Essa semana fizemos um pedal noturno e nos deparamos com uma placa de desapropriação e tombamento ao redor de 10 mil metros da Igreja da antiga CIA Inglesa que foi colocada pela Prefeitura de Gália-SP. Esse pode ser um importante passo do poder público para a sua restauração.
Agora vamos aguardar ver se serão adotadas medidas para a proteção e restauração desse patrimônio histórico incrível de nossa região ou se permanecerá a contagem regressiva para o seu desabamento sem que nenhuma providência a mais seja tomada.
Infelizmente, nesse caso, o tempo está jogando contra. É rezar para que as estruturas em frangalhos da Igreja aguente esperar todos os trâmites burocráticos e a destinação dos recursos necessária para que o local possa ser recuperado e voltar a receber visitas com segurança. Se assim for, o local poderá continuar a ser um grande atrativo turístico da região.
Após a postagem desse texto no Instagram do @piramamtb, recebemos com satisfação o seguinte comentário do perfil no Instagram da Prefeitura Municipal de Gália-SP:
“Agradecemos a preocupação e o carinho que vcs tem com a Igreja da Cia. Inglesa. Bom mas vamos lá, a placa que vcs instalaram, não sabemos o que aconteceu, não foi a prefeitura que removeu pois sabemos que a Igreja recebe grande número de visitantes toda semana, só instalamos nossa placa como está na foto. A respeito do Tombamento, como já foi divulgado em nossas redes sociais já criamos a lei que tombou esta Igreja como patrimônio histórico e cultural do município, o próximo passo foi fazer a desapropriação para tornar a Igreja do município e recentemente recebemos a imissão de posse, possibilitando que fizéssemos algo para assegurar a integridade das pessoas que por ali passam. Porém como é de se saber o município é pequeno e dispõe de poucos recursos; A prefeitura precisa angariar emendas na esfera estadual e federal para iniciarmos um processo de restauração (que não vai ficar barato). Esclarecemos ainda que em breve estaremos dando início a este longo processo, mas estamos abertos a receber todo e qualquer tipo de doação para auxiliar nisto, a momento estamos a passos lentos, mas não estamos parados e tão logo teremos o nosso e o vosso sonho realizado.”
O Piramba entende que se existe um objetivo comum, e por isso, seria interessante que o Poder Público, a Sociedade Civil e a Iniciativa Privada pudessem se unir por essa nobre causa em benefício a toda região que compreende não só Gália, mas Garça, Marília, bem como todo o Centro Oeste Paulista como o Interior de São Paulo. Quem sabe assim seja possível acelerar a preservação desse lindo patrimônio histórico que ao mesmo tempo contempla tanta história, e também é um grande atrativo turístico, já reconhecido pela população e muito visitado. Merece com muita razão toda a atenção e esforços conjuntos para que a merecida e almejada restauração da igreja da CIA Inglesa torne-se finalmente uma realidade que ajudará inclusive a economia dessa região do Estado de São Paulo.
Não foi a primeira vez que passei apuros correndo de boi seja a pé ou bike. Para a gente que anda pelas pirambeiras da região de Garça é comum deparar-se com os bovinos. É preciso respeitá-los muitos, primeiro por ser um animal, também pelo seu tamanho, por ser a base de alimentação dos brasileiros e também não deixa de ter um valor como mercadoria para os proprietários rurais. Por isso tudo, todo o respeito a eles é necessário.
E existem uns momentos em que estamos muito próximos aos bois, salta aos olhos e sentimento de medo também, o tamanho deles se comparado a nós, pobres humanos, parecem gigantes, fortes e até mesmo perigosos. As touradas presentes na memória, ainda que longe da cultura brasileira, colocam um ingrediente a mais no momento em que estamos defronte um grande e chifrudo touro.
Por mais que tenhamos experiência e conhecimento de que os bovinos não são agressivos por natureza, quando estamos ali a poucos metros deles, uma tensão se instala, não tem jeito. Se um touro quiser, mas nunca querem, ele pode sim matar, dar chifrada e o medo que parece sempre premente quando estamos em fugindo deles, é a de sermos pisoteados pelo efeito descontrolado da manada. Outra situação que merece muita atenção é quando tem bezerros pequenos, aí todo cuidado é pouco, as vacas nessas ocasiões alteram o seu comportamento para proteger o seu rebento, e podem ser bem mais agressivas.
E é sempre acontece a mesma coisa, basta virar as costas que os bois como bons curiosos que são, se ajuntam em um grupo coeso, e partem a seguir passos dos forasteiros. Porém, essa aproximação não é muito bem vinda por nós ciclistas. Pior ainda quando estamos a pé em meio a uma trilha para chegar em uma cachoeira, por exemplo. Se de de bike já sentir medo ao lado do gado é super normal, mas quando estamos a pé, nos sentimos ainda mais vulneráveis em relação aos bois e também não temos a velocidade de mobilidade que uma bike pode oferecer.
O mais importante nesses momentos é manter-se calmo, evitar movimentos bruscos, buscar não dividir o gado em dois ou mais grupos e ficar próximo a cerca, pois aí é possível sair do local em que eles estão com a maior segurança possível se for necessário. Melhor mesmo, é tentar evitar o contato, se isso for possível.
O visual fantástico da beira do precipício da Cachoeira da Preguiça por cima feita com celular.
Toda a cachoeira que é alta tem ao menos dois atrativos, o banho na cachoeira em baixo de sua queda e a vista do alto dela que geralmente é garantia de colírio para os olhos, lugar para contemplação do horizonte que parece infinito e nos transporta para um lugar diferente do que estamos acostumados. O Piramba já percorreu e registrou mais de 60 cachoeiras na região de Garça-SP, mas em algumas não fomos no pico da cachoeira, e o alto da queda sempre reserva joias preciosas e com visual acachapante.
O município de Garça é uma terra para lá de fecunda em picos incríveis e com um visual da paisagem ao redor de cair o queixo. E, vê-las diante dos olhos é um momento mágico, por melhor que seja a foto ou vídeo, sempre há uma limitação, diferente de viver a experiência real de ver esses lugares divinos por natureza ao vivo a cores. O bom é que no caso das imagens captadas pelo PirambaCopter, os nossos olhos puderam chegar em lugares em que a lente humana não consegue alcançar.
No caso da Cachoeira da Preguiça, foi a primeira vez que chegamos nela por cima e que foram feitas imagens do alto do alto da cachoeira. E ainda, o drone alçou voo e capturou imagens belíssimas não só da cachoeira como também do profundo, inóspito e verde vale que existe em seu entorno.
