Pela primeira vez chegamos até em baixo da belíssima Cachoeira das Araras, foi preciso fazer um longo e desgastante trekking até chegar no pé do imenso paredão em que cai as águas da cachoeira que são resultado do encontro do Córrego Águas da Prata com o Córrego Águas de Ouro um pouco acima da queda.
Foram ao todo 15 Kms, grande parte andando pelo leito do rio, enchendo o tênis de areia que logo precisava ser esvaziado para poder seguir em frente. Em muitos trechos o leito do rio afunila e água chegava até o peito. A volta para chegar a civilização foi de muita subida, mas muita mesmo. E é claro, muito mato alto, pirambeira pura e bruta. As dores nos pés e nas pernas ainda seguem até hoje, três dias após ter feito a trilha a pé, só para chegar até a cachoeira foram cerca de três horas de caminhada, e nos deparamos com cobras peçonhentas e aranhas de impor respeito.
A cachoeira fica no fundo do bairro rural da Adrianita e para o lado do Pesqueiro do Codonho, e de acesso bem difícil, para chegar até ela também é preciso escalar rochas gigantes.
Essa foi uma das presepadas mais difícil que eu já me enfiei, mas também foi um dia que ficará marcado para sempre para quem estava nessa saborosa e cansativa enrascada. A Cachoeira de baixo é muito imponente, muito alta, as águas são límpidas, é de uma beleza fantástica, mas cobra um preço alto, sem dúvidas. Era um dos lugares que o Piramba sempre quis chegar quando avistava de cima a queda da Cachoeira das Araras e chegar lá em baixo sempre pareceu algo quase impossível, não é, mas é preciso planejar muito bem antes encarar essa aventura, não foi que fizemos nesse dia, mas na vida a gente tem que aprender com os nossos erros.
O sol se foi e ficamos longe de casa e exaustos com dores nos pés e nas pernas, todos riscados pelo capim navalha até os braços e no escuridão da noite, e ainda meio que perdidos em um vale remoto entre Garça e Gália, dentro de um rio onde a luminosidade da lua cheia não nos alcançava em razão da mata ciliar ao redor, um lugar até então desconhecido, cá entre nós, é uma experiência um tanto assustadora e na hora passamos apuros.
Por outro lado, foi uma das melhores e mais diferentes experiências que vi e o pior, eu fui levar comigo meu amigo e o seu o cunhado espanhol que estava em Garça a passeio e foram parceiros nessa aventura recheada de sentimentos intenso, da alegria de chegar até a cachoeira até ao desespero de não enxergar uma a saída nome meio do nada a noite, e também do alívio e cansaço no final.
Que dia!!! O bom que deu tudo certo, ainda que tarde da noite, e com certeza esse dia há de me deixar mais resiliente e também aprender que é preciso planejar melhor as próximas empreitadas do gênero.
Por acaso navegando pela internet para procurar um vídeo do Piramba sobre a Casa Submarino em Campos do Jordão achei uma página da FAPESP com o mesmo título de uma matéria que temos em nosso site, o sinal amarelo apareceu e logo tive a grata surpresa de que o texto do Blog do Piramba MTB havia sido reproduzido no site da FAPESP na mídia.
Ter uma uma matéria original do Piramba MTB publicada no site de uma fundação muio tradicional como a FAPESP é uma grande alegria, pois trata-se de uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Assim, ver o piramba na página deles é um motivo de grande orgulho e que demonstra que o Piramba MTB vai além de um esporte e um grupo de amigos, também é cultura e conhecimento, pois a gente preza por conteúdos originais e informação de qualidade.
A FAPESP
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Com autonomia garantida por lei, a FAPESP está ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Com um orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado, a FAPESP apoia a pesquisa e financia a investigação, o intercâmbio e a divulgação da ciência e da tecnologia produzida em São Paulo.
Modalidades de Apoio
A FAPESP apoia a pesquisa científica e tecnológica por meio de Bolsas e Auxílios a Pesquisa que contemplam todas as áreas do conhecimento: Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciência Humanas, Linguística, Letras e Artes.
As Bolsas se destinam a estudantes de graduação e pós-graduação; e os Auxílios, a pesquisadores com titulação mínima de doutor, vinculados a instituições de ensino superior e de pesquisa paulistas. As Bolsas e Auxílios são concedidos por meio de três linhas de financiamento: Linha Regular, Programas Especiais e Programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica.
A Linha Regular atende à demanda espontânea, isto é, as propostas de projetos apresentadas por iniciativa dos estudantes de graduação e pós-graduação e de pesquisadores-doutores. Em 2017, a FAPESP destinou R$ 429,7 milhões para o financiamento de Bolsas Regulares no país e no exterior, e R$ 316,4 milhões para Auxílios Regulares à Pesquisa.
Os Programas Especiais têm o objetivo de induzir o desenvolvimento de pesquisas que promovam o avanço da fronteira do conhecimento e respondam às demandas do Sistema de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e do país. Entre esses programas estão o Apoio a Jovens Pesquisadores, Ensino Público, Apoio à Infraestrutura, entre outros que, em 2017, receberam mais de R$ 158,7 milhões.
Os Programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica também têm caráter indutor: apoiam pesquisas com potencial de desenvolvimento de novas tecnologias e de aplicação prática nas diversas áreas do conhecimento, afinadas com a política de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo estadual. Entre os programas financiados estão o BIOTA, Políticas Públicas, Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), entre outros. O desembolso com esses programas em 2017 foi de R$ 153,9 milhões.
Em viagem a Campos do Jordão fomos conhecer o Roots Bike Park Jordão e ganhamos de brinde uma verdadeira viagem no tempo, um mergulho profundo e impressionante num período da história recente e desconhecida das novas gerações. Se alguém contar hoje isso, para muitos vai parecer algo absurdo, mas existem provas materiais dessa época. Elas estão no Sanatório São Cristóvão que possui uma riqueza incrível de detalhes que nos faz viajar para um tempo muito diferente, que parece muito distante, mas não é bem assim.
O Recanto São Cristóvão
O Roots Bike Park fica nas imediações do Recanto São Cristóvão que inclui também um moderno Hotel, uma pequena Igreja e a estrutura do que foi um grande sanatório para tuberculosos que parece congelado no tempo, uma vez que permanece quase tudo no mesmo lugar de quando foi desativado. Está localizado em uma área de 250.000 m2 de exuberante natureza à 1.700m de altitude, e cercado de um lindo cenário de montanhas, lagos, jardins, trilhas, muita vegetação e centenas de espécies de pássaros.
Uma História Inimaginável nos Dias Atuais
Imagine você ser diagnosticado com uma doença infecciosa no pulmão e como tratamento terá que se internar em um sanatório em Campos do Jordão para se curar com o ar frio das montanhas, sem saber o tempo de duração. Hoje isso parece algo surreal, mas era muito comum no Brasil, algumas décadas atrás.
Desse período restaram louças, remédios, mobílias, aparelho de raio X. Tudo continua ali. O Sanatório São Cristóvão é uma espécie de museu dos sanatórios que existiram em Campos de Jordão. Eram mais 30 nos tempos difíceis. É possível conhecer a história do lugar e desse passado nem tão longínquo, ao se manusear os prontuários médicos ou uma antiga seringa de vidro, por exemplo. Ou então, ao percorrer os cômodos e toda a estrutura física que permanece ali intacta. O local transborda história e até parece que ela está viva ali e isso nos fez viajar profundamente para um período inimaginável para quem vive nos dias atuais.
Hoje a tuberculose é uma doença que pode ser tratada com modernos antibióticos e a impressão é que deixou de ser um grande problema de saúde pública. Antigamente o tratamento era demorado, custoso e muitas vezes ineficaz. Entretanto, a infecção continua a causar estragos; diminuíram as mortes pela enfermidade e isso é muito bom, mas ela permanece fazendo muitas vítimas fatais ao redor do mundo, inclusive no Brasil, como veremos mais adiante.
A Fase Sanatorial de Campos do Jordão
A Fase Sanatorial de Campos do Jordão teve início por volta de 1874 e foi perdendo fôlego até a década de 1980, quando a maioria dos estabelecimentos foram desativados.
“O terceiro volume – Estância Climatérica de Campos do Jordão: Sanatórios e Pensões e a Luta contra a Tuberculose – mostra como a região era procurada por pacientes, de vários locais do País e de fora dele, infectados pela Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch). Na época, a tuberculose era responsável por quase 70% das mortes por doenças infecciosas no País e, desde 1880, já havia indicação da chamada “climatoterapia” pelo médico Clemente Ferreira, umas das vozes mais ativas na luta contra a doença, inspirado pela medicina germânica e dos tradicionais sanatórios na Suíça.” (1)
A Penicilina e o Declínio dos Sanatórios para Tuberculosos
Uma das informações mais interessantes e já esquecida ou desconhecida por muitos é que a tuberculose, doença pulmonar provocada pelo Bacilo de Koch, afligia milhares de brasileiros que viam como única chance de cura a internação em sanatórios que utilizavam o frio da região de Campos do Jordão para matar o bacilo causador de tanto sofrimento e mortes, porque os fármacos da época ainda não eram eficazes para tratar a doença. Essa realidade só mudou com a disseminação do uso de antibióticos que vieram a combater com efetividade o temido Bacilo de Koch, mas com isso também matou as dezenas de sanatórios que existiam em Campos do Jordão.
Com o passar dos anos, a prática da chamada climaterapia, tão em voga em Campos do Jordão e outras localidades, como a Suíça, perdeu força pela falta de evidências sobre sua eficácia. Além disso, a chegada dos antibióticos, nos anos 1940, revolucionou de verdade esse campo da medicina e permitiu que os indivíduos acometidos fossem curados com mais facilidade, porém não acabou com essa chaga histórica e alastrada no mundo todo.
“Após a Segunda Guerra Mundial, com a descoberta da penicilina, a procura pela Serra da Mantiqueira com finalidade terapêutica foi diminuindo. Atualmente, a climatoterapia já é considerada superada pela medicina. Gradativamente, porém, as pensões criadas para receber os pacientes deram lugar a hotéis e residências de férias.” (1)
Um Sanatório Congelado no Tempo
O Sanatório São Cristóvão permaneceu com sua estrutura incólume, que sofre com a poeira, com a ação do tempo e com alguns poucos atos de vandalismo relatados por Anderson Castro, que gentilmente nos recebeu no Roots Bike Park. Ele foi nosso mecânico de bike que salvou a viagem e ainda por cima se ofereceu para nos guiar nesse mergulho em um tempo muito diferente. São muitos os relatos e as informações interessantes de um lugar que exala história, e um pouco de insalubridade também. É visível a falta de qualquer tipo de limpeza. Tem-se a impressão de que tudo tenha sido desativo de um dia para o outro, como se todo mundo tivesse deixado as coisas lá no dia em que saíram e está assim até hoje.
O Sanatório São Cristóvão talvez seja o mais emblemático dos estabelecimentos para tratamento de tuberculose da época e o único a permanecer do mesmo jeito que era décadas atrás, apenas com encoberta pela poeira de anos sem qualquer tipo de limpeza no local, por isso mesmo ele proporciona uma viagem histórica única nos dias de hoje, pois é possível entrar na sala de raio X, refeitório, quartos, etc., como se estivéssemos fazendo uma viagem no tempo e entrando em um sanatório da época. Só faltam os internados e funcionários, mas é possível sentir a atmosfera de como funcionava o tratamento da tuberculose nos séculos passados.
A Estrutura Grandiosa do Sanatório São Cristóvão
A estrutura na época do sanatório era muito maior que os 12 mil m2 de área construída podem sugerir. Havia salas de cirurgias, exames com aparelhos de última geração para a época, alas de luxo, alas mais populares, elevador, quadro de campainhas dos quartos, amplo refeitório, centro cirúrgico e um fluxo grande de pessoas, tantos de internados como de funcionários. A igreja era bastante frequentada. Existia necrotério, e o velório era ali mesmo. Tudo indica que o sanatório tinha uma vida social bem agitada e uma atividade econômica intensa, bem diferente do que é local hoje em dia. Além disso tudo, havia criações de porcos e galinhas para a alimentação os doentes internados que vinham, alguns deles, com toda sua família.
O necrotério do Sanatório São Cristóvão
A Igreja São Cristóvão hoje.
A Contribuição dos Sanatórios para a Colonização de Campos do Jordão (SP)
Grávidas davam à luz no próprio sanatório, muitos ficavam internados por muitos meses ou mesmo anos com sua família. O tratamento era um tanto demorado. Muitos dos que se curavam passavam a morar em Campos do Jordão e contribuíram assim com a colonização do município. Outros enfermos internados infelizmente não tinham a mesma sorte e eram sepultados longe de sua cidade natal, pois a família não tinha condições financeiras de retornar de onde vieram.
“Considerado terapêutico pelos médicos do período, esse clima gradualmente transformou o pequeno povoado “nos Campos do Jordão” em um centro urbano direcionado para receber pacientes em sanatórios, pensões e até residências.” (1)
Nem Todo Sanatório é para Doentes Mentais
Importante esclarecer uma confusão que muita gente faz quando se fala em sanatório. É que popularmente sanatório é sinônimo de hospício de loucos, de manicômio para doentes mentais. É comum até hoje alguém dizer que alguém está louco e precisa ser internado em um sanatório, pelo mesmo motivo, muitos estranham que doentes de tuberculose eram tratados em sanatórios.
A fachada hoje do Sanatório São Cristóvão
A palavra Sanatório vem de sanar. No dicionário consta “Estabelecimento que recebe doentes para tratamento ou convalescença”, ou seja, é um lugar para sanar doenças, não propriamente mentais. É uma estrutura projetada para internação e um tipo de cuidado, que há algumas décadas deixou de tratar de tuberculosos e assim a grande maioria dos sanatórios ainda ativos no país são exclusivos para portadores de doenças mentais, o que aumenta ainda mais a confusão que se faz com o termo sanatório.
A Indicação Médica na Época de Ar Puro e Frio das Montanhas
Muito antes de se tornar destino turístico badalado no inverno, a cidade paulista de Campos do Jordão cresceu e ganhou fama por abrigar pacientes com tuberculose. Desde a segunda metade do século 19 acreditava-se que o ar frio e puro de suas montanhas era o melhor tratamento contra o Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, bactéria que invade os pulmões e provoca danos potencialmente fatais, além de sintomas bem desagradáveis.
Montanhas da Serra da Mantiqueira em Campos do Jordão-SP.
Em poucas décadas, foram construídas grandes e luxuosas casas de repouso para atender os clientes ricos, enquanto os mais pobres eram acolhidos em sanatórios mantidos por associações de caridade. “O fluxo de pessoas aumentou tanto que o governo do estado de São Paulo construiu na década de 1910 uma linha de trem até o município, a pedido dos famosos médicos sanitaristas Victor Godinho e Emílio Ribas”, conta a historiadora Ana Enedi Prince, da Universidade do Vale do Paraíba (SP), autora de quatro livros sobre esse período.
Tuberculose: Um Problema de Saúde Pública Mundial Ainda não Superado
Porém, engana-se quem pensa que essa moléstia seja um assunto superado: em pleno século 21, 70 mil brasileiros continuam a ser diagnosticados todos os anos com a condição — sete pessoas a cada hora! Desses, 4 500 morrem. No mundo, são 10 milhões de casos a cada 12 meses e 1 milhão de óbitos. Números tão expressivos fazem da tuberculose o quadro infeccioso que mais mata no planeta. É claro que esta estatística foi anterior à pandemia da Covid, mas em tempos normais a tuberculose faz mais vítimas fatais que a famigerada gripe.
Estima-se que de 1700 a 1900, a tuberculose tenha sido responsável pela morte de aproximadamente 1 bilhão de seres humanos. Antes da descoberta do bacilo de Koch, a taxa anual média de mortalidade era de 7 milhões de pessoas.
Os Avanços no Tratamento da Tuberculose
Além da esperança de tratamento e cura, a identificação do bacilo significou uma importante contribuição para o fortalecimento da teoria da transmissibilidade das doenças, que vinha se desenvolvendo com as pesquisas de Pasteur e de outros cientistas. A descoberta impulsionou novas tentativas em direção ao controle e tratamento específico da tuberculose, não apresentando porém, neste contexto, avanços significativos.
Como terapêutica para a tuberculose prevaleceu, desde o século XIX, o tratamento higieno-dietético, que tinha como pressuposto a cura espontânea do doente quando em condições favoráveis, traduzidas por uma boa alimentação e repouso e incorporando o clima das montanhas como um fator fundamental no tratamento. Sua indicação envolvia o isolamento dos pacientes, viabilizada por meio da criação de sanatórios e preventórios.
Vacina BCG
A primeira vacina contra a tuberculose bem sucedida foi desenvolvida, a partir de linhagens atenuadas da tuberculose bovina, por Albert Calmette e Jean-Marie Camille Guèrin, em 1906. A vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guèrin) foi usada pela primeira vez em humanos em 1921, na França.
Aplicada logo nos primeiros dias do bebê, ela é essencial para evitar os quadros mais graves de tuberculose na infância. A injeção costuma deixar uma marquinha no braço, que muitas pessoas carregam pelo resto da vida.
by Rudi Arena
Tuberculose: do suplício à inspiração literária *
As novas gerações não imaginam que durante bastante tempo a doença mais fatal no mundo inspirasse a produção de poetas e escritores, o enaltecimento deles à beleza das tísicas e a aparências doentes e miseráveis oriundas do autoabandono. A tuberculose, causadora da morte de 1,5 milhão de pessoas por ano, segundo a OMS, infernizou a vida de muitos deles no século 19 e mais da metade do século 20, pois muitos a contraíram a ponto de morrer ou terem a saúde devastada. A tendência deles à depressão profunda surtia, na grande maioria dos casos, em vida desregrada, sem condições de higiene, regada a álcool, encafifada no fumo e carente de alimentação. Um quadro de vulnerabilidade extrema, típico para o Mycobacterium tuberculosis – bacilo motivador da tuberculose – realizar estragos.
A lista de poetas e escritores famosos que tiveram tuberculose é imensa, como Nelson Rodrigues, Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Cruz e Sousa, Álvares de Azevedo, Emily Brontë, John Keats, Lord Byron e Friedrich Schiller. Fora dela, outros expressaram seus sentimentos em relação a seus amores, parentes e amigos portadores da doença. Os versos e relatos geralmente transmitiam sofreguidão, mas vários encontraram espaços para expor fina ironia. A riqueza de detalhes serve também para marcar historicamente tempos em que as alternativas de terapêutica eram restritas a sanatórios distantes e próximos da natureza, a alimentação era à base, sobretudo, de feijão, os doentes eram submetidos a terríveis exames e procedimentos, no início dos anos 20, como o pneumotórax, no qual uma agulha penetrava entre os vãos da costela para injetar ar, a toracoplastia, para afastamento ou extração cirúrgica de costelas, e a hemoptise, a fim de expulsar o sangue pela boca.
O período literário com maior exaltação à tuberculose foi o do Romantismo no século 18, principalmente pelo movimento conhecido como Mal do Século, originário da região anglo-saxônica, e idealizado no Brasil por diversos poetas considerados mórbido-pessimistas. Com base no culto do eu, expressavam, segundo o “Dicionário de Termos Literários”, de Moisés Massaud, extremo pessimismo, sensação de perda de suporte, apatia moral, melancolia difusa, tristeza, culto do mistério, do sonho, da inquietude mórbida, tédio irremissível, sem causa, sofrimento cósmico, ausência da alegria de viver, fantasia desmesurada, atração pelo infinito, desencanto em face do cotidiano, desilusão amorosa, nostalgia, falta de sentimento vital, depressão profunda, abulia, resultando em males físicos, mentais ou imaginários que levam à morte precoce ou ao suicídio.
Imagine esses ingredientes somados à tuberculose, casos dos poetas mórbido-pessimistas Castro Alves, Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, mortos quando ainda estavam na fase dos 20 anos por causa da enfermidade.
Verdadeiros desabafos em forma de versos sobre a vida indo embora:
Eu sei que vou morrer… dentro do meu peito / um mal terrível me devora a vida. / Triste Assaverus, que no fim da estrada / só tem por braços uma cruz erguida. / Sou o cipreste qu’inda mesmo florido / Sombra da morte no ramal encerra! / Vivo – que vaga entre o chão dos mortos, / Morto – entre os vivos a vagar na Terra.
“Mocidade e Morte”, de Castro Alves, falecido aos 24 anos.
Descansem o meu leito solitário / Na floresta dos homens esquecida / À sombra de uma cruz e escrevam nela: / Foi poeta, sonhou e amou a vida.
Trecho de “Lembranças de Morrer”, de Álvares de Azevedo, que morreu aos 21 anos.
Eu sofro; o corpo padece /
E minh’alma se estremece / Ouvindo o dobrar de um sino (…)
A febre me queima a fonte /
E dos túmulos a aragem / Roça-me a pálida face / Mas no delírio e na febre / Sempre teu rosto contemplo /
Trechos do poema “No leito”, de Casimiro de Abreu, que sucumbiu aos 23 anos.
Augusto dos Anjos, outro poeta mórbido-pessimista a quem se atribuiu erroneamente ter sido tísico, morreu jovem em 1914 de pneumonia e ficou sem pai em 1905 por tuberculose. Em duas quadras de longa poesia, ele externou sua percepção sobre esse mal.
Falar somente uma linguagem rouca, / Um português cansado e incompreensível, / Vomitar o pulmão na noite horrível / Em que se deita sangue pela boca! / Expulsar aos bocados, a existência / Numa bacia autômata de barro / Alucinado, vendo em cada escarro / O retrato da própria consciência…
Poesia “Os doentes”, de Augusto dos Anjos, falecido aos 30 anos
Fina ironia
Também no Modernismo, movimento literário e artístico do início do século 20 que visava, a partir do rompimento com o tradicionalismo, à liberdade estética, à experimentação constante e à independência cultural do país, a tuberculose resultou em abrangente literatura. E quem mais a incorporou foi Manuel Bandeira, conhecido como o ‘Poeta Tísico’ por escrever: “Mas então não farei mais nada porque em mim o poeta é tuberculose. Eu sou Manuel Bandeira, o Poeta Tísico”. Devido à doença, o Brasil ganhou um dos seus mais expressivos poetas, já que aos 18 anos, em 1904, deixou os planos de ser arquiteto após saber que estava com tuberculose. Submeteu-se durante 15 anos a tratamentos baseados no clima e altitude em cinco cidades brasileiras e no Sanatório de Cladavel, na Suíça. A ‘sentença de morte’ que significava à época a tuberculose fez da enfermidade inspiração para boa parte de seus escritos, mas ele resistiu até ficar bastante idoso e faleceu por hemorragia digestiva alta. Entre seus poemas figura o seguinte:
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos, / A vida inteira que poderia ter sido e não foi. / Tosse, tosse, tosse. / Mandou chamar o médico. / Diga trinta e três. / Trinta e três… trinta e três… trinta e três… / Respire / O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo / e o pulmão direito infiltrado. / Então doutor, não é possível tentar o pneumotórax? / Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Poema “Pneumotórax”, de Manuel Bandeira, morto aos 80 anos
A descrição literária mais crua sobre a vida de portadores de tuberculose em sanatórios saiu da vivência do dramaturgo, jornalista e teatrólogo Nelson Rodrigues quando ele se tratava da doença na estância climática de Campos de Jordão, em São Paulo, a mais procurada no Brasil para tal finalidade até a primeira metade dos anos 1900. Ele ficou de abril de 1934 a junho de 1935 num Sanatorinho Popular, onde, em 1935, escreveu o seu primeiro texto dramático. Para ele, o sanatório, de forma geral, se tratava da “casa dos mortos”, principalmente por se queixar de solidão ao perceber a escassez de correspondências para ele. Também reclamava dos inúmeros pneumotórax para examiná-lo. A tuberculose foi implacável em relação a Rodrigues: teve 70% de sua visão reduzida, perdeu o irmão Joffre por consequência da doença e chegou à velhice com várias mazelas até morrer em 1980, aos 68 anos de idade, em decorrência de complicações cardíacas e respiratórias. Seu desabafo na publicação “Memórias”, de 1967, expõe a vulnerabilidade à tuberculose.
“Não tinha roupa, ou só tinha um terno; não tinha meias, e só tinha um par de sapatos; trabalhava demais e quase não dormia; e, quantas vezes, almocei uma média e não jantei nada? Tudo isso era a minha fome, e tudo isso foi a minha tuberculose”, escreveu Rodrigues.
A tuberculose também foi bem retratada pela romancista, contista e cronista Dinah Silveira de Queiroz em 1949, quando escreveu o romance “Floradas da Serra”, baseado no romance de homem e mulher que se conhecem numa clínica para tratamento de tuberculose em Campos de Jordão. Em sua narrativa, descreveu o isolamento de adolescentes recolhidas em uma pensão para moças em Campos de Jordão. Em 1954, o italiano Luciano Salce dirigiu filme homônimo baseado nessa obra.
Entre as mais de 50 cachoeiras que já percorremos em Garça e região, ouso dizer que não tem nenhuma igual a Cachoeira do Poção, e isso não quer dizer que seja a mais bela ou a melhor, mas que ela tem um encanto e algumas qualidades que nenhuma outra tem.
Essa cachoeira é muito bonita, tem uma boa altura, tem água muito limpa e ainda um largo poço que em alguns lugares não dá pé. Só que que ela parece envolta a uma atmosfera diferente, parece guardar um pouco do eram as cachoeiras em um tempo que não existia a interferência do homem. Ela também não é muito parecida com as outras cachoeiras que temos.
É preciso percorrer um bom trecho no leito do rio até chegar na cachoeira e quanto mais próximo, mais belo fica o caminho e o entorno, e não existe atalho, é como se estivéssemos no fundo de um grande buraco com as encostas altas e com inclinação de quase 90º em meio a árvores, água, pedras e muitos peixinhos, e o sol não tem como vê-lo, apenas os raios que iluminam as folhas lá no alto da mata e bem distantes de nós.
E quando digo buraco, é como se fosse mesmo, pois a cachoeira está no fundo de um dos cânions que existem em Garça-SP. Ir até a Cachoeira do Poção é sempre um pouco demorado e trabalhoso, só que a sensação ao chegar no lugar é de muita satisfação, é como se tivéssemos encontrado o paraíso na terra ou o lugar onde está escondido o pote de ouro. O bom é que não precisa de ser o paraíso e nem ter o pote, a Cachoeira do Poção é magnífica, e que continue assim, um colírio para os olhos dos amantes da natureza.
Aproveitando o final de um dia muito quente de verão, e era também o último dia de férias dois pequenos de 08 anos de idade. Então que tal aproveitar levar eles para andar de bicicleta com direito a uma cachoeira???
Existe sim uma dificuldade maior para as crianças pequenas em pedalar em meio a pirambeira, pois o aro da bicicleta geralmente são pequenos e torna o pedal deles mais difícil e em alguns momentos inviáveis, sem contar que falta-lhes experiência e logo técnica também. Mas o banho de cachoeira que as crianças tomaram com gosto e a forma como brincaram e interagiram com o ambiente mostraram que a decisão de levá-los até Cachoeira da União de bike for acertada, oportunidade de curtir um dia de forma diferente, com muita alegria e também muito esforço para os pequenos, mas valeu muito a pena.
Foram no total quase 10 km para chegar até a Cachoeira da União e voltar, não é muito ainda que para uma criança, mas o problema é a pirambeira. Como é possível ver no gráfico acima com os dados da elevação, esse pedal teve uma descida muito abrupta, da altitude de 704 metros acima do nível do mar na área urbana fomos para menos de 580 metros de altitude na cachoeira. Para crianças de 08 anos como o Ravi e o Vinícius é um desafio e tanto. Na volta foi inevitável para as crianças ter que empurrar as magrelas até quase chegar a civilização, normal, é o pedágio que a cachoeira cobra, não tem jeito.
Chegou o dia de apresentar a piramba para o meu filho
Chegou o dia que eu tinha prometido para o Ravi, o meu filho de 08 anos, que era leva-lo de bike até uma cachoeira, ou seja, apresentar de bike a pirambeira, e assim aumentar o nível de dificuldade dos nossos pedais. Já tínhamos ensaiado para este dia, fomos até Jafa algumas vezes que tem lá suas subidas e descidas, outro dia chegamos até próximo da Cachoeira do Gaia e percorremos 23 km de estrada de chão. No entanto, eu sabia que os pouco mais de 10 km da Cachoeira da União seria um desafio diferente para ele e não era possível saber como ele iria reagir as dificuldades inerentes a esta mudança, o que causava uma certa apreensão.
Estradão x Pirambeira
Quando se sai do estradão e vai encarar a piramba e ir em cachoeira, alguns novos elementos se apresentam. Para começar muda-se o terreno, de uma estrada batida, passa para uma terra acidentada ou grama/capim que exige maior esforço do ciclista. Outra coisa, também é regra que antes de se chegar a uma cachoeira exista uma descida de inclinação severa ou extrema, também é comum que em alguns momentos é preciso carregar a bike no braço pois é impossível percorrer todo o trecho em cima dela, as vezes também é tem que fazer um pouco de trekking e percorrer a pé o leito do rio até chegar no destino. Essas são só algumas das dificuldades que passam a existir para ilustrar um pouco a respeito dessa mudança, que é de pedalar no estradão e passar a pedalar na piramba, o que ela traz de novo para o ciclista, e no caso de um ciclista mirim essa mudança é ainda maior, pois ainda está aprendendo as técnicas do esporte e explorando novas experiências sobre duas rodas.
Amigos é tudo de bom
O bom que para essa empreitada eu pude contar com meus grandes amigos Vicente Conessa e o Fabiano Ogawa que foram muito importante nesse dia e ajudou bastante neste dia. Ajudaram muito para dar mais confiança e segurança para esse pedal com cachoeira, ajudaram diversas vezes e fizeram toda a diferenças. Obrigado pela força!!!
O Bosque Municipal
O passeio começou com uma volta pelas trilhas do Bosque Municipal de Garça que possui 18,50 hectares de Mata Atlântica preservada dentro da cidade. Ali já foi o primeiro teste para a criança, pois havia obstáculos, trilhas single track e lugares com mata fechada. Foi muito bom curtir esse patrimônio da cidade e o acabou sendo o esquenta para o que viria adiante. Sem contar que meu filho deu de cara com um lagarto Teiu enorme cuja cena ele não irá esquecer tão cedo.
A descida até chegar na cachoeira
Como já diz o ditado, para descer todo santo ajuda, até 100 metros antes de chegar no rio estava tudo muito bem. A partir do momento em que foi preciso pular para andar no pasto e percorrer os trios de boi, aí então o Ravi começou a sentir de fato que pedalar na pirambeira exige muito mais do que se estivesse na estrada de terra.
Ao andar o trecho final de pasto meu filho conheceu a dificuldade que é de manter os pneus dentro dos limites dos estreitos dos trios de boi, alias, é comum isso mesmo com os ciclistas adultos e experimentados, mas que não estão acostumados a andar nesse tipo de terreno. Porém, tudo é questão de tempo para pegar o macete da coisa. Por isso, o Ravi acabou empurrando a bicicleta em alguns momentos, ainda que fosse uma descida.
Ao chegar até o leito do rio chegamos no momento em que é precisava de muita atenção, principalmente com criança e estando com as mão ocupadas, pois é preciso carregar a bike no braço. Nessa hora a ajuda dos amigos foi fundamental para dar mais segurança e chegar enfim debaixo da cachoeira com tranquilidade.
Pena que a cachoeira ainda não se recuperou muito bem do período de estiagem e estava com um volume de água menor do que normal. A água estava aparentemente limpa e um pouco gelada. Meu filho ficou a princípio ficou um pouco reticente de entrar debaixo da queda, mas o encorajei a colocar a cabeça na água e sentir a temperatura, a força e a energia que só uma cachoeira proporciona. A reação é imediata, ninguém fica indiferente a um banho de cachoeira.
A Cachoeira como nunca vista (PirambaCopter)
Essa cachoeira é uma velha conhecida do Piramba e uma das mais próximas da zona urbana e uma das que mais visitamos, embora a gente tenha vários registros do local, ainda não tinha nenhuma imagem aérea do PirambaCopter.
Na beira do precipício o drone foi lançado ao ar e captou belíssimas imagens e pudemos conhecer a 2ª Cachoeira da União como nunca vimos antes, as cenas falam por si e vale a pena conferir o registro desse lugar incrível e do lado da cidade.
A volta e a subida bruta para uma criança
Como já era previsto, a volta é que guardava as maiores dificuldades e que seria um intenso teste de resistência ainda que o percurso não fosse longo em termos de quilometragem. Se para descer o pasto já foi um tanto complicado, subir então seria mais ainda e assim foi. Geralmente a gente já precisa mesmo carregar a bicicleta em alguns trechos, mas o Ravi não conseguiu pedalar os 100 m de subida íngreme no pasto e nem subir a pé carregando a bike nos braços. Tive então que ir a pé carregando a minha bicicleta e a do meu filho, foi um pouco tenso e o esforço foi muito grande, mas ainda bem que foi por pouco tempo e sorte que pude contar a ajuda providencial dos meus amigos.
Deu tudo certo no final
Depois de chegar até a cerca e encontrar um terreno menos hostil, foi possível voltar pedalando, mas ainda tinha muita subida bruta até voltar para a cidade, tive que ajudar o Ravi a pedalar empurrando suas costas até chegar próximo da mata do bosque. Foi até que rápido, mas muito intenso tanto para mim como para meu filho cujo cansaço em seu semblante era visto a olho nu. Mas chegando de volta a civilização, tudo ficou mais tranquilo e o Ravi voltou pedalando para casa e nem parecia mais o menino esbaforido de minutos atrás. Valeu muito a pena e para o meu pequeno foi como se fosse uma grande aventura e tivesse alcançado um grande feito. Ainda bem que tudo correu muito bem, e ficaram momentos felizes na recordação, e é claro que um pouco de cansaço temporário, o que é normal. Sem suor e desafios a evolução fica mais distante. E estreitar os laços de amizade e de pai e filho foi apenas uma ótima consequência de um pedal como deste dia.
Quanto menor o aro, maior é o obstáculo proporcionalmente que o ciclista precisa transpor
Um problema foi verificado com o uso de bicicleta infantil de aro pequeno como a que o Ravi utilizou para chegar na Cachoeira da União. É que os obstáculos e desnível do terreno ganha um contorno bem maior quando se está com uma bike de aro 16, por exemplo. Obstáculo que parece ser pequeno para nós que estamos em uma de aro 29, para quem está com aro pequeno o obstáculo parece gigante proporcionalmente, o que faz o ciclista mirim ser obrigado a fazer um esforço muito grande ou mesmo fica inviável transpor empecilhos que existentes no caminho. Este problema só pude observar ao pedalar com meu filho na pirambeira, pois é algo que não ocorre quando ele pedala pelas estradas de terra.
Final de ano estava se aproximando, é época de festas, mas também pode ser um ótimo período para pegar as bikes e curtir as pirambeiras de Garça-SP, e foi isso que fizemos para crer em um ótimo 2022 e que não falte belas cachoeiras e pedal no ano vindouro.
A Vista privilegiada da Cachoeira das Araras
O lugar escolhido foi um que há anos o Piramba não visitava, é a Cachoeira das Araras que possui uma das vistas mais lindas da região. Fica localizada próxima ao bairro rural Adrianita e do Pesqueiro Codonho, e embora não fique muito longe da cidade o acesso não é dos mais fáceis, é preciso enfrentar mato alto, capim navalha e percorrer o leito do rio em trechos em que ele afunila, fica fundo e chega a não dar pé.
Mas é claro que o todo o esforço é recompensado com um visual do horizonte fascinante, realmente tem uma vista belíssima e privilegiada dos vales que existe entre as Antenas e a Estrada da Bomba, suas matas e um grande paredão de arenito ao lado direito.
O Susto
Só que nem tudo são flores, e infelizmente não foi possível filmar o momento mais tenso e marcante do dia, o susto que levamos, também, não tinha como imaginar, a venenosa cascavel apareceu do nada por trás e pelo curso d´água da Cachoeira das Araras, o que é raro, já que ela prefere lugares secos.
De repente, uma cobra aparece descendo o rio e tocando o Fausto
A serpente chegou a tocar o pé do Fausto que estava com o pé na água e quando ele percebeu a situação tomou o maior susto e saiu correndo rio acima. Eu também me assustei, estava sentado na pedra ao lado contemplando o belo horizonte e de repente vejo a cobra a um metro de mim, e ainda precisei me aproximar dela para pegar a mochila e evitar que ela pudesse entrar nela, pois estava indo em sua direção.
Respeito Mútuo
Ainda bem que ela só só deu um toque para pedir licença e seguir o seu caminho com tranquilidade. Existem estudos que dizem ela usa o guizo para avisar invasores quando estão muito próximos, em cima de uma cachoeira fica difícil ouvir esse tipo de aviso, se é que existiu. Depois, ela escalou um íngreme barranco com maestria e foi-se, deixou então aquela sensação de que a gente nunca mais iria esquecer aquele momento.
Na hora do susto é tudo bem tenso, mas depois foi possível curtir os movimentos desse belo réptil peçonhento, e o sentimento de alívio tomou conta, tivemos sorte que imperou o respeito mútuo entre a gente e a serpente, embora o território seja dela, e os homens sejam os intrusos, em nenhum momento ela se mostrou ameaçadora, por tudo isso, é preciso respeitá-la.
Por outro lado, também não há necessidade de entrar em pânico, os especialistas asseveram que as essas cobras são perigosas sim, mas não são agressivas, em geral fogem quando avistadas. E, é claro que temos que agradecer que desse encontro tão próximo da serpente conseguimos sair ilesos, voltamos para casa apenas com os ferimentos do capim navalha nas pernas, mas nada de mordidas de cascavel. A imagem dela ao lado no meio do rio nunca mais sair da minha mente. Que dia!!!
By Rudi Arena
Sobre a Cascavel*
Nome científico: Crotalus durissus Habitat: Campos abertos de cerrados, áreas pedregosas e secas. Hábitos: Crepuscular e noturno.
O número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade
A cascavel na vertical escalando um barranco na Cachoeira das Araras
Características: A cascavel Possui um chocalho na extremidade da cauda. Ao contrário do que se pensa, o número de anéis no chocalho da Cascavel, não representa sua idade, ou seja, se uma cascavel possui 10 anéis no chocalho isso não quer dizer que ela tenha 10 anos de idade. Muda de pele de 2 a 4 vezes por ano e, a cada vez que isso ocorre, acrescenta um novo anel no chocalho. Alimenta-se de pequenos roedores. A reprodução é vivípara e ocorre no período de novembro a fevereiro. Em média nascem de 16 a 24 filhotes. É venenosa.
As Cascavéis são perigosas, mas não agressivas e fogem rapidamente quando avistadas. A espécie encontrada no Brasil possui veneno neurotóxico, que atua no sistema nervoso e faz com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. Diferente de seus parentes da América do Norte, que possuem propriedades proteolíticas (necrosante).
A Serpente que ocupa o primeiro lugar em acidentes ofídicos **
A característica mais marcante da cascavel é um som de chocalho forte. A cascavel ocupa o primeiro lugar no número de mortes causadas por acidentes ofídicos, aqueles que envolvem mordidas de cobras. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Vital Brazil, no período de 1990 a 1993, mais de cinco mil pessoas foram picadas por cascavéis. Das 35 espécies que existem no mundo, apenas uma vive no Brasil – a Crotalus durissus.
Cáscavel: presente em todo território brasileiro
Ela habita os cerrados, regiões áridas e semi-áridas do Nordeste brasileiro, bem como os campos abertos das regiões Sul, Sudeste e Norte. Veneno da cascavel Boicininga – “cobra que soa”, na língua tupi – , é outro nome da cascavel, que possui um que possui um veneno poderoso. Ele destrói as células do sangue das vítimas, causa lesões musculares, afeta os sistemas nervoso e renal. Na peçonha dessa serpente, há uma proteína que causa rápida coagulação, fazendo o sangue da vítima endurecer. O ser humano tem uma proteína parecida, a trombina. Ela é ativada quando nos machucamos e forma a “casquinha” nas feridas. As células sanguíneas dos seres humanos possuem uma outra proteína chamada mioglobina. Quando o veneno crotálico – da cascavel – destrói essas células, a mioglobina sai na urina da vítima, que assume uma cor avermelhada.
Como tratar uma picada de cascavel? **
A picada de cascavel não dói, segundo diversos relatos do Instituto Butantan. Quem for mordido jamais deve fazer torniquetes ou garrotes – isso agrava a ação do veneno e pode levar à amputação do membro atingido. Também não se deve enfaixar a ferida. Pode-se lavar a ferida com água e sabão ou com soro fisiológico. Mas a melhor coisa a se fazer é levar a vítima o mais rápido possível para o hospital e, de preferência, com a cobra. Isso é importante para a identificação do animal e, portanto, para a administração correta do soro antiveneno, ou antiofídico. Se não for possível capturar a serpente, deve-se dar uma boa olhada nela, para depois descrevê-la ao médico e ele poder aplicar o soro correto.
Perto ou longe? Cascavéis usam truque com o guizo para enganar humanos ***
O som de alerta da cascavel, o som de chocalho, é um dos ruídos mais arrepiantes da natureza: se puder ouvi-lo, já está perto demais.
Contudo, de acordo com um novo estudo publicado em 19 de agosto no periódico Current Biology, essa comunicação é mais complexa do que se imaginava.
Ao analisar as vibrações de alerta da cascavel-diamante-ocidental (Crotalus atrox), cientistas constataram que o chocalhar das serpentes se mantém a frequências mais baixas de até 40 hertz, ou mais lentas, quando uma ameaça está distante. Mas quando um invasor se aproxima demais — uma distância que difere a depender da cobra individual — as cascavéis mudam abruptamente para um sinal de alerta mais rápido e de alta frequência entre 60 e 100 hertz.
Quando foi solicitado a participantes de um experimento que ouvissem e estimassem a distância de uma cascavel em uma pastagem em realidade virtual, eles acertaram com bastante precisão quando os sons dos guizos estavam mais lentos ou a baixas frequências. Ao acelerar o ritmo dos guizos, entretanto, os humanos foram levados a pensar que as cobras estavam muito mais próximas do que realmente estavam.
Quando uma cascavel balança a cauda lentamente, o ouvido humano é capaz de discernir cada som individual do guizo. No entanto, a frequências mais elevadas, os sons individuais se fundem em uma melodia contínua, que parece “completamente diferente ao ouvido humano”, afirma Boris Chagnaud, neurocientista da Universidade de Graz, na Áustria, e autor principal do novo estudo.
Além disso, devido a uma peculiaridade da percepção humana, os guizos de alta frequência soam mais altos para nós, apesar de terem basicamente a mesma amplitude ou volume, explica Chagnaud.
“Talvez essa seja outra função do guizo: confundir predadores”, observa Bree Putman, herpetóloga da Universidade Estadual da Califórnia, em San Bernardino, que não participou do estudo.
O que fazer se encontrar uma cascavel ***
Até mesmo para quem está acostumado a encontrar esses animais na mata, o som característico do guizo da cascavel nunca deixa de assustar.
“É sempre um momento em que o coração dispara”, conta Asia Murphy, ecologista da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. “Adoro encontrá-las, embora o som me assuste.”
É comum Murphy encontrar cascavéis ao estudar suas interações com outros predadores, como linces, raposas e coiotes. Ela explica que existem algumas regras simples para se manter em segurança.
“Sempre fique atento ao local onde senta e coloca as mãos e os pés”, recomenda Murphy. “Nunca tente tocá-las, até mesmo com um pedaço de pau ou uma vara. E é lógico, não as manuseie.”
Mantenha uma distância mínima de um metro e oitenta e resista ao impulso de mover galhos próximos ou outros elementos de seu habitat para observar melhor.
Já é quase natal, ano novo vem na sequência, época boa essa, rever e reunir pessoas queridas, comemorarmos, sermos gratos e refletirmos. Você está de boa e vem aquela música – “então é natal, e o que você fez?’. E eu te pergunto, o que você tem feito para contribuir com um planeta mais sustentável?
Pensou em viver todas essas atividades festivas e incluir nelas atitudes sustentáveis? Vem cá que eu te dou umas dicas:
Lá vem as compras de fim de ano…
Antes de comprar por impulso, avalie se você realmente precisa do produto, qual vai ser o seu uso futuro. Não se deixe atrair por promoções sem necessidade real de compra;
Eu sei que vai ter presentes…
Pensou em presentear alguém especial, utilize uma embalagem eco, materiais como papel e barbantes, solte a imaginação, nada de usar aquele monte de sacos plásticos;
Sugestão de Embalagem.
Já estou pensando na comida, hunm…
Na ceia certamente vai ter receitas com azeitona, palmito, enfim, alimentos condimentados que vem em embalagem de vidro, que tal reutilizar o pote?Retire o rótulo e personalize como achar melhor.
Sugestão de armazenamento.
E as bebidas hein…
Vai beber? Que seja na latinha, isso mesmo, o alumínio é muito valorizado no mercado de recicláveis, campeão no ranking da reciclagem, além de ser o sustento de muitas famílias, o metal bruto extraído da natureza demanda um alto custo, já a reciclagem é um processo mais simples e eficiente.
Uma segunda opção são as bebidas em garrafas retornáveis. Mas se consumir alguma garrafa plástica, opte pelas de cores branca translucida, nada daquelas coloridas, elas não têm tanto retorno na cadeia de reciclagem. Lembre-se de separar os recicláveis.
Do mais eu desejo que suas festividades sejam marcadas por bons momentos e que seu 2022 seja de muita paz, saúde, sucesso e sustentabilidade!
Hoje, 21 de setembro é o dia da árvore e nada mais apropriado para ocasião do que o Piramba MTB prestar homenagem a beleza do Ipê Amarelo, árvore nativa do Brasil e que embeleza o país afora com seus cachos amarelos de cor viva e chama a muito a atenção por quem passa por suas belas flores.
O inverno não é considerada uma estação muito auspiciosa para as plantas, árvores e flores em geral. Mas a estação fria e seca também pode guardar belas surpresas, como foi o caso da exuberante florada dos Ipês amarelos em Garça. As lindas imagens foram registradas pelo PirambaCop e andar de bike entre esse espetáculo da natureza é um privilégio que dura poucos dias.
Na época da seca, a árvore perde as folhas, que dão lugar às flores e transformam a paisagem. A floração do ipê–amarelo ocorre entre os meses de julho e setembro e chama a atenção de moradores da cidade e da zona rural. A floração dos ipês-amarelos dura, em média, 15 dias.
Ipê-amarelo-flor-de-algodão
Ipê-amarelo-flor-de-algodão (Handroanthus serratifolius) é uma espécie de árvore do gênero Handroanthus. No Brasil também é conhecida como somente ipê-amarelo.
Características
É uma árvore com porte que varia de médio a grande e pode atingir de 15 a 30 metros de altura. Possui o tronco fissurado formando finas placas que se soltam em pequenas quantidades. Suas flores são de cor amarelo-dourado e se formam em cachos.
Flores
Possuem flores hermafroditas livres ou em tríades levemente perpendicular, unidas em conjuntos em formato de umbela no final dos ramos. O cálice e a corola tem forma tubular com cinco lóbulos. Por causa de sua beleza, atraem insetos e vertebrados como abelhas e pássaros, especialmente beija-flores que tem papel fundamental na polinização. As sementes são espalhadas pelo vento.
A floração ocorre após a queda das folhas, o que acontece no período mais seco, geralmente de junho a agosto, no inverno, podendo variar nas zonas mais próximas ao litoral.
Distribuição geográfica
Floração de Ipês-Amarelos ou “Pau-d’arcos amarelos” (Handroanthus serratifolia) vista do Pico Alto, no município de Guaramiranga, topo mais elevado da Serra de Baturité – Ceará – Brasil.
Árvore típica do bioma da Mata Atlântica, ocorrendo no interior da mata, sendo difícil de ser encontrada em estado nativo atualmente, por conta da sua madeira ser altamente requisitada e ter desenvolvimento lento. Não é muito utilizada em paisagismo urbano, justamente pelo lento crescimento e por ser de médio a grande porte.
Usos
A madeira é utilizada para construções civis e navais, alem de pontes, postes, tábua de assoalho, tacos de bilhar e bengalas, possuindo longa durabilidade. Árvore ornamental, extremamente majestosa quando está florida, é ótima para o paisagismo. Usa-se também em restaurações florestais. A entrecasca é utilizada na medicina caseira, embora seja menos procurada que a do ipê-roxo.
Também é bastante usado em paisagismo e arborização urbana por suas flores amarelas bem chamativas, entretanto, não é recomendado plantar próximo a casas ou em calçadas, pois suas raízes podem causar problemas no calçamento e na rede de esgoto.
Flor nacional do Brasil
Em 27 de setembro de 1961, foi apresentada a proposta do Projeto de Lei 3380/1961 que declara o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e o ipê-amarelo (Tecoma araliacea), respectivamente, árvore e flor nacionais. No entanto, após vários pareceres a PL foi arquivada. Em 7 de dezembro de 1978, somente o pau-brasil foi declarado árvore nacional por meio da Lei nº 6607. Houve outras tentativas de estabelecer o ipê-amarelo como a flor nacional com os projetos de lei PL-2293/1974 e PL-882/1975, mas as duas PL foram arquivadas na Câmara dos Deputados.
Em um sábado de tempo bem fechado o Piramba logo cedo chegou no município paranaense de Ribeirão Claro, na fronteira com o Estado de São Paulo e aproveitou esse paraíso do mountain bike e com paisagens incríveis, as margens do cristalino Rio Paranapanema e com vista privilegiada da bela Represa de Chavantes.
*Sobre Ribeirão Claro
Nascida do pioneirismo de agricultores e colonizadores paulistas, mineiros e fluminenses, Ribeirão Claro tem o passado marcado pelo café. Por volta de 1895, a terra roxa e a cultura que se iniciava na região atraíram inúmeras famílias que viram na nova localidade a oportunidade de uma vida melhor com a produção cafeeira.
Atualmente, a cidade de mais de 10,5 mil habitantes conserva essa vocação rural e produz, além de um café de reconhecida qualidade, leite, milho, geleias e compotas. Criação de gado de corte e aves completam esse quadro. No entanto, a economia local se diversificou e a indústria consolidou-se. Ribeirão Claro destaca-se pelas fábricas de laticínios e de móveis.
O potencial turístico da cidade também recebe reconhecimento crescente. A localização privilegiada, às margens do Rio Paranapanema, as belas paisagens naturais e a proximidade da Represa de Chavantes atraem turistas de diferentes regiões, em todas as épocas do ano. Balneários, cachoeiras, morros e fazendas são opções preferenciais de lazer que movimentam a economia de pousadas, parques aquáticos e operadoras de esportes radicais.
Morro do Gavião
Um dos pontos altos de Ribeirão Claro (literalmente) é o Morro do Gavião, uma formação rochosa que fica 850 metros acima do nível do mar e faz parte das atrações da Fazenda São João. O local é muito procurado para a prática de esportes radicais como rapel, escalada e voo livre. A caminhada até ele e a possibilidade de contemplar do alto as belezas do lago da Represa de Chavantes são atrações à parte.
O Piramba® é uma associação sem fins econômicos que atua para a preservação do meio-ambiente natural, cultural e histórico por meio da atividade turística na região de Garça – SP.
O Piramba® começou no ano de 2011 com um grupo de amigos que se divertiam pedalando pelas pirambeiras, picos e cachoeiras da cidade de Garça que resolveram criar despretensiosamente um blog com o intuito de reunir os vídeos produzidos desses pedais e mostrar as riquezas e atrativos naturais da região.
Após mais de 10 anos após a formação inicial – e quase uma centena de cachoeiras e atrativos catalogados – o grupo que conta com mais de 20 membros, se tornou uma organização sem fins lucrativos cuja missão é:
-Divulgar os patrimônios naturais, culturais e históricos da região.
-Estimular atitudes sustentáveis na sociedade com responsabilidade ambiental e social.
-Ações e parcerias para a preservação desse patrimônios.
Nossos Valores:
-Companheirismo.
-Amizade.
-Ética.
-Transparência
.-Respeito a natureza
.-Empatia.
-Pluralidade.
-Tolerância.
-Orgulho da terra.
-Sustentabilidade.
-Apartidarismo político.
Nossa visão: o objetivo do Piramba® é ser reconhecido como uma organização que desenvolve e dissemina práticas que contribuem para a transformação social e ambiental em sua área de atuação para fins de uma sociedade mais solidária e sustentável.
O Piramba é uma marca registrada junto ao INPI (Processo nº 920341420) e regularmente inscrito no CNPJ sob o nº 43.312.157/0001-65). Todos os direitos reservados.
A última onda de frio do inverno 2021 casou estragos na cultura cafeeira da região de Garça, muitos pés de café arábica foram danificados pela geada com prejuízos para os cafeicultores.
Provas do estrago são as imagens aéreas captadas pelo PirambaCop que mostram que parte das plantas de café queimadas na Fazenda Igurê. A cena é triste, e já há alguns anos que isso não ocorria, mas por outro lado o fenômeno faz parte da realidade de Garça-SP ao longo de sua história.
*Uma grande geada – a maior da história de Garça – ocorreu no dia 18 de julho, atingindo impiedosamente 90% dos cafezais da região. A cafeicultura do município foi totalmente atingida. O panorama nas lavouras garcenses era desolador: cafezais, pastos e outras culturas mostravam-se enegrecidos, como se estivessem queimados por intensas labaredas.Para se ter noção da extensão da geada ocorrida na cidade em julho de 1975, a temperatura atingiu a 1,5 grau negativo. Na manhã do dia 18, muita gente foi lavar o rosto e quando abriu a torneira não viu a água sair. A baixa temperatura congelou a água no encanamento. Somente no final da manhã a situação se normalizou. Um fato inédito em Garça até os dias atuais.
Jaime Nogueira Miranda mostrando os prejuízos (Acervo: Secretaria do Turismo Garça-SP)
O Café da região de Garça:
Conheça um pouco sobre a estreita relação o município de Garça-SP com o café.
Tem algumas cachoeiras que cobram um preço alto para se chegar até ela, esse é exatamente o caso da Cachoeira São Matheus. As encostas são altas e íngremes, é mais difícil descer até ela, a subida da volta parece ser um pouco melhor e foi esse o nosso desafio no sábado de 04/09/2021 com nossas respectivas magrelas.
Não tem tilha ou picada para seguir, é preciso abrir o caminho levando muito mato no peito e arranhões na pele e depois identificar o ponto em que é possível descer, o que também não é tarefa fácil. Parecia que um abismo intransponível estava por toda parte, até que achamos um lugar para descer. Mesmo assim, a descida não foi nada tranquila, é preciso sempre procurar uma árvore ou raiz para se apoiar, e todo cuidado é pouco. É fácil escorregar barranco abaixo.
Ao final, deu tudo certo, tivemos ainda que percorrer um pouco do leito do rio até chegar. E então pudemos contemplar e aproveitar esse incrível patrimônio natural de Garça-SP, mais precisamente localizado no distrito de Jafa. A água é sempre cristalina e também muito gelada, mas é só entrar que logo se acostuma com a temperatura e então é possível curtir o belo poço que a cachoeira São Matheus possui e que parece ter sido esculpido pela força da água ao longo de anos de anos sobre a rocha que a circunda.
Também foi a primeira vez do PirambaCop neste lugar e ele fez várias imagens aéreas incríveis, e graças ao drone também avistamos a existência de uma outra cachoeira rio acima que desconhecíamos totalmente. Essa região foi abençoada pela natureza e a Cachoeira São Matheus é só mais das muitas outras lindas cachoeiras que existem em Garça-SP.
Depois de o Piramba ter sido objeto de uma longa matéria em um grande jornal de Bauru-SP e também da Solutudo, e de ter aparecido em um programa regional da TV Record, dessa vez nossos bravos pirambeiros deram o ar da graça na tela da Rede Globo.
Na manhã deste último domingo (29/08/2021) passou no programa Nossa Campo para todo o Estado de São Paulo uma matéria em que o Piramba MTB fechou, foi gravado em Garça-SP e teve como tema o Turismo Rural. O Piramba voltou ainda na telinha da Globo no Jornal Tem Notícias do dia 03/09/2021 com um conteúdo diferente do exibido anteriormente.
Primeiro começou com o empreendimento da família Godoy na Fazenda São Ramiro na Estrada do Saltinho com previsão de inauguração de uma pousada, um restaurante e um pesqueiro . Depois a foi a vez de mostrar a “Fazendinha” de 5.000 metros quadrados do lado da cidade, no Jardim Giseli e repleta de animais. Trata-se do Recanto Querência que tem previsão de receber grupos de estudantes e famílias de toda a região e idealizado pela veterinária Andressa Bronzatto em parceria com Carlos Alberto, o Kir.
Matéria exibida no programa Nosso Campo.
É muito bom ver que tem gente que aposta no turismo em Garça-SP. Essa é uma bandeira que o Piramba MTB já carrega faz tempo e aos poucos a gente aproveita os espaços que nos são oferecidos para além de mostrar os caminhos fascinantes que temos para a prática do mountain bike em nossa região, queremos também mostrar as belezas naturais de nossa região, pois aqui existe um potencial grande para a ser explorado por um ecoturismo consciente e sustentável. Dessa forma, buscamos contribuir, apoiar e fortalecer essa cena emergente e promissora do Turismo Rural em Garça-SP que foi tão bem captada pelo programa Nosso Campo.
Este é um vídeo com os melhores momentos já registrados pelo PirambaCop, como é apelidado carinhosamente o drone usado pelo Piramba MTB para gravar as imagens incríveis das belezas da região de Garça. São cenas de cachoeiras, da Igreja da Cia Inglesa, e também de muito pedal.
O frio pegou, mas o Piramba MTB não arreou e voltou para pedalar entre as belas montanhas da Serra da Mantiqueira e haja perna para tanta subida. O bicho pega. Esse vídeo registra algumas cenas que gravamos durante nossos dias de em Campos do Jordão, lugar que sempre vale a pena, pois e é um prato cheio para quem curte mountain bike.
Após o adiamento da Piramba Trip de 2020 para 2021 em razão da pandemia, apesar dela e com todos os pirambeiros devidamente testados voltamos para conhecer um pouco mais das belezas e trilhas de Campos do Jordão e nossa trupe ficou mais uma vez hospedada na fantástica Casa Submarino. Está obra de arte edificada toda planejada pelo engenheiro Emmanuel Klabin no início dos anos 1950 e que já foi até objeto de estudo da USP: http://www.nomads.usp.br
Neste vídeo o nosso amigo Rafael, mais conhecido entre nós pelo apelido de Fiel e vai saber a razão, mas o que importa é que ele observou e registrou interessantes detalhes dos móveis dessa casa incrível e que parece parada no tempo mas repleta de surpresas e histórias. E tudo trabalhado com muita madeira e engenhosidade.
By Rudi Arena
2019
Clique no link abaixo e saiba tudo sobre essa edificação intrigante e diferente de tudo o que existe por aí: