Tamanduá-Mirim Morto na Rodovia

Não faz muito tempo que postamos fotos de um Guaxinim encontrado morto na estrada, agora recentemente e praticamente no mesmo local, também tivemos a infelicidade de encontrar um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) sem vida também. Este parente do bicho preguiça e que parece vestir um colete preto é de uma beleza peculiar.

Foi só mais um de muitos que morrem assim diariamente, vítima de atropelamento, e isso é indício de que neste local muitos animais silvestres tentam cruzar a rodovia ao sair da Fazenda Igurê, lugar em que a fauna é abundante, uma vez que tem muitas matas e represas, e é um ambiente propício para os bichos.

Nunca tínhamos avistado qualquer tamanduá na região e quando encontramos um, estava morto. Preferia não tê-lo visto, mas ao menos sabemos que tamanduás-mirins estão a nossa volta e que este ponto específico da rodovia SP-294 deveria ser objeto de preocupação das autoridades competentes no intuito de minimizar a ocorrência de atropelamento de animais silvestres.

Ao menos pintar faixas nas pistas, colocar placas para reduzir velocidade e também para indicar a ocorrência de animais, já seria um bom começo e é uma medida de baixo custo que poderia alertar os motoristas. O ideal mesmo, seria uma passagem subterrânea, mas esta medida é de difícil implantação por ser bem mais onerosa. De qualquer forma, alguma atitude deveria ser adotada, caso contrário vai continuar o baralho de sangue de cartas marcadas.

Rudi Arena

Trilha da Moto 2 – Bauru com Sujo de Barro.

O ultimo sábado, dia 20 de dezembro de 2014, foi um dia bastante especial.

A convite do Sujo de Barro, Thiago Zancopé, partimos as 7 e meia da manhã em direção à Bauru para pedalar na Trilha da Moto 2. Fomos recebidos (eu, Fausto, Bulho e César) alegremente e partimos para a famigerada trilha da Moto 2. Seria essencialmente 30 quilômetros de pedal sendo estradões e a trilha em sí que compreende uma mata com single-track muito bem conservado.

Sempre que se parte para algum novo pedal fica a expectativa do que se encontrará pela frente e, o que presenciamos foi uma trilha deliciosa de ser pedalada praticamente plana e bastante fluente com muitas curvas e raízes. Foi em uma dessas curvas que fui presenteado com uma queda. Minha roda escorregou em um pouco de areia e acabei sendo jogado por cima do guidão. Adrenalina a mil nem senti os arranhões e a aventura continuou. Ao final da trilha por sugestão do Zancopé nos dirigimos até Guaianás.

Quando chegamos até a igreja desse distrito de Pederneiras o relógio já marcava o meio dia e, após tomarmos uma Coca gelada partimos para a Cachoeira de Itatinguí. E foi a partir daí que o sol deu o ar da graça. A cachoeira foi providencial para recarregar a positividade e então pedalamos até a Estação Ferroviária de Itatinguí. Nesse ponto já me encontrava bastante cansado.

Partimos de volta para Bauru e então que o pedal se torna uma espécie de guerra psicológica com seus próprios limites. Faltando 3 quilômetros fui vencido por meu corpo. Já não conseguia mais avançar.

Mesmo assim tudo valeu a pena e faria novamente tal destino.

Os momentos de adrenalina, a companhia dos amigos, as risadas, o suor e até a queda… não há nada que pague esses momentos que nos fazer sentir mais que vivos. Parece que a centelha de vida que se contém em nosso corpo pulsa e nos faz gratos por nossa existência.

Obrigado Sujo de Barro e até a próxima aventura. Ah, os 30 quilômetros programados se transformaram em 65 quilômetros ao final e ainda sinto em minhas pernas.

A pergunta, porém, ainda persiste:

On cotô?

2ª Cachoeira da Geladeira (Inédita)

Se por um lado tivemos a decepção de encontrar a Cachoeira da Geladeira sem seu característico poço, por outro lado, no mesmo dia tivemos a agradável sensação de ter conhecido mais uma bela cachoeira. Esta, junta-se a outras dezenas já percorridas e registradas pelas lentes do Piramba-MTB.

