Trilha da Moto 2 – Bauru com Sujo de Barro.

O ultimo sábado, dia 20 de dezembro de 2014, foi um dia bastante especial.

A convite do Sujo de Barro, Thiago Zancopé, partimos as 7 e meia da manhã em direção à Bauru para pedalar na Trilha da Moto 2. Fomos recebidos (eu, Fausto, Bulho e César) alegremente e partimos para a famigerada trilha da Moto 2. Seria essencialmente 30 quilômetros de pedal sendo estradões e a trilha em sí que compreende uma mata com single-track muito bem conservado.

Sempre que se parte para algum novo pedal fica a expectativa do que se encontrará pela frente e, o que presenciamos foi uma trilha deliciosa de ser pedalada praticamente plana e bastante fluente com muitas curvas e raízes. Foi em uma dessas curvas que fui presenteado com uma queda. Minha roda escorregou em um pouco de areia e acabei sendo jogado por cima do guidão. Adrenalina a mil nem senti os arranhões e a aventura continuou. Ao final da trilha por sugestão do Zancopé nos dirigimos até Guaianás.

Quando chegamos até a igreja desse distrito de Pederneiras o relógio já marcava o meio dia e, após tomarmos uma Coca gelada partimos para a Cachoeira de Itatinguí. E foi a partir daí que o sol deu o ar da graça. A cachoeira foi providencial para recarregar a positividade e então pedalamos até a Estação Ferroviária de Itatinguí. Nesse ponto já me encontrava bastante cansado.

Partimos de volta para Bauru e então que o pedal se torna uma espécie de guerra psicológica com seus próprios limites. Faltando 3 quilômetros fui vencido por meu corpo. Já não conseguia mais avançar.

Mesmo assim tudo valeu a pena e faria novamente tal destino.

Os momentos de adrenalina, a companhia dos amigos, as risadas, o suor e até a queda… não há nada que pague esses momentos que nos fazer sentir mais que vivos. Parece que a centelha de vida que se contém em nosso corpo pulsa e nos faz gratos por nossa existência.

Obrigado Sujo de Barro e até a próxima aventura. Ah, os 30 quilômetros programados se transformaram em 65 quilômetros ao final e ainda sinto em minhas pernas.

A pergunta, porém, ainda persiste:

On cotô?

2ª Cachoeira da Geladeira (Inédita)

Se por um lado tivemos a decepção de encontrar a Cachoeira da Geladeira sem seu característico poço, por outro lado, no mesmo dia tivemos a agradável sensação de ter conhecido mais uma bela cachoeira. Esta, junta-se a outras dezenas já percorridas e registradas pelas lentes do Piramba-MTB.

Para chegar até esta queda d`água que cai de grande altitude em pedras, é preciso seguir o curso do córrego da cachoeira da geladeira sentido Marília-SP, após andar um certo tempo pelo seu leito e também pela sua margem, chegamos enfim a mais uma cachoeira localizada no município de Garça-SP. A queda fica do lado esquerdo e ainda era desconhecida por nós, apesar de já sabermos da sua existência e avistá-la de longe, demorou para conseguirmos chegar em baixo dela.

Na primeira tentativa a quantidade de teias e de aranhas era tão grande, que andar pelo rio era uma tarefa árdua e extremamente lenta, assim, achamos por bem abortar a missão. Alguns anos depois, houve a segunda tentativa, nada de teias e nem aranhas, o caminho estava livre para que pudéssemos desfrutar de um banho em uma cachoeira inédita para nós, o que foi muito gratificante, pois é sempre uma felicidade ímpar a sensação de conhecer uma nova cachoeira.

Rudi Arena

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A Cachoeira da Geladeira Vai Ter Que Mudar de Nome

A Cachoeira da Geladeira localizada em Jafa e cuja característica principal é seu poço de água gelada, vai ter que mudar de nome. É com muito pesar, que escrevo essas más digitadas linhas, para noticiar a quem ainda não sabe, que uma das melhores e mais conhecidas cachoeiras de Garça, que tinha o mais fundo poço de todas (mais de 5 metros de profundidade), acabou, ao menos ela não existe mais na forma como estávamos acostumados a ver e apreciar.

Da última vez que ali fomos, tomamos um susto quando chegamos a tão almejada cachoeira, pois constatamos que o poço simplesmente havia desaparecido para dar lugar a um grande banco de areia. Uma das cenas mais tristes já vista por mim, ecologicamente falando é claro, ainda mais pela relação afetiva que foi desenvolvida pelo lugar.

Como é regra, e não exceção, os córregos e nascentes de Garça e região, assim como Brasil a fora, sofrem com o desmatamento de suas margens e o assoreamento de seu leito. Isso, na maioria das vezes diminui significativamente o nível da água dos rios, e assim prejudica de diversas formas os seres vivos que existem ali ou que dependem de sua água para viver.

O cumprimento ao menos do que determina o Novo Código Florestal Brasileiro, já seria um grande avanço para evitar estas tristes ocorrências, embora o novo código tenha sofrido com a diminuição da proteção da mata ciliar legal exigida em comparação ao antigo texto. Uma recomposição mínima da cobertura vegetal das nascentes são essências para que possamos continuar a aumentar a população, sem que soframos com uma grave escassez de água, cujos sinais já estão sendo enviados.

Rudi Arena

Curicaca na Cachoeira da Constroli

Ao voltar de um relaxante banho da Cachoeira da Costroli no final da tarde, nos deparamos com uma ave diferente com um longo e curvado bico, de longe lembra até um pato com sua cauda curta, ficamos intrigados em saber que animal seria aquele até então nunca visto por nós.

Após tirar a uma certa distância fotos do casal de aves, ao filmá-las, elas voaram, mas foi o suficiente para registrar mais uma espécie animal que encontramos piramba a fora. Ao chegar em casa, logo pesquisei na internet no intuito de descobrir o nome da ave avistada, em pouco tempo tive a certeza tratar-se de uma Curicaca (Theristicus caudatus).

O nome popular dado a esta ave se dá em razão da semelhança de seu canto composto de fortes gritos, no pantanal é conhecida como despertador. Habita campos secos, alagados e pastagens. Alimenta-se durante o dia e também ao pôr-do-sol. Tem alimentação variada, composta de insetos e larvas, centopeias, pequenos lagartos, ratos, caramujos, insetos, aranhas e outros invertebrados, anfíbios e pequenas cobras, e até mesmo aves menores. Seu bico, longo e curvo, é adaptado para extrair larvas de besouros e outros insetos da terra fofa. Uma curiosidade deste animal é ser um dos poucos predadores que não se incomodam com as toxinas liberadas pelo sapo (Bufo granulosus), por isso este anfíbio pode fazer parte de sua dieta.

Como diz o ditado, vivendo e aprendendo, são tantas as espécies animais que habitam a nossa volta, mas poucas são as que conhecemos de fato. Por isso, é sempre gratificante avistar animais que até então desconhecíamos, evidência da vastidão de nossa fauna e do nosso parco conhecimento, o que é muito bom para aguçar aquela curiosidade que nos leva adquirir novos conhecimentos. Abaixo segue um mapa de registro da espécie no Brasil, pode-se notar que o interior de São Paulo faz parte da distribuição geográfica desta ave.

Rudi Arena

Fonte: http://www.wikiaves.com.br/

Mapa de registros da espécie curicaca (Theristicus caudatus)*

mapaocorrencia

*Cidades onde os observadores do WikiAves registraram ocorrências da espécie curicaca (Theristicus caudatus). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.

2ª Cachoeira da Mata


Conhecíamos apenas a 1ª Cachoeira da Mata, e foi pra lá que fomos, a 2ª segunda cachoeira era uma espécie de lenda que já ouvimos falar, mas que nunca a vimos. No caminho pela estrada da corredeira pra chegar até a cachoeira, encontramos infelizmente um lagarto teiu morto, talvez por atropelamento. Ao chegar na 1ª cachoeira, percebemos que a água estava mais rala do que o normal, mais uma evidência de que a estiagem de 2014 foi realmente significativa, porém, apesar do baixo volumes de água, esta continuava cristalina, uma das características mais marcante e valorizada desa cachoeira. Próximo a ela, encontramos um fóssil animal esturricado pelo tempo decorrido, mas que continua preservadas as estruturas de óssea e da pele, mesmo assim, difícil identificar com certeza que espécie seria esta.

Após um relaxante banho de cachoeira em águas límpidas, surgiu a sugestão de continuar andando no curso do rio a procura da 2ª Cachoeira da Mata, que falaram que existe e que seria de grande altitude.Todos concordaram, então seguimos rumo ao desconhecido, após andar um tanto, foi possível ouvir um forte barulho de água caindo e o horizonte ficou mais limpo, sinais de que estávamos chegando ao nosso objetivo.

Logo mais, já a beira do precipício, pudemos contemplar mais um lindo visual que esta região proporciona, e o maravilhoso gostinho de conhecer uma cachoeira diferente. Depois de mais de 30 cachoeiras filmadas e fotografadas em Garça e redondezas, fica cada vez mais difícil ir em uma cachoeira inédita, por isso este dia foi tão especial. Agora o desafio é tentar chegar até ela por baixo, pois só foi possível chegar por cima, uma vez que a queda é abrupta e não permite descer, o jeito é ir por outro caminho, embora saibamos que não será nada fácil, mas também, se fácil fosse que graça teria?

Rudi Arena

Trilha Faz. Cascata – Estrada da Bomba

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Esta trilha é puro creme da pirambeira, o início dela se dá pela fazenda cascata e o destino é voltar pela estrada da bomba d`água do SAEE. Apesar da baixa quilometragem, este é um pedal desgastante em razão do terreno acidentado que exige um esforço extra, ainda mais que ter que atravessar piramba abaixo a fazenda cascata, passar por um inevitável e longo brejo, depois de tudo isso, ainda tem a íngreme subida da estrada da bomba pela frente exige um certo esforço, mas cada km mal traçado vale a pena.

O tempo todo de pedal somos contemplados com um visual a volta belíssimo, com as paisagens que Garça tem de melhor, de serra, vales e paredões, um berço de nascentes, aliás mananciais que hidratam a população garcense, pois são das minas dessas redondezas que sai a água que escorre pelas casas da cidade de Garça. Lamentável é que embora tenha aumentado consciência da necessidade de preservação de nossos mananciais, constatamos que muitos nascentes e cursos d`água ainda estão descoberto da necessária mata ciliar, o caminho para reparar os erros do passado é longo, mas necessário.

Um dos pontos altos do pedal, foi que vimos de muito perto um belo tucano exibindo-se para nós, mas infelizmente não foi possível filmá-lo ou fotografá-lo, o que tinha sido um motivo de alegria, mas com uma pontinha de frustração, aliás, não é todo dia que um tucano se exibe para você. Porém, ao final rolê, a providência divina nos foi generosa e nos brindou com um belo casal de tucanos que repousavam tranquilamente em um galho e me deixou fotografar a vontade, apesar de não estar tão próximos como o que havíamos avistado inicialmente, foi possível fazer uma boa foto, que prova que a sentinela do planalto tem sim tucanos nos arredores, o que muitos moradores podem duvidar ou não ter conhecimento.

Já pude presenciar tucanos em vários lugares pedal a fora, mas nunca conseguimos registrar uma foto, desta vez foi possível, embora já tenha avistado no pico do tucano (ao lado direito de quem desce a bomba), na corredeira, próximo a companhia inglesa e mesmo na estrada do bairro da Adrianita,nota-se que é cada vez mais frequente esse encontro. Ou seja, o fato é que a presença de tucanos são mais perceptíveis do que nunca, um bálsamo maravilhoso quando nos deparamos com tanta negligência ecológica por aí.

O processo é lento de recuperação das matas nas margens de rios e nascentes, mas há algo positivo também, se ainda existem muitas nascentes sem a cobertura vegetal devida, por outro lado, existe um movimento de reflorestamento, de plantar uma muda no lugar de uma árvore frondosa que foi arrancada no passado, e que o presente já cobra seu preço, imagine então no futuro. Se hoje a água já não é tão abundante como em outrora, como será daqui 100 anos se continuarmos adotando velhas e esquizofrênicas práticas? A natureza é tão perfeita que até emite sinais de alerta, só não vê quem não quer.

Rudi Arena

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Animal Atropelado na Rodovia SP-294

Atropelamentos de animais domésticos é muito comum nas rodovias da região, infelizmente, muitos gatos e cachorros morrerem assim, mas também animais silvestres morrem da mesma forma. Eles ficam cada vez mais vulneráveis a este tipo de ocorrência, uma vez que a diminuição progressiva de seus habitats os obrigam a buscar alimentos cada vez mais longe, próximos as rodovias e as cidades. Uma consequência de nossa forma predatória de explorar os recursos naturais e relegado a um problema de menor importância pelas autoridades.

Em um belo dia de pedal, ao retornar da cachoeira da Igurê pela represa, quando atravessamos a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros à caminho de Garça, nos deparamos com um Mamífero de médio porte atropelado, um animal peludo que nunca tínhamos visto, a pergunta que se fazia era “que bicho é esse”?

Enquanto um falou que era quati (descartado imediatamente), outro suspeitou tratar-se de um Guaxinim, também conhecido como mão pelada. Após algumas pesquisas, acredito que seja mesmo um Guaxinim, mas não há 100% de certeza. Quem souber confirmar ou indicar qual espécie seria, faça um construtivo comentário, por favor.

Rudi Arena

Cachoeira do Cantu

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Trata-se de um lugar especial, uma espécie de pedacinho do paraíso na terra, de uma beleza incomum e com uma atmosfera tranquila que transpira paz. Em um sábado de sol matutino, os raios de sol batiam na cachoeira e esta refletia o brilho na água como se fosse uma espécie de extensão dela, mas correndo pelo chão, um espetáculo, uma imagem que ficará guardada na memória pelo resto da vida.

Ao chegar na cachoeira, nos deparamos com água caindo de quase todos os lados, existem duas grandes quedas e ao lado mais algumas quedas de água escorrendo pelas pedras, também existe um largo poço, mas não muito fundo, ideal para se refrescar e curtir a água limpa e gelada do local.

O acesso a cachoeira é pela estarda de terra do saltinho, está localizada entre os municípios de Garça-SP e Gália-SP. Porém, para chegar até lá é indispensável ter a devida autorização do proprietário, por isso, o seu acesso não é tão simples e nem a cachoeira é tão frequentada.

Rudi Arena

Cachoeira dos Escravos

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Cachoeira dos Escravos é simplesmente o pico com a vista mais incrível da região, as imagens falam muito mais do que qualquer descrição. Localizada próximo ao limite de município de Garça com Álvaro de Carvalho, porém, em território pertencente ao último.

O único problema é que para se chegar até lá, é preciso andar bastante por um asfalto sem acostamento, o que não é bem vindo para quem é chegado em andar nas pirambeiras da zona rural, mas neste caso, a recompensa é grande, sempre rende boa imagens e uma sensação agradável de sentir o vento batendo na cara de um lugar tão alto e com um horizonte tão privilegiado.

Rudi Arena

Cachoeira da Maria Augusta – 2º Dia na Serra da Canastra

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No segundo dia de aventuras na Serra da Canastra, o destino desta vez foi a agradável e belíssima cachoeira da Maria Augusta, localizada entre os municípios de Delfinópolis e São João Batista do Glória. A cachoeira possui um largo poço, formação de uma praia de areia grossa e fina, com duas quedas, à direita um grande paredão, e, à esquerda, uma área de floresta.

São duas quedas que ficam lado a lado – a maior com 35 m de altura. Para chegar, é necessário passar pela Pousada Mata do Engenho, que cobra a entrada. De lá, se não estiver em veículo 4×4, caminhe cerca de uma hora (2 km) ou alugue um cavalo na pousada (R$ 10 por pessoa).

Localizada na Mata do Engenho, a 18km de São João Batista do Glória, por onde o acesso é mais fácil.

Rica em belezas naturais ao pé da serra, com várias cachoeiras e piscinas naturais dentro da fazenda e o belíssimo ribeirão Grande que passa a poucos metros da sede da fazenda.

 

Rudi Arena

 

Pousada Mata do Engenho

Acomodações
Chalés com varanda, ventilador, cama de casal e beliche.
Quartos duplos e triplos na casa da fazenda.

Opções
Piscina natural, trilhas no cerrado e inúmeras cachoeiras privativas como a cachoeira da Maria Augusta, muito famosa na região. Também passeios à cavalo e guia local.

Oferece
Diárias com café da manhã e refeição típica mineira.

Como chegar:
Partindo de São João Batista do Glória sentido Babilônia, são 18km de estrada de terra até a pousada. Sempre seguindo placas indicativas da pousada.

Contatos e reservas
(035) 3524-1965
Vanda ou Oliveira

1° Dia na Serra da Canastra – Cachoeira Casca D´anta

 

Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra tem 71.525 hectares demarcados e parte do território de 3 municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, no sudoeste de Minas Gerais e o grande objetivo da criação do Parque foi a proteção das nascentes do rio São Francisco. O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras. Uma estrada de 60 km corta o Parque de fora a fora e vias secundárias dão acesso a algumas das principais atracões

 No primeiro dia da odisséia do PirambaMTB na Serra da Canastra que fica no estado de Minas Gerais, mais precisamente nossa base foi a cidade de São Roque de Minas, onde fica a portaria nº 1 do Parque da Serra Canastra. Neste início de trilha em terras mineiras, o destino foi chegar em cima da cachoeira Casca D´anta, uma das maiores atrações desta Serra em razão de sua beleza e a mais alta cachoeira da região, são exatos 186 metros de queda livre e  o visual do cume do pico é para lá de fantástico, realmente espetacular, pois por mais que se aperte os olhos para tentar enxergar mais longe, o horizonte verde repleto de de vales e montanhas parece ser infinito. Porém, para chegar até lá, antes mesmo de chegar à porteira do Parque, existe uma subida feroz, muito íngrime mesmo. Ainda bem que é logo no começo, quando estávamos todos animados e cheio de gás, se fosse na volta, seria demasidamente desgastante, pois o percurso total deste pedal foi de aproximadamente 90 km de muitas descidas e subidas.

O pedal teria sido perfeito se não fosse um acidente não muito grave, mas também não muito leve, que poderia ter sido muito pior, um alerta para enviar um sinal de que precaução nunca é demais. Apesar do susto seguimos em frente e tentando aprender com os imprevistos e infortúnios que nos deparamos no caminho. Só restou descansar para o próximo dia de aventura que prometia, o tempo era curto para tantas atrações da Serra da Canastra. Um lugar peculiar, repleto de atrações naturais de deixar qualquer um de queixo caído.  Para Quem quiser visitar essa jóia da natureza, segue  algumas informações sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra.

Rudi Arena

REGULAMENTO BÁSICO DO PARQUE

  • Horário de visitação:
    8h00 às 18h00. Recomenda-se entrar até as 16h00 no máximo.

  • Velocidade de tráfego nas estradas:
    40 km/hora.

  • Lixo:
    Recomenda-se usar as lixeiras instaladas nos principais pontos ou de preferência recolher o lixo e entregá-lo em uma das portarias.

É proibido na área do Parque Nacional:

  • Entrada e consumo de bebidas alcoólicas.

  • Uso de equipamento coletivo de som.

  • Prática de esportes radicais como rapel, canioning, tirolesa, pêndulo e escalada.

  • Entrada de animais domésticos.

  • Uso de armas e material de caça e pesca.

  • Coleta de rochas, plantas e animais de qualquer tipo ou espécie.

Infrações:

As infrações ao regulamento podem resultar em punições para o visitante, desde a expulsão da área do Parque até o pagamento de multa ou prisão em flagrante.

Recomendações gerais:

  • Transitar somente por trilhas conhecidas e sinalizadas, de preferência na companhia de um guia local.

  • Levar sempre capa de chuva e agasalho em qualquer época do ano.

  • Usar boné ou chapéu e filtro solar para evitar queimaduras.

  • Não caminhar nas trilhas quando houver cerração.

  • Atenção para a trilha da Casca D’Anta (parte alta para parte baixa e vice-e-versa: reserve pelo menos 5 horas com luz solar para essa caminhada.

  • Usar calçado confortável, fechado e com solado antiderrapante.

  • Afastar-se dos rios e córregos ao primeiro sinal de chuva.

Legislação/Parque Nacional:

Decreto 70.355, de 3 de abril de 1972

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Chamada Serra da Canastra

Cascatinha

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Cachoeira situada na Fazenda Cascata em Garça-SP, o pedal é de cerca de 20 km no total, o acesso mais fácil é através da estrada de terra que vai para a Corredeira, as margens da rodovia Garça-Álvaro de Carvalho. Não dá para chegar com a bike até a cachoeira, pois é preciso descer uma mata fechada em terreno íngrime na qual não há trilha. Mas sempre vale a pena o pedal, e neste dia não foi diferente, para variar, no final fomos comtemplados com um pôr do sol espetacular.

Rudi Arena

Cachoeira do Marangão – Garça

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Para chegar neste lugar, é preciso pegar uma estrada de terra atrás do distrito industrial de Garça e segui-la até o fim do caminho, então chega na  fazenda que tem um mata burro na entrada. Esta propriedade pertencia a uma conhecida figura da sociedade Garcense, que por sinal seu nome foi associado a cachoeira, uma vez que quando proprietário construiu uma ponte e cimentou um caminho para chegar de carro até embaixo da cachoeira, mais cômodo que isso impossível. Nesta época, ela era bastante visitada, ao contrário de hoje.

Mas a natureza tem seus caprichos e uma força muitas vezes menosprezada pela mente humana, razão pela qual o que um dia o homem criou, a natureza tomou de volta com a naturalidade que lhe é característica.  Assim, a ponte de madeira que um dia existiu se foi, logo, é preciso passar a pé por um longo brejo em que a água chega pela cintura e não possui uma cor e cheiro agradável. A maior parte da área cimentada também desapareceu, mas nada que nos desanimou a chegar ao nosso destino final, pelo contrário, tudo isso só enriqueceu a natureza e o rolê ao acrescentar um toque de dificuldade que dá pitada a mais de aventura ao pedal.

A trilha dentro da fazenda envolve uma descida extremamente íngreme que nos leva até o nível mais baixo de um lindo vale que fica entre a fronteira da zona rural de Garça-sp e o bairro Itiratupã do distrito de Jafa.  O percurso total é curto, de cerca de 15 KM, mas isso não diz muita coisa, pois na volta é preciso encarar uma cansativa e íngreme subida, que  é obviamente muito difícil de subir pedalando, mas não impossível, um desafio e tanto para pernas, músculo e pulmões.

O melhor  de tudo isso é chegar na cachoeira escondida em meio a um estreito caminho talhado na mata atlântica sobrevivente daquela região, sua água é  cristalina, muito pura mesmo, como é difícil de ser encontrada, também, é proveniente de uma nascente próxima dali, razão pela qual o volume de água não é tão grande, porém, em compensação ela é bem gelada, por isso bem refrescante e sua queda é bela, pois caí de grandes alturas, o suficiente para se banhar com gosto e satisfação. Qualquer esforço e vicissitude não foi em vão, a beleza e o banho de cachoeira foi uma recompensa para lá de generosa para quem se atreveu a fazer esta trilha.

Rudi Arena

Cachoeira da União Saindo na Estrada da Bomba

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Este pedal apesar de curto, não deixa se fazer ciclista suar, e é uma trilha muito tranquila e prazerosa para pedalar. A trilha começa em uma estradinha de terra atrás do Bosque Municipal de Garça-SP até pegar em uma bifurcação que leva em direção aos vales que existem naquela direção. Porém, antes de chegar a descer o vale, é preciso pegar um trio de boi a esquerda até deparar com as águas de um pequeno rio, que deve ser seguido rio abaixo por alguns metros até chegar na cachoeira. Tudo isso é feito em cerca de 10 ou 15 minutos e a distância da cidade é de cerca 2 a 3 km, um belo lugar, que possui uma visão privilegiada da natureza  e com direito a um banho de cachoeira de água limpa, mas que dependendo do dia pode estar com areia, consequência do processo de assoreamento decorrente da ausência de mata ciliar em alguns trechos do curso do rio, o que aliás, é muito comum não só nesta região, mas no Brasil inteiro.

Após a pausa para se refrescar na cachoeira, é hora de seguir o pedal, e para não voltar pelo mesmo lugar, a opção é seguir costeando os vales a esquerda, pois escapar das subidas não é possível por nenhum caminho, é o preço que a cachoeira cobra, então seguimos em frente,  passamos por uma represa, andamos por umas ruas de café até chegar na estrada de terra da Bomba do SAEE que nos levou de volta a cidade. Pedal leve, curto e rápido, mas que proporciona belas paisagens, cachoeira, e é de fácil acesso. Abaixo, segue dois vídeos da mesma trilha, mas em dias diferentes, aproveito para agradecer o Thiago Guimarães, vulgo Bulho, pela bela edição do vídeo da trilha feita dia 23/02/2013. O outro vídeo é de 21-01/2013.

Rudi Arena

O Colorido e Beleza da Fauna Brasileira

Além de ter os benefícios que pedalar proporciona, fazer trilhas mais próximo de matas e rios, torna ainda mais gratificante esta atividade física, pois proporciona a oportunidade de admirar essas belas aves em seus habitats naturais. Neste ambiente elas desfrutam da liberdade que muitas aves que vivem em cativeiro não tem, pois infelizmente, vivem apenas para contemplação e satisfação de seus proprietários.

Sem dúvida alguma, uma ave de natureza silvestre que não foi domesticada, assim como  qualquer ave  em regra, deve ter o direito de voar. O fato destes animais terem asas, demonstra que voar é uma função essencial para a vida das aves. Assim, ver uma ave presa, por mais bela que seja,  é sempre uma cena mais triste se comparar com a magia que é vê-la em plena liberdade, dona de seu destino, desfilando céu afora toda sua agilidade e exuberância que lhes são peculiares.

Rudi Arena

Maracanã-verdadeira 

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Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estado de conservação :Quase ameaçada (IUCN 3.1)

Classificação científica:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem:Psittaciformes
Família: Psittacidae

Género: Ara

Espécie: A. maracana

Nome binomial

Ara maracana
Vieillot, 1816

Sinónimos: Primolius maracana

A maracanã-verdadeira (Ara maracana) é um maracanã encontrado em beira de matas e buritizais, do estado brasileiro do Maranhão até o Paraguai e a Argentina. A espécie mede cerca de 41 cm de comprimento, fronte, parte do dorso e barriga vermelhas, face superior da cauda ferrugínea, face nua amarelo-clara, anel perioftálmico branco e bico negro. Também é conhecida pelos nomes de arara-pequena, ararinha, maracanã, mulata-maracanã e papagaio-de-cara-branca.

Dieta: São frugívoras. Há pouca informação sobre a dieta no habitat natural.

Reprodução: A época de nidificação depende da localização geográfica. A postura é de três ovos, cuja incubação dura 26 a 27 dias e é realizada apenas pela fêmea. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida). Os juvenis abandonam o ninho depois dos 70 dias de idade.

Pica-pau-de-topete-vermelho

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Fone: Wikipédia

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Género: Campephilus
Espécie: C. melanoleucos
Nome binomial
Campephilus melanoleucos
(Gmelin, 1788)

O Pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos) é um grande pica-pau da ordem Piciforme e da família Picidae. Conhecido também como Pica-pau-de-garganta-preta. Encontra-se desde o sul do Panamá até o norte da Argentina e em Trinidad.

Características

É um pica-pau grande e tem aproximadamente 36 cm de comprimento e 250 gramas. O macho possui a cabeça avermelhada, com uma mancha branca na base do bico e a fêmea apresenta o alto e a parte de trás da cabeça pretos e uma larga faixa branca entre os olhos e a base do bico.

 Alimentação

Alimentam-se de larvas de insetos que vivem escondidos atrás de cascas de ávores mortas. Também comem frutos.

 Reprodução

Assim como todos os animais, possui reprodução sexuada. Põe 2 ovos.

 Hábitos

Vivem aos pares ou em grupos de até 5 indivíduos. Comum em florestas ralas de regiões campestres, capoeiras, palmais e florestas de galeria e de várzea. Fazem ninho em buracos altos nos troncos.

 Distribuição geográfica

Encontra-se desde o sul do Panamá até o norte da Argentina e em Trinidad.

No Brasil encontra-se na Amazônia, Região Nordeste, Centro-oeste e para o sul até o Paraná.

 Extinção

Não é um animal ameaçado ainda, porém seu habitat natural vem sendo destruído pelas queimadas.

Ride Igurê

Pedal das Duas Cachoeiras (Igurê e Geladeira)

 

Pedal super legal com uma galera que veio de Bauru para andar pelas matas e conhecer um pouco mais das belezas naturais da cidade de Garça-SP. Primeiro fizemos a trilha da Mata da Fazenda Igurê até chegar na cachoeira e voltamos pela trilha da represa das mesa propriedade. Depois, após um trecho de asfalto, pegamos uma estrada de asfalto até chega em uma estrada de terra do distrito de Jafa que ao fim chega em uma propriedade rural que tem uma bela vista, e várias quedas de água, e uma em especial é a Cachoeira da Geladeira, em razão de poço de água muito gelada, mesmo que no verão. O percurso total beirou os 40 Km, com direito a um extenuante, mas gratificante subida morro acima. Pois, como já diria o o saudoso poeta, tudo vale a pena se a alma não é pequena.

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Rudi Arena

Salesópolis a Caraguatatuba pela Estrada do Sol

Pedal cuja saída foi em Salesópolis-SP com destino a Caraguatatuba-SP, a descida da serra do mar foi por uma estrada de terra utilizada para manutenção da Petrobrás, esta trilha é conhecida como Estrada do Sol, e apesar de muitas descidas, também tem boas e cansativas subidas.

O percurso total foi de 71 Km, e passa por vários lugares interessantes, como  um mirante que nos dá uma vista privilegiada da serra, muito embora no dia a  neblina prejudicou um pouco a visão.  Também passamos pelo Rio Pardo e por cachoeiras, que valem uma pausa se não for para se banhar ao menos para contemplar beleza e o clima característico da região, também passamos pela Instalações da Petrobrás.

Nos últimos kimoletros do pedal é praticamente só descida e é preciso brecar muito para poder fazer as curvas (os dedos chegam a doer), mesmo assim é possível atingir uma velocidade impressionante, chega a mais de 70 km por hora se o ciclista quiser, mas é preciso cuidado, porque apesar de passar poucos carros na estrada, não é bom dar sopa para o azar. Para recompensar todo o esforço ao final, nada como uma bela praia para relaxar músculos e mentes.

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Veado Visto em Cafezal da Faz. Igurê Será um Veado Mateiro ou um Veado Bororó?

O animal foi avistado em um cafezal próximo a uma área de represa e mata ciliar na Fazenda Igurê, entre  as cidades de Garça e Gália do estado de São Paulo ao final da tarde do dia 21/10/2012. O interessante foi que o animal não se amedrontou com a nossa presença, e se exibiu por um tempo, ainda bem, pois assim foi possível registrar a presença desta espécie, a dúvida é se é um Veado Bororó (Mazama Bororó) ou um Veado Mateiro (Manzema Americana).  Assim, como as diferenças entre eles são tênues e sua distribuição geográfica são coincidentes, é difícil afirmar com segurança exatamente qual é essa espécie.

Este cervídeo é encontrado no que restou da mata atlântica do estado de São Paulo e encontra-se em estado vunerável de preservação pela dimuição de seu habitat natural pelo homem. Segue informações sobre as duas possíveis espécies de cervídeos que podem ser o animal registrado neste vídeo. 

Rudi Arena


Nome Vugar: VEADO BORORÓ

Nome Científico: Mazama bororo

Família: Cervidae

Habitat: Ambientes de vegetação fechada, que proporcionam segurança.

Área de Ocorrência: Esta espécie é conhecida nos estados de São Paulo e Paraná, ocorrendo em áreas de Floresta Atlântica.

O veado-vermelho mede cerca de 50cm de altura e pesa em torno de 25 kg. A coloração geral é avermelhada, mais escuro no dorso, com o pescoço cinza lateralmente.

Alimentação: Alimenta-se de frutas, folhas e flores.

Reprodução: Gestação em torno de sete meses e desmame por volta dos quatro meses.

Comportamento: Normalmente é encontrado no final da tarde ou à noite.

Esta espécie é considerada a mais rara entre os cervídeos brasileiros, sendo ameaçada principalmente pela degradação do seu ambiente e pela caça.

 
Nome vulgar: VEADO MATEIRO

Família: Cervidae

Nome científico: Mazama americana

Distribuição: Leste do México até o Norte da Argentina

Habitat: Campos e florestas do nível do mar até 5.000m

Hábito: Diurno e noturno

Comportamento: Solitário

Longevidade: 13 anos

Maturidade: Fêmea – 1 a 2 anos, Macho – 1 ano

Época reprodutiva: outubro a janeiro

Gestação: 225 dias

Nº de filhotes: 01

Peso adulto: 8 a 25 Kg

Peso filhote: 510 a 576 Kg

Alimentação na natureza: Gramíneas e brotos

Causas da extinção: Caça e destruição do habitat