A Cachoeira do Paquetá e Sua Paradisíaca Borda Infinita em Ilha Bela

Sobre Cachoeira do Paquetá

Cachoeira com borda infinita, escorregador natural e bela vista para o mar? Isso existe? Onde fica?

Isso mesmo, talvez você nunca tenha ouvido falar, mas a Cachoeira do Paquetá ganhou fama assim que os moradores locais de Ilhabela começaram a publicar fotos de lá usando a hashtag #secretpoint. Desde então, a procura pelo local aumentou e, com isso, o #secretpoint já não é tão mais secreto assim.

Mas sem dúvida, é um dos mais belos lugares para conhecer em Ilhabela, sobretudo, a região no entorno também tem outros ótimos atrativos para você visitar.

Por exemplo, o Ribeirão do Bexiga é repleto de gigantescos poços naturais de fácil acesso, sendo o primeiro deles logo no início da trilha, após uns 15 minutinhos de caminhada, e pede uma parada para um banho daqueles de lavar a alma.

Depois disso, se quiser descobrir a famosa Cachoeira do Paquetá e apreciar a bela vista mostrada nas fotos, basta seguir pela trilha por um trecho mais íngreme, de dificuldade média, até chegar à base da cachoeira e depois, ainda, você pode subir até o topo, curtir todo o visual que ela oferece, e deslizar pelo escorregador natural de pedra e cair dentro da piscina de borda infinita no meio da cachoeira.

Como chegar à Cachoeira do Paquetá?

Para chegar à Cachoeira do Paquetá, siga pela estrada no sentido sul de Ilhabela até o bairro Ribeirão, que fica entre a Praia Grande e a Praia do Curral.

Procure pela Rua Nagib Pombo, continue por ela até chegar em uma casa que divide a rua. Siga pela rua da esquerda e procure por um lugar para estacionar o carro, se for o seu caso. Há estacionamento particular no local.

A partir deste ponto, você deve encontrar uma simples placa de madeira, feita por moradores locais, demarcando o início da trilha para a Cachoeira do Paquetá. No entanto, a trilha possui alguns trechos difíceis, com obstáculos, e não é recomendada para pessoas com dificuldade de locomoção.

Como já foi dito, o primeiro poço para banho é bem próximo do início da trilha, e você chega nele em aproximadamente 15 minutos de caminhada. A partir daí, atravesse o poço pelas pedras para o lado direito e siga a trilha para cima em direção à Cachoeira do Paquetá. Tenha muita atenção e cuidado para não se machucar ao atravessar o rios pelas pedras.

Também, tenha muito cuidado para não danificar as mangueiras de captação de água ao longo da trilha, elas abastecem as casas da região e um mínimo de descuido pode deixar todas sem abastecimento de água. 

Quando chegar na base da Cachoeira do Paquetá, não deixe de subir até o topo para curtir o belíssimo visual.

No meio da cachoeira é onde fica o poço com borda infinita e um escorregador natural de pedra, onde as pessoas escorregam e tiram belíssimas fotos.

Sabe aquela cachoeira com borda infinita e vista para o mar em Ilhabela? O nome dela é Cachoeira do Paquetá

A Cachoeira do Paquetá ficou famosa depois que os moradores locais de Ilhabela começarem a postar fotos de lá com a hashtag #secretpoint. A partir daí, todos queriam conhecer e tirar sua foto na incrível cachoeira com borda infinita e vista para o mar. É um belo lugar pra fazer aquela foto que vai bombar no seu Instagram, mas não esqueça de curtir a real beleza daquilo tudo.

É, sem dúvida, uma das vistas mais bonitas de Ilhabela, mas o local tem muito mais atrativos para os visitantes. O Ribeirão do Bexiga é repleto de gigantescos poços naturais, o primeiro deles é logo no começo da trilha e de fácil acesso, vale uma parada para um banho daqueles de lavar a alma! Aí, depois disso, se quiser conhecer a vista famosa das fotos, é só seguir pela trilha por um trecho mais íngreme até chegar no topo.

Como Chegar à Cachoeira do Paquetá

Dirija pela estrada sentido sul da ilha até o bairro do Ribeirão (um pouco após a Praia Grande e antes da Praia do Curral). No GPS, coloque “Rua Nagib Pombo, 1 – Ribeirão”. Suba a rua principal até chegar em uma casa que divide a rua em dias. Siga pela esquerda e estacione o carro. Ali começa a trilha, que é sinalizada por simples placas de madeira, feitas pelos moradores locais.

O primeiro poço é bem próximo do início, após 20 minutos de caminhada. De lá, tomando muito cuidado, cruze o poço pelas pedras para o lado direito e siga a trilha para cima. Também é possível subir pelo lado esquerdo da cachoeira, mas exige um pouco mais de conhecimento da trilha. Cuidado para não pisar e arrancar as mangueiras de captação de água que passam pela trilha, elas abastecem as casas da região e um mínimo de descuido pode deixar todas sem abastecimento de água.

Quando chegar em uma laje de pedra, suba até o topo. O caminho até lá em cima é de média intensidade. Tome muito cuidado! Não fique andando ou tirando fotos na borda do poço, pois um mínimo descuido poderá ser fatal.

Garça e região também é terra de Caranguejo! Saiba mais sobre esse crustáceo de água doce.

Quando a gente ouve falar em caranguejo geralmente a gente associa a praia e ao mar, mas temos no Brasil algumas espécies de Caranguejo de Água Doce no restou da mata atlântica também. E muitos não imaginam que Garça tem o privilégio de ter esse crustáceo em sua fauna.

Porém, esse dias atrás meu grande amigo César Sartori, companheiro de cachoeiras e pirambeiras fez um raro registro de um caranguejo de água doce. O bicho estava próximo a uma rocha, ele gosta de tipo de ambiente e ajuda no seu mimetismo. O flagrante aconteceu na Cachoeira dos Macacos que fica entre Garça e Álvaro de Carvalho, e a presença desse tímido crustáceo é para ser comemorada.

É uma boa notícia a presença deles nessa região, pois geralmente gostam de viver em córregos límpidos, sinal de que temos cursos d´águas que proporcionam um ambiente adequado para sua existência. Como é possível ver no vídeo, a água onde ele foi estava transparente, por isso, cuidar de nossas nascentes é indispensável para a manutenção de população dos caranguejos. Assim, essa região pode continuar sendo habitat para eles, o que contribui também para o equilíbrio da cadeia alimentar e do ecossistema local como um todo.

Junto a esse registro também existe um outro feito há um tempo atrás em uma das Cachoeira do Vale da Graça em Vera Cruz por um outro amigo meu, o Juares, mas infelizmente a foto se perdeu com o tempo e não foi possível postar aqui. Mas não deixa de ser mais uma evidência que embora raro, temos sim caranguejo em nossa região e que nossas nascentes sejam cada dia mais vigorosas e que registros como esse possam ser feitos com mais frequência.

By Rudi Arena

Conheça mais sobre o Carangueijo de Água Doce*

Nome em português: Caranguejo de água doce, Caranguejo de rio, Goiaúna, Guaiaúna.
Nome científico: Trichodactylus petropolitanus (Göldi, 1886)

Origem: Sudeste da América do Sul
Tamanho: carapaça com largura de 5 cm
Temperatura: 20-28° C
pH: indiferente

Dureza: indiferente
Reprodução
: especializada, todo ciclo de vida em água doce
Comportamento: pacífico
Dificuldade: fácil

Apresentação

Os Trichodactylus são os caranguejos dulcícolas mais comuns fora da bacia amazônica, são pequenos caranguejos totalmente aquáticos, de hábitos noturnos. Embora comuns, raramente são vistos no comércio aquarístico.

Devido à sua abundância, estes animais são importante componente da cadeia trófica de ambientes dulcícolas. Comestíveis, são também relevante fonte de alimentação para populações ribeirinhas.
            Etimologia: Trichodactylus vem do grego thríks(cabelo) e daktulos (dedo); petropolitanus significa habitante do município de Petrópolis (RJ).

Origem

            Até a pouco considerada uma espécie exclusivamente brasileira, com ocorrência nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, sendo que sua distribuição coincide amplamente com os domínios da quase extinta Mata Atlântica. Em 2003 foi coletada também no norte da Argentina.

Vivem em riachos límpidos, geralmente montanhosos, mas podem ser coletados também em lagoas e represas. Vive entre rochas ou vegetação aquática. Preferem substratos rochosos, que facilitam seu mimetismo.        Um trabalho genético recente confirmou que os T. petropolitanus são monofiléticos. Curiosamente, este trabalho situou geneticamente a espécie entre os diversos clados que compõem o Complexo T. fluviatilis.

Distribuição geográfica de Trichodactylus petropolitanus. Imagem original Google Maps; dados de Magalhães C. In: Melo GAS. 2003 e César II et al. 2004.