Para chegar até esta queda d`água que cai de grande altitude em pedras, é preciso seguir o curso do córrego da cachoeira da geladeira sentido Marília-SP, após andar um certo tempo pelo seu leito e também pela sua margem, chegamos enfim a mais uma cachoeira localizada no município de Garça-SP. A queda fica do lado esquerdo e ainda era desconhecida por nós, apesar de já sabermos da sua existência e avistá-la de longe, demorou para conseguirmos chegar em baixo dela.

Na primeira tentativa a quantidade de teias e de aranhas era tão grande, que andar pelo rio era uma tarefa árdua e extremamente lenta, assim, achamos por bem abortar a missão. Alguns anos depois, houve a segunda tentativa, nada de teias e nem aranhas, o caminho estava livre para que pudéssemos desfrutar de um banho em uma cachoeira inédita para nós, o que foi muito gratificante, pois é sempre uma felicidade ímpar a sensação de conhecer uma nova cachoeira.

Rudi Arena

Este slideshow necessita de JavaScript.

A Cachoeira da Geladeira Vai Ter Que Mudar de Nome

A Cachoeira da Geladeira localizada em Jafa e cuja característica principal é seu poço de água gelada, vai ter que mudar de nome. É com muito pesar, que escrevo essas más digitadas linhas, para noticiar a quem ainda não sabe, que uma das melhores e mais conhecidas cachoeiras de Garça, que tinha o mais fundo poço de todas (mais de 5 metros de profundidade), acabou, ao menos ela não existe mais na forma como estávamos acostumados a ver e apreciar.

Da última vez que ali fomos, tomamos um susto quando chegamos a tão almejada cachoeira, pois constatamos que o poço simplesmente havia desaparecido para dar lugar a um grande banco de areia. Uma das cenas mais tristes já vista por mim, ecologicamente falando é claro, ainda mais pela relação afetiva que foi desenvolvida pelo lugar.

Como é regra, e não exceção, os córregos e nascentes de Garça e região, assim como Brasil a fora, sofrem com o desmatamento de suas margens e o assoreamento de seu leito. Isso, na maioria das vezes diminui significativamente o nível da água dos rios, e assim prejudica de diversas formas os seres vivos que existem ali ou que dependem de sua água para viver.

O cumprimento ao menos do que determina o Novo Código Florestal Brasileiro, já seria um grande avanço para evitar estas tristes ocorrências, embora o novo código tenha sofrido com a diminuição da proteção da mata ciliar legal exigida em comparação ao antigo texto. Uma recomposição mínima da cobertura vegetal das nascentes são essências para que possamos continuar a aumentar a população, sem que soframos com uma grave escassez de água, cujos sinais já estão sendo enviados.

Rudi Arena

Curicaca na Cachoeira da Constroli

Ao voltar de um relaxante banho da Cachoeira da Costroli no final da tarde, nos deparamos com uma ave diferente com um longo e curvado bico, de longe lembra até um pato com sua cauda curta, ficamos intrigados em saber que animal seria aquele até então nunca visto por nós.

Após tirar a uma certa distância fotos do casal de aves, ao filmá-las, elas voaram, mas foi o suficiente para registrar mais uma espécie animal que encontramos piramba a fora. Ao chegar em casa, logo pesquisei na internet no intuito de descobrir o nome da ave avistada, em pouco tempo tive a certeza tratar-se de uma Curicaca (Theristicus caudatus).

O nome popular dado a esta ave se dá em razão da semelhança de seu canto composto de fortes gritos, no pantanal é conhecida como despertador. Habita campos secos, alagados e pastagens. Alimenta-se durante o dia e também ao pôr-do-sol. Tem alimentação variada, composta de insetos e larvas, centopeias, pequenos lagartos, ratos, caramujos, insetos, aranhas e outros invertebrados, anfíbios e pequenas cobras, e até mesmo aves menores. Seu bico, longo e curvo, é adaptado para extrair larvas de besouros e outros insetos da terra fofa. Uma curiosidade deste animal é ser um dos poucos predadores que não se incomodam com as toxinas liberadas pelo sapo (Bufo granulosus), por isso este anfíbio pode fazer parte de sua dieta.

