Essa foi a primeira e única vez que o PirambaCopter entrou em ação na Cachoeira das Araras em Garça-SP. As imagens captadas mostram o lindo cânion que fica relativamente próximo do bairro rural Adrianita, e também a grande queda da Cachoeira das Araras com suas águas límpidas. Este é mais um lugar mágico e pouco conhecido dessa região, e que possui encantos mil e paisagens deslumbrantes tanto por cima como por baixo da queda d´água.
O visual fantástico da beira do precipício da Cachoeira da Preguiça por cima feita com celular.
Toda a cachoeira que é alta tem ao menos dois atrativos, o banho na cachoeira em baixo de sua queda e a vista do alto dela que geralmente é garantia de colírio para os olhos, lugar para contemplação do horizonte que parece infinito e nos transporta para um lugar diferente do que estamos acostumados. O Piramba já percorreu e registrou mais de 60 cachoeiras na região de Garça-SP, mas em algumas não fomos no pico da cachoeira, e o alto da queda sempre reserva joias preciosas e com visual acachapante.
O município de Garça é uma terra para lá de fecunda em picos incríveis e com um visual da paisagem ao redor de cair o queixo. E, vê-las diante dos olhos é um momento mágico, por melhor que seja a foto ou vídeo, sempre há uma limitação, diferente de viver a experiência real de ver esses lugares divinos por natureza ao vivo a cores. O bom é que no caso das imagens captadas pelo PirambaCopter, os nossos olhos puderam chegar em lugares em que a lente humana não consegue alcançar.
No caso da Cachoeira da Preguiça, foi a primeira vez que chegamos nela por cima e que foram feitas imagens do alto do alto da cachoeira. E ainda, o drone alçou voo e capturou imagens belíssimas não só da cachoeira como também do profundo, inóspito e verde vale que existe em seu entorno.
O Piramba chegou apenas uma vez em baixo da Cachoeira da Preguiça e a tarefa não foi nada fácil, exige muito esforço e também muito tempo. Mas tanto em baixo da queda como o pico da cachoeira são presentes de Deus para Garça, assim como muitos outros lugares, e totalmente desconhecidos. É muito empolgante verificar a extensão absurda de lugares do Município de Garça/SP ainda a ser explorada ante as ignoradas e fabulosas belezas naturais que existem aqui e nos municípios limítrofes. No caso da Cachoeira da Preguiça, ela encontra-se entre Garça/SP e Álvaro de Carvalho/SP.
E ainda mais motivador é saber que tudo o que já foi registrado a respeito de cachoeiras na região apenas é a ponta do iceberg, vai uma vida toda e não tem como conhecer toda fartura do meio ambiente que existe nessa região do centro oeste paulista, e que pouquíssima gente aposta em seu potencial turístico. Isso não é a toa, pois suas pérolas da natureza permanecem relegadas ao desconhecimento e reconhecer suas riquezas parece distante da população, das autoridades públicas ou mesmo da academia. Nem mesmo os proprietários das terras em que existem as Cachoeiras dão o real valor ou se dão, não enxergam ou não tem interesse no potencial turístico do lugar.
Isso me lembra a passagem bíblica que pode ser aplicada tanto as pessoas como aos lugares e patrimônios naturais, históricos e culturais que existem em uma determinada comunidade. Pois muitas vezes, por certo bairrismo ou por miopia mesmo faz com que a própria comunidade local não consiga enxergar o real valor que existe ao seu redor e que muitas vezes parecem irrelevantes, comum, trivial.
Jesus, porém, disse: ‘Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!’” (Mateus 13, 57). E assim parece ser também com o que natureza nos deu de mais nobre e que não é estimado por quem está acostumado a ela ou não consegue enxergar a valorosa beleza natural que infelizmente não ressalta tanto aos olhos.
A Cachoeira da Preguiça por baixo, ela é de difícil acesso.
Cada vez que exploramos essa mina de natureza bela e bruta que é essa região do Estado de São Paulo, encontramos lindas e reluzentes pepitas, verdadeiras dádivas naturais divinas e que não parecem ter fim. Tais lugares dão a sensação de nos aproximar do criador, quando avistamos onde o homem ainda não conseguiu alterar a criação original da terra (pela dificuldade da topografia local), e vemos a exuberância da natureza quase intocada e que desnuda um mundo que parece distante do nosso dia-dia. Isso nos ajuda juntamente com sinfonia da mata e o som estrondoso da cachoeira, que a nossa alma possa se ligar ao criador quase que inconscientemente por força da inescapável da natureza.
Cachoeira com borda infinita, escorregador natural e bela vista para o mar? Isso existe? Onde fica?
Isso mesmo, talvez você nunca tenha ouvido falar, mas a Cachoeira do Paquetá ganhou fama assim que os moradores locais de Ilhabela começaram a publicar fotos de lá usando a hashtag #secretpoint. Desde então, a procura pelo local aumentou e, com isso, o #secretpoint já não é tão mais secreto assim.
Mas sem dúvida, é um dos mais belos lugares para conhecer em Ilhabela, sobretudo, a região no entorno também tem outros ótimos atrativos para você visitar.
Por exemplo, o Ribeirão do Bexiga é repleto de gigantescos poços naturais de fácil acesso, sendo o primeiro deles logo no início da trilha, após uns 15 minutinhos de caminhada, e pede uma parada para um banho daqueles de lavar a alma.
Depois disso, se quiser descobrir a famosa Cachoeira do Paquetá e apreciar a bela vista mostrada nas fotos, basta seguir pela trilha por um trecho mais íngreme, de dificuldade média, até chegar à base da cachoeira e depois, ainda, você pode subir até o topo, curtir todo o visual que ela oferece, e deslizar pelo escorregador natural de pedra e cair dentro da piscina de borda infinita no meio da cachoeira.
Como chegar à Cachoeira do Paquetá?
Para chegar à Cachoeira doPaquetá, siga pela estrada no sentido sul de Ilhabela até o bairro Ribeirão, que fica entre a Praia Grande e a Praia do Curral.
Procure pela Rua Nagib Pombo, continue por ela até chegar em uma casa que divide a rua. Siga pela rua da esquerda e procure por um lugar para estacionar o carro, se for o seu caso. Há estacionamento particular no local.
A partir deste ponto, você deve encontrar uma simples placa de madeira, feita por moradores locais, demarcando o início da trilha para a Cachoeira do Paquetá. No entanto, a trilha possui alguns trechos difíceis, com obstáculos, e não é recomendada para pessoas com dificuldade de locomoção.
Como já foi dito, o primeiro poço para banho é bem próximo do início da trilha, e você chega nele em aproximadamente 15 minutos de caminhada. A partir daí, atravesse o poço pelas pedras para o lado direito e siga a trilha para cima em direção à Cachoeira do Paquetá. Tenha muita atenção e cuidado para não se machucar ao atravessar o rios pelas pedras.
Também, tenha muito cuidado para não danificar as mangueiras de captação de água ao longo da trilha, elas abastecem as casas da região e um mínimo de descuido pode deixar todas sem abastecimento de água.
Quando chegar na base da Cachoeira do Paquetá, não deixe de subir até o topo para curtir o belíssimo visual.
No meio da cachoeira é onde fica o poço com borda infinita e um escorregador natural de pedra, onde as pessoas escorregam e tiram belíssimas fotos.
Sabe aquela cachoeira com borda infinita e vista para o mar em Ilhabela? O nome dela é Cachoeira do Paquetá
A Cachoeira do Paquetá ficou famosa depois que os moradores locais de Ilhabela começarem a postar fotos de lá com a hashtag #secretpoint. A partir daí, todos queriam conhecer e tirar sua foto na incrível cachoeira com borda infinita e vista para o mar. É um belo lugar pra fazer aquela foto que vai bombar no seu Instagram, mas não esqueça de curtir a real beleza daquilo tudo.
É, sem dúvida, uma das vistas mais bonitas de Ilhabela, mas o local tem muito mais atrativos para os visitantes. O Ribeirão do Bexiga é repleto de gigantescos poços naturais, o primeiro deles é logo no começo da trilha e de fácil acesso, vale uma parada para um banho daqueles de lavar a alma! Aí, depois disso, se quiser conhecer a vista famosa das fotos, é só seguir pela trilha por um trecho mais íngreme até chegar no topo.
Como Chegar à Cachoeira do Paquetá
Dirija pela estrada sentido sul da ilha até o bairro do Ribeirão (um pouco após a Praia Grande e antes da Praia do Curral). No GPS, coloque “Rua Nagib Pombo, 1 – Ribeirão”. Suba a rua principal até chegar em uma casa que divide a rua em dias. Siga pela esquerda e estacione o carro. Ali começa a trilha, que é sinalizada por simples placas de madeira, feitas pelos moradores locais.
O primeiro poço é bem próximo do início, após 20 minutos de caminhada. De lá, tomando muito cuidado, cruze o poço pelas pedras para o lado direito e siga a trilha para cima. Também é possível subir pelo lado esquerdo da cachoeira, mas exige um pouco mais de conhecimento da trilha. Cuidado para não pisar e arrancar as mangueiras de captação de água que passam pela trilha, elas abastecem as casas da região e um mínimo de descuido pode deixar todas sem abastecimento de água.
Quando chegar em uma laje de pedra, suba até o topo. O caminho até lá em cima é de média intensidade. Tome muito cuidado! Não fique andando ou tirando fotos na borda do poço, pois um mínimo descuido poderá ser fatal.
Sábado 03/09/2022 o Piramba teve a grande honra de pedalar com nada mais nada menos que Nestor Freire, engenheiro de formação, escritor, bikepacker e palestrante do Projeto Giraventura.
Vale muito a pena conhecer a sua incrível obra: “Extremos do Mundo – Uma Expedição de Bike Aos Pontos Extremos do Planeta”, livro que concorreu ao maior prêmio literário do Brasil, o Jabuti em 2021. Importante lembrar também que ele está prestes a lançar o seu novo livro em que contará suas aventuras como cicloviajante do Oiapoque ao Chuí.
Neste dia tivemos o privilegio de pedalar com o Nestor Freire e seu filho, ambos já viraram queridos amigos do Piramba e não foi a primeira vez e nem será a última em que estivemos juntos.
Neste pedal eles tiveram uma pequena amostra das belezas naturais e das trilhas de mountain bike que temos em Garça-SP.
Levamos eles para conhecer duas cachoeiras e um bikepark, também percorremos trilhas em meio a eucaliptos, cafés e mognos africanos e por fim passamos em uma bela represa, tudo isso em poucos quilômetros. Também encontrams um belo lagarto Teiu no caminho que não se incomodou com a nossa presença, pedalamos em pasto entre bois e também carneiros, um contato direto com a natureza.
Foi um pedal para lá de top e com uma vibração sensacional, as imagens contam um pouco do que foi esse rolê nas pirambeiras da Sentinela do Planalto abençoada por natureza e paraíso do mountain bike.
Sábado a tarde, dia 30/07/2022, foi ao ar o Programa Revista de Sábado da TV TEM afiliada da Rede Globo de Televisão. O vídeo acima mostra toda a matéria que teve a participação do Piramba MTB e levamos o apresentador Marcos Paiva, o Marcão, para andar entre os mognos da pista de mountain bike e conhecer a Cachoeira das Aranhas. Além é claro, de um ótimo bate papo em que nossos pirambeiros e pirambeiras tiveram a oportunidade falar um pouco mais sobre nosso grupo em um programa de televisão de grande audiência.
Nessa matéria pudemos falar um pouco sobre o mapa das cachoeiras, sobre nossos pedais e as belezas naturais de Garça, de algumas ações sociais promovidas, entre outros assuntos. O Piramba já havia gravado para outros programas de televisão, mas nenhum com tamanha repercussão como o Revista de Sábado, ficamos muito honrados.
Nos vídeos que seguem abaixo é possível conhecer um pouco dos bastidores da gravação da matéria que foi ao ar na TV TEM. É preciso agradecer a toda equipe do Revista de Sábado, desde ao apresentador Marcos Paiva até o figura do cinegrafista Pelé, demos muitas risadas e teve até um momento de apuro em que o carro deles ficou encalhado na areia e tivemos que fazer um grande esforço coletivo para resolver o problema, ao final tudo deu certo, tivemos um pirambeiro que caiu ao pular a rampa da pista, mas abafa, também nem se machucou, ainda bem.
Depois nos reunimos para curtir o resto desse dia, que por sorte foi um feriado no município, e por isso tantos pirambeiros puderam prestigiar a gravação que foi no período da manhã. Aí então sobrou tempo para a gente fazer as resenhas em meio a um churrasco, e assim fortalecer ainda mais os laços de amizade dos pirambeiros, aliás é com base nessa amizade talhada ao longo dos anos com muito suor e pedal que tudo começou e é ela a razão do Piramba existir.
Imagens da Cachoeira Rosa, um lugar incrível, localizada na nascente do Rio do Peixe esta é a uma linda cachoeira de águas limpas, com direito a uma espécie de prainha ao lado e com um ótimo poço para para se banhar, sem contar a pequena gruta que ali existe. Não precisa falar mais nada, até porque as imagens falam mais do que mil palavras nesse caso.
Ao sair da cachoeira ainda tivemos o privilégio de avistar alguns curicacas, aves tem como característica seus bicos longos e o forte som que emite, muito conhecido pelos habitantes da zona rural, mas muito pouco conhecido por quem mora na cidade.
Acordar cedo para encontrar os Pirambas brothers deslizando em duas rodas é o tipo do programa que entra para a história e dessa vez não foi diferente.
Quando o Sr Piramba brother Vicente Conessa na véspera do role me contou sobre o volume e intensidade dessa aventura e que teríamos os ninjas da Mtb, o Srs Piramba brothers Fausto e Rudão já percebi que nossa trilha seria do jeito que a gente gosta.
Nos encontramos nas primeiras horas da manhã para sairmos pedalando com direção marcada para uma cachoeira que até então nunca tinha sido explorada.
Logo que chegamos na fazendo um dos funcionários de forma prestativa e munido de autorização nos conduziu e juntos descemos até o fundo da propriedade.
Era uma paisagem de tirar o folego pois aos nossos pés um paredão de rocha perfeito para quem gosta de fazer escaladas e lá na frente outro paredão, isso mesmo, um paredão de frente para o outro, que entre eles deve ter uns 3 quilômetros.
O Senhor que nos conduziu não acreditava que íamos descer até o objetivo pré-definido pelos pirambas, tanto que repetiu várias vezes a frase mais ecoada nos pequenos abismos: “…Rapaz. Vocês estão mesmo a fim de aventuras…”
Achamos uma antiga estrada feita para o gado poder subir, descemos com as bikes aproximadamente uns 300 metros e resolvemos deixar as magrelas ancoradas em uma sombra atras de uma moita qualquer e descer a pé, mas a estrada logo sumiu em meio a um matagal, assim como já disse a estrada era muito antiga.
O mato muito mais alto que nossas cabeças em meio a galhos carregados de formigas esperando a gente passar o braço para elas se divertirem nos mordendo.
Já estávamos com mais de uma hora fluindo no trekking e demos de cara com um brejo com galhos de taboa facilmente maiores que 2 metros de altura e alagado com água que afundava até a cintura. E é claro que não havia outra opção, saímos empurrando mato adentro do brejo, andamos por córregos com águas claras e transparente que nos dava real impressão de profundidade e nos permitia ver a movimentação de pequenos o tempo todo.
O paredão de pedra que estávamos seguindo desde que descemos das bicicletas era nossa principal forma de navegação e estava ficando cada vez mais perto.
Depois de quase 4 cansativas horas de trekking já conseguíamos ouvir o barulho da cachoeira tão esperada, a última pedra escalada nos deu de cara com um espetáculo maravilhoso da natureza, um verdadeiro privilégio. A cachoeira que estávamos ansiosos para conhecer finalmente estava nos molhando com um volume muito forte de água.
Difícil imaginar a verdadeira altura da cachoeira, acredito que passe de 60, 70 metros, ficamos molhados e descansando as pernas para a volta, imaginando que teríamos mais 4 horas de trekking e uma boa pedalada para voltar para casa. Ainda é possível manter a natureza preservada, pirambe-se.