O Piramba chegou apenas uma vez em baixo da Cachoeira da Preguiça e a tarefa não foi nada fácil, exige muito esforço e também muito tempo. Mas tanto em baixo da queda como o pico da cachoeira são presentes de Deus para Garça, assim como muitos outros lugares, e totalmente desconhecidos. É muito empolgante verificar a extensão absurda de lugares do Município de Garça/SP ainda a ser explorada ante as ignoradas e fabulosas belezas naturais que existem aqui e nos municípios limítrofes. No caso da Cachoeira da Preguiça, ela encontra-se entre Garça/SP e Álvaro de Carvalho/SP.
E ainda mais motivador é saber que tudo o que já foi registrado a respeito de cachoeiras na região apenas é a ponta do iceberg, vai uma vida toda e não tem como conhecer toda fartura do meio ambiente que existe nessa região do centro oeste paulista, e que pouquíssima gente aposta em seu potencial turístico. Isso não é a toa, pois suas pérolas da natureza permanecem relegadas ao desconhecimento e reconhecer suas riquezas parece distante da população, das autoridades públicas ou mesmo da academia. Nem mesmo os proprietários das terras em que existem as Cachoeiras dão o real valor ou se dão, não enxergam ou não tem interesse no potencial turístico do lugar.
Isso me lembra a passagem bíblica que pode ser aplicada tanto as pessoas como aos lugares e patrimônios naturais, históricos e culturais que existem em uma determinada comunidade. Pois muitas vezes, por certo bairrismo ou por miopia mesmo faz com que a própria comunidade local não consiga enxergar o real valor que existe ao seu redor e que muitas vezes parecem irrelevantes, comum, trivial.
Jesus, porém, disse: ‘Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!’” (Mateus 13, 57). E assim parece ser também com o que natureza nos deu de mais nobre e que não é estimado por quem está acostumado a ela ou não consegue enxergar a valorosa beleza natural que infelizmente não ressalta tanto aos olhos.
A Cachoeira da Preguiça por baixo, ela é de difícil acesso.
Cada vez que exploramos essa mina de natureza bela e bruta que é essa região do Estado de São Paulo, encontramos lindas e reluzentes pepitas, verdadeiras dádivas naturais divinas e que não parecem ter fim. Tais lugares dão a sensação de nos aproximar do criador, quando avistamos onde o homem ainda não conseguiu alterar a criação original da terra (pela dificuldade da topografia local), e vemos a exuberância da natureza quase intocada e que desnuda um mundo que parece distante do nosso dia-dia. Isso nos ajuda juntamente com sinfonia da mata e o som estrondoso da cachoeira, que a nossa alma possa se ligar ao criador quase que inconscientemente por força da inescapável da natureza.
Encontrar aranhas no meio da trilha de bike ou no caminho de uma cachoeira é relativamente comum, ainda mais na época do verão, não é raro deparar-se com um aracnídeo, embora muitas vezes é o caso de falar delas no plural.
Sábado passado, na Fazenda Dinamérica na divisa entre Gália e Garça no meio da trilha de bike apareceu um robusto e alto paredão de aranhas, o problema que esse fenômeno da natureza também tinha alguns bons metros de tamanho tanto na vertical como na horizontal. Nunca havia visto tantas teia e aranhas juntas na minha vida, e olha que já enfrentei muitas barreiras formadas de aranhas nas pirambeiras vida afora, mas nada comprada a essa.
Algumas espécies de aranhas trabalham de forma coletiva com louvor, e nesse caso, eram tantas no campo de visão que foi preciso parar por um momento, analisar e decidir pela melhor forma para enfrentar as centenas desses bichos de de 8 pernas. Retornar jamais.
A estratégia para passar pelas aranhas na primeira barreira feitas pelos aracnídeos foi a remover as teias mais próximas do chão e passar por baixo, o problema é que mais para frente tivemos que passar por outras barreiras e infelizmente tivemos que remover mais teias e destruir o trabalhos das aranhas. Mas por outro lado, é incrível a rapidez e capacidade das aranhas fazerem teias gigantes em um curto espaço de tempo.
Interessante que geralmente a gente vê as aranhas e suas vastas teias no crepúsculo, mas não é a regra, embora pareça ser o momento de início dos trabalhos muitas vezes. E é curioso que as aranhas são geralmente solitárias, diferentes das formigas, abelhas e cupins, estes sempre trabalham de forma coletiva. Já as aranhas que não são insetos, mas sim aracnídeos por possuir 8 pernas, não são considerados animais eminentemente sociais, diferente dos insetos mencionados. Mas existem algumas espécies que são sim sociais.
“As aranhas sociais podem ser coloniais ou cooperativas. As espécies coloniais podem cooperar na construção de uma estrutura comum, mas cada membro possui a sua própria teia que é defendida contra a invasão de indivíduos da mesma colônia, embora haja tolerância de sobrevivência. Já as aranhas cooperativas possuem teias comuns, construídas por vários indivíduos, havendo cooperação na captura de presas e divisão de alimento.”https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/99531/barbieri_ef_me_rcla.pdf;sequence=1
O Pirambacopter entrou cena e gravou imagens aéreas inéditas da lindíssima serra que existe ao lado da cidade de Garça que muitos desconhecem e a vista de cima é ainda mais linda do que se vê ao percorrer a Estrada da Bomba (B1) do SAAE de bike.
O drone alcança onde os nossos olhos jamais alcançaria e por isso nos presenteia com cenas lindas que comprovam com outro olhar como Garça foi agraciada pela natureza.
Dias 5 e 6 de novembro, aconteceu o 3º Cicloturismo Agrocultural – Ribeirão Claro Serras e Águas. Organizado pela Ecobiketrack, em parceria com a Prefeitura Municipal, IDR-PR, Governo do Estado e patrocinadores, o evento busca incentivar o esporte, a valorização da natureza, a produção rural e proteção ao meio ambiente. E é claro, o Piramba MTB não poderia ficar de fora dessa grande festa do ciclismo nacional.
Emoção, motivação, e superação, isso tudo junto com uma paisagem de tirar o fôlego. Estrutura e pontos de apoio como nunca visto. Só temos elogio para esse evento que vai muito além do ciclismo.
Foi um lindo passeio passando por belas paisagens do Paraná como a Pedra do Índio, com imagens surreais! O evento teve a presença de atletas referência do MTB e também ciclistas ativistas do Instagram.
Teve local para camping, estacionamento, banheiros, apoio aos participantes, suprimentos nos pontos de apoio, feira do produtor, retirada dos kits, eventos, palestras e restaurante.
O Circuito Serras e Águas te leva pra conhecer lugares incríveis.
