Km 10 e Cachoeira dos Macacos

Pedal de apenas 55 KM no total e 889 metro de ganho de elevação, mas isso não quer dizer exatamente nada. A ida é pela estrada da corredeira proporciona belas paisagens e uma descida de serra bruta, mas até aí normal. Voltar pelo conhecido KM 10 já em Álvaro de Carvalho já começa a testar um pouco dos limites físicos, técnicos e as vezes até emocional, porque dependendo do estado de espírito ou de cansaço do ciclista e da subida que ele vê pela frente, pode abalar psicologicamente qualquer um.

O fundo do vale parece um tsunami de areião, pode chamar de vale da areia, as magrelas sofrem patinando no terreno hostil, e o esforço do ciclista parece em vão, parece que se mata e não sai do lugar. Depois, a subida para voltar a civilização não é das tarefas mais fáceis, ainda mais no calor escaldante próximo do meio dia. É uma serra bruta demais, e logo que galgamos alguns degraus dela já era ora de encarar a trilha da Cachoeira dos Macacos.

O nome da cachoeira é porque da primeira vez em que fomos à ela um bando de macacos pregos nos receberam logo no início, depois em um outro dia também voltaram a dar o ar da graça pelo caminho. Uma pena que nesse dia eles não quiseram aparecer, mas que continuem a habitar este lugar que são deles por natureza com suas serelepes macaquices de costume, fazendo barulho e com uma agilidade entre árvores incrível.

Conciliar a serra bruta do KM 10 com a trilha a pé igualmente pesada para chegar até a Cachoeira dos Macacos cobrou um preço salgado, e literalmente, não faltou suor escorrendo a escorrer pelos lábios, mas nada que o Piramba MTB não tire de letra, isso não torna o pedal menos cansativo, e, ao mesmo tempo um banho de natureza bruta para todos nós.

Além das belas paisagens também tivemos a privilegio de topar pelo caminho com uma linda e peçonhenta cobra, um belo e robusto lagasto teiú também rápido cruzou nosso caminho, mas foi o show do mar de borboletas amarelas que deu cor e abençoou esse nosso pedal perfeito.

Infelizmente a estiagem ainda é forte, e mesmo com a entrada da primavera, o regime de chuvas ainda não se normalizou, por isso o volume d´água da do córrego da cachoeira estava bem abaixo do que o de costume. É uma pena ver o leito d´água desse jeito, mas ao menos o poço da cachoeira continua largo e fundo e veio bem a calhar naquela hora.

O lugar é fantástico com um grande poço, ótimo para aquele banho de cachoeira fenomenal, ainda mais que chegamos em um sol de rachar mamona, o corpo pedia um refresco e um momento de relaxamento, mas o pedágio que a volta que da Cachoeira dos Macacos cobrou foi um pouco puxado.

Tivemos que encarar quase que um paredão na volta, seguir pé é pesado, levando em consideração o pedal até ali. Aliás conciliar um pedal forte com um trekking pesado exige um esforço físico diferente do corpo, mas assim que é muito bom, chegar em casa cansado e com o sentimento de missão cumprida não tem coisa melhor.

Essa foi a primeira vez que o Piramba MTB vai na Cachoeira dos Macacos de Bike e pelo Km 10, sempre é possível inovar e mesclar trilhas de bikes com cachoeiras, essa é nossa pegada. e que assim seja.

Rudi Arena

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A Surpreendente e Inexplorada Cachoeira do Poção em Jafa (Inédita)

Esta é mais uma cachoeira inédita e desconhecida de Garça-SP que foi desbravada pelo Piramba MTB e que temos a honra de divulgar para que as pessoas possam conhecer um pouco mais das vastas belezas naturais desse Município.

Embora já tivéssemos chegado a ela por cima, nunca tínhamos chegado á ela por baixo. E foi essa a nossa missão nesse dia, sem saber se teríamos êxito ou não, pois quando se segue rio acima sem conhecer o percurso, muitos obstáculos podem aparecer pelo caminho. Mas a sorte estava conosco, demorou um pouco, mas chegamos até cachoeira sem maiores dificuldades e foi então que tivemos a grata surpresa, a visão de cachoeira espetacular.

Ela está situada no distrito de Jafa, não muito longe da área urbana, mas o seu acesso não é dos mais fáceis. Ela fica encravada no fundo de um vale de encostas altas e íngremes. E, possui um exuberante e fundo poço que não dá pé, e que é ótimo para se banhar e até para nadar.

A água que parece bem limpa neste dia estava muito gelada, apesar da temperatura quente do começo da tarde, mas isso não impediu que gente tomar aquele banho de cachoeira de lavar o corpo e a alma.

Ela fica bem escondida, e quem passa por perto não imagina a joia que existe ali. Sua águas tem origem em uma nascente com origem quase que na área urbana do distrito de Jafa e este curso d`água pertence a bacia hidrográfica do Rio do Peixe.

E não é só a cachoeira que é encantadora, tanto o caminho para chegar até ela, como todo o seu entorno, são belíssimos. Mas isso não que dizer tudo são flores, andar no leito do rio, transpor as pedras no caminho, carregar a bike nas costas morro acima e depois completar o percurso de mais de 40 km de mountain bike foi um pouco cansativo.

Se fosse só o pedal ou só a cachoeira seria mais tranquilo, mas pedalar e fazer trekking é mais desgastante, principalmente porque este último somos obrigados a trabalhar músculos que não estamos acostumados quando apenas andamos de bike, e para ajudar, ainda tinha que pedalar mais 30 km de subidas brutas e também com muito areião, já que uma forte estiagem castiga atualmente a nossa região. Que venha o período chuvoso!

Rudi Arena

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