Conhece a Cachoeira do Pneu? Você pode ter ouvido fala então na cachoeira do Stand?
Nosso amigo Antônio Brandão nos proporcionando essas belas imagens!!
A Serra da Canastra é um lugar tão fascinante que até parece que seus encantos são infinitos, assim como na outra viagem para a Canastra, fomos embora com a sensação de que conhecemos só alguns dos muitos atrativos que a Serra da Canastra pode proporcionar. Da primeira vez ficamos em São Roque de Minas e exploramos o parque nacional da Serra da Canastra, desta vez ficamos em São João Batista do Glória, mas em ambas viagens sentimos que faltaram dias para que pudéssemos conhecer ao menos as principais atrações turísticas de cada região. O lugar é de uma riqueza natural abundante, e ainda tem a parte da que fica no município de Delfinópolis que falta para a gente conhecer ainda, que também possui dezenas de cachoeiras e belas paisagens, ou seja, não é possível conhecer os principais atrativos da Canastra em apenas alguns dias, quem dera então ela toda.
Entre tantas opções é preciso escolher alguma, e neste dia resolvemos conhecer o Vale do Céu. Embora em seu endereço oficialmente pertença ao município de Delfinópolis, fica bem perto de São João Batista do Glória. A quilometragem não total do pedal não é muito grande, cerca de 54 km ida e volta, a maior dificuldade foram as longas subidas de acentuada inclinação, o ganho de altitude é respeitável. Um teste e tanto para nós ciclistas, só que para todo esforço nesta Serra tem sempre uma recompensa para lá de satisfatória, e não poderia ter sido diferente neste caso.
O que encontramos foi um lugar com uma super estrutura, que além de ser também pousada, oferece um delicioso almoço aos visitantes que optarem por não ir embora de barriga vazia. Atrativos não faltam, são várias trilhas, vistas de cair o queixo e belas cachoeiras para tomar banho. O diferencial do local é que a além de tudo isso, ainda possui varias construções voltadas para a arte, cultura e educação ambiental. Também há espaço com redes para descanso, entre outras opções para relaxar.
O valor não é dos mais baratos, mas tem um bom custo benefício, para a visitação apenas das cachoeiras é preciso desembolsar R$40,00 e se quiser almoçar também, são outros $40,00 adicionais. Mas também, aí será possível desfrutar a vontade de uma comida estilo caseira, simples e muita saborosa, com o gostinho característico da prestigiada cozinha mineira. O difícil foi ter que encarar o pedal da volta depois de uma farta refeição, pois a fome era grande e a comida muito boa, assim, controlar a gula não é das tarefas mais simples nessa situação.
Em um único e proveitoso dia, conhecemos de bike a Pedreira Lagoa Azul, o Mirante do Canion e dada a proximidade, não poderíamos deixar de conhecer a famosa Hidrelétrica de Furnas, pena que seu nome ultimamente e infelizmente anda associada ao noticiário Político-Policial com a chamada a Lista de Furnas, em que constam nomes de conhecidos políticos suspeitos de corrupção e que envolve esta importante usina de energia elétrica.
A entrada para visitação é franca e sem restrições, e é muito bela a vista de cima do gigantesco lago de furnas ou “mar de furnas” como também é chamado, pois banha 34 municípios mineiros. Vale a pena conhecer, assim como toda estrutura da Hidrelétrica e as belezas do seu entorno, pois é um lugar único em que o lago de Furnas encontra com a Serra da Canastra.
A barragem está localizada no curso médio do rio Grande, no trecho denominado “Corredeiras das Furnas”, entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais.
Sua construção começou em julho de 1958, tendo a primeira unidade entrado em operação em setembro de 1963 e a sexta, em julho de 1965. No início da década de 70, foi iniciada sua ampliação para a instalação das sétima e oitava unidades, totalizando 1.216 MW, o que colocou a obra entre uma das maiores da América Latina. A localização privilegiada da usina (500 km do Rio de Janeiro, 400 km de São Paulo e 300 km de Belo Horizonte) permitiu que se evitasse, em meados da década de 60, um grande colapso energético no Brasil, evitando o racionamento e o corte no fornecimento de energia elétrica ao parque industrial brasileiro. A potência prevista no início de sua construção correspondia a 1/3 do total instalado no Brasil. A Usina de Furnas, além de se constituir em um marco de instalação de grandes hidrelétricas no Brasil, possibilitou a regularização do rio Grande e a construção de mais oito usinas, aproveitando, integralmente, um potencial de mais de 6.000 MW instalados.