TRAJETO HARD:
• Vista das Águas • Recanto da Cascata •Tayaya – Tour Interno de Bike •Estância Pedra do Índio – passando por mata e córrego •Margeando Represa Pedalando sobre a Península • Visão Paradisíaca das ilhas • Visão Ultra Paradisíaca das Serras e Águas
Evento em apoio á agricultura familiar, a produção orgânica sustentável e a recuperação e preservação de nascentes.
Confira como foi a programação completa:
DIA 05 (SÁBADO)
12h às 20h: Início de cadastramento e entrada no camping (local para instalação de barraca estará sinalizado). Banheiros com duchas quentes e opção de acampar em local coberto e ao ar livre
Retirada de kits (apresentar documento com foto ou declaração para retirar, em caso de terceiros)
14h às 20h: Exposição de bikes antigas
17h às 18h45: Palestra sobre técnicas de pilotagem MTB com Márcio Ravelli
19h às 19h45: Lançamento do livro: Do Oiapoque ao Chuí – Uma expedição de Bike por um Brasil desconhecido – Nestor Freire – Projeto Giraventura
20h às 20h45: Marcelo Mixirica – Um Dia de Super Herói. Ciclista de Ultra distância – travessia do Brasil 2015/2021 – Red Bull Transiberian Extreme, Race Across America (RAAM) rei da montanha
21h às 22h: Renata Falzoni – Cidade Criativa, mobilidade para todos. Participação Especial Olinto e Rafaela
22h45: Encerramento
DIA 06 (DOMINGO)
6h: Retirada de kits – Inscrições (uso obrigatório de pulseira. Apresentar documento ou declaração de retirada)
6h às 7h: Café da manhã
7h às 7h30: Briefing do trajeto – light e hard
7h30: Largada (pontual)
12h: Almoço com música ao vivo e Feira do Produtor.
13h30: Premiações e sorteio de brindes
ESTRUTURA:
Hidratação, Frutas , Pontos de apoio estratégicos.
Sábado 03/09/2022 o Piramba teve a grande honra de pedalar com nada mais nada menos que Nestor Freire, engenheiro de formação, escritor, bikepacker e palestrante do Projeto Giraventura.
Vale muito a pena conhecer a sua incrível obra: “Extremos do Mundo – Uma Expedição de Bike Aos Pontos Extremos do Planeta”, livro que concorreu ao maior prêmio literário do Brasil, o Jabuti em 2021. Importante lembrar também que ele está prestes a lançar o seu novo livro em que contará suas aventuras como cicloviajante do Oiapoque ao Chuí.
Neste dia tivemos o privilegio de pedalar com o Nestor Freire e seu filho, ambos já viraram queridos amigos do Piramba e não foi a primeira vez e nem será a última em que estivemos juntos.
Neste pedal eles tiveram uma pequena amostra das belezas naturais e das trilhas de mountain bike que temos em Garça-SP.
Levamos eles para conhecer duas cachoeiras e um bikepark, também percorremos trilhas em meio a eucaliptos, cafés e mognos africanos e por fim passamos em uma bela represa, tudo isso em poucos quilômetros. Também encontrams um belo lagarto Teiu no caminho que não se incomodou com a nossa presença, pedalamos em pasto entre bois e também carneiros, um contato direto com a natureza.
Foi um pedal para lá de top e com uma vibração sensacional, as imagens contam um pouco do que foi esse rolê nas pirambeiras da Sentinela do Planalto abençoada por natureza e paraíso do mountain bike.
No dia 16/07/22 foi realizado mais um plantio de mudas de árvores pelo Projeto Reflorestar.
Nessa ocasião foram plantadas 80 mudas na Fazenda Reserva das Águas em Garça-SP, com a colaboração especial de Augusto Medeiros, proprietário que cedeu o espaço e ofereceu um delicioso café da manhã aos participantes, e ainda o apoio do Studio Markus Libra de Gália-SP, Piratas MTB de Gália-SP, Quadra Ponto Bikers de Vera Cruz-SP e Piramba MTB de Garça-SP.
O Projeto Reflorestar é uma iniciativa de Markus Libra, que além de idealizador do projeto é o principal responsável por todo desenvolvimento do mesmo, desde a germinação das sementes até o plantio das mudas, graças a ele já foram plantadas mais de 500 mudas de árvores pela RT Alta Paulista.
Nós do grupo Piramba MTB apoiamos e somos gratos a Markus Libra por sempre nos convidar a participar dessas ações e mais uma vez nos colocamos a disposição para as novas etapas desse incrível projeto de educação e recuperação socioambiental!
O Piramba marcou presença na tradicional festa das floradas da Cerejeira em Garça que aconteceu nos dias 1, 2 e 3 de julho de 2022 e graças com a ajuda de nossos patrocinadores pudemos contar em nosso box com um grande telão de led em que divulgamos as lindas imagens das belezas naturais de Garça, suas cachoeiras, trilhas e muito mais.
Foi uma grande oportunidade para mostrar e vender os produtos do Piramba que também estão presentes para quem quiser comprar no site https://www.pirambastore.com/, e legal que possível ter um contato com a população e falar um pouco sobre o Piramba, distribuir os adesivos e fortalecer cada vez mais não apenas a nossa marca, mas principalmente divulgar os encantos naturais de Garça-SP e ainda arrecadar recursos para as atividades sociais e ambientes para futuras ações para ações do Piramba, pessoa jurídica sem finalidade lucrativa .
Além de tudo isso, o presidente do Piramba Vicente Conessa e a Mariane Peres gravaram entrevista para a TV de Marília com o entrevistador Luiz Bernadoni em que falar das atividades promovidas pelo Piramba, do incentivo ao cilcismo, dos atrativos naturais de Garça, e das ações sociais, bem como a consciência de sustentabilidade que permeia o pensamento do grupo.
Agradecimentos especial aos patrocinadores que proporcionaram que o Piramba tivesse um belo telão no evento: Ecobier, Café Bosque, Macroconessa, Tabaco e Cia, Posto Express e PPA Care.
A sétima edição está no ar e o bate papo é com o Advogado, Turismólogo e Pirambeiro Vicente Conessa.
Ele fala sobre sua experiência com o Piramba, grupo de ciclistas em que é um dos fundadores e também o Presidente, e dos 11 anos catalogando as cachoeiras de Garça e região.
No pedal de hoje para a CIA Inglesa nos deparamos com essa bela, robusta e musculosa Jiboia, que é a segunda maior cobra da fauna brasileira. Essa serpente apesar de impor respeito pelo seu tamanho, não tem peçonha e por isso não pode inocular o veneno no homem. Mas isso não quer dizer que não morde ou que não precisa tomar cuidado.
Essa espécie assim como a sucuri matam as suas presas por constrição até asfixiar. Embora não seja considerada agressiva, ela se mostrou o tempo inteiro pronta a dar um bote se necessário e emite um som impressionante que ajuda a afugentar seus predadores.
By Rudi Arena
Saiba mais sobre esse belo réptil da fauna brasileira
As jiboias são animais mais ativos durante a noite, entretanto, podem ser observadas durante o dia em busca de um local para se abrigar. Elas são encontradas tanto no solo quanto sobre as árvores, apresentando, portanto, hábitos terrestres e semiarborícolas.
Para capturar suas presas, a jiboia apresenta um comportamento conhecido como “senta-espera”. Como o próprio nome sugere, as jiboias permanecem em locais em que não são facilmente avistadas e esperam o momento que seu alimento chegue até elas. Após a captura, a jiboia enrola seu corpo no animal, enrolando-o e apertando-o até que os movimentos respiratórios cessem e a presa morra por asfixia. Sendo assim, diferentemente do que algumas pessoas pensam, a serpente não mata a presa devido à quebra dos ossos.
Após matar sua presa, a jiboia engole-a inteira. Para facilitar a ingestão, primeiro, a jiboia engole a cabeça do animal e, posteriormente, o restante do corpo. Essa forma de ingerir a presa evita que os membros abram-se e dificultem a deglutição.
Quando se sentem ameaçadas, as jiboias apresentam um comportamento característico. Elas contraem sua cabeça e pescoço e emitem um som agudo. Além disso, as jiboias podem eliminar fezes e morder o predador.
Curiosidade
Curiosidade: Você sabia que, no Brasil, é permitida a venda da jiboia como animal de estimação? Entretanto, é fundamental conhecer o local onde o animal está sendo comprado. A venda só é permitida em locais que apresentam registros e autorização do Ibama. Lembre-se sempre de que o comércio de animais silvestres, sem todas as autorizações e registros, é crime. Sendo assim, não se pode retirar esse animal da natureza.
Acordar cedo para encontrar os Pirambas brothers deslizando em duas rodas é o tipo do programa que entra para a história e dessa vez não foi diferente.
Quando o Sr Piramba brother Vicente Conessa na véspera do role me contou sobre o volume e intensidade dessa aventura e que teríamos os ninjas da Mtb, o Srs Piramba brothers Fausto e Rudão já percebi que nossa trilha seria do jeito que a gente gosta.
Nos encontramos nas primeiras horas da manhã para sairmos pedalando com direção marcada para uma cachoeira que até então nunca tinha sido explorada.
Logo que chegamos na fazendo um dos funcionários de forma prestativa e munido de autorização nos conduziu e juntos descemos até o fundo da propriedade.
Era uma paisagem de tirar o folego pois aos nossos pés um paredão de rocha perfeito para quem gosta de fazer escaladas e lá na frente outro paredão, isso mesmo, um paredão de frente para o outro, que entre eles deve ter uns 3 quilômetros.
O Senhor que nos conduziu não acreditava que íamos descer até o objetivo pré-definido pelos pirambas, tanto que repetiu várias vezes a frase mais ecoada nos pequenos abismos: “…Rapaz. Vocês estão mesmo a fim de aventuras…”
Achamos uma antiga estrada feita para o gado poder subir, descemos com as bikes aproximadamente uns 300 metros e resolvemos deixar as magrelas ancoradas em uma sombra atras de uma moita qualquer e descer a pé, mas a estrada logo sumiu em meio a um matagal, assim como já disse a estrada era muito antiga.
O mato muito mais alto que nossas cabeças em meio a galhos carregados de formigas esperando a gente passar o braço para elas se divertirem nos mordendo.
Já estávamos com mais de uma hora fluindo no trekking e demos de cara com um brejo com galhos de taboa facilmente maiores que 2 metros de altura e alagado com água que afundava até a cintura. E é claro que não havia outra opção, saímos empurrando mato adentro do brejo, andamos por córregos com águas claras e transparente que nos dava real impressão de profundidade e nos permitia ver a movimentação de pequenos o tempo todo.
O paredão de pedra que estávamos seguindo desde que descemos das bicicletas era nossa principal forma de navegação e estava ficando cada vez mais perto.
Depois de quase 4 cansativas horas de trekking já conseguíamos ouvir o barulho da cachoeira tão esperada, a última pedra escalada nos deu de cara com um espetáculo maravilhoso da natureza, um verdadeiro privilégio. A cachoeira que estávamos ansiosos para conhecer finalmente estava nos molhando com um volume muito forte de água.
Difícil imaginar a verdadeira altura da cachoeira, acredito que passe de 60, 70 metros, ficamos molhados e descansando as pernas para a volta, imaginando que teríamos mais 4 horas de trekking e uma boa pedalada para voltar para casa. Ainda é possível manter a natureza preservada, pirambe-se.
Entre as mais de 50 cachoeiras que já percorremos em Garça e região, ouso dizer que não tem nenhuma igual a Cachoeira do Poção, e isso não quer dizer que seja a mais bela ou a melhor, mas que ela tem um encanto e algumas qualidades que nenhuma outra tem.
Essa cachoeira é muito bonita, tem uma boa altura, tem água muito limpa e ainda um largo poço que em alguns lugares não dá pé. Só que que ela parece envolta a uma atmosfera diferente, parece guardar um pouco do eram as cachoeiras em um tempo que não existia a interferência do homem. Ela também não é muito parecida com as outras cachoeiras que temos.
É preciso percorrer um bom trecho no leito do rio até chegar na cachoeira e quanto mais próximo, mais belo fica o caminho e o entorno, e não existe atalho, é como se estivéssemos no fundo de um grande buraco com as encostas altas e com inclinação de quase 90º em meio a árvores, água, pedras e muitos peixinhos, e o sol não tem como vê-lo, apenas os raios que iluminam as folhas lá no alto da mata e bem distantes de nós.
E quando digo buraco, é como se fosse mesmo, pois a cachoeira está no fundo de um dos cânions que existem em Garça-SP. Ir até a Cachoeira do Poção é sempre um pouco demorado e trabalhoso, só que a sensação ao chegar no lugar é de muita satisfação, é como se tivéssemos encontrado o paraíso na terra ou o lugar onde está escondido o pote de ouro. O bom é que não precisa de ser o paraíso e nem ter o pote, a Cachoeira do Poção é magnífica, e que continue assim, um colírio para os olhos dos amantes da natureza.
Aproveitando o final de um dia muito quente de verão, e era também o último dia de férias dois pequenos de 08 anos de idade. Então que tal aproveitar levar eles para andar de bicicleta com direito a uma cachoeira???