Pela primeira vez chegamos até em baixo da belíssima Cachoeira das Araras, foi preciso fazer um longo e desgastante trekking até chegar no pé do imenso paredão em que cai as águas da cachoeira que são resultado do encontro do Córrego Águas da Prata com o Córrego Águas de Ouro um pouco acima da queda.
Foram ao todo 15 Kms, grande parte andando pelo leito do rio, enchendo o tênis de areia que logo precisava ser esvaziado para poder seguir em frente. Em muitos trechos o leito do rio afunila e água chegava até o peito. A volta para chegar a civilização foi de muita subida, mas muita mesmo. E é claro, muito mato alto, pirambeira pura e bruta. As dores nos pés e nas pernas ainda seguem até hoje, três dias após ter feito a trilha a pé, só para chegar até a cachoeira foram cerca de três horas de caminhada, e nos deparamos com cobras peçonhentas e aranhas de impor respeito.
A cachoeira fica no fundo do bairro rural da Adrianita e para o lado do Pesqueiro do Codonho, e de acesso bem difícil, para chegar até ela também é preciso escalar rochas gigantes.
Essa foi uma das presepadas mais difícil que eu já me enfiei, mas também foi um dia que ficará marcado para sempre para quem estava nessa saborosa e cansativa enrascada. A Cachoeira de baixo é muito imponente, muito alta, as águas são límpidas, é de uma beleza fantástica, mas cobra um preço alto, sem dúvidas. Era um dos lugares que o Piramba sempre quis chegar quando avistava de cima a queda da Cachoeira das Araras e chegar lá em baixo sempre pareceu algo quase impossível, não é, mas é preciso planejar muito bem antes encarar essa aventura, não foi que fizemos nesse dia, mas na vida a gente tem que aprender com os nossos erros.
O sol se foi e ficamos longe de casa e exaustos com dores nos pés e nas pernas, todos riscados pelo capim navalha até os braços e no escuridão da noite, e ainda meio que perdidos em um vale remoto entre Garça e Gália, dentro de um rio onde a luminosidade da lua cheia não nos alcançava em razão da mata ciliar ao redor, um lugar até então desconhecido, cá entre nós, é uma experiência um tanto assustadora e na hora passamos apuros.
Por outro lado, foi uma das melhores e mais diferentes experiências que vi e o pior, eu fui levar comigo meu amigo e o seu o cunhado espanhol que estava em Garça a passeio e foram parceiros nessa aventura recheada de sentimentos intenso, da alegria de chegar até a cachoeira até ao desespero de não enxergar uma a saída nome meio do nada a noite, e também do alívio e cansaço no final.
Que dia!!! O bom que deu tudo certo, ainda que tarde da noite, e com certeza esse dia há de me deixar mais resiliente e também aprender que é preciso planejar melhor as próximas empreitadas do gênero.
Entre as mais de 50 cachoeiras que já percorremos em Garça e região, ouso dizer que não tem nenhuma igual a Cachoeira do Poção, e isso não quer dizer que seja a mais bela ou a melhor, mas que ela tem um encanto e algumas qualidades que nenhuma outra tem.
Essa cachoeira é muito bonita, tem uma boa altura, tem água muito limpa e ainda um largo poço que em alguns lugares não dá pé. Só que que ela parece envolta a uma atmosfera diferente, parece guardar um pouco do eram as cachoeiras em um tempo que não existia a interferência do homem. Ela também não é muito parecida com as outras cachoeiras que temos.
É preciso percorrer um bom trecho no leito do rio até chegar na cachoeira e quanto mais próximo, mais belo fica o caminho e o entorno, e não existe atalho, é como se estivéssemos no fundo de um grande buraco com as encostas altas e com inclinação de quase 90º em meio a árvores, água, pedras e muitos peixinhos, e o sol não tem como vê-lo, apenas os raios que iluminam as folhas lá no alto da mata e bem distantes de nós.
E quando digo buraco, é como se fosse mesmo, pois a cachoeira está no fundo de um dos cânions que existem em Garça-SP. Ir até a Cachoeira do Poção é sempre um pouco demorado e trabalhoso, só que a sensação ao chegar no lugar é de muita satisfação, é como se tivéssemos encontrado o paraíso na terra ou o lugar onde está escondido o pote de ouro. O bom é que não precisa de ser o paraíso e nem ter o pote, a Cachoeira do Poção é magnífica, e que continue assim, um colírio para os olhos dos amantes da natureza.
Aproveitando o final de um dia muito quente de verão, e era também o último dia de férias dois pequenos de 08 anos de idade. Então que tal aproveitar levar eles para andar de bicicleta com direito a uma cachoeira???
Existe sim uma dificuldade maior para as crianças pequenas em pedalar em meio a pirambeira, pois o aro da bicicleta geralmente são pequenos e torna o pedal deles mais difícil e em alguns momentos inviáveis, sem contar que falta-lhes experiência e logo técnica também. Mas o banho de cachoeira que as crianças tomaram com gosto e a forma como brincaram e interagiram com o ambiente mostraram que a decisão de levá-los até Cachoeira da União de bike for acertada, oportunidade de curtir um dia de forma diferente, com muita alegria e também muito esforço para os pequenos, mas valeu muito a pena.
Foram no total quase 10 km para chegar até a Cachoeira da União e voltar, não é muito ainda que para uma criança, mas o problema é a pirambeira. Como é possível ver no gráfico acima com os dados da elevação, esse pedal teve uma descida muito abrupta, da altitude de 704 metros acima do nível do mar na área urbana fomos para menos de 580 metros de altitude na cachoeira. Para crianças de 08 anos como o Ravi e o Vinícius é um desafio e tanto. Na volta foi inevitável para as crianças ter que empurrar as magrelas até quase chegar a civilização, normal, é o pedágio que a cachoeira cobra, não tem jeito.
Chegou o dia de apresentar a piramba para o meu filho
Chegou o dia que eu tinha prometido para o Ravi, o meu filho de 08 anos, que era leva-lo de bike até uma cachoeira, ou seja, apresentar de bike a pirambeira, e assim aumentar o nível de dificuldade dos nossos pedais. Já tínhamos ensaiado para este dia, fomos até Jafa algumas vezes que tem lá suas subidas e descidas, outro dia chegamos até próximo da Cachoeira do Gaia e percorremos 23 km de estrada de chão. No entanto, eu sabia que os pouco mais de 10 km da Cachoeira da União seria um desafio diferente para ele e não era possível saber como ele iria reagir as dificuldades inerentes a esta mudança, o que causava uma certa apreensão.
Estradão x Pirambeira
Quando se sai do estradão e vai encarar a piramba e ir em cachoeira, alguns novos elementos se apresentam. Para começar muda-se o terreno, de uma estrada batida, passa para uma terra acidentada ou grama/capim que exige maior esforço do ciclista. Outra coisa, também é regra que antes de se chegar a uma cachoeira exista uma descida de inclinação severa ou extrema, também é comum que em alguns momentos é preciso carregar a bike no braço pois é impossível percorrer todo o trecho em cima dela, as vezes também é tem que fazer um pouco de trekking e percorrer a pé o leito do rio até chegar no destino. Essas são só algumas das dificuldades que passam a existir para ilustrar um pouco a respeito dessa mudança, que é de pedalar no estradão e passar a pedalar na piramba, o que ela traz de novo para o ciclista, e no caso de um ciclista mirim essa mudança é ainda maior, pois ainda está aprendendo as técnicas do esporte e explorando novas experiências sobre duas rodas.
Amigos é tudo de bom
O bom que para essa empreitada eu pude contar com meus grandes amigos Vicente Conessa e o Fabiano Ogawa que foram muito importante nesse dia e ajudou bastante neste dia. Ajudaram muito para dar mais confiança e segurança para esse pedal com cachoeira, ajudaram diversas vezes e fizeram toda a diferenças. Obrigado pela força!!!
O Bosque Municipal
O passeio começou com uma volta pelas trilhas do Bosque Municipal de Garça que possui 18,50 hectares de Mata Atlântica preservada dentro da cidade. Ali já foi o primeiro teste para a criança, pois havia obstáculos, trilhas single track e lugares com mata fechada. Foi muito bom curtir esse patrimônio da cidade e o acabou sendo o esquenta para o que viria adiante. Sem contar que meu filho deu de cara com um lagarto Teiu enorme cuja cena ele não irá esquecer tão cedo.
A descida até chegar na cachoeira
Como já diz o ditado, para descer todo santo ajuda, até 100 metros antes de chegar no rio estava tudo muito bem. A partir do momento em que foi preciso pular para andar no pasto e percorrer os trios de boi, aí então o Ravi começou a sentir de fato que pedalar na pirambeira exige muito mais do que se estivesse na estrada de terra.
Ao andar o trecho final de pasto meu filho conheceu a dificuldade que é de manter os pneus dentro dos limites dos estreitos dos trios de boi, alias, é comum isso mesmo com os ciclistas adultos e experimentados, mas que não estão acostumados a andar nesse tipo de terreno. Porém, tudo é questão de tempo para pegar o macete da coisa. Por isso, o Ravi acabou empurrando a bicicleta em alguns momentos, ainda que fosse uma descida.
Ao chegar até o leito do rio chegamos no momento em que é precisava de muita atenção, principalmente com criança e estando com as mão ocupadas, pois é preciso carregar a bike no braço. Nessa hora a ajuda dos amigos foi fundamental para dar mais segurança e chegar enfim debaixo da cachoeira com tranquilidade.
Pena que a cachoeira ainda não se recuperou muito bem do período de estiagem e estava com um volume de água menor do que normal. A água estava aparentemente limpa e um pouco gelada. Meu filho ficou a princípio ficou um pouco reticente de entrar debaixo da queda, mas o encorajei a colocar a cabeça na água e sentir a temperatura, a força e a energia que só uma cachoeira proporciona. A reação é imediata, ninguém fica indiferente a um banho de cachoeira.
A Cachoeira como nunca vista (PirambaCopter)
Essa cachoeira é uma velha conhecida do Piramba e uma das mais próximas da zona urbana e uma das que mais visitamos, embora a gente tenha vários registros do local, ainda não tinha nenhuma imagem aérea do PirambaCopter.
Na beira do precipício o drone foi lançado ao ar e captou belíssimas imagens e pudemos conhecer a 2ª Cachoeira da União como nunca vimos antes, as cenas falam por si e vale a pena conferir o registro desse lugar incrível e do lado da cidade.
A volta e a subida bruta para uma criança
Como já era previsto, a volta é que guardava as maiores dificuldades e que seria um intenso teste de resistência ainda que o percurso não fosse longo em termos de quilometragem. Se para descer o pasto já foi um tanto complicado, subir então seria mais ainda e assim foi. Geralmente a gente já precisa mesmo carregar a bicicleta em alguns trechos, mas o Ravi não conseguiu pedalar os 100 m de subida íngreme no pasto e nem subir a pé carregando a bike nos braços. Tive então que ir a pé carregando a minha bicicleta e a do meu filho, foi um pouco tenso e o esforço foi muito grande, mas ainda bem que foi por pouco tempo e sorte que pude contar a ajuda providencial dos meus amigos.
Deu tudo certo no final
Depois de chegar até a cerca e encontrar um terreno menos hostil, foi possível voltar pedalando, mas ainda tinha muita subida bruta até voltar para a cidade, tive que ajudar o Ravi a pedalar empurrando suas costas até chegar próximo da mata do bosque. Foi até que rápido, mas muito intenso tanto para mim como para meu filho cujo cansaço em seu semblante era visto a olho nu. Mas chegando de volta a civilização, tudo ficou mais tranquilo e o Ravi voltou pedalando para casa e nem parecia mais o menino esbaforido de minutos atrás. Valeu muito a pena e para o meu pequeno foi como se fosse uma grande aventura e tivesse alcançado um grande feito. Ainda bem que tudo correu muito bem, e ficaram momentos felizes na recordação, e é claro que um pouco de cansaço temporário, o que é normal. Sem suor e desafios a evolução fica mais distante. E estreitar os laços de amizade e de pai e filho foi apenas uma ótima consequência de um pedal como deste dia.
Quanto menor o aro, maior é o obstáculo proporcionalmente que o ciclista precisa transpor
Um problema foi verificado com o uso de bicicleta infantil de aro pequeno como a que o Ravi utilizou para chegar na Cachoeira da União. É que os obstáculos e desnível do terreno ganha um contorno bem maior quando se está com uma bike de aro 16, por exemplo. Obstáculo que parece ser pequeno para nós que estamos em uma de aro 29, para quem está com aro pequeno o obstáculo parece gigante proporcionalmente, o que faz o ciclista mirim ser obrigado a fazer um esforço muito grande ou mesmo fica inviável transpor empecilhos que existentes no caminho. Este problema só pude observar ao pedalar com meu filho na pirambeira, pois é algo que não ocorre quando ele pedala pelas estradas de terra.
Final de ano estava se aproximando, é época de festas, mas também pode ser um ótimo período para pegar as bikes e curtir as pirambeiras de Garça-SP, e foi isso que fizemos para crer em um ótimo 2022 e que não falte belas cachoeiras e pedal no ano vindouro.
A Vista privilegiada da Cachoeira das Araras
O lugar escolhido foi um que há anos o Piramba não visitava, é a Cachoeira das Araras que possui uma das vistas mais lindas da região. Fica localizada próxima ao bairro rural Adrianita e do Pesqueiro Codonho, e embora não fique muito longe da cidade o acesso não é dos mais fáceis, é preciso enfrentar mato alto, capim navalha e percorrer o leito do rio em trechos em que ele afunila, fica fundo e chega a não dar pé.
Mas é claro que o todo o esforço é recompensado com um visual do horizonte fascinante, realmente tem uma vista belíssima e privilegiada dos vales que existe entre as Antenas e a Estrada da Bomba, suas matas e um grande paredão de arenito ao lado direito.
O Susto
Só que nem tudo são flores, e infelizmente não foi possível filmar o momento mais tenso e marcante do dia, o susto que levamos, também, não tinha como imaginar, a venenosa cascavel apareceu do nada por trás e pelo curso d´água da Cachoeira das Araras, o que é raro, já que ela prefere lugares secos.
De repente, uma cobra aparece descendo o rio e tocando o Fausto
A serpente chegou a tocar o pé do Fausto que estava com o pé na água e quando ele percebeu a situação tomou o maior susto e saiu correndo rio acima. Eu também me assustei, estava sentado na pedra ao lado contemplando o belo horizonte e de repente vejo a cobra a um metro de mim, e ainda precisei me aproximar dela para pegar a mochila e evitar que ela pudesse entrar nela, pois estava indo em sua direção.
Respeito Mútuo
Ainda bem que ela só só deu um toque para pedir licença e seguir o seu caminho com tranquilidade. Existem estudos que dizem ela usa o guizo para avisar invasores quando estão muito próximos, em cima de uma cachoeira fica difícil ouvir esse tipo de aviso, se é que existiu. Depois, ela escalou um íngreme barranco com maestria e foi-se, deixou então aquela sensação de que a gente nunca mais iria esquecer aquele momento.
Na hora do susto é tudo bem tenso, mas depois foi possível curtir os movimentos desse belo réptil peçonhento, e o sentimento de alívio tomou conta, tivemos sorte que imperou o respeito mútuo entre a gente e a serpente, embora o território seja dela, e os homens sejam os intrusos, em nenhum momento ela se mostrou ameaçadora, por tudo isso, é preciso respeitá-la.
Por outro lado, também não há necessidade de entrar em pânico, os especialistas asseveram que as essas cobras são perigosas sim, mas não são agressivas, em geral fogem quando avistadas. E, é claro que temos que agradecer que desse encontro tão próximo da serpente conseguimos sair ilesos, voltamos para casa apenas com os ferimentos do capim navalha nas pernas, mas nada de mordidas de cascavel. A imagem dela ao lado no meio do rio nunca mais sair da minha mente. Que dia!!!
By Rudi Arena
Sobre a Cascavel*
Nome científico: Crotalus durissus Habitat: Campos abertos de cerrados, áreas pedregosas e secas. Hábitos: Crepuscular e noturno.
O número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade
A cascavel na vertical escalando um barranco na Cachoeira das Araras
Características: A cascavel Possui um chocalho na extremidade da cauda. Ao contrário do que se pensa, o número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade, ou seja, se uma cascavel possui 10 anéis no chocalho isso não quer dizer que ela tenha 10 anos de idade. Muda de pele de 2 a 4 vezes por ano e, a cada vez que isso ocorre, acrescenta um novo anel no chocalho. Alimenta-se de pequenos roedores. A reprodução é vivípara e ocorre no período de novembro a fevereiro. Em média nascem de 16 a 24 filhotes. É venenosa.
As Cascavéis são perigosas, mas não agressivas e fogem rapidamente quando avistadas. A espécie encontrada no Brasil possui veneno neurotóxico, que atua no sistema nervoso e faz com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. Diferente de seus parentes da América do Norte, que possuem propriedades proteolíticas (necrosante).
A Serpente que ocupa o primeiro lugar em acidentes ofídicos **
A característica mais marcante da cascavel é um som de chocalho forte. A cascavel ocupa o primeiro lugar no número de mortes causadas por acidentes ofídicos, aqueles que envolvem mordidas de cobras. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Vital Brazil, no período de 1990 a 1993, mais de cinco mil pessoas foram picadas por cascavéis. Das 35 espécies que existem no mundo, apenas uma vive no Brasil – a Crotalus durissus.
Cáscavel: presente em todo território brasileiro
Ela habita os cerrados, regiões áridas e semi-áridas do Nordeste brasileiro, bem como os campos abertos das regiões Sul, Sudeste e Norte. Veneno da cascavel Boicininga – “cobra que soa”, na língua tupi – , é outro nome da cascavel, que possui um que possui um veneno poderoso. Ele destrói as células do sangue das vítimas, causa lesões musculares, afeta os sistemas nervoso e renal. Na peçonha dessa serpente, há uma proteína que causa rápida coagulação, fazendo o sangue da vítima endurecer. O ser humano tem uma proteína parecida, a trombina. Ela é ativada quando nos machucamos e forma a “casquinha” nas feridas. As células sanguíneas dos seres humanos possuem uma outra proteína chamada mioglobina. Quando o veneno crotálico – da cascavel – destrói essas células, a mioglobina sai na urina da vítima, que assume uma cor avermelhada.
Como tratar uma picada de cascavel? **
A picada de cascavel não dói, segundo diversos relatos do Instituto Butantan. Quem for mordido jamais deve fazer torniquetes ou garrotes – isso agrava a ação do veneno e pode levar à amputação do membro atingido. Também não se deve enfaixar a ferida. Pode-se lavar a ferida com água e sabão ou com soro fisiológico. Mas a melhor coisa a se fazer é levar a vítima o mais rápido possível para o hospital e, de preferência, com a cobra. Isso é importante para a identificação do animal e, portanto, para a administração correta do soro antiveneno, ou antiofídico. Se não for possível capturar a serpente, deve-se dar uma boa olhada nela, para depois descrevê-la ao médico e ele poder aplicar o soro correto.
Perto ou longe? Cascavéis usam truque com o guizo para enganar humanos ***
O som de alerta da cascavel, o som de chocalho, é um dos ruídos mais arrepiantes da natureza: se puder ouvi-lo, já está perto demais.
Contudo, de acordo com um novo estudo publicado em 19 de agosto no periódico Current Biology, essa comunicação é mais complexa do que se imaginava.
Ao analisar as vibrações de alerta da cascavel-diamante-ocidental (Crotalus atrox), cientistas constataram que o chocalhar das serpentes se mantém a frequências mais baixas de até 40 hertz, ou mais lentas, quando uma ameaça está distante. Mas quando um invasor se aproxima demais — uma distância que difere a depender da cobra individual — as cascavéis mudam abruptamente para um sinal de alerta mais rápido e de alta frequência entre 60 e 100 hertz.
Quando foi solicitado a participantes de um experimento que ouvissem e estimassem a distância de uma cascavel em uma pastagem em realidade virtual, eles acertaram com bastante precisão quando os sons dos guizos estavam mais lentos ou a baixas frequências. Ao acelerar o ritmo dos guizos, entretanto, os humanos foram levados a pensar que as cobras estavam muito mais próximas do que realmente estavam.
Quando uma cascavel balança a cauda lentamente, o ouvido humano é capaz de discernir cada som individual do guizo. No entanto, a frequências mais elevadas, os sons individuais se fundem em uma melodia contínua, que parece “completamente diferente ao ouvido humano”, afirma Boris Chagnaud, neurocientista da Universidade de Graz, na Áustria, e autor principal do novo estudo.
Além disso, devido a uma peculiaridade da percepção humana, os guizos de alta frequência soam mais altos para nós, apesar de terem basicamente a mesma amplitude ou volume, explica Chagnaud.
“Talvez essa seja outra função do guizo: confundir predadores”, observa Bree Putman, herpetóloga da Universidade Estadual da Califórnia, em San Bernardino, que não participou do estudo.
O que fazer se encontrar uma cascavel ***
Até mesmo para quem está acostumado a encontrar esses animais na mata, o som característico do guizo da cascavel nunca deixa de assustar.
“É sempre um momento em que o coração dispara”, conta Asia Murphy, ecologista da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. “Adoro encontrá-las, embora o som me assuste.”
É comum Murphy encontrar cascavéis ao estudar suas interações com outros predadores, como linces, raposas e coiotes. Ela explica que existem algumas regras simples para se manter em segurança.
“Sempre fique atento ao local onde senta e coloca as mãos e os pés”, recomenda Murphy. “Nunca tente tocá-las, até mesmo com um pedaço de pau ou uma vara. E é lógico, não as manuseie.”
Mantenha uma distância mínima de um metro e oitenta e resista ao impulso de mover galhos próximos ou outros elementos de seu habitat para observar melhor.
Tem algumas cachoeiras que cobram um preço alto para se chegar até ela, esse é exatamente o caso da Cachoeira São Matheus. As encostas são altas e íngremes, é mais difícil descer até ela, a subida da volta parece ser um pouco melhor e foi esse o nosso desafio no sábado de 04/09/2021 com nossas respectivas magrelas.
Não tem tilha ou picada para seguir, é preciso abrir o caminho levando muito mato no peito e arranhões na pele e depois identificar o ponto em que é possível descer, o que também não é tarefa fácil. Parecia que um abismo intransponível estava por toda parte, até que achamos um lugar para descer. Mesmo assim, a descida não foi nada tranquila, é preciso sempre procurar uma árvore ou raiz para se apoiar, e todo cuidado é pouco. É fácil escorregar barranco abaixo.
Ao final, deu tudo certo, tivemos ainda que percorrer um pouco do leito do rio até chegar. E então pudemos contemplar e aproveitar esse incrível patrimônio natural de Garça-SP, mais precisamente localizado no distrito de Jafa. A água é sempre cristalina e também muito gelada, mas é só entrar que logo se acostuma com a temperatura e então é possível curtir o belo poço que a cachoeira São Matheus possui e que parece ter sido esculpido pela força da água ao longo de anos de anos sobre a rocha que a circunda.
Também foi a primeira vez do PirambaCop neste lugar e ele fez várias imagens aéreas incríveis, e graças ao drone também avistamos a existência de uma outra cachoeira rio acima que desconhecíamos totalmente. Essa região foi abençoada pela natureza e a Cachoeira São Matheus é só mais das muitas outras lindas cachoeiras que existem em Garça-SP.
Um cenário paradisíaco nunca está tão distante de você que não vale a pena trilhar. Essa frase, que eu inventei agora, é quase sempre verdadeira, ainda mais se tratando da região de Garça-SP, o recanto dos PIRAMBEIROS.
A cerca de 3km da cidade, uma sequência de três quedas d’água formam as lindas cachoeiras da união. Ao mesmo tempo em que a primeira das quedas é de fácil acesso, para alcançar a terceira não espere estradas ou mesmo trilhas formadas. O caminho quem faz somos nós. Selo PIRAMBA! A segunda é a maior, mais bonita e reservada das cachoeiras e está escondida através de uma complicada escalada a partir da terceira queda.
E estamos mesmo a dois passos do paraíso? Diria que sim, mas não estamos falando de uma música, e esses passos não são literais. A figura do primeiro passo é unir grande quantidade de coragem com bastante curiosidade. O segundo passo, e esse sim o mais importante, é ter um enorme espírito PIRAMBEIRO.
Foi então que no segundo domingo deste mês, resolvemos dar os dois passos adiante e visitar, em uma única manhã, as três cachoeiras. Após percorrer o cruel e desgastante caminho, a recompensa foi a mesma de sempre. Novamente as imagens falam mais do que eu conseguiria descrever e muito menos do que pudemos ver (e sentir). Sensação de paz e os pequenos problemas do dia a dia desaparecem. Esse é espetáculo de estar vivenciando a natureza com o seu poder de fortalecer a alma de quem mais se aproxima.
É uma trégua para a apreensão e uma arma contra o desânimo dessa nova rotina que não acaba nunca. E quem não precisa disso em meio a esse período tão complicado? Então fica a dica: Existe um espírito PIRAMBEIRO dentro de todos nós, engrandeça o seu!
Sem dúvida alguma, as cachoeiras estão inclusas nas listas de paisagens e belezas naturais mais fantásticas do planeta. Espalhadas pelo mundo todo, cada uma tem a sua peculiaridade, a sua forma magnífica. Mergulhar nelas pode dar uma sensação de liberdade, de contato com a natureza ou apenas de refrescância. Pensando em te mostrar as 15 mais belas, altas, iradas, radicais, enfim fantásticas do mundo, o Blog da Kanui fez uma grande pesquisa e selecionou as top’s. Aprecie e comente qual você mais gostou:
1. Cachoeira Seljalandsfoss, Islândia
Foto: bombseat.com
A Cachoeira Seljalandsfoss é uma das cachoeiras mais famosas da linda Islândia. Ela se localiza no sul da ilha, perto de uma estrada que dá acesso à cidade de Selfoss. Com uma queda aproximada de 60 metros de altura e com a parte de baixo oca, é possível atravessar a cachoeira e vê-la por um ponto de vista diferente, como na foto. Sem dúvidas, uma das cachoeiras mais bonitas do mundo! Incrível!
2.Victoria Falls – Zimbabwe e Zâmbia
Foto: hdwallpaper.com
Considerada a cachoeira mais larga do mundo,Victoria Falls está localizada no sul do continente africano e as suas maiores quedas chegam a 130 metros de altura. O local foi “descoberto” em 1855 por um escocês chamado David Livingston, que o nomeou como “Victoria”, a então rainha do Reino Unido.
3. As Ilhas Faroé – Entre A Noruega e a Islândia
Foto: designext.com
As Ilhas Faroé são territórios que estão sob os domínios da Dinamarca. O arquipélago possui 18 ilhas e esta que apresenta uma das cachoeiras mais bonitas do mundo, chama-se Vágar e, além da deslumbrante queda d’água, tem um vilarejo isolado da civilização. Fantástico!
4. Cataratas do Iguaçu, Brasil e Argentina
Foto: api.ning
As Cataratas do Iguaçu são um dos pontos turísticos mais visitados do sul do Brasil e da Argentina, já que está na divisa dos dois países e cada um possui uma parte do território. As cataratas tem cerca de 275 quedas e estão entre as 7 maravilhas naturais do mundo moderno.
5. Multnomah Falls, Oregon
Foto: calxibe.com
Multnomah Falls é uma das quedas d’água mais fantásticas do território estado-unidense e fica no estado de Oregon. Uma ponte localizada bem em frente a ela é o diferencial e o que permite uma das visões mais deslumbrantes de uma beleza natural como essa.
6. Pearl Shoal Waterfall, Sichuan na China
Foto: Divulgação
Localizada na província chinesa de Sichuan, as cachoeiras Pearl Shoal apresentam uma forma diferente e por isso tão chamativa. Raramente fica fora das listas das cachoeiras mais bonitas do mundo.
7. Gullfoss, Hvítá River na Islândia
Ao longo do rio Hvitá, somente a 7 km de Geysir, Gullfoss é uma das cachoeiras mais bonitas da Islândia. Gullfoss significa “Cachoeira de Ouro”,e fica a 5 minutos de caminhada de um estacionamento. Duas quedas d’água menores no topo levam a uma enorme cascata em formato de L com 21 metros de altura, em um desfiladeiro de 2,5 km de comprimento.
8. King George Falls, Austrália
KingGeorge Falls é uma das quedas d’água mais fantásticas da Austrália e do mundo. A “cachoeira dupla” tem uma queda ininterrupta de 80 metros e desemboca em um belo riacho.
9. Cachoeira Skogafoss, Islândia
Foto: littlefairytaleprincess
Há alguns quilômetros da primeira cachoeira da nossa lista, está outra maravilha islandesa: A cachoeira de Skogafoss. Localizada no rio Skoga, o qual tem dezenas de cachoeiras ao longo do seu percurso, Skogafoss cai sobre as belas falésias e atrai turistas de toda a Europa. Não poderia ficar fora de nossa lista das cachoeiras mais bonitas do mundo, não é mesmo?
10 – Kaieteur Falls, Guiana
Foto: assets3
A Guiana, nossa vizinha sul-americana, entra na lista com a Kaieteur, que é uma das cataratas que mais produzem volume de água no mundo, fazendo 663 metros cúbicos por segundo. É a 123ª mais alta do ranking, com 226 metros de altura e deságua no rio Potaro, na região central da Guiana. De acordo com a “bíblia” das cachoeiras, a Kaieteur é a 26ª mais bela do planeta.
11 – Cataratas do Niágara, NY, Estados Unidos e Ontário, Canadá
Cataratas do Niágara congeladas e seu show de luzes em NY! Foto: api.ning
Localizadas entre os Estados Unidos e o Canadá, as cataratas do Niágara sempre estão presentes nas listas das cachoeiras mais belas, fantásticas, bonitas do mundo. As suas quedas d’água chegam em até 385 metros de altura, sendo uma das mais altas do planeta e também uma das mais extensas.
12. Large Waterfall – Plitvice Lakes National Park, Croatia
Foto: Divulgação
No Parque Nacional Croata de Plivtice, é possível encontrar uma série de mais de 15 quedas d’água em diferentes altitudes e profundidades. No verão, o local fica sempre cheio de visitantes e suas belas quedas, das mais diferentes cores, como podemos ver nas fotos, não poderiam ficar de fora da nossa lista.
13. Angel Falls, Venezuela
Foto: photorator
A Cachoeira conhecida mundialmente como Angel Falls é a mais alta do mundo. O pico atinge 980 metros de altura e a sua queda mais alta chega a 807 metros. O local é de difícil acesso e muito isolado das cidades povoadas na Venezuela, mas a paisagem é simplesmente espetacular!
14. Ban Gioc–Detian Falls – China e Vietnã
Foto: Divulgação
Uma das cachoeiras mais bonitas do mundo, com uma série magnífica de quedas d’água, fica entre a China e o Vietnã. O local é conhecido como Ban Gioc-Detian Falls e apesar de suas cachoeiras terem apenas 98 pés está entre as mais lindas aos olhos de todos os expectadores ao redor do mundo.
15. Palouse Falls, Washington EUA
Foto: thrillist
Que visual hein! Seja nos dias de tempestade ou nos dias de céu aberto, a cachoeira conhecida como Palouse Falls, na capital norte-americana Washington, é uma das mais fantásticas do mundo, sem dúvidas. Fonte: KANUI
O vídeo é uma seleção de fotos de mais de 40 cachoeiras localizadas em Garça-SP e em seu entorno. Muitas são cachoeiras desconhecidas da própria população do município. Essa foi uma forma de demonstrar em poucos minutos a extensão e encanto das belezas naturais que existem na região e que o Piramba teve o prazer de registrar ao longo de sua história.
Mapa das Cachoeiras de Garça-SP
Aqui você pode conhecer cada cachoeira de garça através dessa ferramenta super interessante desenvolvida pelo Piramba MTB que é um mapa com o cadastro todas as cachoeiras que já registramos em Garça-SP.
Tutorial do Mapa das Cachoeiras de Garça:
Clique duas vezes para abrir o Mapa das Cachoeiras, cada ícone do Piramba corresponde a uma cachoeira.
Dê um zoom e escolha um ícone que logo aparecerá o nome da cachoeira.
Se quiser saber mais, clique que vai aparecer a foto da cachoeira e o link para obter mais informações sobre ela.
Obs: essa é uma ferramenta em construção, algumas cachoeiras estão pendentes de inclusão no mapa.
Para conhecer um saber um pouco mais sobre as belezas naturais de Garça visite nossas páginas e siga nossas redes sociais:
Nosso amigo de pedal e pirambeiro, Rafael Botelho, o homem do agro percorre a trabalho vários municípios de Minas Gerais e sempre que tem um tempo aproveita para conhecer as maravilhas da natureza de Minas Gerais. Dessa vez visitou a Cachoeira do Pedrão no município de Heliodora e nos enviou o vídeo desse registro.
Valeu meu amigo, continue representando bem o Piramba MTB Brasil a fora. Onde há cachoeira em nosso belo país, o piramba MTB tem sempre interesse em divulgar. Nosso país é repleto de lugares bonitos por natureza, e muitas vezes tem uma cachoeira belíssima aí ao seu lado e você nem sabe, pois além de faltar muita infraestrutura e divulgação, o que mais falta talvez seja a valorização do nosso patrimônio natural regional.
Muitas vezes quem vive ali perto não se dá conta do que para ele pode ser algo trivial, para muitos outros é uma atração turística e tanto. Por isso, vamos viajar para conhecer no país, mas também vamos conhecer o que a natureza fez de bonito e que está ao nosso lado, é importante dar valor também ao que temos em nossa região. O país tem tantas atrações naturais, é preciso que o brasileiro conheça e valorize as belezas de suas terras, o que existe ao seu redor. As vezes viajamos para longe e gastamos muito para termos um contato maior com natureza, mas muitas vezes isso é possível ali no sua terra ou nos município vizinhos, e com menor gasto de tempo e dinheiro.
* Heliodora-MG
O Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, representado pela EMBRATUR, outorgou o SELO DE MUNICÍPIO COM POTENCIAL TURÍSTICO ao município de Heliodora em 07 de março de 1996, e hoje, é pertencente ao Circuito das Águas, juntamente com os municípios de Lambari, Cambuquira, São Lourenço, Caxambu e outros.
Heliodora com sua tranquilidade, comum em cidades do interior, é um lugar excelente para o descanso e lazer de seus moradores e também de visitantes, que vêm para Heliodora em busca de paz e tranquilidade.
*Cachoeira do Pedrão
Situada 6,5 Km do centro da cidade, no Bairro da Floresta, possui queda d’água de 40 metros que cai de um pedrão rochoso e forma um poço estreito e comprido cercado de pedras. Possui uma grande piscina com a água que vem da serra. Há bar e restaurante em estilo rústico e aconchegante onde a natureza faz parte da decoração, aproximando homem, fauna e flora. Como Chegar Na praça Santa Isabel, seguir até o final da Av. Alvarenga Peixoto por 600 m, entrar em estrada de terra em direção à Lambari e seguir por 5,5 Km, entrar à esquerda, e seguir por mais 1 Km até a cachoeira.
O Piramba MTB já percorreu dezenas de cachoeiras em Garça e região, tanto as principais e mais famosas como também muitas inexploradas e desconhecidas, ainda assim, sabemos que provavelmente existem outras dezenas a serem registradas pela lente intrépida e inquieta do Piramba MTB.
Logo, de vez em quando é dia de Piramba Explorer, ou seja, é dia de sair rumo ao desconhecido, explorar novos caminhos e horizontes, ir onde desconfiamos que possa existir outras cachoeiras inéditas e ter aquele gostinho de ser surpreendido por uma bela cena da natureza, uma cachoeira ou um pico inédito. Por outro lado, nesse tipo de pedal aventura a sofrência e a frustração também são partes do enredo.
É comum traçar planos e metas para chegar em tal ponto, descer o vale, subir um morro, atravessar um alagado de taboal, mas muitas vezes o obstáculo se mostra intransponível, como um paredão ou abismo a frente. Muitas vezes seguimos com um objetivo, mas somos obrigados pela força da natureza bruta a recuar, voltar, nos localizarmos no mapa por satélite e rever a rota. Carregar a bike morro acima sempre acontece nessas ocasiões, percorrer cursos d´água para ver se chega em uma cachoeiras, escalar um pouco galhos e pedras, pula cerca, pula brejo, é um pouco de tudo, e também é preciso levar muito mato no peito, pedalar em terrenos inóspitos, onde não há nenhuma trilha ou caminho, é totalmente “off road”.
O Belíssimo Vale do Araquá
Se em alguma ocasiões a expectativa não vira realidade, em outras vezes rende muitas descobertas e várias cenas lindas da natureza exuberante de nossa região. Dia 28/03 e 02/04/2021 foram dias de Piramba Explorer, mais precisamente fomos explorar a região atrás do Posto Vera Cruz que fica a beira da rodovia SP-294 e nas proximidades do bairro rural Araquá. Aliás ao fundo dele, tem um belíssimo vale e felizmente encontramos algumas cachoeiras.
Embora o intuito inicial era descer o vale e chegar até o fundo dele para então procurar acessar as cachoeiras por baixo, isso não foi possível. Contornamos boa parte do acidente geográfico, mas não conseguimos achar um ponto que não fosse abismo para assim poder descer. Porém, como somos persistentes, voltamos lá outro dia com mesmo objetivo, mas novamente a natureza nos deu um baile e vimos que o buraco é mais em baixo, literalmente, é muito mais em baixo, o vale é uma espécie de Canion, de longe parece até que é possível descer até o seu fundo, só que de perto vemos que somos apenas formiguinhas em meio a sua imensidão vertical.
Saldo do Explorer: 5 Cachoeiras Inéditas
Entretanto, nada é em vão, nesse retorno, outra cachoeira por cima nós encontramos, trata-se de um pico muito alto e com uma bela visão, pena que é pouco o volume do córrego. A vontade de tomar um banho em baixo dela é gigante, assim como os obstáculos para chegar até lá. De qualquer forma, são válidos os registros e as descobertas, são mais cinco cachoeiras a serem acrescentadas no Mapa das Cachoeiras da região de Garça-SP. E quem sabe em um auspicioso dia conseguiremos iremos chegar em baixo das três grandes quedas que identificamos mas que apenas acessamos elas por cima. É um desafio e tanto.
Ao final, o saldo desses dois dias de Piramba Explorer foi altamente positivo, além de três grandes cachoeiras inéditas, também encontramos outras duas cachoeiras pequenas e boas para banho, estas sim conseguimos chegar por baixo delas. Isso tudo é mais uma demonstração da vastidão de cachoeiras que existem em nossa região, a maioria inexploradas e desconhecidas. O trabalho de procurar por novas cachoeiras é árduo e cada vez mais difícil na medida que estas são geralmente desconhecidas, além de ficarem em lugares remotos e de difícil acesso.
Segunda-feira começara, primeiro dia do mês de fevereiro deste ano. Logo pela manhã a vontade de pedalar se acumulava mesmo depois de um final de semana insano, de muita pirambeira, as pernas já pediam descanso, mas a cabeça não descansava um só momento, e a memória das trilhas de sábado e domingo, alimentavam ainda mais vontade de um role diferente para aquela semana.
Já há algum tempo, vinha pensando em fazer uma trilha diferente, entre um afazer e outro, diversos trajetos passavam por minha cabeça mas nenhum deles completava a vontade incontrolável que estava de pedalar para algum lugar diferente por aqueles dias. Pois é, não é que depois descobri que não era somente eu que estava buscando pedalar para novos destinos, mas também o Pirambeiro Henrique Volponi, que no decorrer daquela segunda despretensiosa, entre uma proza e outra no Whatsapp acabara me indagando se eu não toparia pedalar com ele no dia seguinte. Era o convite que eu precisava.
Prontamente aceito o convite, acabamos recorremos na mesma dúvida, qual seria nosso destino. Não demorou muito para que esse role logo fosse promovido, ambos bastantes entusiasmados por uma aventura, de um pedal comum de aprox. 50km, logo já falávamos em fazer um longão, e a partir daí, a coisa começava a mudar de figura e esse longão começava a criar forma.