Como diz o ditado, vivendo e aprendendo, são tantas as espécies animais que habitam a nossa volta, mas poucas são as que conhecemos de fato. Por isso, é sempre gratificante avistar animais que até então desconhecíamos, evidência da vastidão de nossa fauna e do nosso parco conhecimento, o que é muito bom para aguçar aquela curiosidade que nos leva adquirir novos conhecimentos. Abaixo segue um mapa de registro da espécie no Brasil, pode-se notar que o interior de São Paulo faz parte da distribuição geográfica desta ave.

Rudi Arena

Fonte: http://www.wikiaves.com.br/

Mapa de registros da espécie curicaca (Theristicus caudatus)*

mapaocorrencia

*Cidades onde os observadores do WikiAves registraram ocorrências da espécie curicaca (Theristicus caudatus). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

2ª Cachoeira da Mata


Conhecíamos apenas a 1ª Cachoeira da Mata, e foi pra lá que fomos, a 2ª segunda cachoeira era uma espécie de lenda que já ouvimos falar, mas que nunca a vimos. No caminho pela estrada da corredeira pra chegar até a cachoeira, encontramos infelizmente um lagarto teiu morto, talvez por atropelamento. Ao chegar na 1ª cachoeira, percebemos que a água estava mais rala do que o normal, mais uma evidência de que a estiagem de 2014 foi realmente significativa, porém, apesar do baixo volumes de água, esta continuava cristalina, uma das características mais marcante e valorizada desa cachoeira. Próximo a ela, encontramos um fóssil animal esturricado pelo tempo decorrido, mas que continua preservadas as estruturas de óssea e da pele, mesmo assim, difícil identificar com certeza que espécie seria esta.

Após um relaxante banho de cachoeira em águas límpidas, surgiu a sugestão de continuar andando no curso do rio a procura da 2ª Cachoeira da Mata, que falaram que existe e que seria de grande altitude.Todos concordaram, então seguimos rumo ao desconhecido, após andar um tanto, foi possível ouvir um forte barulho de água caindo e o horizonte ficou mais limpo, sinais de que estávamos chegando ao nosso objetivo.

Logo mais, já a beira do precipício, pudemos contemplar mais um lindo visual que esta região proporciona, e o maravilhoso gostinho de conhecer uma cachoeira diferente. Depois de mais de 30 cachoeiras filmadas e fotografadas em Garça e redondezas, fica cada vez mais difícil ir em uma cachoeira inédita, por isso este dia foi tão especial. Agora o desafio é tentar chegar até ela por baixo, pois só foi possível chegar por cima, uma vez que a queda é abrupta e não permite descer, o jeito é ir por outro caminho, embora saibamos que não será nada fácil, mas também, se fácil fosse que graça teria?

Rudi Arena

Trilha Faz. Cascata – Estrada da Bomba

DSCF6596

Esta trilha é puro creme da pirambeira, o início dela se dá pela fazenda cascata e o destino é voltar pela estrada da bomba d`água do SAEE. Apesar da baixa quilometragem, este é um pedal desgastante em razão do terreno acidentado que exige um esforço extra, ainda mais que ter que atravessar piramba abaixo a fazenda cascata, passar por um inevitável e longo brejo, depois de tudo isso, ainda tem a íngreme subida da estrada da bomba pela frente exige um certo esforço, mas cada km mal traçado vale a pena.

O tempo todo de pedal somos contemplados com um visual a volta belíssimo, com as paisagens que Garça tem de melhor, de serra, vales e paredões, um berço de nascentes, aliás mananciais que hidratam a população garcense, pois são das minas dessas redondezas que sai a água que escorre pelas casas da cidade de Garça. Lamentável é que embora tenha aumentado consciência da necessidade de preservação de nossos mananciais, constatamos que muitos nascentes e cursos d`água ainda estão descoberto da necessária mata ciliar, o caminho para reparar os erros do passado é longo, mas necessário.

