ao final, o saldo desses dois dias de Piramba Explorer foi altamente positivo, além de três grandes cachoeiras inéditas, também encontramos outras duas cachoeiras pequenas e boas para banho, estas sim conseguimos chegar por baixo delas. Isso tudo é mais uma demonstração da vastidão de cachoeiras que existem em nossa região, a maioria inexploradas e desconhecidas. O trabalho de procurar por novas cachoeiras é árduo e cada vez mais difícil na medida que estas são geralmente desconhecidas, além de ficarem em lugares remotos e de difícil acesso.

Rudi Arena

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A Lendária Cachoeira do Gaia (Inédita) e o Vale do Rio Tibiriça em Garça-SP

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A Cachoeira do Gaia

O destino inicial do pedal era chegar na Lendária Cachoeira do Gaia, muito frequentada  e conhecida  pelos garcenses da antiga, aproximadamente há 30 anos, ouvia-se falar muito desta cachoeira,  principalmente em aos moradores da Vila Rebelo. Nas realidade, não se trata apenas de uma cachoeira, mas sim de um complexo de cachoeiras, mas infelizmente não foi possível explorar todas elas nesse dia.   Hoje, com a expansão da malha urbana em Garça-SP, a cachoeira hoje fica mais próxima da cidade ainda, mais especificamente perto do bairro do Frei Aurélio e do Monte Verde. O lado ruim desta proximidade, ela que ela acaba por sofrer com a poluição do lixo jogado na cidade, com as chuvas, esse lixo acaba descendo em direção ao começo do Rio Tibiriçá, por isso é possível achar muito plásticos na cachoeira, o que é lamentável para um lugar em que a natureza foi tão generosa.

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O Caminho a Beira do Vale do Rio Tibiriçá

Depois de chegar na Cachoeira do Gaia pela estrada de terra que existe ao final do distrito de indústrias de Garça, resolvemos seguir beirando o vale do Rio Tibiriça e logo avistamos uma linda  cachoeira à distância. Então chegar até ela passou a ser o nosso objetivo dali em diante, mas sempre pedalando pelo pasto e contornando o vale. Assim passamos por atrás do bairro São Lucas, do aterro sanitário e do prédio do SAPROMI, e seguimos adiante, afastando-se da zona urbana.

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O Pico do Carcará

Com o sol já caindo, enfim, chegamos na cachoeira, conhecida como Pico do Carcará, pois são muitas aves dessa espécie que circundam o lugar. De cima do pico, a visão é estonteante, um patrimônio natural pouco conhecido e preservado do município, próximo do aeroporto e da Estação de tratamento de Esgoto do SAEE. No total, foram pouco mais de 20 km pedalados, mas em razão do terreno, geralmente de grama e trios de boi, o pedal é um tanto arrastado, ainda mais porque são muitas as cercas a serem atravessadas. Mas só o visual de pedalar avistando uma linda cachoeira  já compensa qualquer esforço, a parte ruim mesmo é o mal cheiro de quando aproxima da estação de tratamento de esgoto, mas é assim mesmo, tudo tem o seu custo.

Rudi Arena

 

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Cenas exclusivas feitas pelo nosso amigo Vicente Conessa com o novo Piramba Cop, muitas outras belas imagens aéreas de Garça ainda virão:

Cachoeira do Gaia:

 

Pico do Carcará:

Cachoeira nº 2 do Vale da Graça em Vera Cruz-SP

No complexo de cachoeiras do sítio Vale da Graça no Município de Vera Cruz-SP fica a cachoeira Dedo de Deus ou nº 2, pois ali existe outras 5 quedas d´água. Um lugar incrível com tirolesa, mirante, piscina e muito mais. É um lugar que o Piramba MTB ainda não conhecia e por isso mesmo não poderia deixar de  conferir. O valor da entrada para passar o  todo o dia é de apenas R$10,00, compensa muito  conhecer este lugar. É possível ir de carro ou de bike. Vera Cruz-SP fica localizada entre os municípios de Marília-SP e Garça-SP.

O interessante é que o local é estruturado para receber visitantes, é um empreendimento que vem bem a calhar, pois a demanda de pessoas interessadas por eco-turismo na região é grande e o potencial turístico é enorme, o que falta são mais lugares como este na região.

O sitio Vale da Graça e seu entorno  é muito bonito, assim como a estrada no meio de uma serra que é preciso percorrer para chegar até lá. O acesso é através do trevo da cidade de Vera Cruz, tem que pegar a saída para a Escola Agrícola, mas logo no início já é preciso virar a direita e seguir por um caminho de terra paralelo a rodovia SP-294 em direção a Marília-SP, logo depois existe uma placa que indica que é a esquerda o cainho para o sítio Vale da Graça.

É uma estrada de cerca de uns 5 km até o destino final, mas não se pode dizer que é de fácil acesso, em alguns trechos o terreno  é um pouco ruim, começa tranquilo no meio de um cafezal, do lado oposto da cidade, mas em seguida a pirambeira dá as caras, é praticamente só descida e tem ao menos duas curvas bem perigosas. Após chegar na propriedade rural, é preciso ainda seguir por trilhas até as cachoeiras. Para quem gosta de natureza é um prato cheio para se fartar a vontade e a um bom preço em relação ao benefício que proporciona.

Rudi Arena

 

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Itiratupã – Vera Cruz (19-10-2013)

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É sempre muito bom andar de bike nesta trilha que vai de Itiratupã em Jafa  até a cidade vizinha de Vera Cruz,  não existe estrada de terra para fazer este caminho. Por isso mesmo, pelo fato de ter que atravessar um bonito vale por pequenas trilhas de fazendas, é que faz o encanto deste caminho que assim como não economiza na beleza ao redor, também economiza em subidas até chegar em Vera Cruz. Já na cidade, não teve como não parar para tomar um refrigerante gelado para amenizar o calor, e logo pedalar a caminho de volta.

Rudi Arena