3º Cicloturismo Agrocultural de Ribeirão Claro: Serras e Água – 2022

Dias 5 e 6 de novembro, aconteceu o 3º Cicloturismo Agrocultural – Ribeirão Claro Serras e Águas. Organizado pela Ecobiketrack, em parceria com a Prefeitura Municipal, IDR-PR, Governo do Estado e patrocinadores, o evento busca incentivar o esporte, a valorização da natureza, a produção rural e proteção ao meio ambiente. E é claro, o Piramba MTB não poderia ficar de fora dessa grande festa do ciclismo nacional.

Emoção, motivação, e superação, isso tudo junto com uma paisagem de tirar o fôlego. Estrutura e pontos de apoio como nunca visto. Só temos elogio para esse evento que vai muito além do ciclismo.

Foi um lindo passeio passando por belas paisagens do Paraná como a Pedra do Índio, com imagens surreais! O evento teve a presença de atletas referência do MTB e também ciclistas ativistas do Instagram.

Teve local para camping, estacionamento, banheiros, apoio aos participantes, suprimentos nos pontos de apoio, feira do produtor, retirada dos kits, eventos, palestras e restaurante.

O Circuito Serras e Águas te leva pra conhecer lugares incríveis.


TRAJETO HARD:

• Vista das Águas
• Recanto da Cascata
•Tayaya – Tour Interno de Bike
•Estância Pedra do Índio – passando por mata e córrego
•Margeando Represa
Pedalando sobre a Península
• Visão Paradisíaca das ilhas
• Visão Ultra Paradisíaca das Serras e Águas

Evento em apoio á agricultura familiar, a produção orgânica sustentável e a recuperação e preservação de nascentes.

Confira como foi a programação completa:

DIA 05 (SÁBADO)

12h às 20h: Início de cadastramento e entrada no camping (local para instalação de barraca estará sinalizado). Banheiros com duchas quentes e opção de acampar em local coberto e ao ar livre

Retirada de kits (apresentar documento com foto ou declaração para retirar, em caso de terceiros)

14h às 20h: Exposição de bikes antigas

17h às 18h45: Palestra sobre técnicas de pilotagem MTB com Márcio Ravelli

19h às 19h45: Lançamento do livro: Do Oiapoque ao Chuí – Uma expedição de Bike por um Brasil desconhecido – Nestor Freire – Projeto Giraventura

20h às 20h45: Marcelo Mixirica – Um Dia de Super Herói. Ciclista de Ultra distância – travessia do Brasil 2015/2021 – Red Bull Transiberian Extreme, Race Across America (RAAM) rei da montanha

21h às 22h: Renata Falzoni – Cidade Criativa, mobilidade para todos. Participação Especial Olinto e Rafaela

22h45: Encerramento

DIA 06 (DOMINGO)

6h: Retirada de kits – Inscrições (uso obrigatório de pulseira. Apresentar documento ou declaração de retirada)

6h às 7h: Café da manhã

7h às 7h30: Briefing do trajeto – light e hard

7h30: Largada (pontual)

12h: Almoço com música ao vivo e Feira do Produtor.

13h30: Premiações e sorteio de brindes

ESTRUTURA:

Hidratação, Frutas , Pontos de apoio estratégicos.

Cata osso

Trajeto Monitorado

Expedição PirambaMTB Caminho da Fé 2022

E lá vamos nos outra vez. Agora o destino será um dos mais famosos do Brasil entre os ciclistas, O Caminho da Fé.

Planejávamos a tempos essa viagem, e o momento de explorar esse roteiro chegou. Podemos dizer que estamos muito contentes em realizar esse sonho que com certeza esta entre 10 de 10 sonhados destinos de muitas pessoas que dividem esse espirito aventureiro que trazemos em nosso DNA e que muito tem em comum com uma de nossas inspirações, Nestor Freire do Projeto Giraventura, um cicloviajante inspirador. Marina P.P. Lima, Brou Bruto, Luiz Perrella e o Rafa do Cana de bike são mais alguns ciclistas que nos inspiram e nos motivam em nossas aventuras.

Iremos leva-los juntos dessa vez. Iremos dividir aqui, diariamente nossas historias e relatos de tudo que passaremos, dos lugares que iremos visitar e todas as emoções que nos esperam nessa viagem incrível.

Saímos por volta das 14:00hrs, tudo pronto…? só que não, ainda nao tínhamos almoçado. A parada escolhida foi o Via Mineira, um aconchegante restaurante que compõe um posto de gasolina a beira da pista na cidade de Galia que diga-se de passagem possui uma vista para o horizonte muito bonita de contemplar.

Via Mineira – Galia-SP


Apos o almoço seguimos sentido São Joao da Boa Vista, nossa primeira parada. Pousada Recanto das estações foi a nossa escolhida. Aconchegante e muito acolhedora nos recebeu de braços abertos por volta das 18:45hrs, horário em que chegamos para começar a nos concentrar e vivenciar essa energia incrível que veio se acumulando a cada quilômetro durante a viagem, a cada segundo que se passava rumo a esse abençoado destino.

Pousada Recanto das Estações S.J. da Boa Vista.

Bora Pirambar……..