Aparência

Cefalotórax de altura média, arredondado. Olhos pequenos, antenas curtas. Grandes quelípodos, assimétricos nos machos. Pernas dispostas lateralmente. Geralmente de cor marrom-escura avermelhada.

Existem duas famílias de caranguejos de água doce no Brasil: Trichodactylidae e Pseudothelphusidae. Os primeiros podem identificados por dois detalhes: dáctilos com pêlos (ao invés de espinhos, daí seu nome), e segundo maxilópode. Dentro da família, os Trichodactylus podem ser identificados baseados na forma do abdômen (segmentação de todos os somitos, sem fusão), e a escassez de dentes na margem da carapaça (até 5). O T. petropolitanus pode ser identificado por ter três dentes na borda ântero-lateral da carapaça, eqüidistantes, e carapaça irregular.

Assim como o T. fluviatilis, esta espécie têm sub-espécies com alguma variação no padrão de dentição da carapaça.

Aspecto da borda ântero-lateral da carapaça: Trichodactylus dentatus com três dentes, os dois primeiros próximos entre si e um pouco afastados do terceiro, este sempre menor e às vezes vestigial; Trichodactylus petropolitanus com três dentes equidistantes; Trichodactylus fluviatilis com borda lisa, às vezes com um a três entalhes, ou no máximo um dente. Fotos de Carlos Magno e Walther Ishikawa.

Parâmetros de Água

É uma espécie robusta, bastante tolerante quanto às condições da água, mas se desenvolve melhor entre 20 e 28° C, pH e dureza indiferentes.

Reprodução

Todo seu ciclo de vida se dá em água doce. A reprodução ocorre nos meses mais quentes e chuvosos do ano.

Produzem poucos ovos de grandes dimensões, apresentam desenvolvimento pós-embrionário direto, onde as fases larvais completam-se ainda dentro do ovo. Na eclosão são liberados indivíduos já com características semelhantes ao adulto. Por vários dias, os jovens são protegidos e carregados pelas fêmeas sob o abdome, caracterizando cuidado parental.

Comportamento

São animais totalmente aquáticos, não necessitando vir à superfície para respirar. Porém, suportam algum tempo fora d´água, principalmente se houver umidade. Fugas são bastante frequentes, o aquário deverá ser sempre mantido bem tampado.

Não são agressivos, porém possuem garras potentes, e acidentes podem ocorrer. Existem diversos relatos de sucesso na manutenção destes animais em aquários comunitários, sem agressividade com peixes e camarões. Invertebrados bentônicos fazem parte da sua dieta, assim, deve-se atentar somente à presença de caramujos ornamentais, que serão rapidamente predados. Pelo mesmo motivo, caranguejos muito pequenos (da mesma, ou outra espécie) correm riscos de predação. Plantas tenras podem ser devoradas também.

Não são animais muito ativos, têm movimentação lenta, sempre que possível preferindo ficar imóveis. Por serem escavadores, não são indicados para tanques com substrato fértil, ou com layout ornamental. Adultos têm hábitos noturnos, e costumam ficar entocados até anoitecer, jovens são mais ativos durante o dia.

Como os demais crustáceos, tornam-se vulneráveis após a ecdise, e podem ser predados por outros animais. Por este motivo, nesta época permanecem entocados, até a solidificação completa da carapaça.

Alimentação

Não são nada exigentes quanto à alimentação, comendo desde algas, animais mortos a ração dos peixes. Como mencionado, caçam ativamente caramujos e outros pequenos invertebrados, e podem se alimentar também de plantas com folhas tenras.

*Fonte: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=25&id_subcategoria=23&com=1&id=86&local=2

Cachoeira das Araras por Baixo pela 1ª Vez

Pela primeira vez chegamos até em baixo da belíssima Cachoeira das Araras, foi preciso fazer um longo e desgastante trekking até chegar no pé do imenso paredão em que cai as águas da cachoeira que são resultado do encontro do Córrego Águas da Prata com o Córrego Águas de Ouro um pouco acima da queda.

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Foram ao todo 15 Kms, grande parte andando pelo leito do rio, enchendo o tênis de areia que logo precisava ser esvaziado para poder seguir em frente. Em muitos trechos o leito do rio afunila e água chegava até o peito. A volta para chegar a civilização foi de muita subida, mas muita mesmo. E é claro, muito mato alto, pirambeira pura e bruta. As dores nos pés e nas pernas ainda seguem até hoje, três dias após ter feito a trilha a pé, só para chegar até a cachoeira foram cerca de três horas de caminhada, e nos deparamos com cobras peçonhentas e aranhas de impor respeito.

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A cachoeira fica no fundo do bairro rural da Adrianita e para o lado do Pesqueiro do Codonho, e de acesso bem difícil, para chegar até ela também é preciso escalar rochas gigantes.

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Essa foi uma das presepadas mais difícil que eu já me enfiei, mas também foi um dia que ficará marcado para sempre para quem estava nessa saborosa e cansativa enrascada. A Cachoeira de baixo é muito imponente, muito alta, as águas são límpidas, é de uma beleza fantástica, mas cobra um preço alto, sem dúvidas. Era um dos lugares que o Piramba sempre quis chegar quando avistava de cima a queda da Cachoeira das Araras e chegar lá em baixo sempre pareceu algo quase impossível, não é, mas é preciso planejar muito bem antes encarar essa aventura, não foi que fizemos nesse dia, mas na vida a gente tem que aprender com os nossos erros.

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O sol se foi e ficamos longe de casa e exaustos com dores nos pés e nas pernas, todos riscados pelo capim navalha até os braços e no escuridão da noite, e ainda meio que perdidos em um vale remoto entre Garça e Gália, dentro de um rio onde a luminosidade da lua cheia não nos alcançava em razão da mata ciliar ao redor, um lugar até então desconhecido, cá entre nós, é uma experiência um tanto assustadora e na hora passamos apuros.

Por outro lado, foi uma das melhores e mais diferentes experiências que vi e o pior, eu fui levar comigo meu amigo e o seu o cunhado espanhol que estava em Garça a passeio e foram parceiros nessa aventura recheada de sentimentos intenso, da alegria de chegar até a cachoeira até ao desespero de não enxergar uma a saída nome meio do nada a noite, e também do alívio e cansaço no final.

Que dia!!! O bom que deu tudo certo, ainda que tarde da noite, e com certeza esse dia há de me deixar mais resiliente e também aprender que é preciso planejar melhor as próximas empreitadas do gênero.

By Rudi Arena

A Cachoeira do Poção é Única!!!

Entre as mais de 50 cachoeiras que já percorremos em Garça e região, ouso dizer que não tem nenhuma igual a Cachoeira do Poção, e isso não quer dizer que seja a mais bela ou a melhor, mas que ela tem um encanto e algumas qualidades que nenhuma outra tem.

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Essa cachoeira é muito bonita, tem uma boa altura, tem água muito limpa e ainda um largo poço que em alguns lugares não dá pé. Só que que ela parece envolta a uma atmosfera diferente, parece guardar um pouco do eram as cachoeiras em um tempo que não existia a interferência do homem. Ela também não é muito parecida com as outras cachoeiras que temos.

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É preciso percorrer um bom trecho no leito do rio até chegar na cachoeira e quanto mais próximo, mais belo fica o caminho e o entorno, e não existe atalho, é como se estivéssemos no fundo de um grande buraco com as encostas altas e com inclinação de quase 90º em meio a árvores, água, pedras e muitos peixinhos, e o sol não tem como vê-lo, apenas os raios que iluminam as folhas lá no alto da mata e bem distantes de nós.

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E quando digo buraco, é como se fosse mesmo, pois a cachoeira está no fundo de um dos cânions que existem em Garça-SP. Ir até a Cachoeira do Poção é sempre um pouco demorado e trabalhoso, só que a sensação ao chegar no lugar é de muita satisfação, é como se tivéssemos encontrado o paraíso na terra ou o lugar onde está escondido o pote de ouro. O bom é que não precisa de ser o paraíso e nem ter o pote, a Cachoeira do Poção é magnífica, e que continue assim, um colírio para os olhos dos amantes da natureza.

By Rudi Arena

Pedal Bosque Municipal e Cachoeira da União. Piramba Kids com imagens aéreas incríveis do PirambaCopter!

Chegou o dia de apresentar a piramba para o meu filho

Chegou o dia que eu tinha prometido para o Ravi, o meu filho de 08 anos, que era leva-lo de bike até uma cachoeira, ou seja, apresentar de bike a pirambeira, e assim aumentar o nível de dificuldade dos nossos pedais. Já tínhamos ensaiado para este dia, fomos até Jafa algumas vezes que tem lá suas subidas e descidas, outro dia chegamos até próximo da Cachoeira do Gaia e percorremos 23 km de estrada de chão. No entanto, eu sabia que os pouco mais de 10 km da Cachoeira da União seria um desafio diferente para ele e não era possível saber como ele iria reagir as dificuldades inerentes a esta mudança, o que causava uma certa apreensão.

