Fugindo do gado no meio do pasto! Que susto!!!

Não foi a primeira vez que passei apuros correndo de boi seja a pé ou bike. Para a gente que anda pelas pirambeiras da região de Garça é comum deparar-se com os bovinos. É preciso respeitá-los muitos, primeiro por ser um animal, também pelo seu tamanho, por ser a base de alimentação dos brasileiros e também não deixa de ter um valor como mercadoria para os proprietários rurais. Por isso tudo, todo o respeito a eles é necessário.

E existem uns momentos em que estamos muito próximos aos bois, salta aos olhos e sentimento de medo também, o tamanho deles se comparado a nós, pobres humanos, parecem gigantes, fortes e até mesmo perigosos. As touradas presentes na memória, ainda que longe da cultura brasileira, colocam um ingrediente a mais no momento em que estamos defronte um grande e chifrudo touro.

Por mais que tenhamos experiência e conhecimento de que os bovinos não são agressivos por natureza, quando estamos ali a poucos metros deles, uma tensão se instala, não tem jeito. Se um touro quiser, mas nunca querem, ele pode sim matar, dar chifrada e o medo que parece sempre premente quando estamos em fugindo deles, é a de sermos pisoteados pelo efeito descontrolado da manada. Outra situação que merece muita atenção é quando tem bezerros pequenos, aí todo cuidado é pouco, as vacas nessas ocasiões alteram o seu comportamento para proteger o seu rebento, e podem ser bem mais agressivas.

E é sempre acontece a mesma coisa, basta virar as costas que os bois como bons curiosos que são, se ajuntam em um grupo coeso, e partem a seguir passos dos forasteiros. Porém, essa aproximação não é muito bem vinda por nós ciclistas. Pior ainda quando estamos a pé em meio a uma trilha para chegar em uma cachoeira, por exemplo. Se de de bike já sentir medo ao lado do gado é super normal, mas quando estamos a pé, nos sentimos ainda mais vulneráveis em relação aos bois e também não temos a velocidade de mobilidade que uma bike pode oferecer.

O mais importante nesses momentos é manter-se calmo, evitar movimentos bruscos, buscar não dividir o gado em dois ou mais grupos e ficar próximo a cerca, pois aí é possível sair do local em que eles estão com a maior segurança possível se for necessário. Melhor mesmo, é tentar evitar o contato, se isso for possível.

Rudi Arena

Que paredão é esse de aranhas no meio da trilha de bike??? São animais sociais????

Encontrar aranhas no meio da trilha de bike ou no caminho de uma cachoeira é relativamente comum, ainda mais na época do verão, não é raro deparar-se com um aracnídeo, embora muitas vezes é o caso de falar delas no plural.

Sábado passado, na Fazenda Dinamérica na divisa entre Gália e Garça no meio da trilha de bike apareceu um robusto e alto paredão de aranhas, o problema que esse fenômeno da natureza também tinha alguns bons metros de tamanho tanto na vertical como na horizontal. Nunca havia visto tantas teia e aranhas juntas na minha vida, e olha que já enfrentei muitas barreiras formadas de aranhas nas pirambeiras vida afora, mas nada comprada a essa.

Algumas espécies de aranhas trabalham de forma coletiva com louvor, e nesse caso, eram tantas no campo de visão que foi preciso parar por um momento, analisar e decidir pela melhor forma para enfrentar as centenas desses bichos de de 8 pernas. Retornar jamais.

A estratégia para passar pelas aranhas na primeira barreira feitas pelos aracnídeos foi a remover as teias mais próximas do chão e passar por baixo, o problema é que mais para frente tivemos que passar por outras barreiras e infelizmente tivemos que remover mais teias e destruir o trabalhos das aranhas. Mas por outro lado, é incrível a rapidez e capacidade das aranhas fazerem teias gigantes em um curto espaço de tempo.

Interessante que geralmente a gente vê as aranhas e suas vastas teias no crepúsculo, mas não é a regra, embora pareça ser o momento de início dos trabalhos muitas vezes. E é curioso que as aranhas são geralmente solitárias, diferentes das formigas, abelhas e cupins, estes sempre trabalham de forma coletiva. Já as aranhas que não são insetos, mas sim aracnídeos por possuir 8 pernas, não são considerados animais eminentemente sociais, diferente dos insetos mencionados. Mas existem algumas espécies que são sim sociais.

As aranhas sociais podem ser coloniais ou cooperativas. As espécies coloniais podem cooperar na construção de uma estrutura comum, mas cada membro possui a sua própria teia que é defendida contra a invasão de indivíduos da mesma colônia, embora haja tolerância de sobrevivência. Já as aranhas cooperativas possuem teias comuns, construídas por vários indivíduos, havendo cooperação na captura de presas e divisão de alimento.” https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/99531/barbieri_ef_me_rcla.pdf;sequence=1

“De maneira geral, as aranhas sociais não possuem hierarquia e divisão de tarefas tão bem definidas quanto às dos insetos, mas elas sabem cooperar para atingir um objetivo em comum. Além de caçarem e consertarem a teia juntas, elas também cuidam dos ovos umas das outras.” https://super.abril.com.br/coluna/mulher_cientista/lucia-neco-estuda-o-comportamento-social-em-aranhas/

Rudi Arena

Fontes:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/99531/barbieri_ef_me_rcla.pdf;sequence=1

https://super.abril.com.br/coluna/mulher_cientista/lucia-neco-estuda-o-comportamento-social-em-aranhas/

Nasceu de Novo na Estrada da Cia Inglesa em Gália (O Perigo Tá Logo Aí)

Esse vídeo de bike mostra a importância de não andar sozinho e como um segundo de distração pode ser fatal. No caso foi só um grande susto, mas poderia ter sido pior. Só agradecer que nosso amigo saiu ileso e nasceu de novo. Todo cuidado é pouco, o perigo mora logo aí.

O que salvou foi uma voz amiga avisar em cima da hora, foi o que certamente fez a diferença entre a vida ou a morte quem sabe, por isso, é sempre melhor andar com mais gente do que sozinho, pois assim, acaba que um vela do outro de alguma forma. o caminhão que vinha com velocidade tirou em cima, fez  o que estava ao seu alcance, assim como nosso pirambeiro que assim que ouviu o alerta fez que podia. Foi por um triz. A cena é impactante, quem viu na hora diz que foi muito pior do que aparenta no vídeo.

um amigo ao lado é importante para muitas situações, como a quando quebra uma corrente ou precisa trocar um pneu, quando quebra a bike e tem que ser rebocado, quando acontece uma queda, para um apoio moral quando está esgotado, o  socorro amigo é muito importante nessas hora, e também em outras circunstâncias diversas.

Rudi Arena

“Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz…”

Machado de Assis in: Joias do Pensamento Brasileiro, Ed. Tecnoprint S.A, p. 38

 

“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!”

Isabel Machado

 

Créditos:

Protagonista:
Paulo Volponi

Filmagem:
João Daniel

Voz do Anjo:
Arthur (Aranha)

Edição:
Rudi Arena

Local:
Estrada da CIA Inglesa

Município:
Gália

Data: 03/07/2020