Apoio e patrocinio @ealog_group

Piramba Bike Station em Atividade Graças a Parceria Inédita!!!

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Hoje é um dia de muita alegria porque o Piramba instalou seu primeiro “Piramba bike station” em parceria com a @ppa_brasil com o apoio da @lamaglia.personalizados , @ealog_group e @amiimpressoes .
O bike station é uma estação que contém bomba e ferramentas para pequenos reparos na bicicleta.
Esse projeto sensacional idealizado pelo pirambeiro João Daniel será o piloto para no futuro ter mais bike stations espalhados por Garça e região.
O local escolhido foi pensado em atender os ciclistas que se deslocam a trabalho no Distrito Industrial, bem como, aqueles que vem de cidades vizinhas e acessam a cidade pela entrada de Marilia.
Além disso, como fica defronte a guarita da PPA, que opera 24 horas, serve como local de vigilância inibindo eventuais ações de vandalismo.
A ideia é, cada vez mais, fomentar o uso da bike e poder fornecer meios para facilitar quem escolhe como meio de transporte ou até mesmo esporte.
E ai, o que achou do Piramba Bike Station?

De ciclista para ciclista e toda sociedade Garcense utilizar e zelar por essa importante ferramenta.

#somostodosguardioes

By Piramba MTB

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Por aliancabike*

Um grupo de amigos apaixonados pelo mountain bike, e mais ainda pela natureza, fizeram das pedaladas às cachoeiras ponto de partida de um clube de serviços que é o primeiro a atuar com CNPJ no município de Garça, interior de São Paulo. O Piramba MTB é uma organização sem fins lucrativos que está movimentando a cena da cultura da bike e acompanhando de perto a reaproximação do polo industrial da região ao uso da bicicleta como meio de transporte.

Nesta semana, o grupo instalou um primeiro bike station ao lado da ciclovia do distrito industrial, em frente à sede de uma empresa parceira. “Decidimos fazer essa ação de voluntariado para ajudar os ciclistas que passam por ali, conseguimos uma autorização de uso do espaço com a prefeitura e a empresa PPA vai colaborar com a vigilância da instalação para evitar vandalismos e nos ajudar a avaliar uso e possíveis melhorias”, comenta Vicente Conessa, fundador do @pirambamtb.

O mais legal da iniciativa, que deve fazer a doação de outras duas bikes stations nos próximos meses, é a articulação que o Piramba MTB está buscando construir na região. Apesar de pequena, Garça fica pertinho das cidades de Marília e Bauru e tem grande potencial para o cicloturismo. “Hoje somos um clube com 25 associados, aos poucos estamos entendendo como podemos atender melhor a região e nossos visitantes com projetos de fomento à cultura da bike e de turismo receptivo”.

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Além do pedal, o clube promove encontros de trekking e rapel e está investindo no diálogo com o poder público. De um dos encontros, saiu a promessa de uma ciclofaixa de lazer operada pela prefeitura aos domingos, para atrair ciclistas e proporcionar mais lazer à população. “A gente espera que a operação tenha início neste primeiro semestre!”

*https://www.instagram.com/p/CcTqA5iri0r/

 #pirambamtb #bikestation #mobilidade #mecanica #suporte #cicloturismo

Cicloturismo, uma forma sustentável de viajar

Quando falamos em viajar, logo nos passa pela cabeça centenas de lugares, praias, resorts, cidades históricas e muitos outros lugares que, através de nossas redes sociais ou até mesmo pelas experiências de nossos amigos, nos conquistam e nos incitam a conhecê-los e vivenciar as maravilhosas experiências que cada um deles podem nos oferecem.

Sim, viajar talvez seja uma paixão unânime. Carro, moto, ônibus ou trem talvez sejam os métodos de transporte mais utilizados para viagens de curta distância. Já para passeios intercontinentais, costumamos utilizar dos aviões e navios, devido a distância entre os destinos, cada um deles nos proporciona benefícios e experiências diferentes, experiências essas que vivemos buscando formas diferentes de vivenciá-las.

Pedalar é uma dessas experiências que vivemos desde criança, saudosa herança pioneiramente desenvolvida por Leonardo da Vince no século XV, foi só em 1818 na França, que nossa querida “magrela” saiu do papel. Chamada de cavalinho de pau, cansava muito seus usuários por não possuir pedais nesse momento de sua história, mecanismo que chegou 22 anos mais tarde, em 1840 desenvolvido pelo escocês chamado Kirkpatrick Macmillan. Anos de evolução e mais alguns gênios como Pierre Michaux e H.J. Lawson levaram o projeto de Da Vince muito próximo de como nossa querida bicicleta é hoje, fabricadas na Europa desde 1875, com a produção no Brasil, iniciada à partir de 1898.

Uma bela viagem pela história da bicicleta não é? E que tal se viajássemos de bicicleta? Através de lugares que só ela é capaz de nos levar, paisagens incríveis, lugares históricos e experiências inesquecíveis, sem sombra de dúvidas seria um tentador convite ao inexplorado.

Rafa (Canal de Bike)

Com certeza foi por esse espírito aventureiro e desbravador que o inglês Thomas Stevens foi tomado quando em 1884, partiu de São Francisco para o que se tornaria depois, a primeira volta ao mundo de bicicleta, uma história relatada no livro “Ao redor do mundo em uma bicicleta” . Inicialmente a ideia de Thomas era pedalar “só” pelo continente americano, cruzando os Estados Unidos até Boston. Chegando à costa leste, resolveu esticar “um pouco” a aventura. Saindo de Nova York, com auxílio de navios, trem e até “a pé” iniciou sua jornada pela Europa, Ásia e pelo Japão, retornando ao continente americano em uma viagem que durou quase três anos entre 1884 e 1886.

Uma belíssima e inusitada cicloviagem que traria não só o feito histórico, mas também a criação de uma forma inusitada de se viajar, capaz de potencializar ainda mais a oportunidade de se explorar lugares inéditos além de vivenciarmos momentos que só a contemplação ciclística é capaz de trazer.

Muito difundida fora do Brasil, esse método de viagem parece-me ter caído também no gosto dos Brasileiros e roteiros internacionais deixaram de serem as únicas opções para nos ciclistas. Seja acampando ao estilo bikepacking ou de uma forma mais estruturada, esse estilo chega para se consolidar no Brasil seguindo os passos de importantes roteiros internacionais como o religiosamente famoso, o ciclo roteiro Caminho Santiago de Compostela. Em sua rota tradicional, o caminho começa em Saint-Jean-Pied-de-Port, no sul da França, e vai até Santiago de Compostela. São cerca de 800 km, que passam por castelos, igrejas encantadoras, vilarejos, plantações de uvas entre florestas, pastos e rios. Fora do Brasil são tantos que passaríamos horas escrevendo sobre eles, paisagens, lugares históricos e histórias milenares são características comum em roteiros ciclo turísticos, o que deixa esse método de viagem ainda mais tentador.

No Brasil alguns roteiros se destacam no cenário do ciclo turismo nacional, possuindo muita maturidade e tradição. O Rafa do @canaldebike que o diga, um verdadeiro bikelover, não nega nunca um convite para aquele pedal seja qual for o roteiro ou o destino. Esse amante de nossa magrela ja pedalou por tantos lugares, que só ele e o https://www.youtube.com/channel/UCaA5e9PJXY3Ci57AP96OUWg são capazes de recordar os tentadores roles que ele já fez.

Esses roteiros oferecem uma completa estrutura ao ciclista, hotéis, pousadas e restaurantes fazem parte da estrutura dos trajetos, as tradições, costumes e culinária local são alguns itens que somado as construções históricas e belíssimas paisagens, fazem desses roteiros, uma importante atração turística por onde passam, três deles bem conhecidos, e os mais frequentados do país.

Luiz Perrella (atleta Oakley Team)

O conhecido Caminho da Fé, com certeza é o ciclo roteiro que mais se destaca. Muito frequentando por ciclistas e romeiros, inicia-se em Águas da Prata/SP e tem como destino Aparecida do Norte/SP, possuindo aproximadamente 350 km em seu trajeto oficial. O percurso encantador e a religiosidade que envolvem esse ciclo roteiro, fazem das dificuldades do percurso uma experiência única e desafiadora. O Henrique Andrade do @praquempedala, Luiz Perrella (@luizperrella) atleta OakleyTeam/LaMaglia e o Eduardo P. do @mundica.reserva são alguns ciclistas que já passaram por lá e dividem suas experiências conosco em suas redes sociais. Listaríamos vários deles como o Dougrão do @dougraopedala, o Anderson Molinari o famoso Indião (@indiao.desligado) da Mauro Ribeiro, a Thays Gobbo(@gobbothays) da @letsgobikersbr, a Josy Carrijo(@josycarrijo) da @mtbqueens, a Pri Benicio(@priscilabenicio) da @prosportloja, o Rodrigo Gringo(@rodrigonunesgringo) da @gogringobikes entre muitos milhares de ciclistas que já fizeram esse roteiro. Cada um, com um relato diferente, cada um com uma lembrança diferente. Todos com a mesma sensação de que se pudessem, voltariam no tempo, e reviveriam tudo outra vez.

Thiago Drews (BrouBruto)

Nosso segundo colocado é o Roteiro Ciclo Turístico da Estrada Real. Maior rota turística do país, tem mais de 1630 km, passando pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, consolida-se histórica por sua origem. Criada entre os séculos 17 e 18 a mando da colônia portuguesa, foi a precursora da antiga rota do ouro, utilizada para escoar o minérios extraídos de Minas para o Rio de Janeiro. Tradicionalmente ligava a antiga Vila Rica (hoje Ouro Preto) a Paraty no Rio de Janeiro, estado de nosso brasileiríssimo e campeão mundial de MTB, Henrique Avancini. Hoje a Estrada Real possui alguns ramais que além encorparem as aventuras desse roteiro, ligam e conectam o ciclista em uma viagem pela história de nosso Brasil, um roteiro fantástico e já brutalizado pelo atleta Caloi/Cannondale Thiago Drews o @broubrutodrews, recordista de FKT nesse trajeto, protagonizou uma jornada brutal e delirante nessa rota. Com aproximadamente 53horas pedalando sem parar, teve sua chegada à Paraty/RJ, acompanhada ao vivo por mais de 10 mil pessoas. Um feito histórico.