Estradão x Pirambeira

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Quando se sai do estradão e vai encarar a piramba e ir em cachoeira, alguns novos elementos se apresentam. Para começar muda-se o terreno, de uma estrada batida, passa para uma terra acidentada ou grama/capim que exige maior esforço do ciclista. Outra coisa, também é regra que antes de se chegar a uma cachoeira exista uma descida de inclinação severa ou extrema, também é comum que em alguns momentos é preciso carregar a bike no braço pois é impossível percorrer todo o trecho em cima dela, as vezes também é tem que fazer um pouco de trekking e percorrer a pé o leito do rio até chegar no destino. Essas são só algumas das dificuldades que passam a existir para ilustrar um pouco a respeito dessa mudança, que é de pedalar no estradão e passar a pedalar na piramba, o que ela traz de novo para o ciclista, e no caso de um ciclista mirim essa mudança é ainda maior, pois ainda está aprendendo as técnicas do esporte e explorando novas experiências sobre duas rodas.

Amigos é tudo de bom

O bom que para essa empreitada eu pude contar com meus grandes amigos Vicente Conessa e o Fabiano Ogawa que foram muito importante nesse dia e ajudou bastante neste dia. Ajudaram muito para dar mais confiança e segurança para esse pedal com cachoeira, ajudaram diversas vezes e fizeram toda a diferenças. Obrigado pela força!!!

O Bosque Municipal

O passeio começou com uma volta pelas trilhas do Bosque Municipal de Garça que possui 18,50 hectares de Mata Atlântica preservada dentro da cidade. Ali já foi o primeiro teste para a criança, pois havia obstáculos, trilhas single track e lugares com mata fechada. Foi muito bom curtir esse patrimônio da cidade e o acabou sendo o esquenta para o que viria adiante. Sem contar que meu filho deu de cara com um lagarto Teiu enorme cuja cena ele não irá esquecer tão cedo.

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A descida até chegar na cachoeira

Como já diz o ditado, para descer todo santo ajuda, até 100 metros antes de chegar no rio estava tudo muito bem. A partir do momento em que foi preciso pular para andar no pasto e percorrer os trios de boi, aí então o Ravi começou a sentir de fato que pedalar na pirambeira exige muito mais do que se estivesse na estrada de terra.

Ao andar o trecho final de pasto meu filho conheceu a dificuldade que é de manter os pneus dentro dos limites dos estreitos dos trios de boi, alias, é comum isso mesmo com os ciclistas adultos e experimentados, mas que não estão acostumados a andar nesse tipo de terreno. Porém, tudo é questão de tempo para pegar o macete da coisa. Por isso, o Ravi acabou empurrando a bicicleta em alguns momentos, ainda que fosse uma descida.

Ao chegar até o leito do rio chegamos no momento em que é precisava de muita atenção, principalmente com criança e estando com as mão ocupadas, pois é preciso carregar a bike no braço. Nessa hora a ajuda dos amigos foi fundamental para dar mais segurança e chegar enfim debaixo da cachoeira com tranquilidade.

Pena que a cachoeira ainda não se recuperou muito bem do período de estiagem e estava com um volume de água menor do que normal. A água estava aparentemente limpa e um pouco gelada. Meu filho ficou a princípio ficou um pouco reticente de entrar debaixo da queda, mas o encorajei a colocar a cabeça na água e sentir a temperatura, a força e a energia que só uma cachoeira proporciona. A reação é imediata, ninguém fica indiferente a um banho de cachoeira.

A Cachoeira como nunca vista (PirambaCopter)

Essa cachoeira é uma velha conhecida do Piramba e uma das mais próximas da zona urbana e uma das que mais visitamos, embora a gente tenha vários registros do local, ainda não tinha nenhuma imagem aérea do PirambaCopter.

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Na beira do precipício o drone foi lançado ao ar e captou belíssimas imagens e pudemos conhecer a 2ª Cachoeira da União como nunca vimos antes, as cenas falam por si e vale a pena conferir o registro desse lugar incrível e do lado da cidade.

A volta e a subida bruta para uma criança

Como já era previsto, a volta é que guardava as maiores dificuldades e que seria um intenso teste de resistência ainda que o percurso não fosse longo em termos de quilometragem. Se para descer o pasto já foi um tanto complicado, subir então seria mais ainda e assim foi. Geralmente a gente já precisa mesmo carregar a bicicleta em alguns trechos, mas o Ravi não conseguiu pedalar os 100 m de subida íngreme no pasto e nem subir a pé carregando a bike nos braços. Tive então que ir a pé carregando a minha bicicleta e a do meu filho, foi um pouco tenso e o esforço foi muito grande, mas ainda bem que foi por pouco tempo e sorte que pude contar a ajuda providencial dos meus amigos.

Deu tudo certo no final

Depois de chegar até a cerca e encontrar um terreno menos hostil, foi possível voltar pedalando, mas ainda tinha muita subida bruta até voltar para a cidade, tive que ajudar o Ravi a pedalar empurrando suas costas até chegar próximo da mata do bosque. Foi até que rápido, mas muito intenso tanto para mim como para meu filho cujo cansaço em seu semblante era visto a olho nu. Mas chegando de volta a civilização, tudo ficou mais tranquilo e o Ravi voltou pedalando para casa e nem parecia mais o menino esbaforido de minutos atrás. Valeu muito a pena e para o meu pequeno foi como se fosse uma grande aventura e tivesse alcançado um grande feito. Ainda bem que tudo correu muito bem, e ficaram momentos felizes na recordação, e é claro que um pouco de cansaço temporário, o que é normal. Sem suor e desafios a evolução fica mais distante. E estreitar os laços de amizade e de pai e filho foi apenas uma ótima consequência de um pedal como deste dia.

Quanto menor o aro, maior é o obstáculo proporcionalmente que o ciclista precisa transpor

Um problema foi verificado com o uso de bicicleta infantil de aro pequeno como a que o Ravi utilizou para chegar na Cachoeira da União. É que os obstáculos e desnível do terreno ganha um contorno bem maior quando se está com uma bike de aro 16, por exemplo. Obstáculo que parece ser pequeno para nós que estamos em uma de aro 29, para quem está com aro pequeno o obstáculo parece gigante proporcionalmente, o que faz o ciclista mirim ser obrigado a fazer um esforço muito grande ou mesmo fica inviável transpor empecilhos que existentes no caminho. Este problema só pude observar ao pedalar com meu filho na pirambeira, pois é algo que não ocorre quando ele pedala pelas estradas de terra.

By Rudi Arena

A Dois Passos do Paraíso!

Um cenário paradisíaco nunca está tão distante de você que não vale a pena trilhar. Essa frase, que eu inventei agora, é quase sempre verdadeira, ainda mais se tratando da região de Garça-SP, o recanto dos PIRAMBEIROS.

A cerca de 3km da cidade, uma sequência de três quedas d’água formam as lindas cachoeiras da união. Ao mesmo tempo em que a primeira das quedas é de fácil acesso, para alcançar a terceira não espere estradas ou mesmo trilhas formadas. O caminho quem faz somos nós. Selo PIRAMBA! A segunda é a maior, mais bonita e reservada das cachoeiras e está escondida através de uma complicada escalada a partir da terceira queda.

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E estamos mesmo a dois passos do paraíso? Diria que sim, mas não estamos falando de uma música, e esses passos não são literais. A figura do primeiro passo é unir grande quantidade de coragem com bastante curiosidade. O segundo passo, e esse sim o mais importante, é ter um enorme espírito PIRAMBEIRO.

Foi então que no segundo domingo deste mês, resolvemos dar os dois passos adiante e visitar, em uma única manhã, as três cachoeiras. Após percorrer o cruel e desgastante caminho, a recompensa foi a mesma de sempre. Novamente as imagens falam mais do que eu conseguiria descrever e muito menos do que pudemos ver (e sentir). Sensação de paz e os pequenos problemas do dia a dia desaparecem. Esse é espetáculo de estar vivenciando a natureza com o seu poder de fortalecer a alma de quem mais se aproxima.

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É uma trégua para a apreensão e uma arma contra o desânimo dessa nova rotina que não acaba nunca. E quem não precisa disso em meio a esse período tão complicado? Então fica a dica: Existe um espírito PIRAMBEIRO dentro de todos nós, engrandeça o seu!

Fausto Fujikawa

Coletânea das Cachoeiras de Garça

O vídeo é uma seleção de fotos de mais de 40 cachoeiras localizadas em Garça-SP e em seu entorno. Muitas são cachoeiras desconhecidas da própria população do município. Essa foi uma forma de demonstrar em poucos minutos a extensão e encanto das belezas naturais que existem na região e que o Piramba teve o prazer de registrar ao longo de sua história.