DADOS TÉCNICOS:
BARRAGEM:
Tipo: enrocamento com núcleo de argila
Altura máxima: 127 m
Desenvolvimento no coroamento: 554 m
Largura no coroamento: 15 m
Elevação no coroamento: 772 m
Volume total: 9.450.000 m³
RESERVATÓRIO:
Extensão máxima: 220 km
Nível normal de operação: 768 m
Nível de máxima cheia (Nível máximo maximorum): 769,30 m
Nível de desapropriação: 769 m
Nível mínimo de operação: 750 m
Área inundada: 1.440 km²
Volume total: 22,95 bilhões m³
Volume útil: 17,217 bilhões m³
ESTRUTURA DE CONCRETO:
TOMADA D’ÁGUA:
Comportas:
Tipo – vagão
Quantidade – 8
Altura d’água sobre a soleira – 33,5 m
Dimensões:
largura – 4,7 m
altura – 9,7 m
Fabricantes: Rheinstahl/M.A.N.(R.F. da Alemanha)
VERTEDOURO:
Descarga Máxima: 13.000 m³/s
Comportas:
Tipo – segmento
Quantidade – 7
Dimensões:
largura – 11,5 m
altura – 15,8 m
raio – 14,1 m
Fabricante: HIH (Japão)
CASA DE FORÇA:
Tipo: coberta
Dimensão: 186 m x 28 m
Unidades geradoras:
quantidade – 8
rotação: 150 rpm
potência nominal: 152 MW
Turbinas:
Tipo – Francis de eixo vertical
Diâmetro do rotor – 4,485 m
Fabricantes:
1 a 6 (Nohab/Suécia)
7 e 8 (Nohab/Suécia e Bardella/Brasil)
Geradores:
Freqüência – 60 Hz
Tensão nos terminais: 15 kV
Fabricantes:
1 a 6 (Siemens/R.F.Alemanha)
7 a 8 (CGE/Canadá e MEP/Brasil)
Transformadores: 26 (operação mais reserva)
Tipo – monofásico
Capacidade total em operação – 1.279,92 MVA
Relação de transformação: 15/345 kV
Fabricantes: Fabricantes: GE (USA) / Jeumont Schneider (França)
Saímos com as bikes da pousada Terezinha do Flor que fica nas proximidades da cidade de São João Batista do Glória-MG, era grande a expectativa para conhecer um pouco das maravilhas que a Serra da Canastra proporciona.
Para começar, pegamos um estradão bem movimentado, com muitos caminhões que levantavam muita poeira. Depois de um curto trecho de asfalto próximo a Hidrelétrica de Furnas, enfim pulamos para o Parque Nacional da Serra da Canastra em direção a Pedreira Lagoa Azul.
Mas antes de chegar no almejado lugar, foi preciso encarar uma longa e íngreme subida. E ao chegar, logo de cara percebemos a bela recompensa, todo o esforço não foi em vão. Apesar do outono, o dia era de sol e temperatura agradável, então foi o momento de entrar na água e relaxar após uma desgastante subida. Menos eu, que estava com uma forte gripe e e resolvi não entrar na gelada água da lagoa com receio de piorar a moléstia.
É um lugar encantador, uma belíssima lagoa de águas cristalinas, onde antes existia uma pedreira, agora desativada, e que passou a fazer parte do território do Parque Nacional da Serra da Canastra, embora exista informações de que existe atividade clandestina ainda no local.
A quantidade de pedras mineiras ao redor é enorme, esta é um quartzito muito usado na construção civil apesar de ser originária da serra da Canastra, é utilizada no Brasil a fora. Um lugar espetacular, e está localizado no município de Capitólio-MG, mas é próximo também de São João Batista do Glória-MG, o acesso é fácil para bike, com carro de passeio já um tanto complicado, o recomendado mesmo é um veículo 4×4.