Existe sim uma dificuldade maior para as crianças pequenas em pedalar em meio a pirambeira, pois o aro da bicicleta geralmente são pequenos e torna o pedal deles mais difícil e em alguns momentos inviáveis, sem contar que falta-lhes experiência e logo técnica também. Mas o banho de cachoeira que as crianças tomaram com gosto e a forma como brincaram e interagiram com o ambiente mostraram que a decisão de levá-los até Cachoeira da União de bike for acertada, oportunidade de curtir um dia de forma diferente, com muita alegria e também muito esforço para os pequenos, mas valeu muito a pena.
Foram no total quase 10 km para chegar até a Cachoeira da União e voltar, não é muito ainda que para uma criança, mas o problema é a pirambeira. Como é possível ver no gráfico acima com os dados da elevação, esse pedal teve uma descida muito abrupta, da altitude de 704 metros acima do nível do mar na área urbana fomos para menos de 580 metros de altitude na cachoeira. Para crianças de 08 anos como o Ravi e o Vinícius é um desafio e tanto. Na volta foi inevitável para as crianças ter que empurrar as magrelas até quase chegar a civilização, normal, é o pedágio que a cachoeira cobra, não tem jeito.
Chegou o dia de apresentar a piramba para o meu filho
Chegou o dia que eu tinha prometido para o Ravi, o meu filho de 08 anos, que era leva-lo de bike até uma cachoeira, ou seja, apresentar de bike a pirambeira, e assim aumentar o nível de dificuldade dos nossos pedais. Já tínhamos ensaiado para este dia, fomos até Jafa algumas vezes que tem lá suas subidas e descidas, outro dia chegamos até próximo da Cachoeira do Gaia e percorremos 23 km de estrada de chão. No entanto, eu sabia que os pouco mais de 10 km da Cachoeira da União seria um desafio diferente para ele e não era possível saber como ele iria reagir as dificuldades inerentes a esta mudança, o que causava uma certa apreensão.
Estradão x Pirambeira
Quando se sai do estradão e vai encarar a piramba e ir em cachoeira, alguns novos elementos se apresentam. Para começar muda-se o terreno, de uma estrada batida, passa para uma terra acidentada ou grama/capim que exige maior esforço do ciclista. Outra coisa, também é regra que antes de se chegar a uma cachoeira exista uma descida de inclinação severa ou extrema, também é comum que em alguns momentos é preciso carregar a bike no braço pois é impossível percorrer todo o trecho em cima dela, as vezes também é tem que fazer um pouco de trekking e percorrer a pé o leito do rio até chegar no destino. Essas são só algumas das dificuldades que passam a existir para ilustrar um pouco a respeito dessa mudança, que é de pedalar no estradão e passar a pedalar na piramba, o que ela traz de novo para o ciclista, e no caso de um ciclista mirim essa mudança é ainda maior, pois ainda está aprendendo as técnicas do esporte e explorando novas experiências sobre duas rodas.
Amigos é tudo de bom
O bom que para essa empreitada eu pude contar com meus grandes amigos Vicente Conessa e o Fabiano Ogawa que foram muito importante nesse dia e ajudou bastante neste dia. Ajudaram muito para dar mais confiança e segurança para esse pedal com cachoeira, ajudaram diversas vezes e fizeram toda a diferenças. Obrigado pela força!!!
O Bosque Municipal
O passeio começou com uma volta pelas trilhas do Bosque Municipal de Garça que possui 18,50 hectares de Mata Atlântica preservada dentro da cidade. Ali já foi o primeiro teste para a criança, pois havia obstáculos, trilhas single track e lugares com mata fechada. Foi muito bom curtir esse patrimônio da cidade e o acabou sendo o esquenta para o que viria adiante. Sem contar que meu filho deu de cara com um lagarto Teiu enorme cuja cena ele não irá esquecer tão cedo.
A descida até chegar na cachoeira
Como já diz o ditado, para descer todo santo ajuda, até 100 metros antes de chegar no rio estava tudo muito bem. A partir do momento em que foi preciso pular para andar no pasto e percorrer os trios de boi, aí então o Ravi começou a sentir de fato que pedalar na pirambeira exige muito mais do que se estivesse na estrada de terra.
Ao andar o trecho final de pasto meu filho conheceu a dificuldade que é de manter os pneus dentro dos limites dos estreitos dos trios de boi, alias, é comum isso mesmo com os ciclistas adultos e experimentados, mas que não estão acostumados a andar nesse tipo de terreno. Porém, tudo é questão de tempo para pegar o macete da coisa. Por isso, o Ravi acabou empurrando a bicicleta em alguns momentos, ainda que fosse uma descida.
Ao chegar até o leito do rio chegamos no momento em que é precisava de muita atenção, principalmente com criança e estando com as mão ocupadas, pois é preciso carregar a bike no braço. Nessa hora a ajuda dos amigos foi fundamental para dar mais segurança e chegar enfim debaixo da cachoeira com tranquilidade.
Pena que a cachoeira ainda não se recuperou muito bem do período de estiagem e estava com um volume de água menor do que normal. A água estava aparentemente limpa e um pouco gelada. Meu filho ficou a princípio ficou um pouco reticente de entrar debaixo da queda, mas o encorajei a colocar a cabeça na água e sentir a temperatura, a força e a energia que só uma cachoeira proporciona. A reação é imediata, ninguém fica indiferente a um banho de cachoeira.
A Cachoeira como nunca vista (PirambaCopter)
Essa cachoeira é uma velha conhecida do Piramba e uma das mais próximas da zona urbana e uma das que mais visitamos, embora a gente tenha vários registros do local, ainda não tinha nenhuma imagem aérea do PirambaCopter.
Na beira do precipício o drone foi lançado ao ar e captou belíssimas imagens e pudemos conhecer a 2ª Cachoeira da União como nunca vimos antes, as cenas falam por si e vale a pena conferir o registro desse lugar incrível e do lado da cidade.
A volta e a subida bruta para uma criança
Como já era previsto, a volta é que guardava as maiores dificuldades e que seria um intenso teste de resistência ainda que o percurso não fosse longo em termos de quilometragem. Se para descer o pasto já foi um tanto complicado, subir então seria mais ainda e assim foi. Geralmente a gente já precisa mesmo carregar a bicicleta em alguns trechos, mas o Ravi não conseguiu pedalar os 100 m de subida íngreme no pasto e nem subir a pé carregando a bike nos braços. Tive então que ir a pé carregando a minha bicicleta e a do meu filho, foi um pouco tenso e o esforço foi muito grande, mas ainda bem que foi por pouco tempo e sorte que pude contar a ajuda providencial dos meus amigos.
Deu tudo certo no final
Depois de chegar até a cerca e encontrar um terreno menos hostil, foi possível voltar pedalando, mas ainda tinha muita subida bruta até voltar para a cidade, tive que ajudar o Ravi a pedalar empurrando suas costas até chegar próximo da mata do bosque. Foi até que rápido, mas muito intenso tanto para mim como para meu filho cujo cansaço em seu semblante era visto a olho nu. Mas chegando de volta a civilização, tudo ficou mais tranquilo e o Ravi voltou pedalando para casa e nem parecia mais o menino esbaforido de minutos atrás. Valeu muito a pena e para o meu pequeno foi como se fosse uma grande aventura e tivesse alcançado um grande feito. Ainda bem que tudo correu muito bem, e ficaram momentos felizes na recordação, e é claro que um pouco de cansaço temporário, o que é normal. Sem suor e desafios a evolução fica mais distante. E estreitar os laços de amizade e de pai e filho foi apenas uma ótima consequência de um pedal como deste dia.
Quanto menor o aro, maior é o obstáculo proporcionalmente que o ciclista precisa transpor
Um problema foi verificado com o uso de bicicleta infantil de aro pequeno como a que o Ravi utilizou para chegar na Cachoeira da União. É que os obstáculos e desnível do terreno ganha um contorno bem maior quando se está com uma bike de aro 16, por exemplo. Obstáculo que parece ser pequeno para nós que estamos em uma de aro 29, para quem está com aro pequeno o obstáculo parece gigante proporcionalmente, o que faz o ciclista mirim ser obrigado a fazer um esforço muito grande ou mesmo fica inviável transpor empecilhos que existentes no caminho. Este problema só pude observar ao pedalar com meu filho na pirambeira, pois é algo que não ocorre quando ele pedala pelas estradas de terra.
Final de ano estava se aproximando, é época de festas, mas também pode ser um ótimo período para pegar as bikes e curtir as pirambeiras de Garça-SP, e foi isso que fizemos para crer em um ótimo 2022 e que não falte belas cachoeiras e pedal no ano vindouro.
A Vista privilegiada da Cachoeira das Araras
O lugar escolhido foi um que há anos o Piramba não visitava, é a Cachoeira das Araras que possui uma das vistas mais lindas da região. Fica localizada próxima ao bairro rural Adrianita e do Pesqueiro Codonho, e embora não fique muito longe da cidade o acesso não é dos mais fáceis, é preciso enfrentar mato alto, capim navalha e percorrer o leito do rio em trechos em que ele afunila, fica fundo e chega a não dar pé.
Mas é claro que o todo o esforço é recompensado com um visual do horizonte fascinante, realmente tem uma vista belíssima e privilegiada dos vales que existe entre as Antenas e a Estrada da Bomba, suas matas e um grande paredão de arenito ao lado direito.
O Susto
Só que nem tudo são flores, e infelizmente não foi possível filmar o momento mais tenso e marcante do dia, o susto que levamos, também, não tinha como imaginar, a venenosa cascavel apareceu do nada por trás e pelo curso d´água da Cachoeira das Araras, o que é raro, já que ela prefere lugares secos.
De repente, uma cobra aparece descendo o rio e tocando o Fausto
A serpente chegou a tocar o pé do Fausto que estava com o pé na água e quando ele percebeu a situação tomou o maior susto e saiu correndo rio acima. Eu também me assustei, estava sentado na pedra ao lado contemplando o belo horizonte e de repente vejo a cobra a um metro de mim, e ainda precisei me aproximar dela para pegar a mochila e evitar que ela pudesse entrar nela, pois estava indo em sua direção.
Respeito Mútuo
Ainda bem que ela só só deu um toque para pedir licença e seguir o seu caminho com tranquilidade. Existem estudos que dizem ela usa o guizo para avisar invasores quando estão muito próximos, em cima de uma cachoeira fica difícil ouvir esse tipo de aviso, se é que existiu. Depois, ela escalou um íngreme barranco com maestria e foi-se, deixou então aquela sensação de que a gente nunca mais iria esquecer aquele momento.
Na hora do susto é tudo bem tenso, mas depois foi possível curtir os movimentos desse belo réptil peçonhento, e o sentimento de alívio tomou conta, tivemos sorte que imperou o respeito mútuo entre a gente e a serpente, embora o território seja dela, e os homens sejam os intrusos, em nenhum momento ela se mostrou ameaçadora, por tudo isso, é preciso respeitá-la.
Por outro lado, também não há necessidade de entrar em pânico, os especialistas asseveram que as essas cobras são perigosas sim, mas não são agressivas, em geral fogem quando avistadas. E, é claro que temos que agradecer que desse encontro tão próximo da serpente conseguimos sair ilesos, voltamos para casa apenas com os ferimentos do capim navalha nas pernas, mas nada de mordidas de cascavel. A imagem dela ao lado no meio do rio nunca mais sair da minha mente. Que dia!!!
By Rudi Arena
Sobre a Cascavel*
Nome científico: Crotalus durissus Habitat: Campos abertos de cerrados, áreas pedregosas e secas. Hábitos: Crepuscular e noturno.
O número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade
A cascavel na vertical escalando um barranco na Cachoeira das Araras
Características: A cascavel Possui um chocalho na extremidade da cauda. Ao contrário do que se pensa, o número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade, ou seja, se uma cascavel possui 10 anéis no chocalho isso não quer dizer que ela tenha 10 anos de idade. Muda de pele de 2 a 4 vezes por ano e, a cada vez que isso ocorre, acrescenta um novo anel no chocalho. Alimenta-se de pequenos roedores. A reprodução é vivípara e ocorre no período de novembro a fevereiro. Em média nascem de 16 a 24 filhotes. É venenosa.
As Cascavéis são perigosas, mas não agressivas e fogem rapidamente quando avistadas. A espécie encontrada no Brasil possui veneno neurotóxico, que atua no sistema nervoso e faz com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. Diferente de seus parentes da América do Norte, que possuem propriedades proteolíticas (necrosante).
A Serpente que ocupa o primeiro lugar em acidentes ofídicos **
A característica mais marcante da cascavel é um som de chocalho forte. A cascavel ocupa o primeiro lugar no número de mortes causadas por acidentes ofídicos, aqueles que envolvem mordidas de cobras. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Vital Brazil, no período de 1990 a 1993, mais de cinco mil pessoas foram picadas por cascavéis. Das 35 espécies que existem no mundo, apenas uma vive no Brasil – a Crotalus durissus.
Cáscavel: presente em todo território brasileiro
Ela habita os cerrados, regiões áridas e semi-áridas do Nordeste brasileiro, bem como os campos abertos das regiões Sul, Sudeste e Norte. Veneno da cascavel Boicininga – “cobra que soa”, na língua tupi – , é outro nome da cascavel, que possui um que possui um veneno poderoso. Ele destrói as células do sangue das vítimas, causa lesões musculares, afeta os sistemas nervoso e renal. Na peçonha dessa serpente, há uma proteína que causa rápida coagulação, fazendo o sangue da vítima endurecer. O ser humano tem uma proteína parecida, a trombina. Ela é ativada quando nos machucamos e forma a “casquinha” nas feridas. As células sanguíneas dos seres humanos possuem uma outra proteína chamada mioglobina. Quando o veneno crotálico – da cascavel – destrói essas células, a mioglobina sai na urina da vítima, que assume uma cor avermelhada.
Como tratar uma picada de cascavel? **
A picada de cascavel não dói, segundo diversos relatos do Instituto Butantan. Quem for mordido jamais deve fazer torniquetes ou garrotes – isso agrava a ação do veneno e pode levar à amputação do membro atingido. Também não se deve enfaixar a ferida. Pode-se lavar a ferida com água e sabão ou com soro fisiológico. Mas a melhor coisa a se fazer é levar a vítima o mais rápido possível para o hospital e, de preferência, com a cobra. Isso é importante para a identificação do animal e, portanto, para a administração correta do soro antiveneno, ou antiofídico. Se não for possível capturar a serpente, deve-se dar uma boa olhada nela, para depois descrevê-la ao médico e ele poder aplicar o soro correto.
Perto ou longe? Cascavéis usam truque com o guizo para enganar humanos ***
O som de alerta da cascavel, o som de chocalho, é um dos ruídos mais arrepiantes da natureza: se puder ouvi-lo, já está perto demais.
Contudo, de acordo com um novo estudo publicado em 19 de agosto no periódico Current Biology, essa comunicação é mais complexa do que se imaginava.
Ao analisar as vibrações de alerta da cascavel-diamante-ocidental (Crotalus atrox), cientistas constataram que o chocalhar das serpentes se mantém a frequências mais baixas de até 40 hertz, ou mais lentas, quando uma ameaça está distante. Mas quando um invasor se aproxima demais — uma distância que difere a depender da cobra individual — as cascavéis mudam abruptamente para um sinal de alerta mais rápido e de alta frequência entre 60 e 100 hertz.
Quando foi solicitado a participantes de um experimento que ouvissem e estimassem a distância de uma cascavel em uma pastagem em realidade virtual, eles acertaram com bastante precisão quando os sons dos guizos estavam mais lentos ou a baixas frequências. Ao acelerar o ritmo dos guizos, entretanto, os humanos foram levados a pensar que as cobras estavam muito mais próximas do que realmente estavam.
Quando uma cascavel balança a cauda lentamente, o ouvido humano é capaz de discernir cada som individual do guizo. No entanto, a frequências mais elevadas, os sons individuais se fundem em uma melodia contínua, que parece “completamente diferente ao ouvido humano”, afirma Boris Chagnaud, neurocientista da Universidade de Graz, na Áustria, e autor principal do novo estudo.
Além disso, devido a uma peculiaridade da percepção humana, os guizos de alta frequência soam mais altos para nós, apesar de terem basicamente a mesma amplitude ou volume, explica Chagnaud.
“Talvez essa seja outra função do guizo: confundir predadores”, observa Bree Putman, herpetóloga da Universidade Estadual da Califórnia, em San Bernardino, que não participou do estudo.
O que fazer se encontrar uma cascavel ***
Até mesmo para quem está acostumado a encontrar esses animais na mata, o som característico do guizo da cascavel nunca deixa de assustar.
“É sempre um momento em que o coração dispara”, conta Asia Murphy, ecologista da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. “Adoro encontrá-las, embora o som me assuste.”
É comum Murphy encontrar cascavéis ao estudar suas interações com outros predadores, como linces, raposas e coiotes. Ela explica que existem algumas regras simples para se manter em segurança.
“Sempre fique atento ao local onde senta e coloca as mãos e os pés”, recomenda Murphy. “Nunca tente tocá-las, até mesmo com um pedaço de pau ou uma vara. E é lógico, não as manuseie.”
Mantenha uma distância mínima de um metro e oitenta e resista ao impulso de mover galhos próximos ou outros elementos de seu habitat para observar melhor.
Hoje, 21 de setembro é o dia da árvore e nada mais apropriado para ocasião do que o Piramba MTB prestar homenagem a beleza do Ipê Amarelo, árvore nativa do Brasil e que embeleza o país afora com seus cachos amarelos de cor viva e chama a muito a atenção por quem passa por suas belas flores.
O inverno não é considerada uma estação muito auspiciosa para as plantas, árvores e flores em geral. Mas a estação fria e seca também pode guardar belas surpresas, como foi o caso da exuberante florada dos Ipês amarelos em Garça. As lindas imagens foram registradas pelo PirambaCop e andar de bike entre esse espetáculo da natureza é um privilégio que dura poucos dias.
Na época da seca, a árvore perde as folhas, que dão lugar às flores e transformam a paisagem. A floração do ipê–amarelo ocorre entre os meses de julho e setembro e chama a atenção de moradores da cidade e da zona rural. A floração dos ipês-amarelos dura, em média, 15 dias.
Ipê-amarelo-flor-de-algodão
Ipê-amarelo-flor-de-algodão (Handroanthus serratifolius) é uma espécie de árvore do gênero Handroanthus. No Brasil também é conhecida como somente ipê-amarelo.
Características
É uma árvore com porte que varia de médio a grande e pode atingir de 15 a 30 metros de altura. Possui o tronco fissurado formando finas placas que se soltam em pequenas quantidades. Suas flores são de cor amarelo-dourado e se formam em cachos.
Flores
Possuem flores hermafroditas livres ou em tríades levemente perpendicular, unidas em conjuntos em formato de umbela no final dos ramos. O cálice e a corola tem forma tubular com cinco lóbulos. Por causa de sua beleza, atraem insetos e vertebrados como abelhas e pássaros, especialmente beija-flores que tem papel fundamental na polinização. As sementes são espalhadas pelo vento.
A floração ocorre após a queda das folhas, o que acontece no período mais seco, geralmente de junho a agosto, no inverno, podendo variar nas zonas mais próximas ao litoral.
Distribuição geográfica
Floração de Ipês-Amarelos ou “Pau-d’arcos amarelos” (Handroanthus serratifolia) vista do Pico Alto, no município de Guaramiranga, topo mais elevado da Serra de Baturité – Ceará – Brasil.
Árvore típica do bioma da Mata Atlântica, ocorrendo no interior da mata, sendo difícil de ser encontrada em estado nativo atualmente, por conta da sua madeira ser altamente requisitada e ter desenvolvimento lento. Não é muito utilizada em paisagismo urbano, justamente pelo lento crescimento e por ser de médio a grande porte.
Usos
A madeira é utilizada para construções civis e navais, alem de pontes, postes, tábua de assoalho, tacos de bilhar e bengalas, possuindo longa durabilidade. Árvore ornamental, extremamente majestosa quando está florida, é ótima para o paisagismo. Usa-se também em restaurações florestais. A entrecasca é utilizada na medicina caseira, embora seja menos procurada que a do ipê-roxo.
Também é bastante usado em paisagismo e arborização urbana por suas flores amarelas bem chamativas, entretanto, não é recomendado plantar próximo a casas ou em calçadas, pois suas raízes podem causar problemas no calçamento e na rede de esgoto.
Flor nacional do Brasil
Em 27 de setembro de 1961, foi apresentada a proposta do Projeto de Lei 3380/1961 que declara o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e o ipê-amarelo (Tecoma araliacea), respectivamente, árvore e flor nacionais. No entanto, após vários pareceres a PL foi arquivada. Em 7 de dezembro de 1978, somente o pau-brasil foi declarado árvore nacional por meio da Lei nº 6607. Houve outras tentativas de estabelecer o ipê-amarelo como a flor nacional com os projetos de lei PL-2293/1974 e PL-882/1975, mas as duas PL foram arquivadas na Câmara dos Deputados.
Em um sábado de tempo bem fechado o Piramba logo cedo chegou no município paranaense de Ribeirão Claro, na fronteira com o Estado de São Paulo e aproveitou esse paraíso do mountain bike e com paisagens incríveis, as margens do cristalino Rio Paranapanema e com vista privilegiada da bela Represa de Chavantes.
*Sobre Ribeirão Claro
Nascida do pioneirismo de agricultores e colonizadores paulistas, mineiros e fluminenses, Ribeirão Claro tem o passado marcado pelo café. Por volta de 1895, a terra roxa e a cultura que se iniciava na região atraíram inúmeras famílias que viram na nova localidade a oportunidade de uma vida melhor com a produção cafeeira.
Atualmente, a cidade de mais de 10,5 mil habitantes conserva essa vocação rural e produz, além de um café de reconhecida qualidade, leite, milho, geleias e compotas. Criação de gado de corte e aves completam esse quadro. No entanto, a economia local se diversificou e a indústria consolidou-se. Ribeirão Claro destaca-se pelas fábricas de laticínios e de móveis.
O potencial turístico da cidade também recebe reconhecimento crescente. A localização privilegiada, às margens do Rio Paranapanema, as belas paisagens naturais e a proximidade da Represa de Chavantes atraem turistas de diferentes regiões, em todas as épocas do ano. Balneários, cachoeiras, morros e fazendas são opções preferenciais de lazer que movimentam a economia de pousadas, parques aquáticos e operadoras de esportes radicais.
Morro do Gavião
Um dos pontos altos de Ribeirão Claro (literalmente) é o Morro do Gavião, uma formação rochosa que fica 850 metros acima do nível do mar e faz parte das atrações da Fazenda São João. O local é muito procurado para a prática de esportes radicais como rapel, escalada e voo livre. A caminhada até ele e a possibilidade de contemplar do alto as belezas do lago da Represa de Chavantes são atrações à parte.
O Piramba® é uma associação sem fins econômicos que atua para a preservação do meio-ambiente natural, cultural e histórico por meio da atividade turística na região de Garça – SP.
O Piramba® começou no ano de 2011 com um grupo de amigos que se divertiam pedalando pelas pirambeiras, picos e cachoeiras da cidade de Garça que resolveram criar despretensiosamente um blog com o intuito de reunir os vídeos produzidos desses pedais e mostrar as riquezas e atrativos naturais da região.
Após mais de 10 anos após a formação inicial – e quase uma centena de cachoeiras e atrativos catalogados – o grupo que conta com mais de 20 membros, se tornou uma organização sem fins lucrativos cuja missão é:
-Divulgar os patrimônios naturais, culturais e históricos da região.
-Estimular atitudes sustentáveis na sociedade com responsabilidade ambiental e social.
-Ações e parcerias para a preservação desse patrimônios.
Nossos Valores:
-Companheirismo.
-Amizade.
-Ética.
-Transparência
.-Respeito a natureza
.-Empatia.
-Pluralidade.
-Tolerância.
-Orgulho da terra.
-Sustentabilidade.
-Apartidarismo político.
Nossa visão: o objetivo do Piramba® é ser reconhecido como uma organização que desenvolve e dissemina práticas que contribuem para a transformação social e ambiental em sua área de atuação para fins de uma sociedade mais solidária e sustentável.
O Piramba é uma marca registrada junto ao INPI (Processo nº 920341420) e regularmente inscrito no CNPJ sob o nº 43.312.157/0001-65). Todos os direitos reservados.
A última onda de frio do inverno 2021 casou estragos na cultura cafeeira da região de Garça, muitos pés de café arábica foram danificados pela geada com prejuízos para os cafeicultores.
Provas do estrago são as imagens aéreas captadas pelo PirambaCop que mostram que parte das plantas de café queimadas na Fazenda Igurê. A cena é triste, e já há alguns anos que isso não ocorria, mas por outro lado o fenômeno faz parte da realidade de Garça-SP ao longo de sua história.
*Uma grande geada – a maior da história de Garça – ocorreu no dia 18 de julho, atingindo impiedosamente 90% dos cafezais da região. A cafeicultura do município foi totalmente atingida. O panorama nas lavouras garcenses era desolador: cafezais, pastos e outras culturas mostravam-se enegrecidos, como se estivessem queimados por intensas labaredas.Para se ter noção da extensão da geada ocorrida na cidade em julho de 1975, a temperatura atingiu a 1,5 grau negativo. Na manhã do dia 18, muita gente foi lavar o rosto e quando abriu a torneira não viu a água sair. A baixa temperatura congelou a água no encanamento. Somente no final da manhã a situação se normalizou. Um fato inédito em Garça até os dias atuais.
Jaime Nogueira Miranda mostrando os prejuízos (Acervo: Secretaria do Turismo Garça-SP)
O Café da região de Garça:
Conheça um pouco sobre a estreita relação o município de Garça-SP com o café.