Mapa das Cachoeiras de Garça-SP

Aqui você pode conhecer cada cachoeira de garça através dessa ferramenta super interessante desenvolvida pelo Piramba MTB que é um mapa com o cadastro todas as cachoeiras que já registramos em Garça-SP.

Tutorial do Mapa das Cachoeiras de Garça:

  • Clique duas vezes para abrir o Mapa das Cachoeiras, cada ícone do Piramba corresponde a uma cachoeira.
  • Dê um zoom e escolha um ícone que logo aparecerá o nome da cachoeira.
  • Se quiser saber mais, clique que vai aparecer a foto da cachoeira e o link para obter mais informações sobre ela.

Obs: essa é uma ferramenta em construção, algumas cachoeiras estão pendentes de inclusão no mapa.

Para conhecer um saber um pouco mais sobre as belezas naturais de Garça visite nossas páginas e siga nossas redes sociais:

1Cachoeira das Araras
2Cachoeira do Arco
3Cachoeira do Banespinha
4Cachoeirinha da Bomba
5Cachoeirinha do Borrachudo
6Cachoeira do Carcará
7Cachoeira dos Macacos (Cipó)
8Cachoeira da Constroli
9Cachoeira Copaíba
10Cachoeira da Deusa
11Cachoeira do Entorno da Geladeira
121ª Cachoeira da Enseada
132ª Cachoeira da Enseada
14Cachoeira da Hípica / Aranhas
15Cachoeira da Igurê
16Cachoeira do Tubo
17Cachoeira Encontro Tubo
18Cachoeira do Cantu
191ª Cachoeira da Cascata (Cascatinha)
202ª Cachoeira da Cascata (Cascatona)
21Cachoeira dos Escravos
22Cachoeiras da Geladeira
232ª Cachoeira da Geladeira
24Cachoeira do Marangão
25Cachoeira da Mata
26Cachoeira do Paredão
272ª Cachoeira do Paredão
28Cachoeira da Pedra
29Cachoeira do Pneu
30Cachoeira Pico da Queda
31Cachoeira do Quebra-Tudo
32CACHOEIRA SANTA CECILIA
33Cachoeira São Matheus 1ª Queda
34Cachoeira São Matheus 2ª Queda
35Cachoeira das 2 Quedas
36Cachoeira do Tassio Natureza
371ª Cachoeira da União
382ª Cachoeira da União
39Cachoeira do Urubu
40Cachoeira Vigilancia
411ª Cachoeira Vigilancia
422ª Cachoeira Vigilância
433ª Cachoeira Vigilância
44Cachoeira dos Bandeirantes
451ª Cachoeira da 09 de julho 9 (Roça Grande)
462ª Cachoeira da 09 de julho 9 (Roça Grande)
473ª Cachoeira da 09 de julho 9
48Cachoeiras de São Pedro
492ª Cachoeira da Mata
503ª Cachoeira da União
512ª Cachoeira Copaíba
522ª Cachoeira do Entorno Santa Marcela
53Cachoeira Santa Marcela
542ª Cachoeira Santa Marcela
551ª Cachoeira do Entorno Santa Marcela
56Cachoeira da Faz. da Gávea
57Cachoeira Rosa 2ª Queda
58Cachoeira Estrela 2ª Queda
59Cachoeira Rosa 1ª Queda
142Cachoeira de Oriente
143Cachoeira da Fazenda Floresta
144Cachoeira de Águas de Santa Bárbara
246Casca Dantas
247Fundão
248Maria Augusta
351Cachoeira da Real (Cunha-Parati)

Cachoeira do Pedrão – Heliodora-MG

Telhão Representando o Piramba em Minas Gerais

Nosso amigo de pedal e pirambeiro, Rafael Botelho, o homem do agro percorre a trabalho vários municípios de Minas Gerais e sempre que tem um tempo aproveita para conhecer as maravilhas da natureza de Minas Gerais. Dessa vez visitou a Cachoeira do Pedrão no município de Heliodora e nos enviou o vídeo desse registro.

Valeu meu amigo, continue representando bem o Piramba MTB Brasil a fora. Onde há cachoeira em nosso belo país, o piramba MTB tem sempre interesse em divulgar. Nosso país é repleto de lugares bonitos por natureza, e muitas vezes tem uma cachoeira belíssima aí ao seu lado e você nem sabe, pois além de faltar muita infraestrutura e divulgação, o que mais falta talvez seja a valorização do nosso patrimônio natural regional.

Muitas vezes quem vive ali perto não se dá conta do que para ele pode ser algo trivial, para muitos outros é uma atração turística e tanto. Por isso, vamos viajar para conhecer no país, mas também vamos conhecer o que a natureza fez de bonito e que está ao nosso lado, é importante dar valor também ao que temos em nossa região. O país tem tantas atrações naturais, é preciso que o brasileiro conheça e valorize as belezas de suas terras, o que existe ao seu redor. As vezes viajamos para longe e gastamos muito para termos um contato maior com natureza, mas muitas vezes isso é possível ali no sua terra ou nos município vizinhos, e com menor gasto de tempo e dinheiro.

* Heliodora-MG

O Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, representado pela EMBRATUR, outorgou o SELO DE MUNICÍPIO COM POTENCIAL TURÍSTICO ao município de Heliodora em 07 de março de 1996, e hoje, é pertencente ao Circuito das Águas, juntamente com os municípios de Lambari, Cambuquira, São Lourenço, Caxambu e outros.

Heliodora com sua tranquilidade, comum em cidades do interior, é um lugar excelente para o descanso e lazer de seus moradores e também de visitantes, que vêm para Heliodora em busca de paz e tranquilidade.

*Cachoeira do Pedrão

Situada 6,5 Km do centro da cidade, no Bairro da Floresta, possui queda d’água de 40 metros que cai de um pedrão rochoso e forma um poço estreito e comprido cercado de pedras. Possui uma grande piscina com a água que vem da serra. Há bar e restaurante em estilo rústico e aconchegante onde a natureza faz parte da decoração, aproximando homem, fauna e flora. Como Chegar Na praça Santa Isabel, seguir até o final da Av. Alvarenga Peixoto por 600 m, entrar em estrada de terra em direção à Lambari e seguir por 5,5 Km, entrar à esquerda, e seguir por mais 1 Km até a cachoeira.

* Fonte: http://www.heliodora.mg.gov.br/turismo.htm

Piramba Explorer: Cachoeiras Inéditas em Vera Cruz (Vale do Araquá)

Piramba Explorer: Descobertas e Sofrência

O Piramba MTB já percorreu dezenas de cachoeiras em Garça e região, tanto as principais e mais famosas como também muitas inexploradas e desconhecidas, ainda assim, sabemos que provavelmente existem outras dezenas a serem registradas pela lente intrépida e inquieta do Piramba MTB.

Logo, de vez em quando é dia de Piramba Explorer, ou seja, é dia de sair rumo ao desconhecido, explorar novos caminhos e horizontes, ir onde desconfiamos que possa existir outras cachoeiras inéditas e ter aquele gostinho de ser surpreendido por uma bela cena da natureza, uma cachoeira ou um pico inédito. Por outro lado, nesse tipo de pedal aventura a sofrência e a frustração também são partes do enredo.

É comum traçar planos e metas para chegar em tal ponto, descer o vale, subir um morro, atravessar um alagado de taboal, mas muitas vezes o obstáculo se mostra intransponível, como um paredão ou abismo a frente. Muitas vezes seguimos com um objetivo, mas somos obrigados pela força da natureza bruta a recuar, voltar, nos localizarmos no mapa por satélite e rever a rota. Carregar a bike morro acima sempre acontece nessas ocasiões, percorrer cursos d´água para ver se chega em uma cachoeiras, escalar um pouco galhos e pedras, pula cerca, pula brejo, é um pouco de tudo, e também é preciso levar muito mato no peito, pedalar em terrenos inóspitos, onde não há nenhuma trilha ou caminho, é totalmente “off road”.

O Belíssimo Vale do Araquá

Se em alguma ocasiões a expectativa não vira realidade, em outras vezes rende muitas descobertas e várias cenas lindas da natureza exuberante de nossa região. Dia 28/03 e 02/04/2021 foram dias de Piramba Explorer, mais precisamente fomos explorar a região atrás do Posto Vera Cruz que fica a beira da rodovia SP-294 e nas proximidades do bairro rural Araquá. Aliás ao fundo dele, tem um belíssimo vale e felizmente encontramos algumas cachoeiras.

Embora o intuito inicial era descer o vale e chegar até o fundo dele para então procurar acessar as cachoeiras por baixo, isso não foi possível. Contornamos boa parte do acidente geográfico, mas não conseguimos achar um ponto que não fosse abismo para assim poder descer. Porém, como somos persistentes, voltamos lá outro dia com mesmo objetivo, mas novamente a natureza nos deu um baile e vimos que o buraco é mais em baixo, literalmente, é muito mais em baixo, o vale é uma espécie de Canion, de longe parece até que é possível descer até o seu fundo, só que de perto vemos que somos apenas formiguinhas em meio a sua imensidão vertical.

Saldo do Explorer: 5 Cachoeiras Inéditas

Entretanto, nada é em vão, nesse retorno, outra cachoeira por cima nós encontramos, trata-se de um pico muito alto e com uma bela visão, pena que é pouco o volume do córrego. A vontade de tomar um banho em baixo dela é gigante, assim como os obstáculos para chegar até lá. De qualquer forma, são válidos os registros e as descobertas, são mais cinco cachoeiras a serem acrescentadas no Mapa das Cachoeiras da região de Garça-SP. E quem sabe em um auspicioso dia conseguiremos iremos chegar em baixo das três grandes quedas que identificamos mas que apenas acessamos elas por cima. É um desafio e tanto.

Ao final, o saldo desses dois dias de Piramba Explorer foi altamente positivo, além de três grandes cachoeiras inéditas, também encontramos outras duas cachoeiras pequenas e boas para banho, estas sim conseguimos chegar por baixo delas. Isso tudo é mais uma demonstração da vastidão de cachoeiras que existem em nossa região, a maioria inexploradas e desconhecidas. O trabalho de procurar por novas cachoeiras é árduo e cada vez mais difícil na medida que estas são geralmente desconhecidas, além de ficarem em lugares remotos e de difícil acesso.

Rudi Arena

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E Lá Fomos Nós Para Mais Uma Aventura

Strava-Cachoeira de Ubirajara

Segunda-feira começara, primeiro dia do mês de fevereiro deste ano. Logo pela manhã a vontade de pedalar se acumulava mesmo depois de um final de semana insano, de muita pirambeira, as pernas já pediam descanso, mas a cabeça não descansava um só momento, e a memória das trilhas de sábado e domingo, alimentavam ainda mais vontade de um role diferente para aquela semana.

Já há algum tempo, vinha pensando em fazer uma trilha diferente, entre um afazer e outro, diversos trajetos passavam por minha cabeça mas nenhum deles completava a vontade incontrolável que estava de pedalar para algum lugar diferente por aqueles dias. Pois é, não é que depois descobri que não era somente eu que estava buscando pedalar para novos destinos, mas também o Pirambeiro Henrique Volponi, que no decorrer daquela segunda despretensiosa, entre uma proza e outra no Whatsapp acabara me indagando se eu não toparia pedalar com ele no dia seguinte. Era o convite que eu precisava.

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Prontamente aceito o convite, acabamos recorremos na mesma dúvida, qual seria nosso destino. Não demorou muito para que esse role logo fosse promovido, ambos bastantes entusiasmados por uma aventura, de um pedal comum de aprox. 50km, logo já falávamos em fazer um longão, e a partir daí, a coisa começava a mudar de figura e esse longão começava a criar forma.

Já que iriamos fazer um pedal maior, um longão, sair bem cedo é uma estratégia usada por muitos ciclistas, com isso evita-se desidratações precoces e o castigo que sofremos quando ficamos expostos ao Sol, além de podermos contemplar o Sol nascer, que diga-se de passagem, é lindo. Cinco e meia da manha na padoca foi o horário e o local combinado, selado o compromisso de ir, o destino naquele momento deixara de ser o mais importante e apenas pedalar e se divertir já protagonizavam o sentimento de ambos.

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Seguido de um dia normal a noite veio, o trajeto ainda era incerto, a única certeza era que ia rolar um pedal irado. Durante a noite, pensando ainda em qual trajeto poderíamos seguir, o destino de Ubirajara por Lucianópolis figurou entre os que passaram por minha cabeça, confesso ate que com certo apreço belas belezas visuais que o vales do caminho proporcionam, mas logo dormi e nada estava certo ainda.

Quatro e meia e o celular desperta, alguns minutos de preguiça e logo já estou em pé, trocado e equipado para nos encontrarmos no local marcado, a fraterna padaria Santa Antônio, que diariamente doa café e pão acolhendo e dignificando um pouco os morados de rua de nossa cidade.

Durante o café, percebi que estávamos sintonizados quanto ao trajeto a ser percorrido, entre um gole no café e uma mordida no pão, certa a pergunta veio;

-vamos para onde? Pergunta Henrique.

-pensei em Ubirajara, respondo eu.

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Nesse momento não tive dúvidas, o Henrique estava disposto a fazer o percurso que pensará durante a noite e enquanto me preparava para sair de casa, partir para Ubirajara já era certo. Não muito antiga, a cidade hoje tem aproximadamente 71 anos, Ubirajara é uma pequena e aconchegante cidade que ao longo dos tempos, além de abrigar em uma humilde moega, o conhecidíssimo Sr Alcindo Petenucci, tradicional e famoso fabricante de botas e botinas artesanais, hoje também se consolida como uma importante região citricultora. Muito ocupada pelos pomares de laranja que ao longo do tempo migraram de regiões em regiões buscando terras novas, com menores pressões de doenças, Ubirajara hoje se destaca também pelo cultivo de mandioca e amendoim além do tradicional café ainda muito cultivado.

Café da manhã tomado chega a hora de partimos e esse dia de pedal, já mostrava que seria fantástico, pois o dia que se começara a nascer ja se mostrava lindo com os primeiros raios de sol que iluminavam o horizonte.

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Seguimos sentido venda seca, e ali teríamos que tomar uma a primeira decisão do dia. Iriamos para Ubirajara por Lucianópolis ou pelo Bar Azul (uma conhecida venda localizada no início de uma estrada municipal, que dá acesso por terra para Ubirajara). Próximo de chegarmos na bifurcação, decidimos ir por Lucianópolis, afinal a estrada é muito linda, percorre todo o espigão do vale que além de deixar o caminho um pouco mais longo, enche nossos olhos com belezas imensuráveis, detalhe que nos agradaria muito naquele dia que havíamos tirado para pedalar.

Entramos fazendo o trajeto da Cia Inglesa no sentido horário e logo após uns 9 km saímos pelo acesso que liga aquela estrada municipal a Fernão, Lucianópolis e também a Ubirajara, seguimos reto e mais alguns quilômetros já avistamos a aconchegante Lucianópolis. Chegamos e já partimos para a padaria, afinal como diz nosso querido amigo @broubrutodrews , o cavalo come, o cavalo anda, afinal , se alimentar e se hidratar fazem parte de todo pedal porque #nqsf . (ninguém quer ser feio mais não, todo mundo esta treinando, bora treinar também ). Já reabastecidos seguimos para Ubirajara. O acesso seria por asfalto, piso que não agrada Pirambeiro algum que se prese. Então decidimos pegar um acesso por terra e passar pela ponte do rio vermelho, um lugar que não fazemos questão de não passar, água corrente e uma bela mata ciliar fazem parte do cenário que encontraríamos nesse local.

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Entre um girar e outro do pé de vela, o caminho ia seguindo, para qualquer lado o horizonte nos mostrava incríveis paisagens naturais, vales imensos, grandes plantações florestais além das tradicionais propriedades rurais que compõem a beleza desse trajeto e a belíssima e capela a beira da estrada, sempre abençoa e protege os que ali passam. Muita proza, sempre boa por sinal tocamos no assunto da cachoeira de Ubirajara, uma visita que já arquitetávamos a tempos e que começava agora a ser um forte possibilidade de incluí-la no trajeto visto a proximidade com que passaríamos dela em nosso retorno.

Chegando em Ubirajara, mais uma parada para nos alimentarmos e nos hidratarmos para em seguida nos prepararmos para iniciar a voltar para nosso ponto de partida, Garça-SP. A parada escolhida, foi o posto de gasolina que nos abrigou no último Pedal Corujão dos PirambaMTB, um pedal que marcou na história do grupo em um dia que fomos testados ao limite pela mãe natureza. Respeitá-la foi nosso maior ensinamento nesse dia, fortes chuvas, raios e trovoes nos obrigaram a interromper o pedal e esse posto naquele dia, foi nosso abrigo ate o resgate chegar pelo amanhecer.

Prontos para a volta, partimos retornando, a estrada muito boa nos beneficiava, pois o sol nesse momento já judiava um pouco de nossos corpos, e passar pela Cachoeira de Ubirajara já começava a ser uma boa opção para o momento. Chegando ao primeiro entroncamento, ponto crucial para decidirmos se iriamos ou não a cachoeira, o clima deu o veredicto, e nós nem pestanejamos, saímos à esquerda, diretamente sentido Alvinlândia rumo a cachoeira que há tempos não visitávamos.