Já que iriamos fazer um pedal maior, um longão, sair bem cedo é uma estratégia usada por muitos ciclistas, com isso evita-se desidratações precoces e o castigo que sofremos quando ficamos expostos ao Sol, além de podermos contemplar o Sol nascer, que diga-se de passagem, é lindo. Cinco e meia da manha na padoca foi o horário e o local combinado, selado o compromisso de ir, o destino naquele momento deixara de ser o mais importante e apenas pedalar e se divertir já protagonizavam o sentimento de ambos.
Seguido de um dia normal a noite veio, o trajeto ainda era incerto, a única certeza era que ia rolar um pedal irado. Durante a noite, pensando ainda em qual trajeto poderíamos seguir, o destino de Ubirajara por Lucianópolis figurou entre os que passaram por minha cabeça, confesso ate que com certo apreço belas belezas visuais que o vales do caminho proporcionam, mas logo dormi e nada estava certo ainda.
Quatro e meia e o celular desperta, alguns minutos de preguiça e logo já estou em pé, trocado e equipado para nos encontrarmos no local marcado, a fraterna padaria Santa Antônio, que diariamente doa café e pão acolhendo e dignificando um pouco os morados de rua de nossa cidade.
Durante o café, percebi que estávamos sintonizados quanto ao trajeto a ser percorrido, entre um gole no café e uma mordida no pão, certa a pergunta veio;
-vamos para onde? Pergunta Henrique.
-pensei em Ubirajara, respondo eu.
Nesse momento não tive dúvidas, o Henrique estava disposto a fazer o percurso que pensará durante a noite e enquanto me preparava para sair de casa, partir para Ubirajara já era certo. Não muito antiga, a cidade hoje tem aproximadamente 71 anos, Ubirajara é uma pequena e aconchegante cidade que ao longo dos tempos, além de abrigar em uma humilde moega, o conhecidíssimo Sr Alcindo Petenucci, tradicional e famoso fabricante de botas e botinas artesanais, hoje também se consolida como uma importante região citricultora. Muito ocupada pelos pomares de laranja que ao longo do tempo migraram de regiões em regiões buscando terras novas, com menores pressões de doenças, Ubirajara hoje se destaca também pelo cultivo de mandioca e amendoim além do tradicional café ainda muito cultivado.
Café da manhã tomado chega a hora de partimos e esse dia de pedal, já mostrava que seria fantástico, pois o dia que se começara a nascer ja se mostrava lindo com os primeiros raios de sol que iluminavam o horizonte.
Seguimos sentido venda seca, e ali teríamos que tomar uma a primeira decisão do dia. Iriamos para Ubirajara por Lucianópolis ou pelo Bar Azul (uma conhecida venda localizada no início de uma estrada municipal, que dá acesso por terra para Ubirajara). Próximo de chegarmos na bifurcação, decidimos ir por Lucianópolis, afinal a estrada é muito linda, percorre todo o espigão do vale que além de deixar o caminho um pouco mais longo, enche nossos olhos com belezas imensuráveis, detalhe que nos agradaria muito naquele dia que havíamos tirado para pedalar.
Entramos fazendo o trajeto da Cia Inglesa no sentido horário e logo após uns 9 km saímos pelo acesso que liga aquela estrada municipal a Fernão, Lucianópolis e também a Ubirajara, seguimos reto e mais alguns quilômetros já avistamos a aconchegante Lucianópolis. Chegamos e já partimos para a padaria, afinal como diz nosso querido amigo @broubrutodrews , o cavalo come, o cavalo anda, afinal , se alimentar e se hidratar fazem parte de todo pedal porque #nqsf . (ninguém quer ser feio mais não, todo mundo esta treinando, bora treinar também ). Já reabastecidos seguimos para Ubirajara. O acesso seria por asfalto, piso que não agrada Pirambeiro algum que se prese. Então decidimos pegar um acesso por terra e passar pela ponte do rio vermelho, um lugar que não fazemos questão de não passar, água corrente e uma bela mata ciliar fazem parte do cenário que encontraríamos nesse local.
Entre um girar e outro do pé de vela, o caminho ia seguindo, para qualquer lado o horizonte nos mostrava incríveis paisagens naturais, vales imensos, grandes plantações florestais além das tradicionais propriedades rurais que compõem a beleza desse trajeto e a belíssima e capela a beira da estrada, sempre abençoa e protege os que ali passam. Muita proza, sempre boa por sinal tocamos no assunto da cachoeira de Ubirajara, uma visita que já arquitetávamos a tempos e que começava agora a ser um forte possibilidade de incluí-la no trajeto visto a proximidade com que passaríamos dela em nosso retorno.
Chegando em Ubirajara, mais uma parada para nos alimentarmos e nos hidratarmos para em seguida nos prepararmos para iniciar a voltar para nosso ponto de partida, Garça-SP. A parada escolhida, foi o posto de gasolina que nos abrigou no último Pedal Corujão dos PirambaMTB, um pedal que marcou na história do grupo em um dia que fomos testados ao limite pela mãe natureza. Respeitá-la foi nosso maior ensinamento nesse dia, fortes chuvas, raios e trovoes nos obrigaram a interromper o pedal e esse posto naquele dia, foi nosso abrigo ate o resgate chegar pelo amanhecer.‘
Prontos para a volta, partimos retornando, a estrada muito boa nos beneficiava, pois o sol nesse momento já judiava um pouco de nossos corpos, e passar pela Cachoeira de Ubirajara já começava a ser uma boa opção para o momento. Chegando ao primeiro entroncamento, ponto crucial para decidirmos se iriamos ou não a cachoeira, o clima deu o veredicto, e nós nem pestanejamos, saímos à esquerda, diretamente sentido Alvinlândia rumo a cachoeira que há tempos não visitávamos.
O trajeto a partir dali seria quase todo de subida, e as placas sinalizavam o caminho da cachoeira que possui um acesso muito fácil, estando localizada a 80 metros da estrada municipal. Chegando no próximo entroncamento, saímos a esquerda novamente, indicados por uma placa que ali não deixava que errássemos o caminho. Descemos por uma estrada de paralelepípedo e mais uns metros após seu final, já chegaríamos ao ponto de acesso para a cachoeira.
Muito ansiosos em rever mais essa cachoeira, logo já estávamos chegando nela, o acesso permite que cheguemos andando em nossas bicicletas ate aproximadamente 4 metros de sua queda, e isso fez com que ficássemos mais tranquilos, em estar próximos de nossas bikes, permitindo que aproveitássemos aquele momento com muito mais tranquilidade. Normalmente algumas cachoeiras possuem um acesso mais difícil, nos obrigando a deixar nossas bikes acorrentadas em árvores pela mata, o que nos deixa sempre um tanto quanto preocupados, mas que nesse dia não seria o caso.
Uma queda linda e um poço profundo fazem dessa cachoeira um lugar de muita visitação por parte dos moradores daquela região, nota-se algumas instalações de alvenaria, antigas por sinal, mas que mostravam que um dia, esse local abrigou algum projeto agrícola de irrigação ou energético visto o formato das ruínas que ali ainda se mantinham em partes de pé. A manutenção do lugar é feita pela prefeitura de Ubirajara e pelo que nos foi informado é a responsável legal por esse local.
Após nos refrescarmos por algumas horas, não poderíamos evitar o momento de partida, felizmente estávamos de energia renovadas, prontos para os aproximadamente 50km que nos faltavam para o retorno aos nossos lares, mas com nossas almas regadas e inundadas por uma sensação incrível de bem estar. O contato com a natureza sempre nos alimentou e esse, é um vicio que nos dos Piramba MTB não queremos perder nunca. Desbravar novos destinos, novos trajetos e novas quedas de água, fazem parte de nosso DNA e o arrepiar da pele a cada momento que nos deparamos com impactantes cenários de beleza natural, rega nosso espírito aventureiro, alimentando nosso sentimento insano de desbravadores naturais. O retorno foi tranquilo e abençoado não só pela proteção no caminho mas também pelo dia maravilhoso que tivemos.