Juliano E Gehrke

Em terceiro e não por último destacamos o Circuito Vale Europeu em Santa Catarina. Com aproximadamente 281 km, sua partida se dá em Timbó/SC onde também é seu ponto final. Em uma volta pelos vales catarinenses o ciclista aprecia a cultura local e as tradições de uma colonização predominantemente alemã, a culinária e a arquitetura histórica são mais alguns dos motivos que fazem esse roteiro um sucesso de 100 entre 100 ciclistas que o fizeram, trajeto esse que refresca a memória e não sai da palma da mão dos ciclistas Juliano E Gehrke (@juliano_rider74 Fodax) e Obelix (@rafaelobelix) conterrâneos desse roteiro.

Hoje muitos roteiros turísticos se destacam no cenário nacional, Rota das Capelas em Monte Alto-SP, Rota do Rosário em Jacarezinho-PR, Circuito das Águas em Piraju-SP, a A Travessia Maluca do Bicudão em Congonhas do Norte-MG entre outros. Inúmeros se criaram, e tantos outros nascerão para alimentar a alma dos mais aventureiros.

Mas não são só os roteiros oficiais que alimentam o espírito aventureiro do cicloviajante. Há aqueles que dispensam os mais tradicionais e em uma viagem histórica de pesquisa e planejamento, buscam rotas inéditas, lugares inexplorados, desafiando ainda mais os limites da aventura e cravando lembranças inesquecíveis de uma vida em que a bicicleta passa a ser a caneta, protagonizando e escrevendo uma história a cada pedalada, a cada destino alcançado. O Nestor Freire do @Giraventura e o Leo do @leopedandopelomundo são alguns desse ciclistas que quebram as bússolas dos tradicionais roteiros mas que nunca se perdem, buscando encontrar sempre novos destinos em um Brasil de muitos caminhos.

Nestor FreireGiraventura

Novas experiências, novos lugares e novas sensações renovarão sempre o espírito aventureiro do ser humano. Nossa querida bicicleta, seguirá nos levando para viver aquele sonho sonhado, escrevendo uma história que ainda não foi vivida, em um lugar que ainda não foi explorado!

Diego SanshesFotografo Viajante

Jamais esqueça de registrar os momentos com aquele click ou aquela selfie, os fotógrafos profissionais Fabio Piva, (RedBull) do @pivaphoto, o Rodrigo Philipps (Canal de Bike) do @rodrigo_philipps e o Diego Sanches, (The North Face) do @fotografo_viajante sempre deixam dicas incríveis em seus canais de comunicação, para que a gente faça aquela foto irada, que chacoalha nossa memória quando chega aquele momento de recordação.

Texo: João Daniel

Km 10 e Cachoeira dos Macacos

Pedal de apenas 55 KM no total e 889 metro de ganho de elevação, mas isso não quer dizer exatamente nada. A ida é pela estrada da corredeira proporciona belas paisagens e uma descida de serra bruta, mas até aí normal. Voltar pelo conhecido KM 10 já em Álvaro de Carvalho já começa a testar um pouco dos limites físicos, técnicos e as vezes até emocional, porque dependendo do estado de espírito ou de cansaço do ciclista e da subida que ele vê pela frente, pode abalar psicologicamente qualquer um.

O fundo do vale parece um tsunami de areião, pode chamar de vale da areia, as magrelas sofrem patinando no terreno hostil, e o esforço do ciclista parece em vão, parece que se mata e não sai do lugar. Depois, a subida para voltar a civilização não é das tarefas mais fáceis, ainda mais no calor escaldante próximo do meio dia. É uma serra bruta demais, e logo que galgamos alguns degraus dela já era ora de encarar a trilha da Cachoeira dos Macacos.

O nome da cachoeira é porque da primeira vez em que fomos à ela um bando de macacos pregos nos receberam logo no início, depois em um outro dia também voltaram a dar o ar da graça pelo caminho. Uma pena que nesse dia eles não quiseram aparecer, mas que continuem a habitar este lugar que são deles por natureza com suas serelepes macaquices de costume, fazendo barulho e com uma agilidade entre árvores incrível.

Conciliar a serra bruta do KM 10 com a trilha a pé igualmente pesada para chegar até a Cachoeira dos Macacos cobrou um preço salgado, e literalmente, não faltou suor escorrendo a escorrer pelos lábios, mas nada que o Piramba MTB não tire de letra, isso não torna o pedal menos cansativo, e, ao mesmo tempo um banho de natureza bruta para todos nós.

Além das belas paisagens também tivemos a privilegio de topar pelo caminho com uma linda e peçonhenta cobra, um belo e robusto lagasto teiú também rápido cruzou nosso caminho, mas foi o show do mar de borboletas amarelas que deu cor e abençoou esse nosso pedal perfeito.

Infelizmente a estiagem ainda é forte, e mesmo com a entrada da primavera, o regime de chuvas ainda não se normalizou, por isso o volume d´água da do córrego da cachoeira estava bem abaixo do que o de costume. É uma pena ver o leito d´água desse jeito, mas ao menos o poço da cachoeira continua largo e fundo e veio bem a calhar naquela hora.

O lugar é fantástico com um grande poço, ótimo para aquele banho de cachoeira fenomenal, ainda mais que chegamos em um sol de rachar mamona, o corpo pedia um refresco e um momento de relaxamento, mas o pedágio que a volta que da Cachoeira dos Macacos cobrou foi um pouco puxado.

Tivemos que encarar quase que um paredão na volta, seguir pé é pesado, levando em consideração o pedal até ali. Aliás conciliar um pedal forte com um trekking pesado exige um esforço físico diferente do corpo, mas assim que é muito bom, chegar em casa cansado e com o sentimento de missão cumprida não tem coisa melhor.

Essa foi a primeira vez que o Piramba MTB vai na Cachoeira dos Macacos de Bike e pelo Km 10, sempre é possível inovar e mesclar trilhas de bikes com cachoeiras, essa é nossa pegada. e que assim seja.

Rudi Arena

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O Efêmero Show da Florada do Café em Garça

As flores em geral surgem logo após uma boa chuva e duram alguns poucos dias, mas ficam bonitas e vistosas mesmo por um único dia, depois vão perdendo o brilho, murcham e caem questão de dois dia depois, e passam a forrar o chão , parece até que caiu neve, a coisa mais linda de se ver. E andar de bike entre os cafezais floridos é uma sensação única e indescritível, ainda mais porque o melhor de tudo é poder pedalar e sentir o perfume maravilhoso que as flores do café exalam.

O cheiro em nada lembra o bebida feita de seus grão, muito pelo contrário, as flores do café tem um cheiro marcante que lembra algo cítrico, já vi amigo sentir o cheiro e achar que tinha um pé de limão nas proximidades. Pena que a florada dura tão pouco tempo, por isso, pedalar entre os cafezais floridos é tão raro que este espetáculo pode ser mal comprado ao show da aurora boreal que ocorre no céu do extremo norte da terra e que também tem essa característica de ser um evento fugaz, efêmero, tão passageiro que é preciso ficar muito atento, caso contrário, perde-se o espetáculo em um piscar de olhos.

A florada ocorre todos os anos e indica o nascimento da próxima safra. É ela a responsável pela reprodução da espécie e tem também a função de proteger o fruto até que ele esteja pronto para brotar. Desta forma, quanto maior a quantidade de flores, maior a probabilidade da reprodução acontecer e de mais cerejas de café crescerem no pé. 

Esse evento é muito aguardado pelos os agricultores, mas não são só eles que ficam ansiosos para este momento. A beleza da florada cobre a fazenda com um véu de flores brancas e perfumadas, deixando qualquer um encantado.

O florescimento do café pode ocorrer de uma ou no máximo duas vezes ao ano, geralmente entre setembro a novembro, dependendo muito dos fatores ambientais na qual a fazenda se situa. É muito difícil colocar uma data exata para o acontecimento, logo tem que ficar sempre de olho na plantação caso não queira perder essa cena inesquecível.

A flor do café tem em si tanto a parte masculina quanto a feminina. É normal ocorrer a autofecundação: o pólen, parte masculina da flor, alcança o ovário da própria flor em um movimento natural. Pena que o auge da florada dure tão pouco, o que faz esse evento ser bem raro e por isso ainda mais valorizado e procurado. Esse ano tivemos sorte e pudemos aproveitar um pedal sensacional no auge da bela e perfumada florada do café.

Meus sinceros agradecimentos aos pés de café, além da bebida indispensável que é parte do nosso dia a dia, a planta ainda propicia belas paisagens e uma fragrância divina que nos acompanhou por todo o pedal, e assim nos proporcionou um dia único e diferente dos demais. Agora é preciso esperar o ano que vem para novamente desfrutar desse espetáculo único da natureza.

Rudi Arena

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A Surpreendente e Inexplorada Cachoeira do Poção em Jafa (Inédita)

Esta é mais uma cachoeira inédita e desconhecida de Garça-SP que foi desbravada pelo Piramba MTB e que temos a honra de divulgar para que as pessoas possam conhecer um pouco mais das vastas belezas naturais desse Município.

Embora já tivéssemos chegado a ela por cima, nunca tínhamos chegado á ela por baixo. E foi essa a nossa missão nesse dia, sem saber se teríamos êxito ou não, pois quando se segue rio acima sem conhecer o percurso, muitos obstáculos podem aparecer pelo caminho. Mas a sorte estava conosco, demorou um pouco, mas chegamos até cachoeira sem maiores dificuldades e foi então que tivemos a grata surpresa, a visão de cachoeira espetacular.

Ela está situada no distrito de Jafa, não muito longe da área urbana, mas o seu acesso não é dos mais fáceis. Ela fica encravada no fundo de um vale de encostas altas e íngremes. E, possui um exuberante e fundo poço que não dá pé, e que é ótimo para se banhar e até para nadar.

A água que parece bem limpa neste dia estava muito gelada, apesar da temperatura quente do começo da tarde, mas isso não impediu que gente tomar aquele banho de cachoeira de lavar o corpo e a alma.

Ela fica bem escondida, e quem passa por perto não imagina a joia que existe ali. Sua águas tem origem em uma nascente com origem quase que na área urbana do distrito de Jafa e este curso d`água pertence a bacia hidrográfica do Rio do Peixe.

E não é só a cachoeira que é encantadora, tanto o caminho para chegar até ela, como todo o seu entorno, são belíssimos. Mas isso não que dizer tudo são flores, andar no leito do rio, transpor as pedras no caminho, carregar a bike nas costas morro acima e depois completar o percurso de mais de 40 km de mountain bike foi um pouco cansativo.

Se fosse só o pedal ou só a cachoeira seria mais tranquilo, mas pedalar e fazer trekking é mais desgastante, principalmente porque este último somos obrigados a trabalhar músculos que não estamos acostumados quando apenas andamos de bike, e para ajudar, ainda tinha que pedalar mais 30 km de subidas brutas e também com muito areião, já que uma forte estiagem castiga atualmente a nossa região. Que venha o período chuvoso!

Rudi Arena

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A Linda Cachoeira Rosa e a Nascente do Rio do Peixe. (Garça, o Berço D´ Àgua!!!!)

Em uma manhã fria de outono e com muito vento, o Piramba MTB se reuniu para pedalar e conhecer mais uma belíssima cachoeira de Garça-SP,  porém não muito distante de Gália-SP também.  Embora alguns já conheciam este local encantador, para a maioria de nós era novidade, eu mesmo nunca tinha ido. Isso é mais uma prova viva e plena do quanto é preciosa essa nossa região no que se refere às maravilhas da natureza e também ao potencial para o ecoturismo. Apesar da cachoeira ser espetacular, ela é apenas mais uma entre muitas outras joias que Garça e o seu entorno possuem.

O caminho para chegar até ela pode ser por uma entrada da Estrada da 09 de Julho ou pela estrada de terra que tem atrás da Venda Seca, localizada no trevo da Rodovia SP-349 com a SP-331. A cachoeira fica a 20 km da cidade de Garça e  só é permitida a entrada com expressa autorização dos proprietários.

O Encanto da Cachoeira 

Embora nem todos tiveram a ousadia de enfrentar o frio e entrar em suas águas para lá de geladas, não tinha como ficar indiferente ao encanto do lugar, o tom esverdeado de seu poço, o véu de água reluzente da cachoeira, a beleza da areia branca no fundo do leito no rio e  ainda ao lado tinha uma espécie de uma pequena gruta encravada no paredão de arenito.

A Nascente do Rio do Peixe

As águas límpidas dessa cachoeira vêm de um local bem próxima dali, trata-se de uma importante nascente do Rio do Peixe  que possui no total  380km de extensão. Porém, é uma pena que no início de seu curso ele sofra com a forte poluição já na altura do município de Marília, e é lá também que ele ganha o nome de Rio do Peixe. Muito embora o Google Maps já considere este nome em sua nascente em Garça, este curso d´água sempre foi conhecido como Rio ou Ribeirão da Garça enquanto em território garcense.

A Poluição do Rio do Peixe

É triste constatar que essa água que brota tão limpa e que é fundamental para a formação do  Rio do Peixe logo mais já perde seu encanto, e em questão de poucos quilômetros adiante sua água fica turva por causa de lançamento de esgoto não tratado  e o leito do rio bem assoreado. A consequência é que  os peixes que em outrora eram fartos e variados agora rareiam. A grande maioria das  espécies desses animais já desapareceram do rio, e há muito tempo. Porém, ainda é bem capaz de ter alguém ainda vivo que já tenha fisgado um belo de um dourado em suas águas.

Garça, Município Privilegiado por Natureza.

No entanto, se por um  lado  tem muita poluição rio abaixo,  já rio acima nos reserva algumas  preciosidades, por isso, é preciso reconhecer que Garça é muito privilegiada pelo fato de ser um berço das nascentes dos três dos maiores rios do Centro Oeste e do Oeste Paulista. Assim, é possível ainda desfrutar de ribeirões e cachoeiras com água limpa, longe dos agentes poluentes que são despejados na medida que o rio desce de altitude e segue seu curso. Também é preciso levar em consideração o bom tratamento de esgoto que o município  possui,   já que isso é fundamental para que aqui tenhamos água própria para banhos na maioria esmagadora das cachoeiras que até parecem infinitas, de tantas que existem. E quantas dessas belezas ainda  continuam escondidas vales abaixo e grotões adentro????????

               Rudi Arena

 

Agradecimentos especial ao meu grande amigo de pedal, cachoeiras e churrasco, o  Prof. Victor Lopes Braccialli*, especialista em Gerenciamento de Recursos Hídricos, que me deu uma breve e preciosa aula sobre a localização das nascentes que existem em Garça e também sobre as bacias hidrográficas dos rios da região.

*Currículol Lattes: http://lattes.cnpq.br/7199044431766861

 

Imagem de Satélite de Nascente do Rio do Peixe (Garça):

A grande nascente do Rio do Peixe em Garça está à margem da SP-331 e aproximadamente perto da venda seca e também do trevo entre Garça e Gália, porém em direção a Alvinlândia e Lupércio. Conhecido como rio ou ribeirão da Garça, ele nasce no alto do planalto da Serra dos Agudos e corta o sul de Garça, também passa pelo sul de Vera Cruz até se juntar um pouco depois a outro curso d´água para então formar esse importante rio de nossa região.

“O Rio do Peixe forma-se da junção do Ribeirão da Garça, que nasce na Serra dos Agudos na cidade de Garça, a uma altitude de aproximadamente 670 metros, e do Ribeirão do Alegre, que nasce no Município de Alvilândia, a uma cota média de 680 metros. Percorrendo uma extensão de 380 km, o Rio do Peixe desemboca no Rio Paraná a um altitude de 240 metros.” (Prandi, 2010, Pag 19)

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/102955/prandi_ec_dr_rcla.pdf?sequence=1

 

O percurso do Rio do Peixe de suas nascentes até sua foz no Rio Paraná:

http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhap/apresentacao:

Área de drenagem: 10.769 km²
População: 444.290 habitantes
Principais atividades econômicas: Nas áreas urbanizadas destacam-se os setores de serviços e comércio, com exceção de Marília, considerada polo regional e onde se concentra grande parte das atividades industriais, principalmente do segmento alimentício. Nas áreas rurais ainda há predominância da pecuária, com forte expansão da agroindústria de cana.
Vegetação remanescente: Apresenta 796 km² de vegetação natural remanescente que ocupa, aproximadamente, 7% da área da UGRHI. As categorias de maior ocorrência são Floresta Estacional Semidecidual e Formação Arbórea/Arbustiva em Região da Várzea.
Unidades de Conservação: O Parque Estadual do Rio Peixe é uma unidade de conservação do estado de São Paulo criado pelo Decreto Estadual nº 47.095, de 18 de setembro de 2002, e possui uma área de 7.720 hectares abrangendo os municípios de Presidente Venceslau, Piquerobi, Dracena e Ouro Verde.

Rio do Peixe *

* https://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_de_Mar%C3%ADlia
 O Rio do Peixe, que nasce no município de Garça, corta a parte sul do município de Marília. Os fluxos hídrícos que nascem na parte sul do espigão correm a seu encontro. Em Marília os principais afluentes do Rio do Peixe são:

Pela margem direita.

  • Ribeirão do Alegre: nasce a 10 km, em Gália, corre em rumo geral no sentido oeste até sua confluência com o Rio do Peixe a sudeste de Marília.
  • Ribeirão do Barbosa (poluído): nasce em Marília nas proximidades de onde passa a rodovia SP 294, limite sul da cidade e corre no sentido sudoeste desagüando no Peixe.
  • Rio do Pombo (poluído): nasce em Marília, na baixada das proximidades do antigo prédio da Telesp seguindo rumo oeste até desaguar no Rio do Peixe. Possui vários afluentes como o Córrego São Francisco, Invernada, Trombador, Santa Maria, Ferrugem, Santana, Santo Antônio e Flor Roxa.
  • Ribeirão da Prata: tem as suas cabeceiras no bairro do Prata e, após um percurso de 14 km, deságüa no Peixe.

Pela margem esquerda.

 

Imagem de Satélite da Nascente do Rio Feio (Garça/Gália):

O município de Garça ainda é fundamental para a formação do Rio Aguapéi ou Rio Feio.  Embora sua nascente não seja considerada propriamente em Garça, mas sim em Gália, ela está localizada praticamente na divisa entre os dois municípios e bem próximo também da rodovia SP-294, na altura do trevo de entrada para o bairro São José, no km 409.  Mais precisamente, atrás de estão instaladas várias antenas de transmissão ao final da Estrada da Adrianita. E são as águas que descem dessa e outras nascentes de Garça e Gália (Fazenda de Eucalipto da Duratex) que dão vida a outro importante curso d´água da região Centro-Oeste paulista e que segue por 420 km até desaguar no Rio Paraná.

Imagem de Satélite da Nascente do Rio Tibiriçá (Garça-SP):

E não é o só do Rio do Peixe que aqui nasce, o Rio Tibiriçá é um outro nativo de Garça, ele nasce dentro da cidade, mas em razão da expansão da malha urbana, a sua nascente original foi aterra e agora sua água aflora próximo ao conhecido Buracão da feira livre, embora sua nascente original seja na Praça Pedro de Toledo, mais conhecida como a “praça do cinema” da cidade.  E segue seu curso  passando entre os bairros do Frei Aurélio e Jardim Paulista, passa ao lado do tratamento de esgoto do SAEE e despois corre paralelo à rodovia estadual SP-349 (Garça/Álvaro de Carvalho) mas não próximo dela. Porém, este é o menor dos rios que nascem em Garça, possui apenas 90 km de comprimento até então deságua no Rio Aguapeí a não mais que seis km de Luziânia-SP.

 

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Piramba MTB no Desafio Giros e Trilhas de Cicloturismo – Fazenda Igurê – Garça-SP

O ciclista Guilherme Botelho brilhou no Desafio Giros e Trilhas ao chegar na segunda colocação na competição, e colocou o Piramba MTB em lugar de destaque.

 

No último domingo dia 26/05/2019 aconteceu o Desafio Giros e Trilhas de Cicloturismo na Fazenda Igurê em Garça-SP e o Piramba MTB marcou forte presença neste pedal.

No mesmo evento teve a prova com 45 km na modo competição e também o passeio de 40 km no modo de cicloturismo. Em ambos o Piramba MTB este presente, e muito bem representado.

Na prova competitiva contou com a brilhante participação do ciclista Guilherme Botelho que por muito pouco não subiu no degrau mais alto do pódio de premiação, mas garantiu a segunda colocação com muito mérito, demonstrou toda a sua força no pedal e foi o grande orgulho do Piramba MTB com seu desempenho espetacular.

Mas também muitos outros amigos pirambeiros participaram do evento e orgulhosamente estamparam a logo do Piramba no peito. A Fazenda Igurê sempre foi um prato cheio para nós, pois a propriedade rural possui muitas trilhas que são a cara do grupo.

Os caminhos da fazenda contam com boas subidas e descidas, e também com muito área verde e água, pois tem trilhas que passam por represas e mata fechada, bem como por estrada em meio a pés de cafés, seringueiras e eucaliptos, com os mais variados terrenos e paisagens. Por isso mesmo, o Piramba MTB não poderia deixar de participar em peso e prestigiar este grande evento ciclístico que aconteceu em nosso município.

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Hidrelétrica de Furnas de Bike

Em um único e proveitoso dia, conhecemos de bike a Pedreira Lagoa Azul, o Mirante do Canion e dada a proximidade, não poderíamos deixar de conhecer a famosa Hidrelétrica de Furnas, pena que seu nome ultimamente e infelizmente anda associada ao noticiário Político-Policial com a chamada a Lista de Furnas, em que constam nomes de conhecidos políticos suspeitos de corrupção e que envolve esta importante usina de energia elétrica.

A entrada para visitação é franca e sem restrições, e é muito bela a vista  de cima do gigantesco lago de furnas ou “mar de furnas” como também é chamado, pois banha 34 municípios mineiros. Vale a pena conhecer, assim como toda estrutura da Hidrelétrica e as belezas do seu entorno, pois é um lugar único em que o lago de Furnas encontra com a Serra da Canastra.

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A barragem está localizada no curso médio do rio Grande, no trecho denominado “Corredeiras das Furnas”, entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais.

Sua construção começou em julho de 1958, tendo a primeira unidade entrado em operação em setembro de 1963 e a sexta, em julho de 1965. No início da década de 70, foi iniciada sua ampliação para a instalação das sétima e oitava unidades, totalizando 1.216 MW, o que colocou a obra entre uma das maiores da América Latina. A localização privilegiada da usina (500 km do Rio de Janeiro, 400 km de São Paulo e 300 km de Belo Horizonte) permitiu que se evitasse, em meados da década de 60, um grande colapso energético no Brasil, evitando o racionamento e o corte no fornecimento de energia elétrica ao parque industrial brasileiro. A potência prevista no início de sua construção correspondia a 1/3 do total instalado no Brasil. A Usina de Furnas, além de se constituir em um marco de instalação de grandes hidrelétricas no Brasil, possibilitou a regularização do rio Grande e a construção de mais oito usinas, aproveitando, integralmente, um potencial de mais de 6.000 MW instalados.

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DADOS TÉCNICOS:

BARRAGEM:

Tipo: enrocamento com núcleo de argila
Altura máxima: 127 m
Desenvolvimento no coroamento: 554 m
Largura no coroamento: 15 m
Elevação no coroamento: 772 m
Volume total: 9.450.000 m³

RESERVATÓRIO:

Extensão máxima: 220 km
Nível normal de operação: 768 m
Nível de máxima cheia (Nível máximo maximorum): 769,30 m
Nível de desapropriação: 769 m
Nível mínimo de operação: 750 m
Área inundada: 1.440 km²
Volume total: 22,95 bilhões m³
Volume útil: 17,217 bilhões m³

ESTRUTURA DE CONCRETO:
TOMADA D’ÁGUA:

Comportas:
Tipo – vagão
Quantidade – 8
Altura d’água sobre a soleira – 33,5 m
Dimensões:
largura – 4,7 m
altura – 9,7 m
Fabricantes: Rheinstahl/M.A.N.(R.F. da Alemanha)

VERTEDOURO:

Descarga Máxima: 13.000 m³/s
Comportas:
Tipo – segmento
Quantidade – 7
Dimensões:
largura – 11,5 m
altura – 15,8 m
raio – 14,1 m
Fabricante: HIH (Japão)

CASA DE FORÇA:

Tipo: coberta
Dimensão: 186 m x 28 m
Unidades geradoras:
quantidade – 8
rotação: 150 rpm
potência nominal: 152 MW
Turbinas:
Tipo – Francis de eixo vertical
Diâmetro do rotor – 4,485 m
Fabricantes:
1 a 6 (Nohab/Suécia)
7 e 8 (Nohab/Suécia e Bardella/Brasil)
Geradores:
Freqüência – 60 Hz
Tensão nos terminais: 15 kV
Fabricantes:
1 a 6 (Siemens/R.F.Alemanha)
7 a 8 (CGE/Canadá e MEP/Brasil)
Transformadores: 26 (operação mais reserva)
Tipo – monofásico
Capacidade total em operação – 1.279,92 MVA
Relação de transformação: 15/345 kV
Fabricantes: Fabricantes: GE (USA) / Jeumont Schneider (França)

Rudi Arena

Fonte: http://www.furnas.com.br/hotsites/sistemafurnas/usina_hidr_furnas.asp