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O trajeto a partir dali seria quase todo de subida, e as placas sinalizavam o caminho da cachoeira que possui um acesso muito fácil, estando localizada a 80 metros da estrada municipal. Chegando no próximo entroncamento, saímos a esquerda novamente, indicados por uma placa que ali não deixava que errássemos o caminho. Descemos por uma estrada de paralelepípedo e mais uns metros após seu final, já chegaríamos ao ponto de acesso para a cachoeira.

Muito ansiosos em rever mais essa cachoeira, logo já estávamos chegando nela, o acesso permite que cheguemos andando em nossas bicicletas ate aproximadamente 4 metros de sua queda, e isso fez com que ficássemos mais tranquilos, em estar próximos de nossas bikes, permitindo que aproveitássemos aquele momento com muito mais tranquilidade. Normalmente algumas cachoeiras possuem um acesso mais difícil, nos obrigando a deixar nossas bikes acorrentadas em árvores pela mata, o que nos deixa sempre um tanto quanto preocupados, mas que nesse dia não seria o caso.

Uma queda linda e um poço profundo fazem dessa cachoeira um lugar de muita visitação por parte dos moradores daquela região, nota-se algumas instalações de alvenaria, antigas por sinal, mas que mostravam que um dia, esse local abrigou algum projeto agrícola de irrigação ou energético visto o formato das ruínas que ali ainda se mantinham em partes de pé. A manutenção do lugar é feita pela prefeitura de Ubirajara e pelo que nos foi informado é a responsável legal por esse local.

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Após nos refrescarmos por algumas horas, não poderíamos evitar o momento de partida, felizmente estávamos de energia renovadas, prontos para os aproximadamente 50km que nos faltavam para o retorno aos nossos lares, mas com nossas almas regadas e inundadas por uma sensação incrível de bem estar. O contato com a natureza sempre nos alimentou e esse, é um vicio que nos dos Piramba MTB não queremos perder nunca. Desbravar novos destinos, novos trajetos e novas quedas de água, fazem parte de nosso DNA e o arrepiar da pele a cada momento que nos deparamos com impactantes cenários de beleza natural, rega nosso espírito aventureiro, alimentando nosso sentimento insano de desbravadores naturais. O retorno foi tranquilo e abençoado não só pela proteção no caminho mas também pelo dia maravilhoso que tivemos.

João Daniel

Cachoeira do Travessão 11 no Distrito de União do Norte – Peixoto Azevedo (MT)

Quem visitou essa cachoeira fenomenal foi o nosso amigo e pirambeiro José Marcelo Gantus que é da terrinha (Garça-SP) mas que anda radicado já faz algum tempo em Marcelândia no Mato Grosso e nos brindou com essas belas imagens. Ele pegou a magrela e padalou muito até chegar na Cachoeira do Travessão 11 que fica no distrito de União do Norte no município de Peixoto Azevedo. Não tem como negar que o esforço não foi em vão, boa Marcelinho!!!

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O Distrito de União do Norte do Município de Peixoto de Azevedo e sua principal Atração Turística

O Distrito União do Norte teve origem devido a explosão populacional ocorrida no início de Peixoto em busca da riqueza do ouro descoberto. No ano de 1991, o senso populacional apurou mais de 37.000 habitantes no município. No mesmo ano, tudo foi ao caos por motivo da instalação do Plano Collor, que levou a falência a principal atividade econômica de Peixoto de Azevedo, a exploração do ouro. Mesmo assim, o êxodo populacional se tornava cada vez maior.

Ao se deparar com este quadro caótico que se agravava dia a dia, o novo chefe do executivo local Leonísio Lemos, que em sua juventude no ano de 1977 foi Professor de Geografia e História em Juara na Escola Estadual Oscar Soares, resolveu então, levar os renascentes do garimpo, e fixa-los no campo, onde com o apoio da prefeitura, com lotes doados de 21 alqueires cada, ali pudessem trabalhar e consequentemente tirar o sustento próprio para si e suas famílias. Pois imensas áreas de terras sem produzir, estavam nas mãos de latifundiários de outras regiões.

Cachoeira do Travessão 11, localizada no Distrito União do Norte. É uma das principais atrações turísticas de Peixoto de Azevedo. Foto por: James Dean A. Bráz

Começava então, no ano de 1993, a ocupação do latifúndio pertencente à Agropecuária do Cachimbo, em que envolveu milhares de moradores de Peixoto de Azevedo. O prefeito, junto com o maquinário da prefeitura à frente, deu início ao processo de assentamento rural em uma gleba de terras, até então, completamente improdutiva. Desta forma, a cidade se desafogou e foi criado um centro de produção e de absorção de mão de obra no interior, o distrito tem como principal ponto Turístico a Cachoeira da Onze com uma queda d’água de 25 metros. (livro “NA TRILHA DO OURO” do Escritor e Jornalista Vargas D. Pontes).

Hoje o Distrito União do Norte já conta com um crescimento que acontece acima da média de outras localidades e sua sede localizada às margens da rodovia MT 322, se iguala a uma cidade. É o maior assentamento da América Latina, já foi encapado pelo INCRA, sendo também considerado modelo de reforma agrária. Estima-se que já ultrapassou aos 12.000 habitantes desde 2010, e contando com uma infra estrutura razoável, pensa-se em emancipar, e os primeiros passos para isto já tramita na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Entre 2013 e 2014 estava na lista do projeto de lei sobre a criação de novos municípios, aonde foi aprovado pelo senado, mas por enquanto, vetado por duas vezes seguidas pela Presidente Dilma Rousseff.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixoto_de_Azevedo

Sábado de Sol e o PirambaCop em Ação na Cachoeira da Enseada e Cachoeira Estrela. TOP!!!

Sábado de sol, ao invés de pegarmos o caminhão, pegamos nossas magrelas e amadas bicicletas de MTB e partimos rumo as cachoeiras de nossa abençoada região. Os bikers do Piramba-MTB entrando pela rodovia SP 331 em direção a Venda Seca ou Granja de Galia fizeram um pequeno trecho de 10Km, por asfalto e depois por terra pra chegar na cachoeira da Enseada, passando por um Horto Florestal da Fazenda Enseada numa trilha com um corredor com sombras da plantação de mognos africanos.

Honrando o nome e a marca Piramba, descemos pirambeira abaixo, com bikes sendo tranportadas ao invés de nos transportar em alguns momentos, devido ao terreno de muito declive e no meio do mato, até um pouco de técnica de alpinismo sendo usada pra descer pela rocha que dá acesso ao primeiro e segundo níveis da cachoeira da Enseada.

Recompensados pela água límpida e gelada, muito bem-vinda num escaldante sol de sábado, com aquele banho pra lavar a alma.
Como ainda havia sol presente, os Indianas Jones do interior partiram para mais uma aventura, não em busca do cálice sagrado, mas sim da Cachoeira da Estrela.

Acessando a estrada de terra conhecida como Nove de Julho, poucos Kms percorridos, várias cercas puladas e pedal adentro do pasto, com trilhas bem técnicas chegamos a mais uma cachoeira, da Fazenda Estrela, com uma grande pedra encravada ao lado, deixando a visão da natureza ainda mais impressionante.

O drone Piramba-Cop captou todas as imagens aéreas da vegetação em volta das cachoeiras, sendo vigiado em alguns momentos por uma bela borboleta azul.

Alexandre Dantas

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Cachoeira do Poção – PirambaCop

Imagens captadas por Vicente Conessa com o PirambaCop

É a nova queridinha do PIRAMBA?
Dentre as inúmeras cachoeiras que rodeiam a abençoada região de Garça, parece que temos uma nova queridinha. Será mesmo?


Pois bem, se o objetivo é se refrescar em uma queda d’água, a cachoeira do poção é uma opção perfeita. Não a toa foi o destino mais escolhido nos últimos meses quando a ideia era um banho de cachoeira com os amigos. Localizada bem próxima ao distrito de Jafa, a cachoeira do Poção chama atenção pela sua beleza, altura e é claro, pelo enorme poço de água que se forma aos pé da queda.

O último domingo estava tão quente que a ideia de fazer um longo pedal começou a perder o sentido. Logo no início da tarde, recebo uma mensagem com o convite certo:

“Vamos na cachoeira do poção levar o pirambacop (nosso querido drone) para fazer algumas imagens?”
Precisei de meio segundo, ou menos, para tomar a decisão: Bora!


Fomos em 3, sem muita vontade e coragem de pedalar sob o sol escaldante, mas com o pensamento no banho de cachoeira refrescante, a nossa recompensa. E acredite, quando eu digo recompensa, é assim mesmo que devemos encarar, pois o caminho de acesso é árduo e a pirambeira é grande.

Desce montanha, sobe montanha, empurra a bike, carrega ela nas costas, encara o mato alto, escorrega em barrancos e ainda percorre um longo caminho pelo curso d’água.
E aí, tudo isso vale mesmo a pena?
Bom, é só conferir as imagens e tirar a sua própria conclusão.

As imagens feitas pelo pirambacop falam mais que mil palavras. Uma cachoeira realmente imponente e reservada. Poucos a conhecem, muitos nem se atreverão nessa aventura.

Mas e quanto a pergunta? Temos uma nova queridinha?
Eu diria que temos mais uma queridinha!
Pra que escolher uma dentre tantas? Essa é a vantagem de ser um pirambeiro em meio a tanta beleza natural.
Só nos resta agradecer pela oportunidade de poder curtir cada uma delas, a sua própria maneira.

Fausto Fujikawa

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A Surpreendente e Inexplorada Cachoeira do Poção em Jafa (Inédita)

Esta é mais uma cachoeira inédita e desconhecida de Garça-SP que foi desbravada pelo Piramba MTB e que temos a honra de divulgar para que as pessoas possam conhecer um pouco mais das vastas belezas naturais desse Município.

Embora já tivéssemos chegado a ela por cima, nunca tínhamos chegado á ela por baixo. E foi essa a nossa missão nesse dia, sem saber se teríamos êxito ou não, pois quando se segue rio acima sem conhecer o percurso, muitos obstáculos podem aparecer pelo caminho. Mas a sorte estava conosco, demorou um pouco, mas chegamos até cachoeira sem maiores dificuldades e foi então que tivemos a grata surpresa, a visão de cachoeira espetacular.

Ela está situada no distrito de Jafa, não muito longe da área urbana, mas o seu acesso não é dos mais fáceis. Ela fica encravada no fundo de um vale de encostas altas e íngremes. E, possui um exuberante e fundo poço que não dá pé, e que é ótimo para se banhar e até para nadar.

A água que parece bem limpa neste dia estava muito gelada, apesar da temperatura quente do começo da tarde, mas isso não impediu que gente tomar aquele banho de cachoeira de lavar o corpo e a alma.

Ela fica bem escondida, e quem passa por perto não imagina a joia que existe ali. Sua águas tem origem em uma nascente com origem quase que na área urbana do distrito de Jafa e este curso d`água pertence a bacia hidrográfica do Rio do Peixe.

E não é só a cachoeira que é encantadora, tanto o caminho para chegar até ela, como todo o seu entorno, são belíssimos. Mas isso não que dizer tudo são flores, andar no leito do rio, transpor as pedras no caminho, carregar a bike nas costas morro acima e depois completar o percurso de mais de 40 km de mountain bike foi um pouco cansativo.

Se fosse só o pedal ou só a cachoeira seria mais tranquilo, mas pedalar e fazer trekking é mais desgastante, principalmente porque este último somos obrigados a trabalhar músculos que não estamos acostumados quando apenas andamos de bike, e para ajudar, ainda tinha que pedalar mais 30 km de subidas brutas e também com muito areião, já que uma forte estiagem castiga atualmente a nossa região. Que venha o período chuvoso!

Rudi Arena

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De Volta as Raízes, De Volta a Cascatona

Depois de um bom tempo sem ir até Cascatona, que é uma das mais altas cachoeira de Garça e região e também um das primeiras que o Piramba MTB explorou há cerca de 10 anos atrás. Voltar lá é reviver as origens do Piramba, com muitas histórias e um rolê que é cara deste grupo.

O lugar é mais uma dádiva que a Garça maravilhosa recebeu da  natureza, ela  fica localizada na Fazenda Cascata e é de difícil acesso. Para chegar embaixo da cachoeira é preciso ter muita força de vontade, descer pelo pasto até o fundo do vale, depois, chega um momento em que para continuar é preciso seguir a pé e pelo curso do rio.

São muitas as pedras no caminho e antes de chegar na grande queda, as pedras vão ficando gigantes e bem mais difícil de passar.  Mas como sempre tem uma bela recompensa depois, e acaba que vale realmente a pena. Tanto pelas as paisagens pelo caminho,  como para contemplar a cachoeira, tomar banho nela e apreciar o seu envolto, que exibe um belo e imponente contraforte que se assemelha as falésia existentes no litoral.

Na volta a coisa aperta ainda mais, a bike sofre pirambeira a cima e o esforço exige bastante do sistema cardiorrespiratório. Ao final de cerca de 30 km de pedal, a quilometragem pouco tem a dizer em relação ao tamanho cansaço ao chegar em casa, parece que o corpo está todo moído por dentro.

O esforço de pedalar em si é o de menos, ainda que o terreno de pasto e sem estrada seja bem desgastantes, pois segura muito a bike. Porém, o que mais pesa mesmo, são os movimentos de andar no leito do rio desviando das pedras e dos buracos, de subir e descer as encostas, e de carregar a bike em alguns momentos. Isso faz com que sejamos obrigados a trabalhar músculo que normalmente apenas pedalando acaba por não trabalhar. Por esta razão, a sensação de estar quebrado ao final do pedal é maior do que se tivéssemos rodados 50 km de bike em um estradão.

Rudi Arena

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10 anos de Piramba MTB no Ar

Há 10 Anos foi Criado o Canal Piramba MTB no Youtube

A história do Piramba desde o início foi  temperada com muita a areia, suor e água de cachoeira. E a ideia  sempre foi procurar novos caminhos,  pedalar em lugares que não tem estrada ou mesmo qualquer trilha, que quase ninguém vai, e muitas vezes é preciso perseguir um caminho para chegar no destino almejado, que são os picos e cachoeiras da região, locais inóspitos, de difícil acesso e desconhecido de muita gente.

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A marca Piramba MTB surgiu no final de 2008, já fazíamos pedais com cachoeiras, e eu gostava de filmar, editar e depois para poder compartilhar aquele arquivo pesado acabava tendo que gravar o vídeo em CD e assim disponibilizar para os amigos, pois nunca tive nenhuma pretensão em criar um canal no youtube. No entanto, isso acabou sendo inevitável pela facilidade de compartilhar os vídeos com quem quiser de maneira simples e prática.

E junto com a necessidade de criar o Canal, também foi preciso criar um nome e assim surgiu o nome Piramba MTB que veio para ficar,  já são mais de 200 vídeos gravados, só este canal criado em 2008 passou da marca de 100 mil visualizações, pouco se comparado com muitos por aí, mas não deixa de ter um certo significado, se partir do princípio que é um canal com conteúdo próprio, produção precária, pouco tempo dedicado ao projeto, destinado a um publico reduzido, sem investimento nenhum, sem uso de artifícios para turbinar as estatísticas de visualizações, e sem fazer muita divulgação.

Mas o Piramba é muito maior que este singelo canal de youtube, pois outros também publicam vídeos do grupo e contribuem na consolidação da marca Piramba MTB ,  como os canais amigos: Canal do Vicente,  Canal do Thiago Bulho e o Sujo de Barro do Thiago Zancopé.

Em 2011 foi criado o Blog do Piramba 

Com o nosso amigo Vicente Conessa incorporado para valer nos pedais do Piramba deu-se o nascimento deste  presente Blog para ser um lugar para ampliar o conteúdo divulgado pelo Piramba, já que o youtube fica mais restrito a publicação de vídeos. Então o Vicente criou o Blog para postarmos além dos vídeos, fotos e também textos sobre as trilhas de bike e as cachoeiras da região de Garça.

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A característica principal do nosso grupo de pedal, é aliar o Mountain Bike com natureza, e em muitas vezes o destino são as diversas e belas cachoeiras que existem nas proximidades de Garça-SP.  Junto com o blog também foi criada uma conta do Piramba MTB no Flickr para postar as fotos registradas durante os rolês de bike.

Uma História Feita por Muitas Pessoas

Mas o Piramba vai muito mais além disso tudo, pois foi construído por muitas outras pessoas ao longo destes mais de 10 anos de existência, são todas aquelas que já participaram dos nossos pedais, que fizeram a história do grupo e criou a sua identidade. De um lado, com muita  adrenalina, aventura e  diversão, mas por outro lado, não foram poucos os momentos de extremo cansaço, dor, sofrimento e até desespero, e nessas horas que aparecem também a solidariedade e a superação, daí então o estreitamento dos laços de amizades é só uma consequência natural da situação.

São muitas as emoções e experiências acumuladas nestes 10 anos de pirambeiro, e isso é tão bom e enriquecedor que não tem como deixar de seguir na atividade, o pedal não pode parar nunca.

O conteúdo gerado pelo Piramba só foi possível com a ajuda essencial de muita gente, são tantos que não tem como relacionar todos. Cada um foi fundamental e peça de um quebra cabeça que forma o todo que é o Piramba MTB é. E a interação dos pirambeiros com a natureza sempre foi a tônica dos vídeos e das mais de  18 mil fotos já publicadas.

Existem muitas outras plataformas utilizadas para divulgar o nosso material, e mesmo assim,  tudo o que já foi registrado, é apenas uma parte do conteúdo já criado pelos pirambeiros. Em tempo de celulares para lá de modernos, é muito comum ter várias fotos e vídeos nos celulares de cada um e que não são publicados, e nem por isso menos interessantes, o que  mostra como é  vasto o conteúdo criado até agora, sempre repleto de bike e natureza.

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O Piramba MTB aumentou o número de redes sociais em que publica seu conteúdo, está também presente no Facebook e Instagram. Além do FlickrYoutube e WordPress e também tem o site Piramba Adventure com mais de 1.400 cachoeiras cadastradas ao redor do mundo. Uma plataforma digital complementa a outra, assim como contribui para que o Piramba MTB alcance o maior número de pessoas, e  mais gente pode ter contato com o material publicado, ou seja, as cachoeiras, os animais silvestres da região e trilhas de bike que existem nas proximidades de Garça-SP, bem como em outros lugares que já percorremos também.

A Evolução, Lenta, Gradual e Sólida das Estatísticas do Blog

Desde o nascimento do Blog em 2011, a cada ano que passa aumenta um pouco as visualizações quando comparado ao ano que passou, este ano mesmo, em julho já tinha passado os números de 2018. Aos poucos e com bastante conteúdo o site do Piramba MTB se consolida e cresce ano a ano.  As estatísticas que estão no quadro abaixo demonstra essa evolução.

E o interessante é que apesar dos números modestos do nosso Blog, em consulta as estatísticas quanto ao alcance geográfico do site  verificamos que já fomos acessados por mais da metade dos países do planeta terra, são os coloridos de amarelo, além do Brasil em vermelho é claro, conforme mapa múndi abaixo.

No total, pessoas distribuídas em 98 países já visitaram a nossa página. Outro dado que chama a atenção é o número de visualizações nos Estados Unidos, todos os dias existem visualizações originadas desta nação. Isso tudo é uma demonstração que devagar e sempre o Piramba MTB expandiu além das fronteiras do Brasil, conseguiu colocar as belezas do município de Garça-SP  nas telas de pessoas do outro lado do globo, o que não deixa de ser um motivo de satisfação, já que trabalhamos com muita simplicidade.

Considerações Finais

Por tudo isso, podemos dizer o Piramba MTB vem cumprindo neste tempo o papel de contribuir um pouco com a divulgação do Mountain Bike,  o esporte de fazer trilhas de bicicleta nos mais diversos cenários, por mais adverso que seja o caminho, bem como levar ao conhecimento de muitos, as encantadoras cachoeiras que existem em Garça-SP e região, muitas vezes desconhecidas pelos moradores locais.

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E ao conhecer e registrar imagens de tantas cachoeiras, acabou sendo necessário fazer o inventário delas, catalogá-las e torcer para que isso possa ajudar a preservação desses belos e importantes patrimônios naturais.  Por outro lado, este espaço também se fez lugar de informações sobre animais  pertencentes a nossa fauna e até mesmo chegamos a abordar um pouco da história da região.

Logo, o balanço desses 10 anos é bem positivo, o pedal nunca parou, e nem este Blog, apesar de momentos de maior ou menor atividade, bem como o gosto pelo contato com a natureza e a busca por conhecer novos caminhos e cachoeiras que não cessa jamais.

Conseguimos nesse tempo registrar mais de 40 cachoeiras na região de Garça, e ainda algumas outras em municípios diversos, desenvolvemos o mapa das cachoeiras, uma interessante ferramenta para conhecer melhor a extensão, a localização e a qualidade de nossas cachoeiras (Confira Aqui).

Mas este é um trabalho sem fim, apesar de ainda incompleto e com algumas imprecisões, não deixa de ser um motivo de orgulho a categorização e o desenvolvimento do mapa das cachoeiras, inclusive com fotos para que se tenha uma noção mais exata dessas preciosidades da natureza.

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Este trabalho de mapear as cachoeiras acabou por prestar uma pequena ajuda para que Garça conseguisse ver aprovado o projeto para se tornar um município de interesse turístico, e prova disso é que o próprio site oficial da Prefeitura de Garça na página referente ao Turismo, em “Mapa do Turismo”, existe um link chamado “Cachoeiras – Piramba MTB” que  utiliza a base de dados do nosso mapa de cachoeiras, inclusive a site dá o devido crédito ao Piramba (Veja Aqui).

Também sinal de  reconhecimento das publicações feitas pelo Piramba foi a matéria produzida por um importante periódico da imprensa Bauruense.  O Jornal da Cidade veio até Garça para conhecer melhor o Piramba MTB e fazer uma reportagem a respeito das cachoeiras inexploradas desta região, clique aqui para ler a matéria.

Também o Piramba MTB deu uma parcela de colaboração pra reconstituir a história da gigantesca e lendária Fazenda São João, hoje  mais conhecida como Companhia Inglesa com sua encantadora igreja em ruínas. A contribuição foi através da postagem de um primoroso texto cedido gentilmente por Hamilton Carvalho que vivenciou o período áureo desta fazenda. Nesta época,  era considerada maior que muitas cidades da região em número de habitantes, e ele com texto muito bem escrito conta com riqueza de detalhes como era a vida neste local. Confira aqui esta postagem. 

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Sem dúvidas, foi uma dos conteúdos mais interessantes já publicados pelo  Piramba MTB e também foi o que chamou a maior atenção dos internautas. Sempre ávidos por mais informações sobre o assunto, eles acabaram por contribuir com valiosos comentários  e assim pudemos conhecer melhor o que foi este lugar com características únicas na região.

Rudi Arena

Referências:

https://www.garca.sp.gov.br/turismo/

https://www.jcnet.com.br/Regional/2016/12/garca-tem-cachoeiras-inexploradas.html

https://www.flickr.com/photos/pirambamtb/albums/

https://www.instagram.com/pirambamtb/

https://pirambamtb.com/2017/01/29/mapa-das-cachoeiras-de-garca/

https://www.youtube.com/user/RudiArena

https://www.youtube.com/user/bandamst

https://www.youtube.com/user/tonawebtv

https://www.youtube.com/user/vilegaion

https://pirambamtb.com/2016/06/05/companhia-inglesa-memorias-da-fazenda-sao-joao-19441954-por-hamilton-carvalho/

https://www.facebook.com/Pirambamtb/

https://www.facebook.com/Pirambaadventure

http://piramba.com/

Poço do Porco e Pico do Urubu

Um pedal rápido, fácil e muito prazeroso, ainda mais em um dia quente. Sem  percorrer grandes quilometragem e nem ter que superar muitas dificuldades pelo percurso, já é possível chegar no Poço do Porco para tomarmos aquele banho de cachoeira de lavar a alma  e espairecer a mente.

Depois, ao seguir um pouco mais do curso d´água já é o Pico do Urubu, um lugar de uma beleza impactante e ótimo para contemplar o belo horizonte a beira de um precipício mortal. Foi uma boa  pedida para um dia de forte calor, e também para reunir os amigos,colocar a conversa em dia e dar boas risadas.

Neste pedal, contamos  com presença de um companheiro de pedal das antigas e que está voltando para a ativa e também tivemos a participação  especial e não programada de um dos um grande ciclista de Garça, a conferir.

Rudi Arena

 

Trilha de Sepituba X Bonete – Ilha Bela – SP

Ilhabela é um dos únicos municípios–arquipélagos marinhos brasileiros e é localizado no litoral norte do estado de São Paulo, microrregião de Caraguatatuba. A população aferida pelo IBGE no Censo de 2010 era de 28 196 habitantes, e a área é de 347,5 km², resultando numa densidade demográfica de 81,13 hab/km². A população estimada pelo IBGE para 1 de julho 2015 era de 32 197 habitantes, resultando numa densidade estimada de 92,65 hab/km².[3]

Possui uma das mais acidentadas paisagens da região costeira brasileira, com todas as características de relevo jovem. Com o aspecto geral de um conjunto montanhoso – formado pelo Maciço de São Sebastião e Maciço da Serraria, além da acidentada Península do Boi –, a Ilha de São Sebastião se destaca como um dos acidentes geográficos mais elevados e salientes do litoral paulista, tendo como pontos culminantes o Pico de São Sebastião, com 1379 metros de altitude; o Morro do Papagaio, com 1307 metros; e o Morro da Serraria, com 1285 metros.

Banhado pelo oceano Atlântico, o município está localizado a 135 quilômetros da capital e a 140 quilômetros da divisa com o estado do Rio de Janeiro. Está situada um pouco ao sul do Trópico de Capricórnio, que passa sobre a cidade vizinha de Ubatuba.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhabela