CIA. INGLESA – MEMÓRIAS DA FAZENDA SÃO JOÃO (1944/1954) por Hamilton Carvalho

Fomos brindados com um relato primoroso e histórico sobre a vida na Fazenda São João (Gália-SP), mas também conhecida como Fazenda dos Ingleses, maior que muitas cidades, ela deixou um relevante e belo patrimônio histórico que é a famosa Igreja construída para comunidade da época e que hoje é um ponto quase que turístico, e que atraí as atenções de muitas pessoas. Segue na íntegra o texto que o Sr. Hamilton Carvalho que teve a gentileza de nos enviar, e cujas riquezas de detalhes, inclusive com fotos da época, contribui muito para a reconstituição e memória deste importante momento da história de nossa região, que até hoje desperta muito interesse das pessoas que ali viveram e vivenciaram momentos relevantes de suas vidas.

“Em 1924, um grupo de investidores ingleses criou uma companhia em Londres com o objetivo de implantar um empreendimento agrícola no Brasil. A empresa recebeu a denominação legal de “BRASIL WARRANT”.

Na época, no Brasil, o café era rei. Assim, a cultura de escolha seria uma fazenda de café. A empresa brasileira, subsidiaria da Brasil Warrant, foi denominada “Companhia Agrícola do Rio Tibiriçá”, pois a área escolhida para sua implantação, no município de Gália, SP, era perto das nascentes do rio Tibiriçá.

A fazenda foi denominada SÃO JOÃO, mas era também conhecida pelo nome de “INGLESA”, ou “FAZENDA DOS INGLESES” ou “AGRÍCOLA” devido à sua origem e ao seu nome legal.

Sob qualquer ponto de vista, a Fazenda era um portento. Era uma vila, quase uma cidade, chegou a ter 3.000 residentes e, mesmo hoje, 50 anos depois, teria mais habitantes que 40 municípios atuais do Estado de São Paulo.

A Fazenda tinha uma área de 2.500 alqueires, isto é, 6.250 hectares e três milhões de pés de café. Além disso, era uma grande produtora de algodão. Produzia sementes selecionadas de algodão e milho em convênio com a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Era também um empreendimento industrial, pois chegou a ter fábrica de fio de seda, fábrica de pinga, fábrica de cal, serraria, fábrica de farinha de mandioca e moinho de milho para a produção de fubá. Dispunha de caminhões e maquinário agrícola o mais moderno da época, inclusive contratava aviões tipo teco-teco para pulverização de inseticida nas lavouras de café.

Na estação ferroviária de Gália dispunha de um desvio com terminal próprio para embarque de café, sem interferir no tráfego ferroviário normal. Embarcava por ano, diretamente para o exterior, cerca de 50.000 sacas de café despolpado, trabalho executado pelos escritórios da Brasil Warrant em Santos. O café era despolpado (retirado da casca) nas instalações da própria Fazenda.

Devido ao seu tamanho era dividida em secções para melhor administração – a Sede onde ficava o escritório e a administração geral, Ipiranga, Boa Vista, Água Limpa, Aliança e Mascarenhas, cada um com o seu administrador. Havia um sistema telefônico próprio ligando todos os pontos da administração. Havia apenas um telefone que permitia interurbanos e ficava no escritório da Sede.

Para suporte desta população havia cinema, açougue, armazém de secos e molhados, loja de tecidos, igreja, bar, escola até a quarta série do ensino fundamental, farmácia, posto de gasolina, campo de futebol e oficina própria. Um médico, contratado pela Fazenda, vinha semanalmente de Gália e dava consultas na Fazenda. Uma empresa adiante do seu tempo, pois já naquela época oferecia assistência médica gratuita para seus funcionários.

Os administradores eram todos ingleses, contratados pela BRASIL WARRANT diretamente em Londres. Normalmente eram quatro – um diretor geral, o gerente financeiro, um gerente administrativo e um engenheiro agrônomo. Atravessam o oceano Atlântico, aprendiam português com forte sotaque e constituíam uma sociedade à parte do restante da Fazenda.
De fato, a sociedade da Fazenda era como que dividida em classes, embora ninguém precisasse explicar as regras para qualquer novo residente. Era implícito. As áreas de residência eram completamente separadas bem como o padrão das casas que eram totalmente diferentes.

Os ingleses moravam em casas soberbas, em área relativamente afastada, com enormes jardins de desenho e padrão inglês. Todas as casas dos ingleses tinham lareiras ainda que estivéssemos em um país de clima tropical e, ao invés de chuveiros, tinham banheiras. A água quente vinha do aquecimento do fogão – todas as casas tinham fogão à lenha – a chaminé do fogão era envolvida por uma serpentina que aquecia a água. Era um sistema equivalente ao aquecimento solar, só que o calor vinha do fogão ao invés do sol. Se não se cozinhasse, não haveria água quente para o banho. A casa do gerente geral lembrava uma casa de campo como se vê nas fotografias inglesas com um jardim onde havia um lago para peixes, luxo impensável em qualquer residência nos anos de 1940. Havia uma piscina privativa e uma quadra de tênis onde só eles jogavam. As famílias inglesas se reuniam entre si nos fins de semana para nadar, jogar tênis e beber wiskey. Não havia interação com as demais famílias brasileiras. Além disso, eram os únicos que tinham carros particulares quando todo mundo andava a pé.

A segunda classe social era o pessoal do escritório, administração, farmacêutico e professores da escola primária. Moravam em casas confortáveis com jardim e grandes quintais. Dispunham de água encanada e energia elétrica grátis, mas ninguém tinha telefone ou carro. Seriam talvez umas dez ou quinze famílias que também só se reuniam entre si em aniversários e reuniões. Não interagiam socialmente com os ingleses, nem com os demais residentes da fazenda.

A terceira classe eram os trabalhadores rurais, mecânicos, carpinteiros, operadores das fábricas. Moravam em conjunto de casas, algumas de alvenaria outras de madeira, conhecidas como “colônias”, sem jardins, mas com água encanada e energia elétrica grátis. A vida social desta classe girava em torno do bar, do cinema, do clube de futebol e da igreja.
O cinema passava filmes aos sábados e domingos somente. O preço da entrada era quase simbólico e todos iam religiosamente ao cinema (os que moravam na Sede, obviamente). O preço da entrada era o mesmo, mas as classes sociais eram rigorosamente divididas dentro do salão em si. Cada um sabia o seu lugar.

À direita do salão havia uma espécie de plataforma (“foyer”) por onde se subia por alguns degraus e onde havia cadeiras comuns. A segunda classe invariavelmente subia para a plataforma e assistia ao filme do alto, com a visão desimpedida.
No restante do salão, parte maior no piso do chão, ficavam bancos de madeira, divididos em três colunas, onde cabiam seis ou sete pessoas, onde ficavam os demais assistentes. Evidentemente, não havia impedimento em violar a regra não escrita, mas, só ocasionalmente, pessoas desciam da plataforma para o salão, nunca o contrário.

E os ingleses? Bem, os ingleses tinham uma plateia no alto, isolada, no fundo do cinema, completamente separada do resto do salão. Chegavam em seus carros, entravam por uma porta lateral privativa – a projeção não começava sem que eles chegassem. Mas eles eram extremamente pontuais, de modo que a projeção começava sempre no horário marcado. Não havia a hipótese de ocupar uma cadeira na plateia privativa dos ingleses.

Apesar de tudo, não havia qualquer ressentimento. Este modo de vida era aceito normalmente como era assim que devia ser a vida.
O cinema só tinha uma máquina de projeção, de modo que, quando acabava um rolo, acendiam-se as luzes por alguns minutos até que o operador instalasse o rolo seguinte e reiniciasse a projeção. Acordava as crianças que dormiam espalhadas pelas cadeiras, pois todas as crianças iam juntas com os pais. Não havia filmes proibidos para menores de idade. Ia-se ao cinema e pronto.
A projeção era normalmente dividida em partes – um jornal semanal (um ancestral do Jornal Nacional com notícias políticas e de esporte), um trailer dos filmes que seriam apresentados nas próximas semanas e podia haver ou não um desenho animado do Popeye – quando havia era uma festa para a criançada. Era o equivalente aos vídeos games de hoje e durava não mais que uns seis ou sete minutos por semana. Seguia-se o filme em si. Ao término da projeção, os ingleses voltavam para suas casas nos seus carros e os demais punham o pé na estrada, no escuro, pois só havia apenas alguns postes de iluminação a cada 100 metros com uma pequena lâmpada. Por isso, todos tinham lanterna para iluminar o caminho de volta.

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Casa padrão do pessoal da administração. Na frente um jardim e atrás um amplo quintal.

A escola era um prédio de tijolo vermelho próximo da igreja. Tinha quatro salas de aula, mais salas de administração e dos professores. Era rodeada por uma cerca de balaustres pretos com uma ponta branca. Tudo muito caprichado. Nos fundos deste pátio havia o campo de futebol da Fazenda onde, os meninos, jogavam futebol diariamente durante o recreio fizesse sol ou chuva. Acabado o recreio, voltava-se à sala de aula suados e sujos, ninguém nunca se incomodou.

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Grupo Escolar da Fazenda São João. Pode-se observar as traves do campo de futebol atrás da escola onde jogava-se futebol durante o recreio. Foto de 1992.

No recreio era servida uma sopa como lanche. Tudo fornecido gratuitamente pela administração da Fazenda. Era uma mesa grande onde eram colocados previamente pratos de metal com a sopa antes do recreio – assim, a sopa já estava fria quando os alunos chegavam e podia ser tomada rapidamente para podermos ir jogar futebol – a segunda rodada era tirada do caldeirão que estava no fogo e vinha fervendo. Precisava ser esfriada, o que nos fazia perder preciosos minutos do futebol do recreio. A cada começo de ano havia uma disputa entre os meninos para pegar a carteira mais próxima da porta de sala para permitir chegar mais rápido à mesa de sopa com a rodada fria – os meninos do fundo da sala não tinham remédio – tinham de esfriar a sopa e perder parte do futebol.

As carteiras eram duplas – dois alunos para cada carteira. Sempre dois meninos ou duas meninas em cada carteira – nem pensar em menino e menina na mesma carteira. Os lugares, uma vez escolhidos no primeiro dia de aula, valiam para o ano inteiro.
Houve um professor inesquecível naquele mundo povoado de professoras. Professor Deoclécio Soave herói da molecada por jogar futebol e por ter uma motocicleta. Era baixinho, porém forte, e era o goleiro do São João Futebol Clube, o time da Fazenda. Era tão bom que chegou a jogar no Gália, disputando o campeonato amador do estado. Inicialmente ele morava na Fazenda, pois não havia transporte que lhe permitisse ir e voltar diariamente entre a Fazenda e Gália. Até que ele comprou uma moto que era a atração da molecada que nunca havia visto uma, o que lhe permitia vir e voltar diariamente para Gália onde residia.

time
Time de futebol da Fazenda – Jogava-se costumeiramente contra as fazendas vizinhas. Santo Inácio, Chantebled, Paraíso e Vila Couto que passou a ser chamada de Alvilândia posteriormente. O time amador do Gália vinha jogar as vezes na Fazenda como treinamento. Nesta foto o goleiro não é o Prof. Deoclécio.

Pouquíssimos alunos iam de sapatos à escola – a grande maioria ia descalça, embora de um modo ou outro todos fossem de uniforme – camisa branca e calça curta com suspensórios para os meninos e saias para as meninas. Calças e saias igualmente azul marinho escuro. Exceto os filhos do pessoal do escritório e dos professores, praticamente todos iam à escola descalços.

Andar descalço tinha outra consequência chamada verminose. Uma vez por ano o Serviço Sanitário do Estado vinha à escola e obrigava todos os alunos a fazer exame de fezes para detecção de verminose. Nem precisava se dar ao trabalho, pois praticamente todos tinham detecção positiva. O remédio infalível para a verminose era uma colherada de óleo de erva de Santa Maria, um líquido amarelo, viscoso, a substância de gosto mais horroroso que conheci – acho que os vermes morriam de puro mal-estar. A gente ficava se sentido mal por um dia ou dois. O ritual repetia-se anualmente.

Havia na Fazenda dois tipos inesquecíveis:

O primeiro, Sr. Vieira, farmacêutico, casado com Dna. Maria José, professora no segundo ano na escola. O Sr. Vieira era viúvo e Dna. Maria José era seu segundo casamento. Não havia par mais desencontrado. Ela baixinha, gorducha, severa com fama de brava; ele alto, magro, rosto ossudo e folgazão. O Sr. Vieira não era de fato funcionário da Fazenda – a Fazenda lhe dava a moradia, por sinal uma bela casa, como um benefício adicional por manter a farmácia – era uma figura importante, pois era a única pessoa conhecida que tinha um diploma de curso superior. Na prática era o médico para o dia a dia das doenças mais comuns.

O segundo era o Sr. Pitcher. Era um diretor inglês. Nenhum dos brasileiros conseguia falar seu nome corretamente, que dirá com sotaque inglês. O seu apelido era Pitt e todos o chamavam por alguma coisa parecida com “Pitichi” com sotaque de paulista do interior. Ficou assim.

O mais interessante é que ele era um veterano da Primeira Guerra Mundial; convocado pelo exército inglês, lutou nas batalhas do norte da França contra os alemães em 1916 onde foi ferido – sofreu um ferimento na perna porém recuperou-se num hospital de campanha. No entanto, o ferimento o deixou com uma prótese no joelho que o obrigava a mancar. Como auxílio, usava uma bengala – além disso, fumava permanentemente um cachimbo, falando pelos cantos da boca, feito o marinheiro Popeye. Para os meninos, conhecer um veterano de guerra de verdade foi realmente inesquecível. Pouco depois da Primeira Guerra Mundial ele veio para o Brasil e, por volta de 1925, praticamente fora o fundador da Fazenda. Nela trabalhou por quase trinta anos. Após sua aposentadoria, foi morar em Garça. Nunca mais voltou para a Inglaterra.

Para os meninos a vida era a escola, o futebol, o cinema, pescar e perambular pela fazenda. Também se jogava muita bolinha de gude, que chamávamos de “búrica”, palavra que praticamente ninguém mais conhece. Seria um regionalismo?

No verão, no bosque de eucaliptos, capturávamos vagalumes cantando um refrão “vagalume tem-tem teu pai tá aqui tua mãe também”. Não sei se isto os convencia a vir até nós, mas que dava certo, dava. Colocávamos os vagalumes com sua luz verde em um vidro e o deixávamos no escuro, brilhando.

A Fazenda tinha um ritmo próprio durante a semana de segunda a sábado. A serraria, logo pela manhã, acionava uma espécie de buzina para indicar o início das atividades, depois à tarde para sinalizar o fim do dia. Passava o dia inteiro com o barulho das máquinas serrando madeira. Entretanto, no domingo, tudo se aquietava, um silêncio absoluto típico da área rural.

Havia dois eventos que sempre eram acontecimentos extraordinários.

O primeiro, algo que caiu em desuso, era propaganda com folhetos despejados por um pequeno monomotor feito de madeira e lona, que era conhecido como teco-teco. Ele sobrevoava a Fazenda lançando publicidade, na maioria das vezes das Casas Pernambucanas. Para a criançada que nunca havia visto um avião de perto era como se, hoje em dia, aparecesse uma nave espacial. Corríamos pelos pastos recolhendo quantos folhetos de publicidade pudéssemos, mas não sei para que, já que eram todos iguais.

O segundo era um sorveteiro que ocasionalmente vinha de Gália com umas caixas de sorvete picolé transportadas por uma caminhonete. As caixas vinham envoltas em palha de arroz para manter a temperatura e impedir que o sorvete derretesse. Quando o sorveteiro chegava à parte central da Fazenda, ele usava um megafone para se anunciar. Brotavam crianças como magia em questão de minutos; vinha gente de longe para tomar um picolé. Não havia escolha de sabores era só de pseudo groselha das mais vagabundas. Dava-se uma chupada no sorvete vermelho e só sobrava o gelo branco e descorado. Mas, maravilha das maravilhas, era gelado.

Como já disse, os ingleses tinham uma sociedade à parte. Entretanto, chegou uma família inglesa que tinha dois meninos em idade escolar. Aí, não havia outro jeito, os meninos tinham que frequentar a escola rural da fazenda, a única disponível. Dois ingleses no meio daquela criançada – era realmente um espaço democrático, pois todos iam à mesma escola qualquer que fosse o trabalho dos pais. Mas eles não perdiam a pose – chegavam de carro e, ao terminar a aula ao meio dia, lá estava o carro com o motorista esperando por eles. Para todos isto era absolutamente normal e aceitável nunca houve crítica ou ressentimento a respeito.

Para os moradores da fazenda, a Inglaterra sempre era uma referência. Durante a II Guerra Mundial todos torciam para que os aliados, Inglaterra inclusive, vencessem a guerra. O gerente geral, o Sr. Frazer tinha dois filhos jovens, um menino e uma menina. Não moravam na Fazenda, estudavam fora. Quando começou a guerra, eles, embora morando no Brasil, julgaram ser seu dever lutar pelo seu país natal. Foram para lá, a moça tornou-se enfermeira e o rapaz esteve nas forças armadas. Ambos sobreviveram e voltaram para o Brasil. Quando a guerra terminou em 1945 com a vitória dos aliados e, consequentemente, com a vitória da Inglaterra, em comemoração a Fazenda deu um salário extra para cada funcionário. Isto era extraordinário porque a existência do décimo terceiro salário só foi instituída quase vinte anos depois desse acontecimento.

A Fazenda tinha quase todas as facilidades de uma cidade, mas curiosamente, não tinha barbeiro e padaria. Cortar cabelo só indo à Gália, até que um senhor improvisou uma barbearia – só funcionava aos domingos porque nos demais dias da semana (trabalhava-se de segunda a sábado) ele tinha seu trabalho normal. A fila era enorme e durava o domingo inteiro, um martírio ficar esperando.

Como disse, não havia padaria na Fazenda. O costume era fazer pão em casa. Mas alguns tiveram a ideia de abrir uma conta em uma padaria de Gália – quem trazia o pão era a jardineira que fazia o trajeto diário de Ubirajara à Gália e vice-versa. Passava na Fazenda, na ida para Gália às oito horas da manhã quando a gente entregava um saco de pano onde seria embalado o pão. Retornava de Gália e passava na Fazenda às quatro da tarde. Os sacos de pão vinham no bagageiro que ficava no alto da jardineira. Para acessar o bagageiro, subia-se por uma escada na traseira da jardineira. O motorista subia lá em cima e atirava o saco de pão para o receptor – era preciso ser esperto para não deixá-lo cair. Caso se perdesse o horário da jardineira, que era um tanto irregular, o saco de pão ia até o fim da linha que era Ubirajara e voltava no dia seguinte, duro e seco.

Esta jardineira, caindo aos pedaços, era o único transporte disponível para ir à Gália onde ficava a estação de trem da Companhia Paulista. Apesar da distância da fazenda à Gália não ser mais do que uns quinze quilômetros, a jardineira demorava umas duas horas, pois parava onde tivesse gente para subir e descer, fora as tralhas que eram trazidas no bagageiro. As alternativas eram esperar uma carona de um carro de serviço da Fazenda ou telefonar para um taxi vir de Gália, o que era muito caro, raramente usado.

Mensalmente era necessário fazer-se os pagamentos dos funcionários das demais sub-sedes da fazenda. Ninguém tinha conta bancária, o pagamento era feito em dinheiro vivo. O escritório apurava o salário de cada funcionário, anotava os demonstrativos de salário e despesas e colocava o dinheiro devido em notas dentro de cada caderneta. As cadernetas com o dinheiro em notas eram colocadas em uma caixa de papelão, nem cofre havia e lá ia o contador da Fazenda em um carro cheio de dinheiro com apenas um motorista, sem carro forte, sem segurança armado, sem nada. O dia de pagamento era de conhecimento geral e nunca passou pela cabeça de ninguém que poderia haver um assalto – nem se cogitava disso. Em todos aqueles anos nunca houve nenhum incidente. Nos dias de hoje isto parece mentira, mas de fato, os tempos eram outros.

Entretanto, houve um evento que foi um espanto para todos nós. Havia um guarda-noturno que fazia a ronda pelos imóveis da Fazenda à noite. Ele usava um relógio circular guardado em uma bolsa de couro que tinha no seu interior uma folha de papel circular giratória. Ele devia acionar um botão de meia em meia hora e um mecanismo fazia uma marca no papel para provar que passara a noite acordado. Em anos e anos nunca havia acontecido nada. Entretanto, uma noite, um residente da fazenda, bêbado, perambulando sem rumo, foi abordado pelo guarda. As circunstâncias são obscuras, pois não houve testemunhas. Mas o guarda alegou que fora atacado e reagira dando dois tiros no atacante que caiu ferido junto a um muro de arrimo. No dia seguinte, foi um rebuliço na Fazenda. Os brasileiros, conhecendo como funcionava a justiça brasileira, sugeriram que o guarda fugisse para evitar o flagrante e depois se apresentasse à justiça alguns dias depois – neste caso responderia ao processo em liberdade. Os ingleses, estritamente legalistas, não concordaram, e quando a polícia chegou, o guarda foi preso e teve que responder ao processo detido na cadeia. A Fazenda continuou pagando seus salários pontualmente, mas quando julgado e inocentado, não quis continuar na Fazenda. Mudou-se para o Rio de Janeiro.

Os meninos, que só viam tiroteio nos filmes de bang-bang no cinema da Fazenda, passavam diariamente junto ao muro de arrimo para ver a mancha de sangue deixado pelo ferido, até que a chuva, lavando-a aos poucos, fez com que desaparecesse.

Apesar de todas as atividades econômicas da fazenda, tudo girava em torno do café, de longe o negócio principal. Havia o trato cultural o ano inteiro e a colheita começava em Maio e ia até Agosto. O café, depois de colhido, exige muito trato, pois não amadurece uniformemente, ao mesmo tempo – em um mesmo pé há grãos maduros e verdes. O ideal é colhê-lhos todos maduros, pois sua qualidade é melhor. Entretanto, se a colheita é muito retardada para esperar que todos amadureçam, muitos grãos caem no chão – se para evitar esta queda se colhe muito cedo, haverá uma grande porcentagem de verdes, também de qualidade inferior. A solução é colher na média. Assim, na colheita há uma mistura de grãos verdes e maduros que devem ser separados para se obter melhor qualidade.

Isto se faz com água, pois o grão verde flutua e o maduro afunda. A Fazenda tinha um enorme terreiro para o trato do café – na parte alta, os grãos eram despejados em tanques de água com duas saídas – a superior para o verde que flutua, a inferior para o maduro que afunda. Os grãos que escoavam com a água por meio de canaletas eram recolhidos por trabalhadores com carrinhos de mão e depositados em diferentes áreas do terreiro. A separação nunca era perfeita. No meio dos grãos maduros sempre havia alguns verdes – a fase seguinte era a separação manual dos verdes e maduros. Isto era feito por crianças filhos dos trabalhadores. Naquela época ninguém questionava o trabalho infantil. Afinal, todos iam à escola pela manhã e à tarde ganhavam um dinheiro extra para os pais.

Ganhava-se por litro de grãos verdes separados dos montes de café depositados do terreiro. Depois que o café secava no terreiro, ele era recolhido por pequenos vagões sobre trilhos puxados manualmente e despejados em uma tulha. O passo seguinte era ser despolpado para retirar a casca do grão que conhecemos. A casca tem a leveza e a consistência de palha seca. A máquina que fazia isto, após descascar os grãos de café, lançava um jato de palha em um galpão dia e noite formando uma montanha. Os caminhões entravam neste galpão e carregavam a palha para os cafezais para aproveitá-la como adubo.
Para os moleques, era uma diversão subir na montanha de palha que deslizava como se fosse uma mini avalanche. A montanha de palha ficava tão alta que alcançava as traves de madeira que sustentavam o telhado do galpão.
Praticamente todos as crianças tinham todas as doenças consideradas “de infância”, pois não havia vacina alguma para catapora, coqueluche, sarampo e caxumba. Vacina só existia para varíola e febre amarela. No entanto, as doenças mais comuns eram “dor de garganta” e conjuntivite, chamada então de “dor d´olhos”.

A conjuntivite, muito contagiosa, era uma verdadeira praga que, quando começava, se propagava feito incêndio em capim seco – o remédio era um colírio da marca “Moura Brasil”, um líquido amarelo que nossos pais pingavam à noite nos olhos antes de dormir. Aquilo ardia e a gente esperneava, o líquido amarelo se espalhava pelo rosto. Acordávamos na manhã seguinte com os olhos pregados e a cara amarela. A conjuntivite durava uns dois ou três dias e, sem desmerecer o colírio, penso que sarava por si mesma, naturalmente.

Dor de garganta era muito comum e o remédio infalível era a farmácia do Sr. Vieira. Ele enrolava um chumaço de algodão em uma espécie de vareta de vidro, mergulhava em uma tinta azul chamada azul de metileno e dava umas pinceladas no fundo da garganta. A ânsia de vomitar era imensa, saíamos da farmácia cuspindo tinta azul e os olhos lacrimejando. Mas sarava em vinte e quatro horas. Em caso de tosse, fazia-se uma mistura de óleo de cozinha, vinagre e sal e passava-se no peito, nariz e pescoço, tão quente quanto se podia aguentar. Em caso de dor de barriga e vômito o remédio era “Sal de fruta Eno” e água mineral “Prata”. Todas as mães tinham mania de dar fortificantes para os filhos – tomávamos “Biotônico Fontoura” ou “Calcigenol” durante anos, um xarope leitoso, de gosto intragável.

Muitos pais eram adeptos da Homeopatia. Eles compravam uma “mini farmácia” de remédios homeopáticos que vinham caprichosamente arrumados em um armário de madeira. Junto vinha uma brochura com a descrição das doenças mais comuns e o “receituário”. “Diagnosticavam” os sintomas e escolhiam o que ministrar da “farmácia”. Na prática mesmo, o mais comum era tomar “Aconitum” para vômito e “Alium Sativum” para febre.

No começo dos anos 1950 houve no mundo e no Brasil também um surto de paralisia infantil, doença aterrorizante para a qual não havia nenhum tratamento e nem vacina. Dr. Salk desenvolveria a vacina apenas alguns anos mais tarde. De algum modo, correu uma lenda que uma mistura de cravo da índia, cânfora, pimenta do reino, sal e, sei lá o que mais, colocados em um saquinho pendurado no pescoço evitaria a doença – parecia um tanto absurdo, mas que mãe se arriscaria a não tomar esta providência e ver seu filho com uma doença tão terrível. Todos passamos a andar com o saquinho de especiarias no pescoço dia e noite. Ficávamos com cheiro de comida temperada, mas lenda ou não, ninguém na Fazenda teve paralisia infantil. Quem sabe funcionava mesmo!

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A Igreja da Fazenda – O cruzeiro dos capuchinhos está à direita – foto de 1992. Ao fundo casas do pessoal da administração que ficavam próximas do armazém, cinema e do bar.

A igreja católica da fazenda foi uma das primeiras construções, erigida por volta de 1930. Era toda de tijolo vermelho aparente. Não havia padre residente, apenas algumas senhoras se reuniam para rezar o terço. Ocasionalmente, em alguma data festiva, vinha um padre de Gália. Lembro-me deu um evento especial, provavelmente a visita de um bispo, quando os residentes da Fazenda prepararam uma recepção esmerada; comprou-se uma grande quantidade de rojões para saudar sua chegada. Colocou-se um vigia adiantado na estrada que chegava à Fazenda como aviso – assim que o carro do bispo passasse pelo vigia, ele deveria a soltar um rojão para dar a senha para iniciar o foguetório. Acontece que, ao passar um carro qualquer, o vigia se precipitou e julgou ser o bispo; soltou seu rojão de aviso e o foguetório começou – quando o visitante desconhecido chegou à igreja, ficou surpreso por receber tamanha manifestação de apreço. Não entendeu nada. Quando o bispo realmente chegou, não havia mais nenhum rojão disponível. Foi recebido em silêncio!
Uma ocasião, um grupo de frades capuchinhos veio fazer uma missão evangelizadora na Fazenda como se fosse um mutirão religioso – missa todo dia, batizados, primeira comunhão, crismas de todo aquele povo que tinha deixado de fazer estes sacramentos católicos no devido tempo. Toda noite havia uma procissão. Foi uma erupção de fervor religioso. Durou uma semana inteira e como lembrança do evento foi erigido um cruzeiro (uma cruz grande de madeira) no pátio de igreja. Quarenta anos depois visitei a Fazenda, o cruzeiro ainda estava lá e estava escrito “Lembrança da missão dos frades capuchinos, Agosto de 1951”.
A verdadeira festa religiosa e popular era o dia de São João, padroeiro da Fazenda. Na noite de São João, os vizinhos se reuniam em torno de uma fogueira preparada de antemão e se comia pipoca, amendoim, cocada e era um tal de soltar rojões que iluminavam o céu da Fazenda continuamente. Era uma festa caipira, dos caipiras mesmo – não se usava roupa de caipira, pois todos sendo caipiras usavam a própria roupa do dia a dia.

Havia uma brincadeira de criança chamada “Quaresma”. O nome já diz tudo, só acontecia na época da Quaresma que ia do fim do Carnaval e terminava na Semana Santa. Combinava-se a brincadeira com alguém, portanto eram duas pessoas na disputa, uma contra a outra. Quando os dois envolvidos se encontravam, um gritava para o outro “quaresma aí!”. Para não se perder um ponto era necessário mostrar uma folha verde e a disputa continuava por toda a Quaresma. Era difícil ter uma folha verde sempre à mão, mas existia uma planta, que dava uma pequena folha pouco maior que uma moeda. Esta folha tinha uma superfície felpuda, como se fosse de velcro, que aderia ao tecido da roupa – grudava-se a folha verde na roupa para a garantia de se ter sempre uma folha verde à mão e não ser pego de surpresa.

Todos que moravam na Fazenda tinham um único endereço: “Gália (SP), Caixa Postal 28”. Esta era a caixa postal da Fazenda no correio de Gália – os documentos legais da administração, os jornais dos assinantes, cartas e tudo o mais que vinha pelo correio era acumulado nesta caixa postal. Diariamente, um estafeta (o carteiro da Fazenda), podíamos chamar de correio, montado à cavalo, com dois sacos laterais, ia até Gália para trazer a correspondência acumulada. Chegava ao fim da tarde entregava tudo no escritório que então procedia à distribuição; não era necessário um endereço local, pois pelo nome todo mundo se conhecia e sabia onde morava.

A Fazenda nos dava mensalmente sete quilos de café em grão; aquilo era mais presente de grego do que beneficio, pois era uma trabalheira danada até obter o pó. Primeiro, era preciso ir buscar o café na tulha – em seguida era preciso escolher – examinar minuciosamente os grãos retirando os pretos, carunchados e impurezas – em seguida era preciso torrar. Fazia-se uma fogueira no quintal e se colocava os grãos de café despolpado em um cilindro que precisa ser rodado sobre o fogo para que os grãos torrassem por igual. Era de “torrar” a paciência até que o café ficasse no ponto por igual, sem contar o calor e a fumaça que a gente tinha de aguentar. Por último, era preciso moer os grãos torrados para obter o pó.

A Fazenda tinha criação de gado, mas não comercializava o leite; por isso, vendia leite para os empregados a preço simbólico, quase gratuito e na quantidade que se quisesse. Porém não havia distribuição – quem quisesse, precisava levantar cedo, ir até o local de ordenha para pegar o leite. Levantava-se no escuro e era necessário atravessar o terreiro de café e depois caminhar, talvez um quilômetro, por uma alameda de bambus até chegar ao local da ordenha.

Na fazenda éramos quase todos torcedores do São Paulo. Naquele ano de 1953, o São Paulo sagrou-se campeão paulista e o Noroeste de Bauru, subiu para a primeira divisão. A Federação Paulista, como homenagem ao Noroeste, programou o primeiro jogo do campeonato de 1954 entre Noroeste e São Paulo em Bauru. Praticamente ninguém da Fazenda já havia assistido a um jogo de futebol do campeonato principal – assim, decidiu-se organizar uma caravana para assistir ao jogo em Bauru. Emprestou-se um caminhão da Fazenda, saímos de madrugada para pegar o trem da Paulista por volta de oito horas em Gália – chegamos em Bauru às onze horas, o jogo começou à tarde, o São Paulo, para nossa alegria, ganhou por 1 x 0. Foi uma festa. Pegamos o trem de volta às 7 da noite para chegar à Gália às 10 horas da noite – daí foi pegar o caminhão, chegamos à Fazenda por volta de meia noite. Foi uma despedida. Poucos dias depois veio a notícia que a Fazenda havia sido vendida e seria liquidada com a dispensa de todos os seus empregados.

Aquilo foi um terremoto na vida das famílias, pois a maioria já estava na Fazenda há anos. Consta que os ingleses ficaram descontentes com uma lei editada no governo do presidente Getulio Vargas que estabelecia limites na remessa de lucros de companhias estrangeiras para suas matrizes no exterior. Decidiram, portanto, que o negócio não era mais viável e venderam a BRASIL WARRANT para o grupo Moreira Salles. Como a BRASIL WARRANT era a proprietária legal da fazenda, o grupo Moreira Salles passou a ser o novo proprietário.
Acontece que, o Sr. João Moreira Salles, presidente do grupo, não se interessou pela fazenda e a vendeu para a CAIC – Companhia de Agricultura, Imigração e Colonização (CAIC), empresa paulista semi-estatal, cujo objetivo era o loteamento de pequenas propriedades, voltadas à policultura de mão de obra famíliar e imigrante.
A CAIC, como era sua função, decidiu encerrar o empreendimento e dividir a Fazenda em parcelas. Todos os funcionários foram demitidos, com todos os direitos trabalhistas rigorosamente cumpridos. E todos começaram a procuram uma alternativa para suas vidas.
Diariamente partiam caminhões com as mudanças. Um tempo se encerrava e outro começava. Hoje, a Fazenda só existe na memória dos que lá viveram, e já são tão poucos. Fica esta memória.

Nossos agradecimentos ao Sr. Hamilton Carvalho, cuja visita a este simplório blog nos deixou lisonjeado, ainda que não só contribuiu com seus comentários à uma postagem antiga sobre a Companhia Inglesa, como também entrou em contato conosco para aprofundar o assunto e se colocar a disposição de nos enviar mais detalhes, o que foi muito bem vindo.

E para sabermos como esta a Igreja encontra-se atualmente, registramos estes vídeos e fotos de maio de 2016. Também ficamos sabendo que existe agora um senhor que por coincidência o encontramos, ele é responsável pela manutenção dela e pelo jeito faz isto com muito carinho. Agora o interior da Igreja está bem mais limpo, assim como o seu entorno, o sonho deste senhor é vê-la um dia restaurada, e já sabe por onde é preciso começar, pelas portas e janelas, que estão em estado lamentáveis. Uma pena que este patrimônio de todos continua abandonado pelo poder público e se fosse restaurada, ela poderia se tornar um ponto turístico respeitável, se houvesse real interesse neste sentido, como não há, resta a um cidadão comum tentar com seus próprios esforços zelar por ela para que não se deteriore ainda mais.

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88 thoughts on “CIA. INGLESA – MEMÓRIAS DA FAZENDA SÃO JOÃO (1944/1954) por Hamilton Carvalho

  1. Belíssimo o texto do Hamilton. Desfia, em estilo de escritor maduro, as memórias de sua infância na Fazenda, que são semelhantes aos meninos de sua geração. As belas construções linguísticas se fundem a um conteúdo culturalmente riquíssimo, que registram os traços de momentos históricos do país, de sua economia, de sua estratificação social e de seus costumes. Um documento histórico a ser preservado aqui no blog do Pirambamtb e a ser compartilhado por tantos outros que viveram e que já ouviram histórias, como eu, de crianças, hoje adultas, que lá viveram. Nas décadas de 1980/90 andei por lá em visita à escola, na condição de supervisor de ensino. Saquei algumas fotos, guardadas como documentos históricos. O interior da igreja ainda não estava destruído como agora se vê. Obrigado, Hamilton, pela beleza de teu depoimento.

  2. Amigos; obrigado pelo maravilhoso texto sobre a fazenda onde nasci. Os ingleses deixaram um grande legado sobre como viver em comunidade. O respeito hierarquico, não supera o respeito pelo cidadão. E nisso eles foram nota dez. Nasci em 1946, ainda na fase do apogeu, e sou neto de Emilio Marangao, que era o motorista do sr Fraser gerente geral, e neto de Joaquim Agostinho que administrava a colonia Ipiranga, Continuem neste maravilhoso trabalho. Saude e Paz Nestor Edoson

    • Nestor, boa noite, meu tio morava ai e chamava Nestor também, todo ano meu pai me levava para passar as férias na fazenda. saudades.

  3. Hamilton, meu amigo de infância Que bom ler as suas histórias que vão estar também incluidas no livro ” Somos Oito. História de uma Família. Um abraço da Floripes

    • Hamilton,sua narrativa me fez mergulhar no passado de uma infância livre e feliz.Revivi as brincadeiras a que vc se referiu,Quaresma ai , a caça aos vagalumes,só que na versão feminina nós esfregavamos na roupa pra brilhar….A escola ,de tantas lembranças, tbm fui aluna da DNA Maria José, cujo marido Sr Vieira era quem nos medicava ,dos males corriqueiros da infância e dos machucados,além de sermos vizinhos,pois a casa onde nasci e cresci,ficava ao lado da dele é da farmácia. Era uma casa geminada ,com 4 quartos ,sala ,cozinha e banheiro com água quente,como vc relatou ,o sistema de serpentina no fogão de lenha.Na casa idêntica geminada morava a família do Sr. Humberto Toffoli que era o mecânico da Fazenda,e meu pai Emílio Marangao o motorista dos ingleses,e quando não estava a disposição deles,ajudava o compadre Humberto na oficina.Apesar de sermos contemporaneos, eu não lembro de você.Em qual casa vc morou.Você postou uma foto de uma das casas que ficava em frente aos eucaliptos,é ra essa ?

      • Ruth.
        A casa que está no relato foi a minha casa durante anos. Ficava em frente ao bosque de eucaliptos, ao lado da casa do Sr.Decio/Dna. Elzira, a 10 metros da farmácia.Também não me recordo de você, pois não sei se fomos colegas de classe. Fui aluno de Dna. Gilberta (1952), Dna. Maria Jose (1953) e Sr, Deoclecio (1954)- primeiro, segundos e terceiros anos do Grupo Escolar. Das meninas lembro-me das irmãs Celia e Maria Helena Travassos filhas de Sr. Decio./Dna. Elzira (moram em Garça), nosso vizinhos, da Floripes, filha da professora Dna. Gilberta e Darcy filha do Sr. Silvio Tofoli, Lembro-me de seu pai pois meu pai ia frequentemente à Garça tratar dos assuntos da Fazenda e seu pai era o motorista habitual – eu ia de carona para visitar meus primos que moravam em Garça. Por sinal, minha prima que mora em Garça diz que a igreja foi restaurada – é verdade ?

  4. Boa tarde.
    Resido em uma fazenda próxima a Cia Inglesa e me intristece ver o abandono do local.
    A igreja é belíssima,os tijolos vermelhos aparentes fazem a diferença.
    Lugares assim deveriam ser patrimônio cultural e histórico e muito bem preservados.
    Belas palavras Hamilton.
    Parabéns.

  5. Tenho várias fotos que tirei em 2014 e a igreja estava muito suja, a imagem de Nossa Senhora estava muito danificada deixei até um terço que levei comigo na época, tinha muito mato na frente se quiserem posso enviar as fotos, me apaixonei por este lugar logo que cheguei, pela arquitetura e por querer saber da história dos fatos e moradores daquela época tão especial, fiquei feliz agora de ver que estão cuidando do lugar, parabéns ao Sr. Hamilton Carvalho pelos relatos, gostaria muito de conversar com ele se fosse possível. Podem me enviar contato dele, sou de Marília…

    Obrigada.

    Telma..

  6. Sou filho de Gália. Tenho ótimas lembranças de meu tempo de infância até a adolescência, quando a deixei para mudar-me para São Paulo. Há alguns anos, quando minha mãe ainda era viva, a levamos para recordar o tempo em que ela pequena, chegou a morar na fazenda dos Ingleses. Pena mesmo que a igreja, de construção imponente, esteja no abandono que se encontra. Mereceria atenção dos gestores locais a sua recuperação, marca de um tempo de glória e pujança de nossa querida Gália.

  7. Meu Nome é Igor, e moro em Marília,boa parte da minha família morou na fazenda,Sou Bisneto do Benedito Franco de Moraes que era motorista da companhia e da Maria de Lourdes de Moraes que também trabalhou na casa dos ingleses.
    Dentre eles,temos as famílias “Amaro de Andrade,Franco de Moraes,Queirós ” entre outras q n me recordo que somos tudo da mesma familia,mas gostaria de saber mais sobre a fazenda como localização e contato também,pois há vivo ainda 3 dos 5 filhos dos meus bisavós (meus tios), e há um deles que esta bem de idade,e que diz que um dos últimos desejos,é em ir rever a fazenda em que nasceu e cresceu…

    meu e mail é: igor_d_s@hotmail.com

    Ficaria muito feliz e agradecido se souber mais sobre esse passado meu e da minha familia,como disse é uma fazenda que teve e tem um significado realmente muito importante para nós.

    • Olá Hamilton, pelo que vc relatou ,de acordo com os anos escolares não poderíamos lembrar mesmo ,sou um pouco mais velha,o segundo ano fiz em 48, e nos mudamos pra Garça no final do ano. Voltei algumas vezes.,pois meu irmão Antenor,ainda ficou algum tempo,trabalhava no escritório, e morava na casa pfroxino ao armazém. No entanto ao mandar o link pra minha amiga LeonorToffoli,por ser um pouco mais velha,questionei sobre vc,e ela não tem certeza ,mas acredita que vc seja filho do Ranulfo,pois ele morava numa das casas,procede?abraço

      • bom dia pessoal! estou atras da historia de minha mãe e meus avós que devem estar enterrados em Gália ou Garça.
        Meu avó era o bicheiro de Gália. Benjamin Otoni de Oliveira e minha mãe fez o primário em Gália, e se clamava Leticia Souza Oliveira e sua irmã Hildeth Souza Oliveira. Se houver alguém que lembra dessa família, por favor entre em contato com
        marlei.evedove2@gmail.com.

        Acho que minha mãe Leticia e minha tia Hildeth trabalharam na casa dos donos da Fazenda.

  8. Senhores, agradeço vossa lembrança, meu avô Francisco Garcia Moreno, foi um dos compradores de parte da fazenda São João e pude ver de perto esta Maravilha, tenho primas que ali nasceram e todas as férias de escola em minha infância passava por aquele sítio de meu avô, o sítio possuia as casa dos colonos, eram muito chiques o meu avô tinha direito a dois grupos de duas casas e 25.000 pés de café, agradeço a me levar a lembrar deste tempo maravilhoso;

  9. Sou sobrinho do Fraser e neto do Pitcher mencionado do historico. Tenho um filme tirado na fazenda pelo irmão do Simon Fraser, quando de uma de suas visitas ao Brasil.
    Meu Pai trabalhou na escritório em São Paulo até o fechamento da empresa, que ocorreu em 1954/1955

    • Prezado John Standen
      Quem diria que um parente dos sr. Fraser e Pitcher leria meu relato !!!!!! De fato, o sr. Pitcher era meu herói de criança por ter sido combatente da primeira guerra mundial. Ferido em combate, ele era uma figura singular, inconfundível com seu cachimbo e bengala. Foi praticamente um dos fundadores da Fazenda. Tanto quanto sei, após a Fazenda ser liquidada ele se mudou para Garça e penso que nunca mais voltou para a Inglaterra.
      Quanto ao sr. Fraser, ele também foi muito marcante pois foi gerente geral da Fazenda por muitos anos. O sr. Fraser havia comprado uma fazenda na região de Rolândia/Maringá no norte do Paraná e pediu ao meu pai para acertar a contabilidade da propriedade. Meu pai fez esta tarefa durante suas férias legais na Fazenda Agrícola em Julho de 1952. Meu pai tirou várias fotos da viagem pois a ida até a propriedade foi uma epopeia pois na época não havia nem um metro de asfalto nas estradas do norte do Paraná. As travessias dos rios Paranapanema e Tibagi eram com balsas – não havia pontes.

      Hamilton
      hamiltonbcarvalho@gmail.com

      • Olá Hamilton,respondendo ao seu questionamento sobre a restauração da igreja,fiquei sabendo através da Leonor Toffoli (minha amiga de berço ),de um projeto na Câmara municipais Gália, que foi aprovado,e já está em andamento com as secretarias de cultura e turismo,e que ja foi aprovado pelo Condefat.Como eu não moro em Garça, pedi para a Leonor e as primas acompanharem o caso,e cobrarem ,pra que não seja apenas uma promessa ano de eleição.Soube pelo arquiteto Vladimir Benincasa ,autor da tese de mestrado,onde a Fazenda está incluida,que a igreja só não foi demolida como todo o resto ,porque pertence a Diocese, que nunca se interessou em restaura-la,mas pelas últimas notícias.eu soube que agora está interessada na restauração. Vou lhe mandar o link sobre o projeto,Ok?
        .

      • Ruth
        Sou filho de Ranulfo/Maura que moravam nas casa em frente ao bosque de eucaliptos. É a casa que está no site.. Quanto a igreja, ela já foi restaurada. Minha prima que mora em Garça tirou fotos. Mande-me seu email ou telefone do Whatsup que envio as fotos da igreja restaurada.

  10. Saldades da igreja e da escola e do campo do cinema ,na igreja e ia restar na escola onde aprendi a ler e escrever e no campo jogava bola no cinema ia assistir filmes do Mazzaropi época que não avia maldade

  11. Olá John,também me interessa muito também em ver esse filme,sou bisneto do Benedito De Moraes,que foi motorista da companhia,e da Lourdes,que trabalhou na casa que acredito que eram do seu avô,e do seu Tio.
    Quero muito poder resgatar e saber desse passado que ouço tantas histórias boas dos meus tios e ouvia dos avós também.Bem dizer minha família inteira (franco de Moraes,Queirós…) Trabalhou nessa fazendo como disse no comentário mais a cima.

  12. Meu pai trabalhou de 1967/1969 e tem maravilhosas lembranças da fazenda, gostaria de ver mais fotos se tiver, meu pai se chama Nolasco Ribeiro da Silva

  13. Boa noite, me chamo Gabriel, sou estudante de Arquitetura e Urbanismo, estou no 4 ano e gostaria muito de ter como tema para o meu Trabalho Final de Graduação a revitalização completa da Companhia Inglesa. Gostaria de saber se você possui mais material a respeito da companhia! Caso tenha, eu seria imensamente grato se pudesse compartilhar.

    Parabéns pelo trabalho e por manter a um pedaço tão importante da história de nossa região!! Grande abraço!

    • Oi Gabriel,nasci e cresci na Fazenda,e sempre e interessei por tudo que diz respeito a ela! Pesquisando descobri a algum tempo,um trabalho de tese de um grande arquiteto:Vladimir Benincasa,o título é Fazendas de Café,ciclo cafeeiro no Estado de S Paulo.
      . Começa pelo Vale do Paraíba,até o oeste do estado ,sao dois volumese a Fazenda (Companhia Inglesa) na página 526do segundo volume..

      • Muito obrigado pelo seu comentário, foi de muita valia, pois assim pudemos conhecer a tese do arquiteto Vladimir Benincasa. Em breve faremos uma postagem aqui sobre essa interessante publicação e assim poder divulgar mais informações sobre a Fazenda São João (Cia. Inglesa).

  14. Pingback: 10 anos de Piramba MTB no Ar

  15. Olá! Meus avós moravam nesta fazenda, meu avô era capataz e minha mãe nasceu em 1933 na colônia. Vieram para São Paulo quando ela tinha 15 anos…ela disse que sofreu muito pois adorava a vida na fazenda. Ela e minhas tias e tios sempre contavam pra gente como era bom aqueles tempos, contando detalhes iguais a esses que você retratou ..fiquei muito contente em saber que tem alguém que quer deixar viva a memória deste lugar tão especial…ela tem hoje 85 anos, vou contar a ela que encontrei essas informações, muito legal!

    • Ana Paula, muito obrigado pelo seu comentário que demonstra a importância que a Fazenda São João teve para as pessoas que ali moraram e por isso a importância de deixar essa memória viva, já que um dia essas histórias se vão junto com aqueles que a viveram.

    • Oi Ana Paula, estou atrás da história da minha mãe …moro em São Paulo /Capital e estou atrás dos meus ascendentes. Minha mãe e tia trabalhou quando meninas . Fizeram até o quarto primário…. talvez na escola da fazenda… meu avô tinha uma mercearia,
      ele se chamava Benjamin Otoni Oliveira… ele faleceu em Galia… mas não consigo saber a data.
      Minha mãe nasceu em 1929 na Bahia, mas foi para Galia pequena..

      Pergunte se ela conheceu as irmãs: Letícia e Hildeth..filhas de Benjamin

    • Olá Igor David ,me lembro da sua família na Fazenda,e olha a coincidência,alguns anos atrás estive em Marilia (moro em Santos) acompanhando meu filho e a noiva ,e os pais dela para uma comemoração na casa do sogros da irmã dela,cujos nomes não me lembro,mas o filho que na época era casado com a irmã da noiva ,o apelido era Teleco,e durante o almoço,conversando descobri uma filha do Benedito Moraes. Você sabe quem é?

  16. E uma pena tudo acabar assim. Meu avô foi administrador nessa fazenda, na década de 50. Já estive lá por 2 vezes. Na primeira, entrei na igreja, na escola, já com parte do assoalho destruido, até escrevi nossos nomes na lousa(até tenho fotos). A igreja, a maior parte, já estava destruída. O campo de futebol, e só mato. Eu e meu pai, sentamos no barranquinho, onde ele ouviu o jogo do Brasil na copa de 54. Me maravilhei, sou saudosista sim.

  17. Olá, foi citado nos comentários que existe um filme da época que funcionava a Fazenda… Seria possível alguém que tenha enviar uma cópia desde vídeo, sou Secretário de Cultura e Turismo do município, seria muito valioso este vídeo… Pois agora estamos tentando fazer o tombamento da igreja que lá ainda existe… Qualquer contribuição seria muito bem vinda.

    Desde já muito grato

    • Edenilson, muito obrigado pelo seu contato. Infelizmente não temos notícia de onde poderia achar este filme que foi citado. De qualquer forma, ficamos muito feliz em saber que existe a iniciativa de fazer o tombamento da história Igreja da Fazenda São João.

    • Olá Edenilson Nogueira,fiquei sabendo pelo Hamilton Carvalho,que a igreja ja foi restaurada. Isso é verdade?Pois o estado em que ela se encontrava,em tão pouco tempo conseguiram ?Estive la não faz tanto tempo ,e o desabamento era eminente,tal o estado do teto prestes a cair escorado por vigas.Os vidros ,em vitral não havia um inteiro.A diocese participou do restauro?Acho estranho pois o neto do meu irmão que reside em Garça, de presente pelo dia do Avô, o levou até la,e não comentou sobre ela ter sido restaurada.

  18. Lugar histórico que poderia ser recuperado e se transformar em atração turística. Porquê no Brasil não se valoriza a história como nós países europeus?

  19. Quem tiver fotos da escola e de qualquer lugar antes de estar tudo no chao por favor me adiciona …quwria muito ver fotos dessa fzda …morei lá em 1979..meu wats é 14 9 9602 6286…

  20. Meu nome é Adenir, sou estudante de Arquitetura e Urbanismo da UNESP de Presidente Prudente e realizarei uma Pesquisa de Iniciação Científica sobre a Igreja dos Ingleses. O objetivo da minha pesquisa é investigar a preservação de patrimônios rurais tendo como objeto de estudo a Capela de São João da antiga Companhia Agrícola Rio Tibiriçá. Estarei elaborando um inventário da igreja e para isso precisaria de fotos antigas, documentos a até mesmo relatos de antigos moradores para a realização desse trabalho. Caso alguém tivesse fotografias antigas da Igreja, tivesse morado ou conhece alguém que tenha morado na Companhia e que pudesse compartilhar seria de extrema ajuda à minha pesquisa.
    Facebook: https://www.facebook.com/adenir.filho.7
    E-mail: adenir_filho@hotmail.com

    • Olá Ademir Filho,fiquei sabendo por esses dias que a secretaria de Cultura e Turismo do município de Gália, abraçando o projeto de um vereador,que propôs a restauração da Igreja,estão empenhados na obra,já com engenheiros e arquitetos .Acho que será a realização de sonhos de tantos ex moradores,como é o meu caso que la nasci.Esperamos que não fique só no projeto,pois o município de Gália terá a ganhar na área do Turismo!Fiquei sabendo que os proprietários da Fazenda,que demoliram todas as casas ,cinema. armazém,farmácia e tudo o que podiam transformar em dinheiro,vendendo os tijolos,e a igreja só não veio abaixo,por pertencer a Diocese. Mas pelo jeito ,ela pouco se lixou,e não seria justo ela interferir agora no projeto,que pelas últimas notícias é o que está acontecendo!!!
      ,,

  21. Bom dia a todos . morei nessa fazenda em 1985 , tinha 14 anos . meu pai era administrador na epoca . nome nicolau . lembro q ficamos uns tres meses morando em uma casa da sede q fica ao lado direito da entrada da fazenda . e logo em seguida fomos transferidos para outra fazenda em vera cruz . por nome de fazenda ipiranga . ficamos la por uns cinco meses . e depois voltamos a fazenda companhia inglesa . e fomos morar , descendo a igreja existia uma ponte de madeira q hoje é de concreto . passando essa ponte morei na primeira casa do lado direto q ficava em frente a porteira de entrada da sede . hoje esta casa não existe mais . eu ia muito numa cachoeira atraz da antiga olaria . resumindo so resta saudades e lembranças muito fortes . q pena q estao abandonando o q sobrou

      • Eu nasci lá assim como tds meus primos
        Estudamos no grupo escolar. Minha mãe era a responsável por cuidar do grupo escolar, e nas férias eu e minha irmã tínhamos q ajudá-lo a lavar as salas de aula e corredores. Na igreja q tinha um altar de msrmora vindo da Italia fomos batizados, crismados e muitos se casaram.
        Enfim muitas saudades daquele tempo maravilhoso e simples

    • briguente, me recordo de sua casa, ficava proximo a porteira e a marcenaria da fazenda, meu tio Nestor trabalhava na carpintaria, minha tia morava bem próximo a vc.

      • Olá Ilde,que bom saber de você ,fiquei sabendo do projeto de restauração da igreja,através da Leonor (sua prima ),Voces que moram por perto podem acompanhar ,e cobrar para que não caia no esquecimento,e não seja só uma promessa em ano de eleição! Se na me engano,vc tem uma prima em Gália, qto mais cobrança melhor!bjo
        ,

  22. Que tristeza, hoje 30 Dezembro 2019 estivemos lá para visitar a igreja, total abandono, uma pena nenhuma autoridade da região ter preservado. É coisa de cortar o coração, vendo antigas fotos e encontrar tudo abandonado.

  23. Eu residi em Fernão( antiga Fernão Dias) e uma vez eu fui ajudar em uma mudança de uma família que se mudou para este lugar(companhia Inglesa).

  24. Sr Hamilton, com esta mensagem sobre a Fazenda São João eu me transportei para aquela época que nasci e morei lá, até depois do meu casamento já fui lá algumas vezes. Pena estar tudo diferente. Casei nessa igreja. Obrigada pelas recordações que trouxe com esse texto.

    • Morei na fazenda até 1952.lembro dos capuchinhos e o cruzeiro. Fui batizado e crismado nessa Igreja, minha mãe costurou a manta de N.S.Aparecida na cor Azul brilhante, fui aluno de Dona Maria que era
      Muito rígida e muitos não gostavam.Adelina, Oscar Ana,José , Amauri, Darci, meu querido tio Silvio sem
      pré me chamava pra ir com ele nas colônias. Estudei
      na escola de 4 salas.minha namorada Terezinha.

  25. PASSEI BOA PARTE DE MINHA INFÂNCIA AI NESSA FAZENDA, TODAS FÉRIAS DE JUNHO E DEZEMBRO ESTAVA EU NA CASA DO MEU TIO NESTOR E TIA BENEDITA MORADORES DESSE LINDO LUGAR. SAUDADES, UM DIA RETORNO.

    • Olá Hamilton, pelo que vc relatou ,de acordo com os anos escolares não poderíamos lembrar mesmo ,sou um pouco mais velha,o segundo ano fiz em 48, e nos mudamos pra Garça no final do ano. Voltei algumas vezes.,pois meu irmão Antenor,ainda ficou algum tempo,trabalhava no escritório, e morava na casa próximo ao armazém. No entanto ao mandar o link pra minha amiga LeonorToffoli,por ser um pouco mais velha,questionei sobre vc,e ela não tem certeza ,mas acredita que vc seja filho do Ranulfo,pois ele morava numa das casas,procede?abraço

  26. Eu amo está fazenda e vou visitá-la sempre, tenho muitas fotos e meus pais: Anna Maria Toffoli e João Amaury dos Santos se casaram na Igreja. Gostaria muito de ver mais fotos e se possível o filme . Se houver interesse posso repassar minhas fotos tb. Abç

  27. Só quem foi,sabe a beleza que é este monumento histórico,que do vendo ela se acabar e ninguém pra recuperá-la.
    Levei meu Sogro e minha Sogra pessoas que fizeram parte desta história e parentes da minha esposa que moram em Agudos Duartina Alvilandia lógico todos véi ao choro momento único mágico onde voltaram ao tempo estamos marcando em voltar com mais parentes se Deus quiser pra quem não foi vá pra ver esta linda maravilhosa igreja ⛪️
    Desta vez queremos encontrar também os casarões que falam que estão de pé se alguém souber aqui está meu WhatsApp por favor 11997219495 sou de jundiai SP amo ir pra estes lugares que mencionei 👍👏🏻👏🏻😢😢

  28. Maravilhosa narrativa, morei nesta fazenda no ano de 1966, já não tinha a pompa de antes, inclusive a quadra de tênis se tornou nosso campinho de futebol, onde o pai de um dos meninos colocou duas traves. Tenho vagas lembranças, mas, ao ver essas ruínas deu saudade.

  29. Nasci na Cia Inglesa,assim como a maioria dos meus irmãos,fui batizada e crismada nessa igreja assim como todos os que la residiam,estudei no Grupo escolar,fui aluna da prof Maria José,no segundo ano . Uma escola tão bem planejada,que para a época,era coisa rara em alguns municípios.Gostei muito do relato do Hamilton Carvalho, apesar de sermos comtemporaneos não me lembro dele. Quanto a igreja,enfim uma boa notícia,foi aprovado um projeto na Câmara Municipal de Gália,a restauração da mesma.Uma comissão formada pela secretaria da Cultura,com engenheiros e arquitetos estão empenhados nesse trabalho.Esperamos que não demore a concretização de um sonho de tantos ex moradores ,que sofrem com o abandono da mesma!

    • Oi Hamilton,achei muito estranho a restauração em tão pouco tempo,a não ser que tenha havido um mutirão para isso.O estado em que ela se encontrava era desolador,prestes a desabar,como o teto escorado por vigas.Meu irmão que reside em Garça, esteve la alguns dias atrás, levado pelo neto no dia do Avô ,e tbm nada comentou.Vou pedir pras amigas se informarem melhor,Ok?https://www.facebook.com/groups/198894171491644/permalink/346831873364539/meu telefone do Whatzap 13- 997067536.

    • Olá Hamilton,espero que tenha sido um restauro total,com vitrais e escadaria que levava a Torre.Que sabe agora precise DE uma campanha para os bancos.Gostaria mesmo de ver as fotos,meu telefone de Whatzap:13-997067536 Ok?Ficarei muito agradecida!

      • Ruth. Não procede a informação do Sr. Hamilton. A Igreja continua em ruínas e necessita de reparos urgentes caso contrário pode desabar. Infelizmente. Penso que o Senhor Hamilton tenha se confundido, porque as fotos são apenas simulações de como a Igreja vai ficar após a restauração.

  30. Houve uma confusão com fotos de designer gráfico, enviadas a ele por uma parente moradora de Garça ,pensado ser da igreja restaurada,nem com sistema de mutirão se conseguiria em tão pouco tempo!

  31. Olá, sou Marcia, neta de João Bortoletto e de Luiza Baldisera. Meu tio Bolinha era muito conhecido em Gália. Alguém tem lembrança? Minha tia Mércia, filha de Benjamin e d. Julia ficou por lá. Se souberem, me mandem msg por aqui, obrigada,

  32. Meu saudoso pai Salvador Moreno Munhoz trabalhou na Fazenda dos Ingleses e, em 1944 representou o Banco Popular de Gália no 1º Congresso Brasileiro de Cooperativismo. Neste dezembro de 2020 esse congresso faz 76 anos, e quando aconteceu comemorou o primeiro centenário da Fundação Rochdale. Parabéns pela publicação história a respeito do Município de Gália. Minha irmã, professora aposentada Celina Munhoz Arantes (que foi Moreno Munhoz, quando solteira) tem 91 anos, e aí nasceu.

  33. Segundo minha mãe eu nasci nesta fazenda 1961.. Meu saudoso pai era Nicolai Jecev .. Que formava dupla com irmao por nome de : Sereno & Siriri apadrinhado por “Tonico e Tinoco ” Na época e moramos nesta fazenda.

  34. Paz e Bem
    Por duas vezes, visitei a Capela, a primeiro em novembro de 2020, e janeiro de 2021
    a igreja bem construída, e apesar do decurso dos anos, a igreja mantém uma atmosfera sagrada muito intensa, impressiona a todos, as celebrações ali realizadas, missas, atendiam o rito ordinário vigente, Latim, isto é, anterior ao Concilio Vaticano II, de 1962 a 1965,
    Deus seja Louvado, Viva Cristo Rei e Sua Santíssima Mãe.
    Quaresma de 2021, 01 de março.

  35. Lendo esse lindo texto sobre a Fazenda São João em Galia SP, não posso deixar de acrescentar alguns dados que antecedem a chegada dos Ingleses. As terras de Matas centenarias de propriedade da Familia Joaquim Bento Alves de Lima, foram abertas `a partir do ano de 1916, por verdadeiro batalhão de homens, com a força de machados e fogo, onde foram plantadas 2.500.000 pes de Cafe’. Neste mesmo periodo foram construidas as casas de colonia, terreiros, sede, escola, capela etc… Tudo capitaneado por Jose’ Antonio Braga, que desde o inicio ate’ o ano de 1925, ocasião que a magnifica propriedade foi vendida para os Ingleses, projetou, construiu, formou e gerenciou a Fazenda São João.

  36. Estou escrevendo um livro (ainda sem título) faz 6 meses, sobre os idos e novos tempos de minha cidade natal, Gália. Gostaria de poder colher vários dados (claro, não copiar o texto) do histórico do Sr. Hamilton Carvalho – Cia. Inglesa-Memorial Fazenda São João (1944/1954) postado por Pirambam TB, em 05/6/2016. Como faço? Teria a vossa autorização, ou apenas devo mencioná-los na página “Créditos”, de meu livro?
    Agradeceria poder receber sua resposta via e-mail.
    Antecipo os meus agradecimentos,

    Laerte Mazeto
    Zapp (11) 98432-4566

    • Tendo a menção não há qualquer problema Sr. Laerte. Acredito que o Sr. Hamilton quisesse que essas histórias fossem compartilhadas e lembradas principalmente por aqueles que habitaram esse local e guardam lembranças tão saudosas. Gostaria apenas que nos disponibilizasse um exemplar do livro. Tudo bem?

  37. Meu nome é Marlene Agostinho, Sou Filha de João Agostinho, e neta de Joaquim Agostinho! Fiquei emocionada quando ví a foto dessa casa, que provavelmente foi habitada pela família do meu Avô, Que era um dos administradores da fazenda Inglesa, e que meu pai, sempre comentava da vida naquela época!!!
    Agradeço pela recordação !!!

    FAMÍLIA AGOSTINHO!!!

  38. Marlene,seu tio Agostinho Joaquim era meu cunhado, foi casado com a minha irma
    Maria, ambos ja falecidos. A casa a que voce se referiu fica na sede da Fazenda, e era a residencia do gerente geral. A fazenda por ser muito grande e produtiva, possuia alem da sede,onde ficava a Igreja , cinema, armazens, acougue,escritorio e todos os moradores que nela trabalhavam. Como a produção principal era o café,ela tinha várias secções que eram administradas à parte, e uma delas era a Secção
    Ipiranga que por muitos anos foi administrada pelo se avô. As outras se chamavam,Agua limpa, Mascarenhas,e outras que não lembro os nomes..As casas desses administradores possuiam o mesmo padrão dos administradores da sede.

  39. Pingback: Coleção Piramba Companhia Inglesa – Vista a história. – Piramba MTB

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