Esta cachoeira é uma das mais conhecidas pela população de Garça, era muito frequentada, pois o acesso antigamente era livre. Hoje, foram colocadas porteiras e cercas, para se chegar até ela, é necessário passar também pela sede da fazenda, por isso, houve diminuição dos frequentadores desta maravilha natural.
Para se chegar nesta queda, tem que pegar a estrada de terra do Saltinho que leva para cidade Gália, porém, antes de chegar na primeira ponte de madeira, existe a direita, uma placa com o nome “Fazenda Santa Rute”, está fazenda pertence a uma pessoa de sobrenome Cantu, por isso que associa-se o nome à cachoeira, que privilégio do proprietário.
É uma cachoeira belíssima, talvez a mais bela, até porque não é apenas uma queda de água,são várias quedas e cai água por toda parte, e em grande volume, o que a torna uma das cachoeiras mais caudalosas de Garça-SP. Realmente uma maravilha, um pedacinho do paraíso aqui na terra, a água é extremamente limpa, a mata ciliar é muito bem preservada, felizmente, diferentemente de muitas outras cachoeiras da região, que tiveram suas matas próximas as nascentes e cachoeira transformadas em pastos descuidados e vulneráveis a erosões do solo e assoreamento do leito do rio. Rudi.
Como o nome mesmo já diz, o acesso a esta queda é pela estrada de terra da bomba de água do SAAE em Garça-SP, porém, ao chegar nos paralelepípedos, é preciso pular a cerca a esquerda, a partir daí, as paisagens no horizonte vão virando um verdadeiro espetáculo a céu aberto.
A bike tem que seguir por estreitos trios de bois e ir descendo o vale, a visão é de grandes paredões e montanhas, realmente uma paisagem magnifica até chegar em uma cachoeirinha de água cristalina e gelada. Chamo de cachoeirinha, não pela altura da queda, pois até que é alta, mas sim pelo volume de água que cai, que não é muito abundante, pois vem de uma pequena nascente d´agua. Interessante é a forma peculiar com que a água cai, pois diferentemente do padrão de cachoeira, cuja a água cai de forma paralela a parede de rocha, nesta, a água cai de modo perpendicular.
Trata-se de um lugar bem escondido e de acesso complicado, em que é preciso percorrer os grotões que ladeia a estrada da Bomba, e há alguns trechos que não é possível passar montado na magrela. Mas o esforço sempre vale a pena, apesar que a agrura da volta não tem como passar em branco, pois para chegar de novo a estrada da Bomba, tem que suar muito, já que é preciso carregar a bike nas costas por um bom tempo subindo um morro com inclinação bastante acentuada. Mas para quem procura pirambeira, não tem do que reclamar, é piramba na veia, na mente e saindo pelos poros.
Segunda-feira foi um dia especial. Reunimos os amigos para pedalarmos por esse chão sagrado para o Mountain Bike que é Garça. São tantos lugares e trilhas que guardamos em cada post publicado aqui nesse blog. Já são tantas relatos, fotos e videos, muito suor e momentos de desfrute dessa natureza que nos abençoa com a beleza presente no que resta da Mata Atlântica. Para fecharmos o bom ano de 2011, contamos com a presença do Megazanca que madrugou e veio de Bauru para o desafio que é a trilha para a Companhia Inglesa. Para mim em especial era o retorno após 7 dias parado por conta de dores no joelho direito. Pro meu azar senti o incomodo logo no inicio de pedal, mas continuei até o final e a compensação foi bem maior. Saímos as 8 e 30 da manhã e apesar do calor, tivemos sorte das nuvens cobrirem o sol. Mas não por muito tempo. Após quase 30 quilômetros chegamos até a Companhia Inglesa. A beleza do local impressiona, porque somos praticamente transportados ao passado ao nos deparar com as ruínas da Igreja estilo inglês. Só que o futuro nos reservava ainda muito quilômetros com muita subida e sol na moleira. Na volta ainda paramos na venda seca no trevo de Gália onde alguns amigos ainda arriscaram (a vida?) apreciando coxinhas e adjacentes. Infelizmente a tubaína estava quente e não pode ser consumida. No fim o bem, como sempre, prevaleceu sobre o mal e conseguimos chegar intactos em nossas residencias. Sobraram as lembranças desse dia especial. Que 2012 nos reserva mais rolês como esse! Axé a todos!
Era para ser mais um rolê de bike em busca de uma cachoeira em um fim de tarde de verão na antiga Fazenda que antigamente pertencia ao Marangão, mas a natureza quis ser mais generosa e sorriu para gente. Não é todo dia que se vê um arco-íris, e ainda mais, visto do fundo de um belo vale, ao meio de muita natureza e água.
Logo que chegamos á cachoeira a chuva começou, depois de uma rápida pancada, a precipitação se dissipou, e o céu ficou maravilhosamente decorado com um lindo Arco Íris que formava um imponente e belo portal que rasgava o vale de fora a fora.
Sem dúvida, foi um momento e uma visão que levarei para o resto dos meus dias. Se não bastasse o arco-íris de um lado, do outro, o por do sol dava uma espetáculo a parte, não tive como não registrar a cena que agora compartilho com todos. Como diria um amigo meu, “A natureza é louca”, dá para discordar???
Quinta-Feira, depois do expediente, um dia de calor, horário de verão, ainda é tempo para ir de encontro com uma cachoeira. Neste dia, o destino é uma cachoeira relativamente próxima a cidade de Garça-SP, localizada em uma belíssima fazenda cujo antigo dono é bem conhecido na cidade, chame-se Marangão. Apesar dessa fazenda incrível ter mudado de proprietário, a referida cachoeira continuou conhecida como Cachoeira do Marangão.
Com a devida autorização do caseiro, o simpático e gente boa Sr. José Antônio, descemos a estrada da fazenda que leva até ao fundo do vale que circunda a fazenda. A vista do horizonte enquanto descíamos da estrada é algo maravilhoso, que não é passível de descrição, as imagens com certeza revelam muito mais, melhor ainda é poder curtir o lugar ao vivo e a cores, só assim mesmo para ter a devida noção de toda a exuberância da privilegiada natureza do local.
Nesta empreitada, tivemos uma agradável companhia de um fiel e simpático cachorro preto, que logo na entrada da fazenda veio nos recepcionar, muitos outros cachorros que vivem por ali, também vieram dar o ar da graça, corrigindo, vieram mostrar os dentes e latir à beça, demonstrando que nossa presença não era muito bem vinda no meio canino, mas a exceção foi o pequeno e companheiro cão preto. Para nossa alegria e surpresa, ele desceu a longa e excessivamente íngreme estrada da fazenda, atravessou um brejo com a gente e nos levou até a cachoeira. Depois, ficou nos aguardando para a volta, e acabou nos saindo um ótimo guia, e como não poderia ser diferente, nos levou até a entrada da fazenda, nos despedimos deste companheiro especial e saímos da fazenda rumo a nossas casas, com a satisfação de ter contemplado e curtido mais um lugar de Garça em que a natureza foi para lá de generosa.Rudi.
Este pedal estava programado para ser diferente do usual, pois não era apenas chegar à cachoeira e se banhar, existia uma missão específica: resgatar nas proximidades da Cachoeira do Paredão, uma maquina fotográfica e uma bateria de farol que haviam sido perdidas.
Para cumprir esta missão tinha que torcer para que ninguém tivesse passado por ali e achado os pertences perdidos, e ainda, saber se após a forte chuva que havia caído, os objetos ainda estariam lá ou se teriam sido levados morro abaixo. Para minha alegria, não é que tudo que foi perdido estava lá, permeado entre folhas secas e terra, lá estavam a bateria e a máquina fotográfica, mostraram assim o quanto foram resistentes. Nessa hora, já liguei a câmera e estava funcionando perfeitamente, como ainda tinha bateria, já comecei a tirar fotos ali mesmo.
Logo mais, decidimos ir na 2ª Cachoeira do Paredão, esta ainda não conhecíamos, com exceção do nosso amigo Rafael, que foi nosso guia. Apesar de não acharmos a trilha correta na ida, chegamos á esperada cachoeira, mas tivemos que abrir caminho na marra, levando o mato no peito, motivo pelo qual foi impossível chegar até lá sem nenhum arranhão, o que só valorizou ainda mais o prazer de conhecer mais uma bela cachoeira. Além da queda da água, em baixo, ainda tem um poço não muito grande, mais o suficiente para se refrescar a vontade nos dias quentes de verão. Na volta, não resistimos à tentação de se banhar em mais uma cachoeira bem próxima dali, então fomos a 1ª cachoeira do paredão. O dia não poderia ter sido melhor, achamos os pertences perdidos, nos banhamos em duas belas cachoeiras, sendo que em uma delas ainda não conhecíamos.
E nesta busca infinita por cachoeiras, cada vez me surpreendo mais com a quantidade e beleza das cachoeiras de Garça-SP, e o melhor, é só a ponta do iceberg, pois ainda existem outras dezenas de cachoeiras na cidade ainda desconhecidas, não só por mim, mas também para maioria da população, que nem imagina que nos Grotões da Sentinela do Planalto encontram-se paisagens formidáveis incrustadas em seus belos vales e despenhadeiros que rodeiam nosso perímetro urbano, e que nossa vã imaginação não consegue conceber o tamanho da generosidade divina. Rudi.
Em 05/11/2011, alguns integrantes do PirambaMTB foram para Bauru fazer uma trilha de bike. O ponto marcado para sair para o pedal, foi o radar da UNESP, ali reunimos com o pessoal do Vacabikers (http://vacabikers.wordpress.com/) e também com o nosso amigo Thiago Zancopé (http://megazanca.blogspot.com) e seus companheiros de pedal. Assim, após juntar todo o pessoal, fomos dar vazão a sede de pedalar que ansiavam a todos. A trilha escolhida, depois de um certo debate, foi a Trilha da Moto. O percurso total do pedal é de cerca de 55 km. O Pedal foi muito prazeroso, saímos do perímetro urbano de Bauru e logo pegamos uma trilha espetacular conhecida por “linhão”, trata-se de um trio “single track” que margeia grandes linhas de transmissão de energia. É possível pegar grande velocidade neste trecho e ir até o final embalado em razão do terreno ser plano. Depois, pegamos uma parte de estrada de terra batida, ladeada por mata, e por sorte, foi possível avistar saguis pulando de gfalho em galho pelas árvores.
Logo, chegamos ao nosso objetivo, que é a trilha da moto propriamente dita. Já no início, é possível entender porque a trilha é da moto, existe um trecho que as motos fizeram enormes valas no chão, na qual é impossível andar montado na bike. Porém, em seguida, a trilha fica perfeita, e é só curtir o rolê, ela passa por dentro de uma mata fechada e não há espaço para ultrapassagens. Possui várias curvas e é preciso muita técnica para sair ileso desta trilha. Prova disso, foi que este pedal acabou marcado por vários tombos, o estranho é se não tivesse havido nenhum, sinal que emoção e adrenalina não faltaram, nem algumas dores para ficar de lembrança por uns dias.
A volta, foi tranquila, mas ao chegar em Bauru, o corpo começou a dar osprimeiros sinais de fadiga do pedal de 55 km, é hora então de colocar as bikes no carro, e fazer o trajeto de volta a Garça com a sensação de que valeu muito a pena ter saído da Garça para pedalar em terras bauruenses e já pensando em uma próxima vez em que iremos fazer a imperdível Trilha da Moto. Abaixo estão os vídeos e o restante das fotos podem ser conferidas na galeria de fotos a direta do Blog. Rudi.
No post de estréia do blog da PirambaMTB fomos até a Cascatona. Um pedal que se mostrou ser casca grossa até chegar a uma das maiores e mais belas cachoeiras de Garça.No ultimo sábado tivemos o privilégio de voltar a esse local sagrado do “pirambeirismo”. Localizada na Fazenda Cascata, fica escondida em meio ao pouco do que restou da Mata Atlântica. Ao contrário da primeira oportunidade, contamos com um clima prá lá de aprasível e singelo, com uma temperatura agradável.Porém logo no início o chão se fez mais proxímo ao amigo Rudi que foi traído pelo areião. O mais importante nessas horas de é saber “levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima”, como já nos ensinava um dos clássicos da MPB.O Rudi nesse quesito nos deu um exemplo de braveza e raça.Mas vou falar a verdade pra vocês, tudo fica pra trás após um bom banho de cachoeira.
Repoe as energias pra volta suada quando enfrentamos um tembé sem-fim com a bike nas costas. Com absoluta certeza voltamos mais leves, todo peso e tensão ficaram naquela queda d´água. Fiquem com o video e as fotos! Vicente.
Dia 19/10/2011, às 18h saímos com de Garça-SP com destino a uma cachoeira que ainda eu ainda não conhecia, aliás, apenas o Rafael conhecida, e por isso foi nosso guia neste pedal. Sempre tem uma emoção a mais ir rumo ao desconhecido, mas ainda, quando já somos avisados de que existe uma parte antes de chegar á cachoeira em que é preciso uma pequena corda tanto para descer como para subir. A emoção ficou maior ainda quando constatamos que estávamos sem corda e só nos sobrou ir com a cara e a coragem. Para chegar lá, é preciso pegar a estrada de terra que leva ao bairro rural Adrianita e seguir até as torres, depois, segue por um trilho de terra paralelo a rodovia SP-294 , mas logo tem que virar a esquerda, para entrar em uma fazenda repleta de coqueiros. Depois de atravessar a fazenda, chegamos até ao limite para se carregar as bicicletas, então, passamos três cadeados nas magrelas e fomos conhecer mais uma cachoeira. E que cachoeira, e como toda boa cachoeira cobra seu justo pedágio, e esta cobrava um alto preço, ainda mais para quem está desprevenido….cadê uma corda???????
Não tínhamos corda, mas estávamos determinados a tomar banho de cachoeira, então fomos superar o primeiro grande obstáculo, que é descer um paredão de pedra vertical em plena ribanceira. Apesar de muitas coisas conspirarem contra, esse obstáculo foi superado, com muito temor, é claro. O mais complicado foi voltar no escuro, e ter que subir o mesmo lugar, pois para descer, todo santo ajuda. Mas, com o apoio de uma pequena planta que virou um improvisado e precário cipó, foi possível segurar nela e transpor mais uma vez o severo obstáculo, mas sinceramente não foi nada simples, pois cada passo tinha que se calculado, qualquer desequilíbrio, poderíamos cair de costas morro abaixo.
Graças a Deus e aos anjos da guarda de plantão, tudo deu mais do que certo, restou o gostinho de aventura, do prazer de um banho de cachoeira revigorante e o agradecimento de poder conhecer mais uma cachoeira fenomenal, que até então nem imaginava que existia. E quanto mais procuro cachoeiras em Garça e região, mas me dou conta da vastidão de belezas naturais ao nosso lado, e a gente não se dá conta, não valoriza, e na maioria das vezes nem imagina que aquela paisagem deslumbrante de cartão postal, mora aí ao nosso lado.
O ritmo muitas vezes frenético da vida cotidiana urbana não deixa muito tempo para a valorização de coisas simples como apreciar o vôo de uma ave ou uma bela vista de vales e cachoeiras, não há hoje muito espaço para se “perder tempo” com a contemplação da natureza em sua forma bruta e exuberante. Infelizmente, o lazer da maioria das pessoas está associado a construções humanas e seus templos de consumo, que chamam muito mais atenção do que o entretenimento maravilhoso que só a natureza pode oferecer. Vejam o vídeo abaixo a difícil tarefa que foi subir e descer até a cachoeira e todas as fotos do pedal, podem ser acessadas na galeria de fotos a direita do blog. Por Rudi.
Esta cachoeira é especial, ela fica na parte mais baixa de um lindo vale, um lugar espetacular, pela sua beleza, cachoeira e principalmente pelo seu poço que tem água em abundância para nadar, pois é fundo e não dá pé em boa parte dele. Para se chegar nesta maravilha não exige muito esforço, o mais difícil é a volta, pois tem que subir o vale com a bike nas costas, não tem como não se cansar, mas vale muito à pena.
Falar da Cachoeira da Constroli é lembrar-me do passado, pois a primeira vez que fui lá foi em 1994, um amigo nosso de colégio tinha uma propriedade ao lado da cachoeira e descer até ela sempre era muito tentador. A cachoeira ficou conhecida como da Constroli, pois a fazenda próxima a cachoeira pertencia ao grupo empresarial garcense de poços artesianos que tem esse nome, porém, hoje a fazenda é de outro proprietário, mas continua sendo conhecida como Cachoeira da Constroli.
O lugar tem ares paradisíacos com um amplo poço de limpas águas. Há cerca de15 atrás, o poço era refúgio de capivaras e também era muito comum nadar junto com cobras d`águas inofensivas (huumm, será?). Hoje a cachoeira e o poço continuam extremamente atrativos, mas nunca mais avistei capivaras e cobras, Entretanto, a sua redondeza continua sendo um ambiente fértil para a fauna que tenta sobreviver com o que restou de nossa mata atlântica, como prova disso, as imagens registradas de gaviões e de um tatu, que podem ser vista no vídeo abaixo, gravado em outubro/2011. Todas as fotos podem ser acessadas na galeria a direita do blog. Por Rudi.
Sábado, 15h do dia 17/09/2011, foi dia de fazer a famosa e festejada trilha da mata da Fazenda Igurê, como se não bastasse a beleza e paz que mata atlântica proporciona, ao final, somos recompensados com uma refrescante e bela cachoeira. Se não for a trilha mais bonita e prazerosa da região, com certeza está entre as melhores. O percurso total é de pouco mais de 20 Km. A ida tem boas descidas dentro da mata, e a volta com algumas subidas, mas não se trata de uma trilha que exige muito esforço, ela é leve e sempre uma boa opção para pedalar, seja dia ou seja noite, a mata é sempre cativante. Além de tudo, se der sorte também é possível ver algum animal de nossa fauna. Em outros dias, já foram avistados, macaco prego, cotia, cervo ou viado, lebre, teiu, taturana exótica e diversas aves. Mas, o que me chamou mais a atenção foi ter visto um esquilo ou caxinguelê, carregando uma semente, parecia até que a cena havia saído de um desenho animado, uma pena não ter a camêra na mão neste momento. E a onça? Eu nunca vi, mas conheço muitos que juram de pé que viram a felina próximo a cachoeira da Igurê, quem sabe um dia ela ainda me dá o ar da graça. Vejam o vídeo abaixo do último pedal na mata. Todas as fotos podem ser acessadas na Galeria a direita do Blog. Por Rudi.
Mapa cedido gentilmente por Luciano do Vacabikers!
O Rio Feio Visto do Alto do Pontilhão
Pense em um pedal de longa distância e com serra, agora acrescente uma tonelada de areia por metro quadrado pelo caminho, parabéns, você já pode ter uma leve noção de como é o areião que nos deparamos para chegar ao Rio Feio, na altura de Pirajuí-SP.
O Rio Aguapeí, também conhecido como rio Feio, é um dos maiores rios do estado de São Paulo. Percorre mais de trezentos quilômetros. Nasce no município de Gália bem próximo a rodovia SP-294, segue para o norte e deságua no rio Paraná entre o município de Nova Independência e São João do Pau d’Alho.
A trilha percorrida sai de Garça-SP, em direção a estrada de terra que leva ao bairro da Adrianita até chegar ás torres, de lá é preciso pegar a um trecho de asfalto que logo acaba e aí o areião começa a mostrar sua áspera face.
Desconheço qualquer trilha nas redondezas que tenha tanta areia, há trechos que a camada de areia é próxima a um metro de altura (hummmm, será?), o que torna impossível permanecer na bike pedalando, por mais esforço que faça, não tem acordo, é preciso descer da magrela e caminhar sobre a areia fofa até encontrar o local mais próximo que seja possível voltar a pedalar. Porém, não é todo areião que é preciso descer da bike, do contrário seria mais fácil ir a pé ao Rio Feio, por isso mesmo, ter que superar tanto areião não foi tarefa tão simples. Também tivemos dois pneus furados e um tombo, o que fez com que pedal se prolongasse ainda mais. Saímos antes das 15h do dia 10/09/2011, mas só retornamos ás 22h da noite.
Apesar de tudo, é sempre gratificante chegar ao final de um longo e exaustivo pedal, pois, depois que passa o cansaço só ficam as lembranças das belas paisagens percorridas e os bons momentos vividos entre amigos. Também é bom para refletir sobre nossos limites, até onde é possível chegar, dá para chegar vivo de um pedal de 100 km? Será possível um pouquinho mais? Calma lá, quem sabe mais para frente testaremos um pouco mais os limites de nossos corpos, por enquanto os 75 Km da trilha ainda está muito fresco na memória. É preciso preparar ainda mais o físico e o psicológico para dar um passo ainda maior. Curtam o vídeo abaixo e as fotos do pedal na galeria no lado direito do blog. Por Rudi.
Feriado da independência do Brasil, é dia de pedal para cachoeira da Estrada da 09 de Julho próxima ao distrito de Jafa. Em um dia quente, as águas frias em que nos banhamos vieram bem a calhar. Neste rolê, contamos com as presenças dos amigos Edison e do Alan que vieram de Bauru só para pedalar nas belas terras da Sentinela do Planalto. Não foi a primeira vez por aqui, e pelo jeito, nem será a última. Realmente, pedalar além de fazer bem ao corpo e ao espírito sem agredir a natureza, ainda por cima proporciona compartilhar experiências que estimulam o espírito coletivo e a amizade. Por Rudi.
Sábado, 03 de setembro de 2011, às 14:31, reunimos os pirambeiros que tinham disponibilidade e saímos com destino a Corredeira. Para quem não conhece, trata-se de um pequeno vilarejo rural, entre Garça-SP e Pirajuí-SP, um lugar que parece ter parado no tempo ou então, cujo relógio anda em câmera lenta. É um ponto muito conhecido e frequentado por motoqueiros que curtem fazer trilha e também por pescadores que procuram nas águas da corredeira alguns momentos de lazer e tranquilidade.
Para chegar ao nosso destino, inicialmente tivemos que pegar a estrada de asfalto que leva para Álvaro de Carvalho-SP, mas não demora muito, chega a estrada de terra que vai para corredeira, em direção a Pirajuí. Para temperar um pouco o caminho, resolvemos pegar o que era para ser um atalho, entramos em uma grande fazenda com seringueiras de perder de vista. Pedalar neste lugar foi incrível, mesmo percebendo depois, que o percurso acabou ficando um pouco mais longo e cansativo, ainda assim, valeu a pena ter desviado da estrada principal e adentrado na fazenda de belas paisagens.
Ao voltar para a estrada de terra, seguimos em direção ao nosso destino, e quanto mais nos aproximávamos da corredeira, mais bonita ficava a paisagem a nossa volta, a estrada que percorremos é circundada por belos vales e morros, que só de olhar, relaxa a mente e dá paz ao espírito. Mas, a melhor parte do pedal é descer a serra antes de chegar na corredeira, depois também, a natureza cobra seu preço nas íngremes subidas da volta. Não tem problema, cada gota de suor é um pedágio bem pago para quem gosta de contemplar a natureza. No caminho, encontramos também várias aves, que nos brindaram com seu ar da graça.
Ao chegarmos onde tanto queríamos, aproveitamos que era uma tarde de calor e que estávamos a horas nos exercitando sob um sol de rachar mamona, e fomos nos banhar nas águas da corredeira, a água gelada ajudou a amenizar o forte calor. Para refrescar ainda mais, fomos tomar uma tubaína no famoso bar da Corredeira. Aliás, lá, além do boteco, tem também uma igreja e um posto de saúde, que não sei se encontra em funcionamento. O lugar respira um prazeroso ar bucólico, que nos faz sentir muito bem, como se por algum tempo estivéssemos livres dos males da vida urbana.
Já na volta, nem tudo são flores, a subida pela serra é árdua e com o auxílio de muita areia no caminho, não tem como o corpo não sentir os sinais da fadiga, pior que isso, só a crise de câimbras que nosso companheiro Vicente teve. É, pedalar é muito bom e faz bem para saúde, natureza e tudo mais, só que também tem seus momentos sofridos, nada que tire a magia de pedalar terra a fora. Vejam o vídeo abaixo e as fotos do pedal na galeria no lado direito do blog. Por Rudi.
Bom já vimos no blog diversas atrações naturais que Garça abriga. Todas foram alcançadas pelo meio de transporte chamado bicicleta. Ta bom e daí? A questão é que esse meio de transporte esta sendo preterido em função dos veículos automotores, com ênfase especialmente na motocicleta. Há alguns anos atrás ao passarmos pelo Distrito Industrial em Garça era de fácil percepção o grande número de trabalhadores que se utilizavam da bike para ir ao trabalho.Até por isso se construiu uma ciclovia no caminho (será que é ciclovia? Não existe nenhuma sinalização a esse respeito). Hoje é exatamente o contrário: motos para todos os lados, em alta velocidade e estacionadas nas empresas. Junte a esse fato a enorme quantidade de acidentes na cidade envolvendo esses veículos, praticamente um por dia, o que é bastante para uma cidade de quarenta e poucos mil habitantes (apesar da Polícia Militar afirmar que não). O motivo para essa troca se deve principalmente ao momento econômico que atravessa nosso país e também a facilidade em adquirir uma moto. Hoje com 200 reais por mês você compra uma e ainda ganha capacete. O que poucos sabem é que esses veículos poluem mais o meio ambiente do que um carro. O que também poucos levam em consideração é o prejuízo na saúde daqueles que deixaram de fazer um exercício físico para ser carregado por um motor movido por um combustível que hoje vale ouro. Em resumo, as pessoas trocaram algo saudável e econômico por algo perigoso e caro. A reflexão que eu proponho a todos é: não seria o momento dos Governos incentivarem o uso da bicicleta? Não seria o momento de se fazer ciclovias em Garça? Não seria o momento de dar incentivos fiscais para a produção de bicicletas? Infelizmente, o que se projeta para o futuro é uma cidade lotada de motos carregando pessoas obesas e um trânsito caótico. Garça não merece isso.
Abaixo alguns links sobre os “poucos” acidentes de moto na cidade. por Vicente. link 1link 2link 3link 4link 5link6