Fugindo do gado no meio do pasto! Que susto!!!

Não foi a primeira vez que passei apuros correndo de boi seja a pé ou bike. Para a gente que anda pelas pirambeiras da região de Garça é comum deparar-se com os bovinos. É preciso respeitá-los muitos, primeiro por ser um animal, também pelo seu tamanho, por ser a base de alimentação dos brasileiros e também não deixa de ter um valor como mercadoria para os proprietários rurais. Por isso tudo, todo o respeito a eles é necessário.

E existem uns momentos em que estamos muito próximos aos bois, salta aos olhos e sentimento de medo também, o tamanho deles se comparado a nós, pobres humanos, parecem gigantes, fortes e até mesmo perigosos. As touradas presentes na memória, ainda que longe da cultura brasileira, colocam um ingrediente a mais no momento em que estamos defronte um grande e chifrudo touro.

Por mais que tenhamos experiência e conhecimento de que os bovinos não são agressivos por natureza, quando estamos ali a poucos metros deles, uma tensão se instala, não tem jeito. Se um touro quiser, mas nunca querem, ele pode sim matar, dar chifrada e o medo que parece sempre premente quando estamos em fugindo deles, é a de sermos pisoteados pelo efeito descontrolado da manada. Outra situação que merece muita atenção é quando tem bezerros pequenos, aí todo cuidado é pouco, as vacas nessas ocasiões alteram o seu comportamento para proteger o seu rebento, e podem ser bem mais agressivas.

E é sempre acontece a mesma coisa, basta virar as costas que os bois como bons curiosos que são, se ajuntam em um grupo coeso, e partem a seguir passos dos forasteiros. Porém, essa aproximação não é muito bem vinda por nós ciclistas. Pior ainda quando estamos a pé em meio a uma trilha para chegar em uma cachoeira, por exemplo. Se de de bike já sentir medo ao lado do gado é super normal, mas quando estamos a pé, nos sentimos ainda mais vulneráveis em relação aos bois e também não temos a velocidade de mobilidade que uma bike pode oferecer.

O mais importante nesses momentos é manter-se calmo, evitar movimentos bruscos, buscar não dividir o gado em dois ou mais grupos e ficar próximo a cerca, pois aí é possível sair do local em que eles estão com a maior segurança possível se for necessário. Melhor mesmo, é tentar evitar o contato, se isso for possível.

Rudi Arena

O flagrante do bote que o jacaré deu em cima de uma cobra no pantanal!

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A foto e seus antecedentes

Em Garça, em 1993, um grupo de amantes da natureza fundou uma organização chamada Nascentes Vivas com o objetivo de promover proteção aos ambientes naturais, como a Nascente do Lago, a Mata do Bosque, as encostas abertas construção de praia artificial e as vertentes do Barreiro, entre outros. Norma Baracat, Bosquezão, Professora Lula, Vitor Mafud, Marcelo de Resende Barbosa, Herédia, professora Maria Alda, Faneco, e outros tantos, entre os quais me incluo, promoveram ações de plantio e de formação de consciência ecológica.

Embora afastado de Garça a partir de 2005, continuei acompanhado o nascimento e crescimento do Piramba por informações de meu filho Rudi, um de seus membros, e pelas postagens em redes sociais. Os ideais do Nascentes Vivas e os do Piramba têm me acompanhado em viagens em visita a parques naturais do Brasil e de outros países.

Dessas andanças resultaram experiências e milhares de fotos. Uma delas me impressionou e me impressionada ainda, mas nunca dei a ela publicidade. Ela me encanta pelo flagrante obtido pelo zoom de minha câmera Cannon. Em 2017, trepei em um caminhão para turistas na Fazenda São Francisco no Pantanal em Miranda, no Mato Grosso do Sul para um passeio típico: o de observar a fauna de cima da carroceria, em um passeio chamado Safári Fotográfico. Aves que esparramavam suas asas sobre as águas, emas que desfilavam com dezenas de filhotes e um cervo-do-pantanal solitário deitado entre moitas e água posavam para os cliques.

De repente, o guia apontou o dedo para um braço de rio, aos gritos. Olhei e vi um jacaré com uma volumosa cobra na boca. Dei imediatamente um zoom para flagrar, entre os galhos de uma árvore já morta, a boca e os olhos do predador. De quatro ou cinco fotos, algumas sem qualidade, uma delas respondeu à minha intenção. Eu vi ali dois animais em final de luta. O jacaré vencedor nos olhava com olhos vitoriosos. Quais espécies eram, nunca soube.

Eu vi e vejo sempre nessa foto a beleza de uma natureza invisível que por instantes se tornou visível diante de meus afoitos olhos. Esse instante eu o guardei na memória e o eternizei na imagem que ofereço ao Piramba para publicação. É uma imagem-homenagem que o espírito velho do Nascentes Vivas presta ao espírito jovem do Piramba.

Dagoberto Buim Arena

dagobertobuim@gmail.com

Que paredão é esse de aranhas no meio da trilha de bike??? São animais sociais????

Encontrar aranhas no meio da trilha de bike ou no caminho de uma cachoeira é relativamente comum, ainda mais na época do verão, não é raro deparar-se com um aracnídeo, embora muitas vezes é o caso de falar delas no plural.

Sábado passado, na Fazenda Dinamérica na divisa entre Gália e Garça no meio da trilha de bike apareceu um robusto e alto paredão de aranhas, o problema que esse fenômeno da natureza também tinha alguns bons metros de tamanho tanto na vertical como na horizontal. Nunca havia visto tantas teia e aranhas juntas na minha vida, e olha que já enfrentei muitas barreiras formadas de aranhas nas pirambeiras vida afora, mas nada comprada a essa.

Algumas espécies de aranhas trabalham de forma coletiva com louvor, e nesse caso, eram tantas no campo de visão que foi preciso parar por um momento, analisar e decidir pela melhor forma para enfrentar as centenas desses bichos de de 8 pernas. Retornar jamais.

A estratégia para passar pelas aranhas na primeira barreira feitas pelos aracnídeos foi a remover as teias mais próximas do chão e passar por baixo, o problema é que mais para frente tivemos que passar por outras barreiras e infelizmente tivemos que remover mais teias e destruir o trabalhos das aranhas. Mas por outro lado, é incrível a rapidez e capacidade das aranhas fazerem teias gigantes em um curto espaço de tempo.

Interessante que geralmente a gente vê as aranhas e suas vastas teias no crepúsculo, mas não é a regra, embora pareça ser o momento de início dos trabalhos muitas vezes. E é curioso que as aranhas são geralmente solitárias, diferentes das formigas, abelhas e cupins, estes sempre trabalham de forma coletiva. Já as aranhas que não são insetos, mas sim aracnídeos por possuir 8 pernas, não são considerados animais eminentemente sociais, diferente dos insetos mencionados. Mas existem algumas espécies que são sim sociais.

As aranhas sociais podem ser coloniais ou cooperativas. As espécies coloniais podem cooperar na construção de uma estrutura comum, mas cada membro possui a sua própria teia que é defendida contra a invasão de indivíduos da mesma colônia, embora haja tolerância de sobrevivência. Já as aranhas cooperativas possuem teias comuns, construídas por vários indivíduos, havendo cooperação na captura de presas e divisão de alimento.” https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/99531/barbieri_ef_me_rcla.pdf;sequence=1

“De maneira geral, as aranhas sociais não possuem hierarquia e divisão de tarefas tão bem definidas quanto às dos insetos, mas elas sabem cooperar para atingir um objetivo em comum. Além de caçarem e consertarem a teia juntas, elas também cuidam dos ovos umas das outras.” https://super.abril.com.br/coluna/mulher_cientista/lucia-neco-estuda-o-comportamento-social-em-aranhas/

Rudi Arena

Fontes:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/99531/barbieri_ef_me_rcla.pdf;sequence=1

https://super.abril.com.br/coluna/mulher_cientista/lucia-neco-estuda-o-comportamento-social-em-aranhas/

Lagarto Teiu gigante no meio da rua em Garça/SP

Na região de Garça é muito comum se deparar na zona rural com um largarto Teiu, mas também na área urbana o réptil nativo aparece com frequência, muito em razão da mata do Bosque Municipal. Este é lugar em que muitos desses animais se abrigam e vira e mexe eles dão uma volta nas redondezas para dar o ar da graça nas ruas da cidade e até nos jardins das casas que existem ao redor.

Teiú, um lagarto tão brasileiro que você com certeza já viu por aí

Assustador à primeira vista, lagarto está presente em vários estados e chama atenção pelas grandes proporções

É muito possível que você já tenha encontrado um teiú (Salvator merianae) na sua vida. Lagarto de tamanho relativamente grande, sendo o maior lagarto brasileiro, tem um corpo que pode atingir 50 centímetros – mas se considerarmos o rabo, ele pode chegar a até 2 metros no total. Suas cores mesclam tons de preto, amarelo e branco, e suas laterais são preenchidas com bolinhas claras.

Ele pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil e até no norte da Argentina, em maior abundância nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do país, com exceção da Floresta Amazônica. Possui hábitos territorialista, generalista e tem grande facilidade em se adequar a novos ambientes, por isso conseguem se adaptar às grandes cidades. E apesar de possuir comportamento agressivo, geralmente tende a fugir quando se sente ameaçado.

Com uma alimentação onívora e muito variada, o teiú come de tudo um pouco: carniças, carnes em geral, insetos, aves, roedores, anfíbios, outros lagartos, ovos de diversas espécies, além de frutas e folhas das mais variadas espécies. Assim como o jabuti, desempenha um papel muito importante como dispersor de sementes, por incluir diversas espécies de frutos nas suas refeições.

Uma curiosidade é sua grande importância na comunidade indígena. Historicamente, o teiú é um grande recurso dos povos originais, que utilizavam sua carne como alimento, seu couro e gordura – o que só é possível porque ele existe em grande número e alcança um tamanho respeitável.

Seu comportamento é sazonal: no verão e na primavera podem ser vistos repousando ao sol, em busca por alimento e reprodução. Já nos meses mais frios, entre final de maio e final de agosto, ele hiberna, permanecendo inativo em tocas por longos períodos.

LAGARTO TEIÚ

Espécie: Salvator merianae, da ordem Squamata, da família Teiidae e do gênero Salvator.

Onde habita: regiões abertas e bordas de matas de diversos biomas, do Sul ao Norte brasileiro.

Características físicas: com corpo e calda robustos, pode medir até 2 m; possui coloração escura com manchas e bolinhas em tom amarelo claro e branco.

Alimentação: onívoros, come de tudo, insetos, aves, roedores, anfíbios, outros lagartos, ovos de diversas espécies, frutas, folhas e inclusive carniça.

Reprodução: a fêmea chegam a fazer uma postura de 12 a 35 ovos, variando de acordo com o tamanho do animal.

Este texto foi produzido com o apoio de Gustavo Fernandes Silva –  Biólogo Tecnologista de Laboratório Pleno do Biotério Semiextensivo de Quelônios e Lagartos – Laboratório de Ecologia e Evolução.

Fonte: https://butantan.gov.br/bubutantan/teiu-um-lagarto-tao-brasileiro-que-voce-com-certeza-ja-viu-por-ai

No meio da trilha uma linda e enorme Jiboia

No pedal de hoje para a CIA Inglesa nos deparamos com essa bela, robusta e musculosa Jiboia, que é a segunda maior cobra da fauna brasileira. Essa serpente apesar de impor respeito pelo seu tamanho, não tem peçonha e por isso não pode inocular o veneno no homem. Mas isso não quer dizer que não morde ou que não precisa tomar cuidado.

Essa espécie assim como a sucuri matam as suas presas por constrição até asfixiar. Embora não seja considerada agressiva, ela se mostrou o tempo inteiro pronta a dar um bote se necessário e emite um som impressionante que ajuda a afugentar seus predadores.

By Rudi Arena

Saiba mais sobre esse belo réptil da fauna brasileira

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Habitat

As jiboias são serpentes encontradas em várias regiões da América Central e América do SulNo Brasil, é comum encontrar jiboias na Amazônia, na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e no Pantanal.

Comportamento

As jiboias são animais mais ativos durante a noite, entretanto, podem ser observadas durante o dia em busca de um local para se abrigar. Elas são encontradas tanto no solo quanto sobre as árvores, apresentando, portanto, hábitos terrestres e semiarborícolas.

Para capturar suas presas, a jiboia apresenta um comportamento conhecido como “senta-espera”. Como o próprio nome sugere, as jiboias permanecem em locais em que não são facilmente avistadas e esperam o momento que seu alimento chegue até elas. Após a captura, a jiboia enrola seu corpo no animal, enrolando-o e apertando-o até que os movimentos respiratórios cessem e a presa morra por asfixia. Sendo assim, diferentemente do que algumas pessoas pensam, a serpente não mata a presa devido à quebra dos ossos.

Após matar sua presa, a jiboia engole-a inteira. Para facilitar a ingestão, primeiro, a jiboia engole a cabeça do animal e, posteriormente, o restante do corpo. Essa forma de ingerir a presa evita que os membros abram-se e dificultem a deglutição.

Quando se sentem ameaçadas, as jiboias apresentam um comportamento característico. Elas contraem sua cabeça e pescoço e emitem um som agudo. Além disso, as jiboias podem eliminar fezes e morder o predador.

Curiosidade

Curiosidade: Você sabia que, no Brasil, é permitida a venda da jiboia como animal de estimação? Entretanto, é fundamental conhecer o local onde o animal está sendo comprado. A venda só é permitida em locais que apresentam registros e autorização do Ibama. Lembre-se sempre de que o comércio de animais silvestres, sem todas as autorizações e registros, é crime. Sendo assim, não se pode retirar esse animal da natureza.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/animais/jiboia.htm

Garça e região também é terra de Caranguejo! Saiba mais sobre esse crustáceo de água doce.

Quando a gente ouve falar em caranguejo geralmente a gente associa a praia e ao mar, mas temos no Brasil algumas espécies de Caranguejo de Água Doce no restou da mata atlântica também. E muitos não imaginam que Garça tem o privilégio de ter esse crustáceo em sua fauna.

Porém, esse dias atrás meu grande amigo César Sartori, companheiro de cachoeiras e pirambeiras fez um raro registro de um caranguejo de água doce. O bicho estava próximo a uma rocha, ele gosta de tipo de ambiente e ajuda no seu mimetismo. O flagrante aconteceu na Cachoeira dos Macacos que fica entre Garça e Álvaro de Carvalho, e a presença desse tímido crustáceo é para ser comemorada.

É uma boa notícia a presença deles nessa região, pois geralmente gostam de viver em córregos límpidos, sinal de que temos cursos d´águas que proporcionam um ambiente adequado para sua existência. Como é possível ver no vídeo, a água onde ele foi estava transparente, por isso, cuidar de nossas nascentes é indispensável para a manutenção de população dos caranguejos. Assim, essa região pode continuar sendo habitat para eles, o que contribui também para o equilíbrio da cadeia alimentar e do ecossistema local como um todo.

Junto a esse registro também existe um outro feito há um tempo atrás em uma das Cachoeira do Vale da Graça em Vera Cruz por um outro amigo meu, o Juares, mas infelizmente a foto se perdeu com o tempo e não foi possível postar aqui. Mas não deixa de ser mais uma evidência que embora raro, temos sim caranguejo em nossa região e que nossas nascentes sejam cada dia mais vigorosas e que registros como esse possam ser feitos com mais frequência.

By Rudi Arena

Conheça mais sobre o Carangueijo de Água Doce*

Nome em português: Caranguejo de água doce, Caranguejo de rio, Goiaúna, Guaiaúna.
Nome científico: Trichodactylus petropolitanus (Göldi, 1886)

Origem: Sudeste da América do Sul
Tamanho: carapaça com largura de 5 cm
Temperatura: 20-28° C
pH: indiferente

Dureza: indiferente
Reprodução
: especializada, todo ciclo de vida em água doce
Comportamento: pacífico
Dificuldade: fácil

Apresentação

Os Trichodactylus são os caranguejos dulcícolas mais comuns fora da bacia amazônica, são pequenos caranguejos totalmente aquáticos, de hábitos noturnos. Embora comuns, raramente são vistos no comércio aquarístico.

Devido à sua abundância, estes animais são importante componente da cadeia trófica de ambientes dulcícolas. Comestíveis, são também relevante fonte de alimentação para populações ribeirinhas.
            Etimologia: Trichodactylus vem do grego thríks(cabelo) e daktulos (dedo); petropolitanus significa habitante do município de Petrópolis (RJ).

Origem

            Até a pouco considerada uma espécie exclusivamente brasileira, com ocorrência nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, sendo que sua distribuição coincide amplamente com os domínios da quase extinta Mata Atlântica. Em 2003 foi coletada também no norte da Argentina.

Vivem em riachos límpidos, geralmente montanhosos, mas podem ser coletados também em lagoas e represas. Vive entre rochas ou vegetação aquática. Preferem substratos rochosos, que facilitam seu mimetismo.        Um trabalho genético recente confirmou que os T. petropolitanus são monofiléticos. Curiosamente, este trabalho situou geneticamente a espécie entre os diversos clados que compõem o Complexo T. fluviatilis.

Distribuição geográfica de Trichodactylus petropolitanus. Imagem original Google Maps; dados de Magalhães C. In: Melo GAS. 2003 e César II et al. 2004.

Aparência

Cefalotórax de altura média, arredondado. Olhos pequenos, antenas curtas. Grandes quelípodos, assimétricos nos machos. Pernas dispostas lateralmente. Geralmente de cor marrom-escura avermelhada.

Existem duas famílias de caranguejos de água doce no Brasil: Trichodactylidae e Pseudothelphusidae. Os primeiros podem identificados por dois detalhes: dáctilos com pêlos (ao invés de espinhos, daí seu nome), e segundo maxilópode. Dentro da família, os Trichodactylus podem ser identificados baseados na forma do abdômen (segmentação de todos os somitos, sem fusão), e a escassez de dentes na margem da carapaça (até 5). O T. petropolitanus pode ser identificado por ter três dentes na borda ântero-lateral da carapaça, eqüidistantes, e carapaça irregular.

Assim como o T. fluviatilis, esta espécie têm sub-espécies com alguma variação no padrão de dentição da carapaça.

Aspecto da borda ântero-lateral da carapaça: Trichodactylus dentatus com três dentes, os dois primeiros próximos entre si e um pouco afastados do terceiro, este sempre menor e às vezes vestigial; Trichodactylus petropolitanus com três dentes equidistantes; Trichodactylus fluviatilis com borda lisa, às vezes com um a três entalhes, ou no máximo um dente. Fotos de Carlos Magno e Walther Ishikawa.

Parâmetros de Água

É uma espécie robusta, bastante tolerante quanto às condições da água, mas se desenvolve melhor entre 20 e 28° C, pH e dureza indiferentes.

Reprodução

Todo seu ciclo de vida se dá em água doce. A reprodução ocorre nos meses mais quentes e chuvosos do ano.

Produzem poucos ovos de grandes dimensões, apresentam desenvolvimento pós-embrionário direto, onde as fases larvais completam-se ainda dentro do ovo. Na eclosão são liberados indivíduos já com características semelhantes ao adulto. Por vários dias, os jovens são protegidos e carregados pelas fêmeas sob o abdome, caracterizando cuidado parental.

Comportamento

São animais totalmente aquáticos, não necessitando vir à superfície para respirar. Porém, suportam algum tempo fora d´água, principalmente se houver umidade. Fugas são bastante frequentes, o aquário deverá ser sempre mantido bem tampado.

Não são agressivos, porém possuem garras potentes, e acidentes podem ocorrer. Existem diversos relatos de sucesso na manutenção destes animais em aquários comunitários, sem agressividade com peixes e camarões. Invertebrados bentônicos fazem parte da sua dieta, assim, deve-se atentar somente à presença de caramujos ornamentais, que serão rapidamente predados. Pelo mesmo motivo, caranguejos muito pequenos (da mesma, ou outra espécie) correm riscos de predação. Plantas tenras podem ser devoradas também.

Não são animais muito ativos, têm movimentação lenta, sempre que possível preferindo ficar imóveis. Por serem escavadores, não são indicados para tanques com substrato fértil, ou com layout ornamental. Adultos têm hábitos noturnos, e costumam ficar entocados até anoitecer, jovens são mais ativos durante o dia.

Como os demais crustáceos, tornam-se vulneráveis após a ecdise, e podem ser predados por outros animais. Por este motivo, nesta época permanecem entocados, até a solidificação completa da carapaça.

Alimentação

Não são nada exigentes quanto à alimentação, comendo desde algas, animais mortos a ração dos peixes. Como mencionado, caçam ativamente caramujos e outros pequenos invertebrados, e podem se alimentar também de plantas com folhas tenras.

*Fonte: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=25&id_subcategoria=23&com=1&id=86&local=2

Cachoeira das Araras e um Susto com uma Cobra Cascavel. Conheça as curiosidades sobre essa serpente peçonhenta típica do Brasil!

Final de ano estava se aproximando, é época de festas, mas também pode ser um ótimo período para pegar as bikes e curtir as pirambeiras de Garça-SP, e foi isso que fizemos para crer em um ótimo 2022 e que não falte belas cachoeiras e pedal no ano vindouro.

A Vista privilegiada da Cachoeira das Araras

O lugar escolhido foi um que há anos o Piramba não visitava, é a Cachoeira das Araras que possui uma das vistas mais lindas da região. Fica localizada próxima ao bairro rural Adrianita e do Pesqueiro Codonho, e embora não fique muito longe da cidade o acesso não é dos mais fáceis, é preciso enfrentar mato alto, capim navalha e percorrer o leito do rio em trechos em que ele afunila, fica fundo e chega a não dar pé.

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Mas é claro que o todo o esforço é recompensado com um visual do horizonte fascinante, realmente tem uma vista belíssima e privilegiada dos vales que existe entre as Antenas e a Estrada da Bomba, suas matas e um grande paredão de arenito ao lado direito.

O Susto

Só que nem tudo são flores, e infelizmente não foi possível filmar o momento mais tenso e marcante do dia, o susto que levamos, também, não tinha como imaginar, a venenosa cascavel apareceu do nada por trás e pelo curso d´água da Cachoeira das Araras, o que é raro, já que ela prefere lugares secos.

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De repente, uma cobra aparece descendo o rio e tocando o Fausto

A serpente chegou a tocar o pé do Fausto que estava com o pé na água e quando ele percebeu a situação tomou o maior susto e saiu correndo rio acima. Eu também me assustei, estava sentado na pedra ao lado contemplando o belo horizonte e de repente vejo a cobra a um metro de mim, e ainda precisei me aproximar dela para pegar a mochila e evitar que ela pudesse entrar nela, pois estava indo em sua direção.

Respeito Mútuo

Ainda bem que ela só só deu um toque para pedir licença e seguir o seu caminho com tranquilidade. Existem estudos que dizem ela usa o guizo para avisar invasores quando estão muito próximos, em cima de uma cachoeira fica difícil ouvir esse tipo de aviso, se é que existiu. Depois, ela escalou um íngreme barranco com maestria e foi-se, deixou então aquela sensação de que a gente nunca mais iria esquecer aquele momento.

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Na hora do susto é tudo bem tenso, mas depois foi possível curtir os movimentos desse belo réptil peçonhento, e o sentimento de alívio tomou conta, tivemos sorte que imperou o respeito mútuo entre a gente e a serpente, embora o território seja dela, e os homens sejam os intrusos, em nenhum momento ela se mostrou ameaçadora, por tudo isso, é preciso respeitá-la.

Por outro lado, também não há necessidade de entrar em pânico, os especialistas asseveram que as essas cobras são perigosas sim, mas não são agressivas, em geral fogem quando avistadas. E, é claro que temos que agradecer que desse encontro tão próximo da serpente conseguimos sair ilesos, voltamos para casa apenas com os ferimentos do capim navalha nas pernas, mas nada de mordidas de cascavel. A imagem dela ao lado no meio do rio nunca mais sair da minha mente. Que dia!!!

By Rudi Arena

Sobre a Cascavel*


Nome científico: Crotalus durissus
Habitat: Campos abertos de cerrados, áreas pedregosas e secas.
Hábitos: Crepuscular e noturno.

O número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade

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A cascavel na vertical escalando um barranco na Cachoeira das Araras


Características: A cascavel Possui um chocalho na extremidade da cauda. Ao contrário do que se pensa, o número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade, ou seja, se uma cascavel possui 10 anéis no chocalho isso não quer dizer que ela tenha 10 anos de idade. Muda de pele de 2 a 4 vezes por ano e, a cada vez que isso ocorre, acrescenta um novo anel no chocalho. Alimenta-se de pequenos roedores. A reprodução é vivípara e ocorre no período de novembro a fevereiro. Em média nascem de 16 a 24 filhotes. É venenosa.

As Cascavéis são perigosas, mas não agressivas e fogem rapidamente quando avistadas. A espécie encontrada no Brasil possui veneno neurotóxico, que atua no sistema nervoso e faz com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. Diferente de seus parentes da América do Norte, que possuem propriedades proteolíticas (necrosante).

A Serpente que ocupa o primeiro lugar em acidentes ofídicos **

A característica mais marcante da cascavel é um som de chocalho forte. A cascavel ocupa o primeiro lugar no número de mortes causadas por acidentes ofídicos, aqueles que envolvem mordidas de cobras. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Vital Brazil, no período de 1990 a 1993, mais de cinco mil pessoas foram picadas por cascavéis. Das 35 espécies que existem no mundo, apenas uma vive no Brasil – a Crotalus durissus.

Cáscavel: presente em todo território brasileiro

Ela habita os cerrados, regiões áridas e semi-áridas do Nordeste brasileiro, bem como os campos abertos das regiões Sul, Sudeste e Norte. Veneno da cascavel Boicininga – “cobra que soa”, na língua tupi – , é outro nome da cascavel, que possui um que possui um veneno poderoso. Ele destrói as células do sangue das vítimas, causa lesões musculares, afeta os sistemas nervoso e renal. Na peçonha dessa serpente, há uma proteína que causa rápida coagulação, fazendo o sangue da vítima endurecer. O ser humano tem uma proteína parecida, a trombina. Ela é ativada quando nos machucamos e forma a “casquinha” nas feridas. As células sanguíneas dos seres humanos possuem uma outra proteína chamada mioglobina. Quando o veneno crotálico – da cascavel – destrói essas células, a mioglobina sai na urina da vítima, que assume uma cor avermelhada.

Como tratar uma picada de cascavel? **

A picada de cascavel não dói, segundo diversos relatos do Instituto Butantan. Quem for mordido jamais deve fazer torniquetes ou garrotes – isso agrava a ação do veneno e pode levar à amputação do membro atingido. Também não se deve enfaixar a ferida. Pode-se lavar a ferida com água e sabão ou com soro fisiológico. Mas a melhor coisa a se fazer é levar a vítima o mais rápido possível para o hospital e, de preferência, com a cobra. Isso é importante para a identificação do animal e, portanto, para a administração correta do soro antiveneno, ou antiofídico. Se não for possível capturar a serpente, deve-se dar uma boa olhada nela, para depois descrevê-la ao médico e ele poder aplicar o soro correto.

Perto ou longe? Cascavéis usam truque com o guizo para enganar humanos ***

O som de alerta da cascavel, o som de chocalho, é um dos ruídos mais arrepiantes da natureza: se puder ouvi-lo, já está perto demais.

Contudo, de acordo com um novo estudo publicado em 19 de agosto no periódico Current Biology, essa comunicação é mais complexa do que se imaginava.

Ao analisar as vibrações de alerta da cascavel-diamante-ocidental (Crotalus atrox), cientistas constataram que o chocalhar das serpentes se mantém a frequências mais baixas de até 40 hertz, ou mais lentas, quando uma ameaça está distante. Mas quando um invasor se aproxima demais — uma distância que difere a depender da cobra individual — as cascavéis mudam abruptamente para um sinal de alerta mais rápido e de alta frequência entre 60 e 100 hertz.

Quando foi solicitado a participantes de um experimento que ouvissem e estimassem a distância de uma cascavel em uma pastagem em realidade virtual, eles acertaram com bastante precisão quando os sons dos guizos estavam mais lentos ou a baixas frequências. Ao acelerar o ritmo dos guizos, entretanto, os humanos foram levados a pensar que as cobras estavam muito mais próximas do que realmente estavam.

Quando uma cascavel balança a cauda lentamente, o ouvido humano é capaz de discernir cada som individual do guizo. No entanto, a frequências mais elevadas, os sons individuais se fundem em uma melodia contínua, que parece “completamente diferente ao ouvido humano”, afirma Boris Chagnaud, neurocientista da Universidade de Graz, na Áustria, e autor principal do novo estudo.

Além disso, devido a uma peculiaridade da percepção humana, os guizos de alta frequência soam mais altos para nós, apesar de terem basicamente a mesma amplitude ou volume, explica Chagnaud.

“Talvez essa seja outra função do guizo: confundir predadores”, observa Bree Putman, herpetóloga da Universidade Estadual da Califórnia, em San Bernardino, que não participou do estudo.

O que fazer se encontrar uma cascavel ***

Até mesmo para quem está acostumado a encontrar esses animais na mata, o som característico do guizo da cascavel nunca deixa de assustar.

“É sempre um momento em que o coração dispara”, conta Asia Murphy, ecologista da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. “Adoro encontrá-las, embora o som me assuste.”

É comum Murphy encontrar cascavéis ao estudar suas interações com outros predadores, como linces, raposas e coiotes. Ela explica que existem algumas regras simples para se manter em segurança.

“Sempre fique atento ao local onde senta e coloca as mãos e os pés”, recomenda Murphy. “Nunca tente tocá-las, até mesmo com um pedaço de pau ou uma vara. E é lógico, não as manuseie.”

Mantenha uma distância mínima de um metro e oitenta e resista ao impulso de mover galhos próximos ou outros elementos de seu habitat para observar melhor.

Fontes:

* http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/cascavel.htm

** https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/cascavel-serpente-que-vive-em-todo-o-pais-tem-veneno-perigoso.htm

*** https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2021/08/cascaveis-enganam-humanos-fazendo-os-pensar-que-estao-mais-perto-do-que-realmente-estao

Cobra-cipó-marrom no meio da trilha em Marília-SP. Será Perigosa?

Nosso amigo de Piramba Rafael , mais conhecido por nós pelo apelido de Fiel, conseguiu um ótimo flagrante, veja só que linda serpente com pose de Naja e olha que nenhuma flauta estava tocando no momento. Trata-se de uma cobra-cipó-marrom que foi encontrada no dia 19/06/2021 em meio a trilha de bike, próximo ao distrito de Amadeu Amaral em Marília.

Mas será que ela é perigosa? As cobras podem morder, ter veneno e ferir, porém nem todas são peçonhentas e representam um risco à vida humana.

A cobra cipó marrom, não é considerada peçonhenta, pois não apresenta aparelho inoculador de peçonha, apesar de produzir veneno que não causa morte ao ser humano, uma mordida pode desencadear bastante dor no local, vermelhidão, inchaço e se não bem tratada, além da possível reação ao veneno, pode levar a uma infecção secundária, devido a contaminação bacteriana derivada da grande quantidade de bactérias em sua boca.

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A Caranguejeira e as Aranhas Mais Venenosas do Brasil

Uma Aranha Gigante Atravessou o Nosso Caminho em Gália-SP

Logo no começo, ao entrarmos de bicicleta na Fazenda Dinamérica atravessou a nossa frente uma bela de uma aranha gigante, e não tinha como ela passar despercebida.  Não é a toda que a família deste aracnídeo é que tem as maiores aranhas do mundo. Esta espécie que registramos é muito linda e também tímida, ao nos aproximar, ela ficou parada e assim permaneceu por muito tempo até a gente ir embora e deixá-la em paz.

As Caranguejeiras ou Tarântulas.

As aranhas caranguejeiras são animais invertebrados do grupo dos Artrópodes, com cerca de 900 espécies descritas. Apesar de serem venenosas, não trazem sérios problemas ao homem. Também é conhecida como tarântula, pois conhecida inicialmente na Itália, e a origem desse nome não poderia ser mais engraçada e falsa.

Dançar Tarantella para Curar do Males Causados pela Aranha? 

Esta aranha foi reconhecida inicialmente na Itália, e logo surgiu uma lenda de que era preciso dançar tarantela, que é uma dança popular do Sul da Itália para curar do encontro com o aracnídeo, pois achavam que ela era mortal. Animais estes que possuem 08 patas e logo não é um inseto como muitos imaginam, já que não tem 06 patas.

A Maior Aranha do Mundo:

As caranguejeiras são as maiores aranhas conhecidas, podem chegar até 26 cm de envergadura. Um exemplo de caranguejeira é a Theraphosa blondi, conhecida como “comedora de pássaros”, pois de fato pode consumir um pássaro inteiro. Ela é considerada o maior aracnídeo do mundo e é encontrada na região amazônica.

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Curiosidades, Longevidade e Número de Olhos:

Geralmente, vivem no solo, mas tem espécies arborícolas também. Um grande curiosidade deste animal uma caranguejeira fêmea pode viver bastante, até 20 anos. Contudo, o macho possui um ciclo de vida menor, cerca 7 anos de idade, pois ele morre após o acasalamento. Outra informação interessante é de que podem ter de seis ou oito olhos. A quantidade de olhos desse animal varia de acordo com a família a que pertence.

A Caranguejeira como PET?

Apesar de parecer um pouco assustadora, acredite, algumas pessoas têm tarântula de estimação. Elas podem ser de diversas cores: azul, rosada, preta, marrom. Os acidentes com aranhas caranguejeiras: Os acidentes com aranhas caranguejeiras não são considerados graves. Apesar de possuir veneno, este não apresenta complicações ao homem. Porém, a picada é bastante dolorosa.

É Venenosa ou Perigosa para o Ser Humano?

O veneno da aranha-caranguejeira só possui atividade em suas presas, sendo inativo no homem. Sua principal arma, quando acuada, é soltar pelos urticantes, perigosos quando atingem os olhos.

Apesar de o Brasil possuir a maior diversidade de espécies de caranguejeiras do mundo, não há registros de acidentes humanos graves. De acordo com registros do Instituto Vital Brasil, é comum as pessoas confundirem picadas de outros artrópodes com as das aranhas. Muitas vezes, o paciente não viu o que o mordeu e atribui os sintomas à picadas de caranguejeiras.

Mas estudos realizados por pesquisadores dessa instituição revelaram que essas aranhas eram responsáveis por apenas 1% do total de araneísmos. Vale lembrar que a maioria dos acidentes com as caranguejeiras ocorre porque a pessoa tentou pegar o animal. Uma vítima de picada de caranguejeira pode sentir dor local moderada ou severa, forte coceira, edema, inchaço, eritema (vermelhidão na pele), ardência e até cãibras. Em casos muito graves a pessoa pode apresentar espasmos musculares fortes por várias horas: apesar de não ser letal, a picada de uma aranha migalomorfa traz experiências bem desagradáveis.

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Pelos Urticantes

Uma caranguejeira, ao sentir-se ameaçada, esfrega suas pernas traseiras no abdômen, liberando esses “pelinhos”, que podem atingir os olhos e, também, entrar nas vias respiratórias do indivíduo que resolve manuseá-la. E as cerdas urticantes desse gênero de caranguejeira fazem um belo estrago, principalmente se a pessoa em questão tiver rinite ou algum tipo de alergia. Essas estruturas podem penetrar em várias camadas da pele e do tecido ocular, causando sérias irritações. Um mamífero dede pequeno porte (como rato, coelho etc) exposto às cerdas urticantes de uma Grammastola, por exemplo, pode sufocar em duas horas.

Geralmente, os acidentes estão relacionados com os pelos das caranguejeiras. Em contato com a pele podem ocasionar irritação, ardor e sensação de queimadura. Os pelos urticantes também podem penetrar nas vias respiratórias e olhos provocando coceiras. Nos olhos podem ocasionar a queratite severa, inflamação na córnea. Nessa situação, coçar os olhos pode agravar a situação, pois os pelos penetram e se espalham ainda mais.

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Canibais?

Quando criadas em cativeiro, as aranhas ficam separadas pois são canibais, ou seja, podem devorar umas as outras.

Confira quais são as aranhas mais venenosas do Brasil:

1 – Aranha-golias-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi)

Quais são as aranhas mais venenosas do Brasil [Top 5]

A maior caranguejeira do mundo é espécie  Aranha-golias-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi), que chega a ter 30 centímetros e é da região amazônica.

Apesar do seu veneno não ser mortal para os humanos, a mordida é bastante dolorida e os pelos em suas pernas e abdômen podem gerar lesões, coceira e irritação, em contato com a pele humana.

2 – Aranha-de-Jardim (Lycosa erythrognatha)

Quais são as aranhas mais venenosas do Brasil [Top 5]

A aranha-de-grama,  aranha-lobo ou aranha-de-jardim pertence a família Lycosidae e costuma ser encontrada na grama de residências. É daí, inclusive, que vem seu nome.

Ela possui cerca de 5 cm de comprimento, e apresenta uma coloração marrom-clara ou cinzenta. Outras de suas características marcantes são um desenho negro em forma de seta em seu abdômen e pelos avermelhados perto das quelíceras.

Seu veneno causa dor intensa, com sensação de queimadura e formigamento, provocando reações alérgicas.

3 – Viúva-negra (Latrodectus mactans)

Quais são as aranhas mais venenosas do Brasil [Top 5]

A viúva-negra vive no Brasil e em outros países na América, principalmente na parte costeira dos continentes. Sua cor negra brilhante e a marcante mancha vermelha em seu abdômen tornam essa aranha fácil de se reconhecer.

E as fêmeas dessa espécie costumam ser 3 a 4 vezes maiores que os machos, e elas comem eles depois de cruzarem para reproduzirem. Os efeitos de seu veneno variam desde dor ardente, inchaço na área afetada, cólicas abdominais à náuseas.

4 – Aranha-marrom (Loxosceles)

Quais são as aranhas mais venenosas do Brasil [Top 5]

A aranha-marrom tem uma picada extremamente dolorosa e necrosante, e se não for tratada rapidamente pode trazer problemas irreversíveis.

Com cerca de 4 a 6 centímetros, a picada leva a área ao redor da picada começar a necrosar e é formada uma ferida aberta. Leva-se meses para a pele ser curada e em certos casos membros precisam ser amputados.

5 – Armadeira (Phoneutria)

Quais são as aranhas mais venenosas do Brasil [Top 5]

A armadeira é a aranha mais venenosa do mundo. Essa espécie, comum em todo o território brasileiro, é capaz de injetar uma neurotoxina poderosa. Ela é quase 20 vezes mais mortal que a viúva-negra.

O envenenamento inclui a perda de controle muscular e problemas respiratórios. Seu veneno também pode resultar em paralisia respiratória completa e em asfixia.

A dor da picada é intensa. E, se você for homem, o veneno causar uma ereção de até 4 horas, muito dolorosa.

Fonte:

 

Quatis no Lago Artificial de Garça

Não é muito difícil avistar em quatis em Garça, na maioria das vezes estão a perambular na região dos trailers de lanches no Lago Artificial Prof. J. K. Williams, nas mais variadas horas do dia. Geralmente aparecem em bandos e passam a impressão de estarem sempre esfomeados a procura de restos de comidas que ficam nas lixeiras das lanchonetes.

No dia em que o vídeo foi gravado eu estava a pé e assim facilitou o registro deles, já que de carro é mais complicado de filmar a cena. Se eu tivesse um alimento na hora para o quati, acho que ele comeria da minha mão, não parecia se importar com a presença humana, e chegou a se aproximar bastante, e em nenhum momento demonstrou medo ou agressividade.

Como no fundo dos trailers fica a mata do Bosque Municipal, esses animais que ali vivem passaram a ver o lugar como uma fonte de alimento e por isso frequentemente estão por ali a conferir o que sobrou das refeições dos humanos para tentar encher a barriga.

O bom é que com isso eles dão o ar da graça para quem passa pelo Lago, seja a pé ou de carro, e assim podemos contemplar esses animais da família do Guaxinim, com seus focinhos compridos e com suas caudas longas e peludas em forma de anéis. Assim, os quatis deixam de ser mais um dos atrativos da cidade e também do Lago Artificial da cidade.

Rudi Arena

Conheça um pouco mais sobre esse interessante animal:

Quati-de-cauda-anelada

Como ler uma infocaixa de taxonomiaQuati-de-cauda-anelada
Coati2.jpg
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Género: Nasua
Espécie: N. nasua
Nome binomial
Nasua nasua
Linnaeus, 1766
Distribuição geográfica
South American Coati area.png

Quati-de-cauda-anelada (nome científicoNasua nasua), também chamado quati-da-américa-do-sul ou quati-do-nariz-marrom, é um carnívoro da família Procyonidae. Faz parte do gênero Nasua, que possui outra espécie, Nasua narica (quati-de-nariz-branco), ambas ocorrendo no continente Americano.[1]

Coloração e características

De maneira geral, o corpo do quati costuma apresentar coloração cinzento-amarelado, sendo a região ventral e as regiões laterais mais claras. O focinho é preto, alongado e sua ponta apresenta movimento que auxilia explorar, juntamente com os membros torácicos, ninhos, tocas e ocos de árvores. Pelo olfato, descobre pequenos vertebrados e invertebrados. As orelhas são curtas, com capacidade de apresentar pelos esbranquiçados, características que também podem estar presentes na face. Os pés e as mãos são pretos, como também os anéis presentes em sua cauda peluda. Vale ressaltar que varições podem existir, visto que depende da idade do animal e de sua variabilidade individual.

Nasua nasua pode atingir 30,5 cm de altura e comprimento corpóreo entre 43-66 cm. Apresenta, em média, 4 kg de massa corporal (considerando quatis adultos e juvenis, de ambos os sexos), podendo atingir até 11 kg. Possui entre 22-69 cm de cauda e são capazes de reproduzirem uma ninhada por ano.São mamíferos com hábitos diurnos e, normalmente, dormem em árvores. O quati (Nasua nasua) se movimenta de formas diferentes: sobe em árvores com o auxílio das garras, corre pelo chão, pula/desce da árvore para o chão de frente ou de costas, andam de quatro patas e pulam de um tronco para outro.

Bandos

De modo geral, os quatis são conhecidos pelo fato das fêmeas viverem em bandos e os machos, que já se tornaram adultos, viverem solitários. Dessa forma, machos adultos são excluídos dos bandos em média no terceiro ano de vida. Normalmente, os bandos apresentam indivíduos juvenis, indivíduos que ainda não adquiriram características de animais adultos e fêmeas adultas. Esse bando, a partir do momento que se encontra em alerta, são capazes de emitirem trinados e fortes “tosses”.

Acasalamento

acasalamento de Narica narica apresenta semelhança com um harém, em que um ou dois machos monopolizam a acessibilidade aos bandos. As fêmeas costumam escolher os machos que desejam copular e os machos, normalmente, são fiéis a um bando em particular na época de reprodução. As fêmeas costumam parir em ninhos localizados nas árvores.

Ressalta-se, portanto, que os machos só são acolhidos nos bandos no período de cópula, com duração média de um pouco menos que um mês.

Habitat

O Cerrado é um dos habitats do Nasua nasua.

Essencialmente, o Nasua nasua ocupa habitats florestais, inclusive florestas perenes e caducifólias, florestas primárias, matas de galeriacerradossavanaschaco.

Em Formosa, na Argentina, identificou-se preferências dos quatis por florestas em fase de regeneração e florestas baixas. Além disso, no Cerrado, houve afinidade com áreas abertas e, no Pantanal, houve rejeição a ambientes alagados (correlação negativa) e preferências pelas florestas (correlação positiva).

Dieta

Caracterizados como onívoros, a dieta dos quatis abrange, especialmente, insetos e larvas, além de artrópodes (quilópodes, aranha). Se alimentam também de uma grande diversidade de frutos e, às vezes, pequenos vertebrados. Os quatis podem variar de alimentação através da sazonalidade e podem incluir itens incomuns, como serpentes, crustáceos e peixes.

 Em área com intensa utilização antrópica e com escassez de frutos e animais no solo, os quatis são observados alimentando-se de lixo. Há ocorrência da ingestão de resíduos não digeríveis descartados e alimentos processados. Nota-se, também, que a alimentação fornecida por visitantes em determinados parques interfere positivamente no hábito alimentar dos animais e modifica padrões comportamentais e de forrageio, visto que os quatis acabam se acostumando com um rota pré-determinada de alimentos em abundância.
Os quatis, oportunisticamente, se alimentam de mamíferos e realizam necrofagia.

Machos e fêmeas não possuem diferenças na alimentação, embora as fêmeas apresentem, teoricamente, uma dieta mais abrangente em proteínas e mais calórica – em relação aos frutos – que os machos. 

Estado de conservação 

Bastante apreciada como caça, a espécie não possui alta resistência a este tipo de interferência humana. Eventualmente, diversos registros de quatis atropelados são catalogados, fator preponderante na avaliação do estado de conservação da espécie no Rio Grande do Sul, com uma grande possibilidade de existir um impacto muito superior no total da população. Relata-se que, nos assentamentos no estado de Roraima, existem caçadores que sacrificam os animais com a finalidade de utilização do pênis como remédio afrodisíaco.

Apesar de constar na Lista Vermelha da Bahia por conta da ameaça ao seu estado de conservação, o quati (Nasua nasua), de acordo com o site IUCN RedList, apresenta, entre as noves possibilidades de classificação sobre o estado de conservação, o estágio LC, derivado do inglês, least concern, que significa, em português, “pouco preocupante”. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN é reconhecida como a abordagem global que possui maior abrangência e objetividade ao avaliar o estado de conservação de espécies de animais e plantas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Quati-de-cauda-anelada

 

Tamanduá-Mirim no Corujão Piramba MTB para Ubirajara-SP

Para aproveitar bem o feriado de Tiradentes, rolou até alta madrugada um Pedal Corujão Piramba MTB para contemplar uma bela lua cheia e com destino a Ubirajara, aproximadamente 90 km no total, partindo de Garça-SP.

É preciso ir pela rodovia SP-331 até chegar a uma placa: `”Ubirajara – Acesso em Terra”, e pegar a estrada de terra do famoso Boteco Azul. Seguimos por ela por um bom tempo até que nos deparamos com um lindo Tamanduá-Mirim pelo caminho, a princípio estava no chão, mas logo que nos aproximamos ele já correu em direção a uma árvore,  e começou a subir e subir até sentir-se seguro, como um bom animal arborícola que é.

Outra informação interessante é que animal pertence a ordem Pilosa , a mesma do bicho-preguiça, e ao ver em ação grudado no tronco da árvore, foi possível constatar o parentesco, tem nítidas semelhanças. Foi um momento fantástico e raro de se ver,  realmente um privilégio poder ter presenciado esta cena.

Após um breve come e bebes em Ubirajara, retornamos pela estrada de terra da Estação Ecológica do Caetetus para chegar novamente na SP-331, e assim seguir de volta para Garça.

Na chegada já era altas horas da madrugada, e apesar de um pouco cansado, o que predominou foi uma sensação muito gostosa, não só do objetivo cumprido, mas de agradecimento também,  pois o Pedal Corujão superou as expectativas. A lua cheia deu um espetáculo a parte, ouvir apenas os sons da natureza a noite foi outro, e ainda de lambuja encontramos alguns animais pelo caminho.

A estrada de terra era só nossa, o silêncio só era quebrado pelos animais, foram muitos os pássaros pelo caminho. Em especial os curiangos tanto na ida como na volta estavam aos montes no meio do caminho e acompanharam boa parte do nosso pedal. São animais de hábito noturno e que se alimentam de insetos, tem também o apelido de mede-léguas pois o curiango tem mania de pousar à beira de estradas e trilhos. Por conta disso, é comum vê-lo voar à frente de pedestres e veículos, como se medisse as léguas. Outra característica desta espécie é que vivem no chão onde costuma se camuflar em meio às folhagens.

O clima agradável, a ausência de sol e calor, tudo isso ajudou que a gente chegasse em casa mais inteiro, o que fez deste pedal algo nada sacrificante, pelo contrário, foi para lá de gratificante, muito bom mesmo. Que venha o próximo Corujão.

Rudi Arena 

 

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Curiango ou Bacurau (Nyctidromus albicollis)

Um Espetáculo de Biguás na Represa da Fazenda Igurê – Garça/SP

Em uma trilha recente de Mountain Bike  passamos por uma das belas represas da Fazenda Igurê em Garça-SP, foi então que eu e um amigo nos deparamos com uma cena que chamou a nossa atenção. Era uma grande reunião de biguás como nunca tinha visto na minha vida, eram dezenas deles, uns nadavam, outros em terra firme pareciam se secar, e muitos ainda voavam, um verdadeiro show para quem aprecia a fauna brasileira. Eu sabia que chamava-se biguá, mas achava que era um tipo de pato silvestre, mas estava enganado, embora parecido com os patos, não são patos.

Diferentemente destes, os biguás encharcam suas penas para ficar mais pesado e ajudar a mergulhar fundo, como é hábito desta espécie. Já os patos possuem uma artimanha para não se molhar, isso o ajuda a boiar na água com mais facilidade, pois eles possuem uma glândula em suas caudas que produzem um óleo que cobre suas penas e assim as tornam impermeáveis. No entanto, ambos animais, andam, voam e nadam com certa eficiência, o que é raro na natureza. É preciso reconhecer suas habilidades. Nós humanos quando muito andamos e nadamos bem. Sim, existem até alguns que tentam voar, mas não com o mesmo êxito das aves. Sem dúvidas, estamos muito longe dos patos ou do biguá nesta questão.

Como podem perceber, os patos preferem a superfície das águas, e os biguás já são ótimos mergulhadores. Também os patos se alimentam preferencialmente de fontes vegetais e pequenos seres vivos, e por outro lado as aves mergulhadoras tem como base de sua dieta animais vivos. Existe uma certa confusão no Brasil entre os Biguás e o pato mergulhão, só que este é muito raro, pois é sensível as alterações climáticas e ambientais e por isso está ameaçado de extinção.

A vasta Fazenda Igurê cujas suas extensas terras estendem aos municípios de Garça e Gália possui muitas represas, aproximadamente quatro em suas proximidades,  e em uma delas em especial a que é mostrada no vídeo, é muito comum ver capivaras, foram muitas as ocorrências, de dia e de noite. Mas desta vez, foram os biguás que deram o ar da graça, mas não foram só eles. Na mesma cena ainda tinha dois gaviões carcarás em a beira da represa, e uma garça branca mais ao fundo, o que  demonstra a diversidade do ecossistema local que é propício para o desenvolvimento dos animais. Além da água, são muitos os bichos por ali, como peixes, aves e mamíferos diversos. Isso denota a riqueza da fauna que existe a nossa volta, e também a possibilidade de existir animais que estão no topo da cadeia alimentar da mata atlântica, uma vez que tem comida para os grandes felinos.

Rudi Arena

O Biguá

O biguá (Nannopterum brasilianus) é uma ave suliforme, parente do pelicano e da família Phalacrocoracidae.

Ave aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d’água, indo aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora d’água. Para facilitar seus mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre elas. Para secá-las é comum vê-lo pousado com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d’água, em formação em “V”. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como tal, equivocadamente.

Alimenta-se de peixes e crustáceos. Para capturar sua presa, mergulha a partir da superfície da água e, submerso, persegue-a. Os pés e o bico possuem função primordial na perseguição e captura. Um exímio mergulhador, não se contenta com os peixes da superfície. Mergulha mar abaixo e em meio a ziguezagues e viravoltas, conseguindo capturar sua presa. Come também girinos, sapos, rãs e insetos aquáticos.

Sua distribuição geográfica estende-se do sudeste do Arizona (EUA) até a América do Sul.

Fora da época de reprodução, é geralmente solitário. Vive até os 12 anos em estado selvagem.

 

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Um Louva Deus Diferente. Este parece pertencer ao Exército pelo seu uniforme camuflado.

Este é um inseto um pouco diferente do acostumado a ver, trata-se de um Louva Deus ou Cavalinho de Deus como muitos chamam. Seu nome popular decorre do fato de que, quando está pousado, o inseto lembra uma pessoa orando. Mas neste caso ele parece estar com o uniforme de exército, pintado para guerra,  difícil diferenciar entre galhos e tocos, passa despercebido  e assim consegue ser melhor eficaz para apreender suas presas.

O que chamou a nossa atenção neste inseto foi de que não é comum ver essas cores no Louva Deus, geralmente encontramos aquele clássico que é todo verde e se confunde comas as folhas, esse parece  que se adaptou perfeitamente para viver em ambiente de muitos galhos secos em meio a uma enorme floresta de eucaliptos. Esse vídeo foi gravado na fazenda da empresa Duratex na zona rural do município de Gália-SP.

Apesar de este inseto  parecer rezar, é impiedoso com outros insetos, não é herbívoro como os gafanhotos, gostam mesmo de devorar outros seres vivos.

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A sua camuflagem é consequência do ambiente em que ele vive, como é um uma floresta de eucaliptos a perder de vista, ele se confunde com o ambiente repleto de pedaços das árvores de eucalipto que possuem a mesma coloração.

O louva-a-deus é um animal muito venerado na China, tendo inclusive estilos de Kung Fu baseados em seus movimentos. ( «History of Praying Mantis Kung Fu»)

São predadores agressivos que caçam principalmente moscas e afídios. A caça é feita em geral de emboscada, facilitada pelas capacidades de camuflagem do louva-a-deus. Como não possuem veneno, os louva-a-deus contam com as suas pernas anteriores que são captatórias, ou seja, modificadas como garras, para segurar a presa enquanto é consumida. A sua voracidade faz com que sejam considerados muito bem vindos pelos amantes da jardinagem e agricultura biológica, uma vez que, na ausência de pesticidas, são um fator importante no controlo de pragas de jardim.  «Pragas de Jardim – Flores e Folhagens»Flores e Folhagens. 24 de julho de 2015.

Rudi Arena

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Louva-a-deus

O Pica Pau do Desenho Animado na Vida Real

Um Pica Pau do topete vermelho (Campephilus melanoleucos) foi encontrado durante um pedal na estrada de terra 09 de Julho, na altura do município de Vera Cruz-SP.O pica-pau-de-topete-vermelho é uma ave piciforme da família Picidae e está praticamente em todo os estados do Brasil, que por sinal,  é repleto de diversas espécies de pica-paus, como o do topete amarelo, o anão, entre outros de diferentes cores e tamanhos.

Já me deparei várias vezes com este pica-pau, mas desta vez o que me chamou a atenção foi o fato de que a cena que assistia parecia ter sido tirada do famoso desenho animado do Pica Pau distribuído pela Universal Pictures.

Além do celebre topete de cor vermelho vivo, a ave fazia ainda aquele movimento caraterístico da animação em que fica bicando o galho da árvore repetidamente. A este movimento dá-se o nome de tamborilar (bater o bico sobre uma superfície) produzindo um som mecânico muito característico que é utilizado na comunicação entre espécies, proteção do território e atração sexual.

Eles buscam assim seus alimentos preferidos que ficam muitas vezes em baixo das casca ou  em buracos das árvores. A base de sua alimentação são as formigas, seus ovos, larvas e cupins e outros insetos.

Rudi Arena

Bicicleta e o Bebê na Cadeirinha. Acostumando com a Piramba desde Cedo.

Não é preciso esperar muito tempo para que um bebê possa andar de bike sentado na cadeirinha. Apesar de não existir uma idade ideal exata, mas na cadeirinha é recomendável que tenha 01 ano de idade ao menos ou até um pouco mais, mas cada bebê tem suas peculiaridades, não há regra válida para todos. Existem vários modelos disponíveis no mercado, e é indispensável que esta tenha um cinto de segurança para prender a criança e também é muito importante que desde cedo já utilize capacete, para maior tranquilidade e segurança do passeio.

É preciso ficar atento a instalação da cadeirinha, esta pode ser dianteira ou traseira. Acredito que a criança aproveite mais se sentar na frente, pois a visão é mais ampla. Normalmente, a dianteira é feita para crianças menores de 04 anos e de até 15 quilos e a traseira é usada para crianças maiores e de até 22 quilos. Além do peso, verifique o tamanho e veja se a criança está bem acomodada no equipamento. Se for ainda adquirir a cadeirinha, leve a bicicleta junto para ver se encaixa corretamente, pois são muitos os modelos de bicicleta e também de cadeirinha, é preciso ver se são compatíveis e evitar toda e qualquer adaptação caseira.

As cadeirinhas são vendidas aos montes em lojas de departamentos, grandes magazines e em lojas especializadas em bicicleta. Mas em lugar algum existe orientações aos pais de que um requisito básico e necessário para adquirir é de serem bons condutores de bicicleta para poderem utilizar o equipamento de forma segura. É preciso ter consciência da necessidade de ter boa destreza, equilíbrio e controle da bicicleta, uma queda pode ocasionar severos traumas físicos e emocionais tanto a criança como aos condutores. Acrescentar uma cadeirinha a bike, além de deixa-la mais pesada, também modifica as variáveis do equilíbrio da bicicleta, é preciso testar e se necessário treinar antes.

Não há certificação pelo Inmetro de cadeirinhas, pois não existe norma que regulamente este produto. Assim, o ideal e que os produtos sigam as recomendações de produção de acordo com normas ISO 9001, incluindo teste de peso e também produtos que sigam padrões internacionais previstos na norma EN-14344.

Tomando as precauções e cuidados necessários para minimizar ao máximo os riscos, é possível curtir o pedal e estreitar os laços com a criança sem preocupação alguma. É uma ótima oportunidade para que a criança vá se habituando aos poucos com a bicicleta, sentir o vento bater na cara e o frio na barriga que uma descida pode proporcionar, ter um contato maior com a cidade sob um novo ângulo, diferente de quando se está a pé ou de carro. É um momento em que criança, pais e bicicleta entram em sintonia, e proporciona um tempo para aprofundar as relações de pais e filhos, por isso, o diálogo ao longo do caminho é importante, procurar observar e explicar as coisas que aparecem pelo caminho, tudo isso ajuda a despertar o interesse dos pequenos e apertar ainda mais os laços familiares.

Melhor ainda, é quando se está em uma cidade pequena, assim, é possível fugir um pouco do ambiente da cidade, chegar mais próximo as áreas verdes e mostrar os encantos que existem além do terreno urbano. Passear próximo à matas, passar perto de animais como bois, cavalos, gaviões, pássaros diversos e corujas, que são comuns de se encontrar, desperta na criança muito interesse. Por isso, pedalar pelas trilhas do bosque municipal de Garça-SP é um prato cheio e um ambiente muito agradável, por ser ladeado por árvores e animais se opõe ao asfalto e concreto da cidade, que as crianças geralmente já estão bem acostumadas.

É recomendável sempre pedalar de forma defensiva, em velocidade de passeio, o percurso de bike não pode ser muito longo para não cansar a criança e é recomendável levar sempre água. Os primeiros passeios devem ser curtos para o bebê ir acostumando aos poucos. O importante é o conforto dele e evitar se afastar muito da casa, pois qualquer sinal de contrariedade é bom pegar o caminho de volta o mais rápido possível. Nunca levar a criança contra sua vontade, ela precisa ser convencida e se sentir segura. As experiências com a bicicleta devem ser agradáveis, caso contrário, pode ter o indesejado efeito de a criança refutar outros passeios de bike por associar isso a uma experiência ruim, o que pode comprometer e até desestimular o uso da bicicleta na infância.

Dicas para que tudo corra bem:

-Evite vias muito movimentadas, quanto menos veículos por perto, menor a probabilidade de acidentes e mais tranquilo o passeio.

-Evitar o horário com o sol forte entre 10h manhã e 15h da tarde ou não deixe de passar o protetor solar na criança.

– Leve sempre uma garrafa de água.

– Comece devagar, primeiro trajetos bem curtos, dê uma volta no quarteirão de teste, a criança precisa se acostumar aos poucos.

– Nunca leve a criança com sono, nem logo após comer ou mamar.

– É legal também associar o passeio de bicicleta a outras coisa que a criança gosta, como ir ao parquinho, tomar sorvete ou comer uma pipoca. O rolê pode ficar mais gostoso e estimulante.

– Ao contrário do que muita gente pensa, o uso de capacete não é obrigatório. Mas quando se trata de crianças ele para lá de recomendável, em caso de queda, a criança pode não conseguir se proteger com as mãos como um adulto sabe fazer.

Idade e peso determinam como a criança deve ser transportada*:

Canguru

– Preço médio: de R$ 70 a R$ 150

– Indicação: de zero a 18 meses ou até 9kg

– Pode ser de tecido e fibra, com alças dos ombros acolchoadas e reguláveis em comprimento

Cadeirinha dianteira ou frontal

– Preço médio: R$ 70 a R$ 110

– Indicação: crianças de seis meses a três anos ou 15kg

– Pode ser de plástico ou de ferro, pode ter regulagem para os pés

Cadeirinha traseira

– Preço médio: R$ 50 a R$ 110

– Indicação: sem limite de idade, até a criança caber

– Pode ser de plástico ou de ferro. Devem ser colocadas no bagageiro da bicicleta e ter uma grade protetora para os pés

Banco traseiro ou bagageiro

– Preço médio: a partir de R$ 35

– Uma almofadinha sobre o banco deixa o assento mais confortável

– Pode ter proteção e suporte para os pés, e a criança pode se segurar no ciclista ou atrás

*http://zh.clicrbs.com.br

Rudi Arena

Saiba mais sobre o Carrapato Estrela, Um Pesadelo Não só para os Cachorros, mas Também para Quem Anda no Mato.

Carrapato Estrela ( Amblyomma cajennense)

Domínio: Eukariota
Reino: Animal
Subreino: Metazoa
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Ordem: Acarina
Família: Ixodidae Argasidae

Carrapato Estrela - Micuim

Carrapato Estrela – Micuim

Carrapato Estrela Adulto

Carrapato Estrela Adulto

O foco desta post é conhecer um pouco mais desse pequeno e inconveniente parasita, que são animais artrópodes, da classe dos aracnídeos (como a aranha) e da ordem dos ácaros. Quem faz trilha de mountain bike ou a pé no meio do mato, certamente já se deparou com esse bichinho inconveniente, e normalmente é sempre o carrapato estrela ou micuim (Amblyomma cajennense) que aparece para dar o ar graça, que por sinal não tem graça alguma. Ao contrário do que se pensa, o micuim não é um tipo de carrapato, mas um estágio de sua vida. O micuim é a larva do carrapato e é nesta fase que ocorrem a maioria dos ataques.

O assunto veio-me á tona porque no último pedal um amigo relatou ter encontrado após a trilha vários carrapatos em seu corpo, depois um outro também disse ter achado, não é a primeira vez que isso ocorre, muito pelo contrário, os ataques de carrapatos são bem mais comuns em humanos do pode parecer e podem trazer transtornos e doenças. No entanto, não serão esses seres minúsculos e irritantes que farão com que deixemos de pedalar pirambeira adentro, é claro.

Caso seja picado pelo carrapato estrela, molhe-o com álcool que ele morre desidratado. Antes de morrer ele recolhe a boca. Senão ele fica coçando por alguns dias, os pedacinhos dele ficam dentro da nós e pode dar alergia e inflamar o local. Pode-se usar o álcool gel que o ele morre embriagado, assim, tem uma morte feliz, pelo menos, menos dolorosa para esses nossos indesejados e eventuais companheiros de trilha.

Os períodos de incidência estão relacionados a condições de seca e baixas temperaturas para as formas jovens e de maior umidade e temperatura (tempo úmido e quente) para adultos. Mudanças climáticas, ao longo dos anos, podem alterar as épocas de ocorrência.

Importante lembrar que apesar dele ser um transmissor da perigosíssima febre maculosa, não é preciso entrar em pânico se for picado por um, é que para isso é preciso que ele esteja contaminado com o hospedeiro da bactéria Rickettsia rickettsii, o que não é a regra. Mas é obvio que não é bom também dar sopa para o azar, se puder evitá-lo, é sempre melhor.

O período de incubação é de 7 a 10 dias. Se for picado, é preciso atentar para que se neste período ocorrer uma espécie de “gripe” forte, pode ser a febre maculosa, então a pessoa deve procurar um posto de saúde e solicitar o tratamento específico que é simples se detectado no início,e está disponível na rede pública. Para que a transmissão da febre maculosa ocorra são necessárias pelo menos 6 horas de fixação do carrapato no hospedeiro. A transmissão é mais comum quando o carrapato se encontra nos estágios de larva ou ninfa, pois o adulto tem uma picada dolorosa, de modo que é rapidamente percebido e removido.

No site: http://vilsonarruda.blogspot.com.br, o entomólogo Luiz Antonio da Silveira Melo, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) conhece bem o carrapato-estrela, Amblyomma cajennense. Ele explica que sua ocorrência pode estar em todas as regiões do país e sua picada, além de produzir intenso prurido no local e lesões na pele, pode inocular a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre-maculosa.

Em relação as fases carrapato estrela, o especialistas explica: “O ciclo inicia-se pela larva ou micuim que é um carrapato minúsculo, com 6 pernas, difícil de se ver. Por isto as pessoas são mais picadas nessa fase”, diz. Após alguns dias alimentando-se do hospedeiro, as larvas vão para o solo, trocam de pele e passam à ninfa, que tem 8 pernas, voltando para o hospedeiro. Nessa fase os carrapatos têm por volta de 4mm de comprimento, são castanho-escuros e facilmente visíveis. Sugam sangue até ficarem “inchados”, voltam para o solo, passam para a fase adulta e retornam à última hospedagem, onde há o acasalamento. Depois, o macho morre e a fêmea permanece sugando sangue até ficar ingurgitada (bem gorda), caindo ao solo para fazer a postura que pode ter de 5 mil a 8 mil ovos. O pesquisador explica que, “para chegarem no hospedeiro, o carrapatos sobem pela vegetação, principalmente em capins e ficam à espera da passagem de um animal ou de uma pessoa, agarrando-se a ela. Na época de grande infestação, podem também chegar pelo chão, subindo pelos pés”

Ciclo_de_vida_do_Carrapato-estrela

Cuidados necessário para evitar infestação em Humanos:

-usar roupas compridas para evitar o contato com a pele e de cores claras, para permitir visualizar o carrapato com mais facilidade.

-usar se possível, calçados de cano longo, e se não estiver de calça, usar meião de jogar futebol para diminuir o máximo possível a área do corpo vulnerável ao ataque de carrapatos.

– procurar e retirar os carrapatos imediatamente depois de retornar da trilha.

– Se o carrapato grudar na pele, molhar um algodão com álcool para que ele saia rapidamente.

– a retirada do carrapato pode ser feita com o uso de uma pinça e com calma, através de leve torção para liberar as peças bucais do invertebrado. Não esmagar os carrapatos com as unhas, pois pode haver a liberação das bactérias ou contaminar a lesão na pele decorrente da picada do micuim.

– usar repelente específico para carrapato como da marca Exposis, é uma boa forma de evitar a picada.

– antes de lavar a roupa suspeita de estar com carrapato, deixá-la de molho no vinagre.

– após a exposição em áreas com suspeitas de carrapatos, tomar banho com sabonete de enxofre que é vendido em farmácias.

Estes cuidados são importantes para quem faz trilha de mountain bike, em especial, nos meses frios e secos do ano, época de predominância dos micuins. Espero que conhecendo melhor esses impertinentes companheiros de trilha fica um pouco mais fácil de lidar com suas picadas ou mesmo evitá-las.

Rudi Arena