Um dos pontos altos do pedal, foi que vimos de muito perto um belo tucano exibindo-se para nós, mas infelizmente não foi possível filmá-lo ou fotografá-lo, o que tinha sido um motivo de alegria, mas com uma pontinha de frustração, aliás, não é todo dia que um tucano se exibe para você. Porém, ao final rolê, a providência divina nos foi generosa e nos brindou com um belo casal de tucanos que repousavam tranquilamente em um galho e me deixou fotografar a vontade, apesar de não estar tão próximos como o que havíamos avistado inicialmente, foi possível fazer uma boa foto, que prova que a sentinela do planalto tem sim tucanos nos arredores, o que muitos moradores podem duvidar ou não ter conhecimento.

Já pude presenciar tucanos em vários lugares pedal a fora, mas nunca conseguimos registrar uma foto, desta vez foi possível, embora já tenha avistado no pico do tucano (ao lado direito de quem desce a bomba), na corredeira, próximo a companhia inglesa e mesmo na estrada do bairro da Adrianita,nota-se que é cada vez mais frequente esse encontro. Ou seja, o fato é que a presença de tucanos são mais perceptíveis do que nunca, um bálsamo maravilhoso quando nos deparamos com tanta negligência ecológica por aí.

O processo é lento de recuperação das matas nas margens de rios e nascentes, mas há algo positivo também, se ainda existem muitas nascentes sem a cobertura vegetal devida, por outro lado, existe um movimento de reflorestamento, de plantar uma muda no lugar de uma árvore frondosa que foi arrancada no passado, e que o presente já cobra seu preço, imagine então no futuro. Se hoje a água já não é tão abundante como em outrora, como será daqui 100 anos se continuarmos adotando velhas e esquizofrênicas práticas? A natureza é tão perfeita que até emite sinais de alerta, só não vê quem não quer.

Rudi Arena

Este slideshow necessita de JavaScript.

Animal Atropelado na Rodovia SP-294

Atropelamentos de animais domésticos é muito comum nas rodovias da região, infelizmente, muitos gatos e cachorros morrerem assim, mas também animais silvestres morrem da mesma forma. Eles ficam cada vez mais vulneráveis a este tipo de ocorrência, uma vez que a diminuição progressiva de seus habitats os obrigam a buscar alimentos cada vez mais longe, próximos as rodovias e as cidades. Uma consequência de nossa forma predatória de explorar os recursos naturais e relegado a um problema de menor importância pelas autoridades.

Em um belo dia de pedal, ao retornar da cachoeira da Igurê pela represa, quando atravessamos a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros à caminho de Garça, nos deparamos com um Mamífero de médio porte atropelado, um animal peludo que nunca tínhamos visto, a pergunta que se fazia era “que bicho é esse”?

Enquanto um falou que era quati (descartado imediatamente), outro suspeitou tratar-se de um Guaxinim, também conhecido como mão pelada. Após algumas pesquisas, acredito que seja mesmo um Guaxinim, mas não há 100% de certeza. Quem souber confirmar ou indicar qual espécie seria, faça um construtivo comentário, por favor.

Rudi Arena

Cachoeira do Cantu

Este slideshow necessita de JavaScript.

Trata-se de um lugar especial, uma espécie de pedacinho do paraíso na terra, de uma beleza incomum e com uma atmosfera tranquila que transpira paz. Em um sábado de sol matutino, os raios de sol batiam na cachoeira e esta refletia o brilho na água como se fosse uma espécie de extensão dela, mas correndo pelo chão, um espetáculo, uma imagem que ficará guardada na memória pelo resto da vida.

Ao chegar na cachoeira, nos deparamos com água caindo de quase todos os lados, existem duas grandes quedas e ao lado mais algumas quedas de água escorrendo pelas pedras, também existe um largo poço, mas não muito fundo, ideal para se refrescar e curtir a água limpa e gelada do local.

O acesso a cachoeira é pela estarda de terra do saltinho, está localizada entre os municípios de Garça-SP e Gália-SP. Porém, para chegar até lá é indispensável ter a devida autorização do proprietário, por isso, o seu acesso não é tão simples e nem a cachoeira é tão frequentada.

Rudi Arena

Cachoeira dos Escravos

Este slideshow necessita de JavaScript.

Cachoeira dos Escravos é simplesmente o pico com a vista mais incrível da região, as imagens falam muito mais do que qualquer descrição. Localizada próximo ao limite de município de Garça com Álvaro de Carvalho, porém, em território pertencente ao último.

O único problema é que para se chegar até lá, é preciso andar bastante por um asfalto sem acostamento, o que não é bem vindo para quem é chegado em andar nas pirambeiras da zona rural, mas neste caso, a recompensa é grande, sempre rende boa imagens e uma sensação agradável de sentir o vento batendo na cara de um lugar tão alto e com um horizonte tão privilegiado.

Rudi Arena

Cachoeira da Maria Augusta – 2º Dia na Serra da Canastra

Este slideshow necessita de JavaScript.

No segundo dia de aventuras na Serra da Canastra, o destino desta vez foi a agradável e belíssima cachoeira da Maria Augusta, localizada entre os municípios de Delfinópolis e São João Batista do Glória. A cachoeira possui um largo poço, formação de uma praia de areia grossa e fina, com duas quedas, à direita um grande paredão, e, à esquerda, uma área de floresta.

São duas quedas que ficam lado a lado – a maior com 35 m de altura. Para chegar, é necessário passar pela Pousada Mata do Engenho, que cobra a entrada. De lá, se não estiver em veículo 4×4, caminhe cerca de uma hora (2 km) ou alugue um cavalo na pousada (R$ 10 por pessoa).

Localizada na Mata do Engenho, a 18km de São João Batista do Glória, por onde o acesso é mais fácil.

Rica em belezas naturais ao pé da serra, com várias cachoeiras e piscinas naturais dentro da fazenda e o belíssimo ribeirão Grande que passa a poucos metros da sede da fazenda.

 

Rudi Arena

 

Pousada Mata do Engenho

Acomodações
Chalés com varanda, ventilador, cama de casal e beliche.
Quartos duplos e triplos na casa da fazenda.

Opções
Piscina natural, trilhas no cerrado e inúmeras cachoeiras privativas como a cachoeira da Maria Augusta, muito famosa na região. Também passeios à cavalo e guia local.

Oferece
Diárias com café da manhã e refeição típica mineira.

Como chegar:
Partindo de São João Batista do Glória sentido Babilônia, são 18km de estrada de terra até a pousada. Sempre seguindo placas indicativas da pousada.

Contatos e reservas
(035) 3524-1965
Vanda ou Oliveira

1° Dia na Serra da Canastra – Cachoeira Casca D´anta

 

Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra tem 71.525 hectares demarcados e parte do território de 3 municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, no sudoeste de Minas Gerais e o grande objetivo da criação do Parque foi a proteção das nascentes do rio São Francisco. O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras. Uma estrada de 60 km corta o Parque de fora a fora e vias secundárias dão acesso a algumas das principais atracões

 No primeiro dia da odisséia do PirambaMTB na Serra da Canastra que fica no estado de Minas Gerais, mais precisamente nossa base foi a cidade de São Roque de Minas, onde fica a portaria nº 1 do Parque da Serra Canastra. Neste início de trilha em terras mineiras, o destino foi chegar em cima da cachoeira Casca D´anta, uma das maiores atrações desta Serra em razão de sua beleza e a mais alta cachoeira da região, são exatos 186 metros de queda livre e  o visual do cume do pico é para lá de fantástico, realmente espetacular, pois por mais que se aperte os olhos para tentar enxergar mais longe, o horizonte verde repleto de de vales e montanhas parece ser infinito. Porém, para chegar até lá, antes mesmo de chegar à porteira do Parque, existe uma subida feroz, muito íngrime mesmo. Ainda bem que é logo no começo, quando estávamos todos animados e cheio de gás, se fosse na volta, seria demasidamente desgastante, pois o percurso total deste pedal foi de aproximadamente 90 km de muitas descidas e subidas.

O pedal teria sido perfeito se não fosse um acidente não muito grave, mas também não muito leve, que poderia ter sido muito pior, um alerta para enviar um sinal de que precaução nunca é demais. Apesar do susto seguimos em frente e tentando aprender com os imprevistos e infortúnios que nos deparamos no caminho. Só restou descansar para o próximo dia de aventura que prometia, o tempo era curto para tantas atrações da Serra da Canastra. Um lugar peculiar, repleto de atrações naturais de deixar qualquer um de queixo caído.  Para Quem quiser visitar essa jóia da natureza, segue  algumas informações sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra.

Rudi Arena

REGULAMENTO BÁSICO DO PARQUE

  • Horário de visitação:
    8h00 às 18h00. Recomenda-se entrar até as 16h00 no máximo.

  • Velocidade de tráfego nas estradas:
    40 km/hora.

  • Lixo:
    Recomenda-se usar as lixeiras instaladas nos principais pontos ou de preferência recolher o lixo e entregá-lo em uma das portarias.

É proibido na área do Parque Nacional:

  • Entrada e consumo de bebidas alcoólicas.

  • Uso de equipamento coletivo de som.

  • Prática de esportes radicais como rapel, canioning, tirolesa, pêndulo e escalada.

  • Entrada de animais domésticos.

  • Uso de armas e material de caça e pesca.

  • Coleta de rochas, plantas e animais de qualquer tipo ou espécie.

Infrações:

As infrações ao regulamento podem resultar em punições para o visitante, desde a expulsão da área do Parque até o pagamento de multa ou prisão em flagrante.

Recomendações gerais:

  • Transitar somente por trilhas conhecidas e sinalizadas, de preferência na companhia de um guia local.

  • Levar sempre capa de chuva e agasalho em qualquer época do ano.

  • Usar boné ou chapéu e filtro solar para evitar queimaduras.

  • Não caminhar nas trilhas quando houver cerração.

  • Atenção para a trilha da Casca D’Anta (parte alta para parte baixa e vice-e-versa: reserve pelo menos 5 horas com luz solar para essa caminhada.

  • Usar calçado confortável, fechado e com solado antiderrapante.

  • Afastar-se dos rios e córregos ao primeiro sinal de chuva.

Legislação/Parque Nacional:

Decreto 70.355, de 3 de abril de 1972

Este slideshow necessita de JavaScript.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Cachoeiras do Paredão

Chamada Serra da Canastra

Torres à Bomba-Trilha Ouro Fino

Normalmente, esta trilha é feita ao contrário, a descida é pela íngreme estrada da Bomba do SAAE e na volta passa pelas torres e segue pela estrada de terra do bairro rural da Adrianita para voltar para Garça-SP. No entanto, desta vez o caminho foi diferente, a ida foi pelas torres, seguimos pela estrada do Bairro São José, entramos na primeira entrada de terra a esquerda e seguimos até a Fazenda Ouro Fino. Nesta propriedade rural é que existe uma descida de pedra bem acidentada, mas muito bacana, bem a cara do PirambaMTB.

O interessante foi descobrir que por este caminho praticamente desce o vale da Bomba inteiro sem ter a necessidade de carregar a bike em qualquer momento, e ainda é possível curtir o visual privilegiado que se tem de cima, antes de começar a descer em direção a estrada da Bomba. Este rolê não tem muita quilometragem, mas isso não quer dizer que não é preciso suar, pois subir a estrada da Bomba sempre demanda um  certo esforço para superar a forte inclinação desta estrada. Mas, neste caso qualquer esforço vale a pena, pois a paisagem panorâmica do vale da Bomba e a adrenalina da descida de pedra recompensa qualquer esforço e qualquer subida.

Rudi Arena

Este slideshow necessita de JavaScript.

Pico do Carcará

Este slideshow necessita de JavaScript.

Há quase um ano que não íamos a esta cachoeira localizada entre o aeroporto de Garça e o bairro do São Lucas, ao lado da estação de tratamento de esgoto do SAAE, que infelizmente jorra o esgoto tratado na parte de baixo da cachoeira. Ainda bem que a gente chega na parte de cima  e assim,  podemos usufruir de uma água ainda limpa, que logo depois fica suja e mal cheirosa. Cheiro  nada agradável esse, que aliás dá para sentir da cachoeira, fora isso, é um lugar muito belo e com uma vista privilegiada.

Com o advento do horário de verão, fomos estimulados a ir até lá em pleno dia útil, pois é uma cachoeira bem próxima a cidade e ótima para se refrescar e também curtir o horizonte fascinante, onde gaviões carcarás estão sempre dando um rasante e exibindo suas belas plumagens coloridas. O nome de Pico do Cárcara não é a toa, é real, basta ir até lá que  certamente encontrará muitos ao redor.

Para  chegar até este pico, era muito fácil e rápido, bastava andar por alguns trios de bois em meio ao pasto que logo estava na cachoeira, mas desta vez para a nossa decepção, tudo mudou. Não havia um só trio ou trilha para se chegar até a cachoeira, tudo virou uma grande área de terra revirada, arada e extremamente fofa, o pneu a todo momento afundava, praticamente impossibilitando andar de bicicleta por ali, até mesmo nas descidas a bike não andava por mais esforço que fizesse.

Mesmo com toda essa dificuldade, seguimos em frente e chegamos até lá a cachoeira, mas voltar lá novamente vai demorar um pouco, cedo, pois se na ida que era descida já foi difícil, dá para imaginar como foi a volta. Em falar  em volta, nos deparamos com uma queimada em um pasto ao lado, pior foi constatar que o fogo foi colocado propositalmente, e provavelmente pelo dono da propriedade, pois fogo consumiu com exatidão o pasto e em linhas retas o que só poderia ocorrer com a utilização de líquidos inflamáveis.

Rudi Ribeiro

Cachoeira do Entorno da Geladeira

Este slideshow necessita de JavaScript.

Neste lugar chega-se à parte de cima da cachoeira, antes ainda tem uma pequena queda, boa para refrescar-se e banhar-se. Esta cachoeira fica ao lado direito da sede da propriedade que dá acesso à famosa Cachoeira da Geladeira, por isso mesmo, talvez esta queda pode passar despercebida, entre tantas outras que existe nas proximidades. Este foi o primeiro registro que o PirambaMTB fez dela, é sempre estimulante conhecer novas cachoeiras, seja por baixo como por cima.

É um lugar bem tranquilo, de fácil acesso e com uma vista esplêndida do vale onde encontra-se diversas cachoeiras do complexo da Geladeira. Garça tem muitos picos com vistas belíssimas e cachoeiras exuberantes, isso é um prato cheio para quem gosta de pedal com boa dose de pirambeira, um incentivo e tanto para buscar novos lugares na região, pois além das dezenas de cachoeiras já registradas pela lente do Piramba, ainda existem dezenas de outros picos para conhecer em Garça.

Cada vez é mais difícil encontrar novas cachoeiras, mas isso não quer dizer que não existem, pelo contrário, elas estão lá e são muitas, cada uma com as suas dificuldades de acesso pelos mais variados motivos. A maioria a gente nem sonha que existe, o que evidencia um vasto mundo ao redor ainda para ser explorado, novas trilhas, novos picos, novas cachoeiras, o pedal nas pirambeiras garcenses não pode parar.

Rudi Arena

Cachoeira da Mata

Este slideshow necessita de JavaScript.

Esta é uma cachoeira bem escondida, o seu acesso é pela estrada de terra que leva a Corredeira, suas águas são cristalinas e repletas de pequenos peixes  que encanta quem percorre o leito de seu rio. Porém, chegar até a queda d´água não é uma tarefa simples, aliás, exige um tanto de coragem e disposição.

É preciso deixar de lado a bicicleta, e encarar o único caminho possível de se fazer,  descer um  ângulo próximo 90 graus e levando muito mato no peito e na cara, ainda bem que existe uma bela exuberante natureza ao redor, pois o que pode parecer empecilho  na verdade ajuda na descida,  tem que apoiar em raízes, caso contrário, escorrega-se para baixo e as lesões são certas.

Apesar de alguns percalços conseguimos chegar em baixo da cachoeira apenas com uns arranhões e espinhos encravados na pele, o que não é nada se comparado com o refrescante banho que nos foi proporcionado. Sem falar na tranquilidade que existe ao redor e a sensação de estar de estar em um lugar especial, frequentado por pouquíssimas pessoas.

A subida de volta foi um pouco mais fácil do que parecia, porque a  primeira vista parece que você está em um lugar onde não existe caminhos para subir  e pegar as bikes para retornar, porém, olhando melhor e ao começar a escalar onde parecia possível, percebemos que não era um bicho de sete cabeças, isso não quer dizer que o bicho não pode ter umas duas ou três cabeças quem sabe.

Rudi Arena

Cachoeira do Marangão – 22-10-2013

DSCF3241 DSCF3245 DSCF3289 DSCF3282 DSCF3278 DSCF3263 DSCF3247

No segundo dia do horário de verão e  primeiro dia útil,  foi a oportunidade para aproveitar o dia mais longo para no final de tarde, após um expediente de trabalho,  irmos até esta bela e escondida cachoeira que fica no ponto mais baixo do vale separa a zona rural de Garça e de Itiratupã.

Neste dia, resolvemos retornar por um caminho diferente do que habitualmente é feito, preferimos ao invés de voltar pelo mesmo caminho , para evitar de noite ter que atravessar um brejo fundo cuja água bate acima da cintura, subimos o vale pelo caminho oposto,  para sair na estrada de asfalto de Itiratupã.

O pedal ficou um pouco mais longo, mas com um gostinho de aventura, pois foi preciso procurar  no escuro um caminho alternativo para a volta, depois de alguns momentos de apreensão, enfim, conseguimos encontrar o almejado caminho de volta, e chegamos em Garça apenas um pouco mais tarde  e cansado do que estava previsto.

Rudi Arena

Cachoeira da Constroli – 20-10-2013

DSCF3163 DSCF3166 DSCF3167 DSCF3170 DSCF3173 DSCF3178 DSCF3181 DSCF3184 DSCF3198 DSCF3201 DSCF3203 DSCF3212

Para comemorar o primeiro dia de horário de verão que nos proporciona dias mais longos para pedalar, nada melhor do que ir a esta cachoeira, que na minha humilde opinião, é a mais agradável de Garça. O seu poço largo é o ótimo para se banhar e refrescar nos dias quentes, além de que o sol bate na cachoeira a tarde toda, e a areia ao redor acaba dando um clima de praia, já que não temos mar, temos que nos satisfazer e dar valor aos nossos rios e cachoeiras que existem em nossa região.

Uma pena que neste dia, constamos que o poço estava menor e menos fundo do que estávamos acostumados. Mas isso é natural nesta cachoeira, como havia muito tempo que não íamos lá, tivemos esta surpresa, não foi a primeira neste lugar. Há alguns anos atrás, tivemos a tristeza de ver que a cachoeira estava praticamente sem poço, porém, após a temporada de chuvas, o poço voltou com força total, assim espero que seja desta vez também. A natureza é assim mesmo, dinâmica. Por isso todo cuidado ao pular em rio é pouco, ele sempre está em constante mudanças.

Neste contexto, pertinente é a frase a seguinte frase atribuída ao filoso grego pré-socrático, Heráclito de Éfeso, “Ninguém se banha no rio duas vezes porque tudo muda no rio e em quem se banha.” Deste pensamento é possível depreender que alguém pode se banhar diversas vezes em um mesmo rio, mas tanto a pessoa como o rio não são mais os mesmos. As águas fluem e a pessoa muda, assim, ao banhar-se novamente no mesmo rio, a pessoa já passou por transformações e não é exatamente a aquela pessoa que se banhou da primeira vez, bem como a água do rio é outra, pois aquela água do primeiro banho já passou e não tem como ser a mesma, pois sofreu mudanças ao percorrer o leito do rio. Nada seria eterno do mesmo jeito porque tudo estaria em constante transformação, é o que podemos concluir do pensamento de Heráclito.

Esta cachoeira apesar de suas dificuldades de acesso, de ter que carregar as bikes em íngremes e acidentadas subidas, ela sempre vale muito a pena, tem um visual muito bonito em volta e sempre reserva algumas surpresas, neste dia encontramos uma bela espécie de sapo na cachoeira e um ovo partido, aliás, bem maior do que um de uma galinha, e ficou uma pergunta  no ar, de que animal seria este ovo???? Seria de um lagarto, uma cobra, um gavião, ou uma outra ave qualquer?

Rudi Arena