Existem ao menos duas formas para chegar a este belo lugar, por se tratar de um lugar muito próximo a cidade, existe acesso ao final do Bairro Jardim São Lucas, sentido a ONG de Assistência Social Alfa e Ômega e de lá seguir em direção a estação de tratamento de esgoto do SAEE, não sei ao certo o caminho, mas sei que existe uma trilha do outro lado do curso do rio para também chegar ao locar.
O único caminho que a gente faz, é mais longo porque é preciso dar uma volta, o acesso é pela estrada de terra do Aeroporto de Garça, mas antes dele, é preciso pular uma cerca à esquerda, pedalar pelo pasto como se estivesse voltando para a cidade, mas o destino mesmo é chegar até um encontro de dois córregos que formam o início do Rio Tibiriça e torna uma só cachoeira de grande altitude. Porém, infelizmente no mesmo momento em que existe a beleza do encontro das águas formando uma só cachoeira, lamentavelmente também há encontro do esgoto tratado que é lançado nas águas até então limpas e próprias para banho que existe nas cachoeiras rio acima.
Por isso, não é é possível tomar banho em baixo da grande queda, tem que ser antes deste belo e deplorável encontro simultâneo de três águas, sendo que uma delas é uma canaleta de concreto no meio do leito dos dois córregos que jorra o esgoto tratado, tudo isso em um lugar em que há uma visual belíssimo, com muito verde, água e grandes paredões. Se o esgoto fosse lançado mais para frente, seria um ótimo lugar para explorar o potencial de ecoturismo que a cidade possui, pois tem uma localização privilegiada e com belezas naturais incríveis. Tudo isso a alguns pouquíssimos quilômetros de distância da cidade ou se preferir, à alguns minutos do ambiente urbano.
Entretanto, dos males o menor, ao menos o esgoto é tratado. Infelizmente, ainda é comum em cidades da nossa região de lançarem esgoto não tratado direto nos leitos dos rios.
Pedal com todos os ingredientes de uma verdadeira trilha de mountain bike, tem um pico de uma cachoeira bem alta e com visual fascinante, subindo ainda o curso da água, também há um belo e amplo poço, lugar ótimo para tomar uma banho e relaxar um pouco.
Depois, não tem muito refresco, é pedalar firme na maior parte em chão de pasto que obriga o ciclista a gastar mais energia para pedalar, ainda bem em compensação, boa parte da trilha é repleta de belas paisagens de serra, com paredões e vales.
Um dos trechos mais aguardados é a descida ao fundo do vale pela Fazenda Antinhas, em terreno acidentado, a íngreme descida é campo fértil para eventuais tombos, e foi o que ocorreu. Em seguida, é preciso seguir andando pela grama e atravessar alguns brejos até enfim pular uma cerca para chegar quase no final em uma estrada de terra.
Daí em diante, força, coragem e ânimo, pois é subida que não acaba mais até finalmente voltar para a estrada de asfalto que leva para Itiratupã, Distrito de Jafa no município de Garça-SP. Total do Percurso foram 44 Km rodados, mas a sensação foi de que havia sido mais do que isto.
Esta é uma verdadeira trilha de Mountain Bike, é farta em pirambeiras e paisagens de tirar o chapéu, mas a cereja do bolo é a descida excessivamente inclinada e o terreno também não facilita, então o grande desafio é descer montado na bike a descida inteira.
Tarefa esta dificílima, é preciso muita técnica e concentração e todo cuidado é pouco, sempre que vai lá alguém cai, já foram ao menos 5 tombos, desta vez não foi diferente.
Como tudo que desce uma hora tem que subir, é de se prever que a subida será bruta como a descida, e parece ser ainda mais inclinada e um terreno acidentado de pedra faz com que na maior parte só seja possível subir empurrando a magrela. Rolê curto, mas bem cansativo.
No fundo de um belo vale na direção do bairro rural de Itiratupã, ocorreu um tombo de bicicleta com nosso amigo de pedal Bororo. Ele, ao encarar uma desafiadora descida, bastante íngreme e acidentada, acabou sofrendo uma forte queda.
Felizmente, apesar de alguns ralados e hematomas no corpo, nada de muito sério aconteceu. Na hora da queda foi um grande susto, mas por outro lado, ao ver que ele levantou rapidamente do chão e já dando risada, foi um grande alívio. Por isso, não é demais lembrar da importância do uso de capacete.
Esta é mais uma cachoeira que o PIRAMBA MTB conseguiu registrar, sem sombra de dúvidas ela é bem imponente, é alta, tem um bom volume de água e também a queda d água possui vários degraus, o que a embeleza ainda mais. Porém, a água é turva, cheira mal, e no curso do rio até chegar a cachoeira encontramos muito lixo mesmo, e chamou a atenção a quantidade de pneus, a maioria de bicicleta, mas encontramos também de moto e até de caminhão, garrafas PETs e sacos plásticos aos montes, cena triste, um lugar tão lindo e que o homem estragou. Também não é pra menos, essa cachoeira é quase que o bueiro da cidade de Garça, está localizada na parte à direita dos vales que existem atrás do Bosque Municipal, mais ou menos na altura do Lago artificial da cidade.
Tudo começou porque em outro pedal chegamos ao alto de uma cachoeira e a vontade de chegar em baixo para tomar aquele banho ficou martelando na cabeça. Assim, em um outro dia, decidimos ir até lá, mas chegou um momento que não era mais possível prosseguir pedalando, então amarramos as bikes com um cadeado junto a uma pequena árvore e seguimos a pé. A volta foi realmente uma verdadeira aventura displicente, ao invés de fazermos o mesmo caminho da ida, resolvemos não voltar pela águas sujas do rio, porém, a opção de escalar o paredão até chegar o lugar em que deixamos nossas bikes não das tarefas mais fáceis e exitosas. Foi necessário subir escalando literalmente por pedras e as vezes beiradas de morros no fio da navalha, sempre com lembrança iminente de que uma queda implicará em sérias e dolorosas consequências.
Entretanto, o pior ainda estava por vir, após a tortuosa, demorada e tensa subida, acabamos saindo longe de onde estavam as bicicletas e o por do sol já se anunciava, estamos um trapo de cansados, era preciso procurar a bikes, mas onde exatamente mesmo é que elas estavam? Havíamos deixado as bicicletas bem pirambeira a dentro, em meio a uma pequena mata no alto de um morro. É, ocorreu que acabou faltando disposição e sol para chegar até as magrelas naquele dia. Então não sobrou outra alternativa a não ser ir embora para casa a pé, e ainda bem que o lugar é próximo à cidade, e combinamos de voltar cedo no dia seguinte com a missão de localizá-las. No final tudo deu certo, mas que este dia foi bem emocionante , daqueles que ficará vivo na memória para sempre.
Descobri também que a Cachoeira do Pneu não é a cachoeira que queríamos chegar inicialmente, aquela e que havíamos chegado pelo alto, esta tem água transparente e menor volume de água, e há alguns anos já tínhamos chegado nela por baixo, confira este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=0eTHE3N-Ycs . Mas por outro lado, acabamos conhecendo uma bela cachoeira, mas que infelizmente não é própria para o banho.
Pedalar por esta trilha é sempre gratificante, pois é a certeza de que encontrará belas paisagens da serra que existe ao lado direito da Estrada da Bomba e também pode contar um refrescante de banho de cachoeira. Neste dia, no meio da pirambeira o “S” ou câmbio traseiro da bike do nosso amigo Fabiano quebrou de forma que não tinha recuperação alguma, o momento foi de tensão, voltar a pé seria uma tarefa muito árdua, não teria como pedir socorro de alguém de carro, pois só havia pasto, vales e trio de boi a nossa volta e voltar a pé carregando a bicicleta depois de tudo que já havíamos descido não seria nada fácil.
No fim, a solução encontrada foi a de amarrar o “S” com borracha de câmera de bicicleta e cortar vários gomos da corrente de modo que deixasse em uma marcha só e sem a necessidade do câmbio traseiro. E não é que deu certo, graças ao bom trabalho do pirambeiro Rafael que estava com sua chave de corrente de prontidão. Depois de superado este nem tão pequeno contratempo, seguimos em frente até chegar ao Córrego do Barreiro e subimos o íngreme e cansativo morro para voltar à Garça pelas antenas e a estrada do Jardim Adrianita.
São 26 Km de trilha, mas a sensação ao final do pedal é de que foi mais, pois é um pouco cansativo também percorrer um terreno difícil de andar de bike, com alguns obstáculos no caminho, como mato no meio do trio de boi ou este tão fundo e estreito que não é possível pedalar, mas isso é também o que deixa o pedal ainda mais gostoso, pois se só houver facilidades, perde-se um pouco a graça do negócio. Trilha mais que recomendada, é super legal para pedalar e contemplar a natureza exuberante que existe no entorno do perímetro urbano, e que a maioria esmagadora dos habitantes da cidade, infelizmente, não a conhece.
Descer de bicicleta a Estrada da Bomba (adutora B1) é certeza de adrenalina que aumenta na medida de sua velocidade, a descida mais íngreme da região, juntamente com a descida de Jafa para estrada 09 de Julho, as bikes podem atingir mais de 60 km o que acaba sendo perigoso, o terreno é acidentado e uma queda pode arrebentar com o ciclista.
Já próximo ao final dela, chega-se na ponte de madeira do córrego do barreiro, seguimos mais um pouco e então subimos um morro em que é impossível pedalar na maior parte do tempo, há uma trilha de pedra muito boa de fazer descendo, mas subindo é bruta demais.
Depois disso, é só sair na direção da estrada de terra que existe próxima as torres da estrada de terra da Adrianita, ao invés de pegarmos esta, preferimos atravessar a rodovia SP-294. Voltamos pela trilha da Igurê paralela a pista, para em seguida ir em direção Terreirão de café da fazenda, o que deu um brinde a mais ao final deste pedal que mistura fortes descidas, subidas idem, visual bonito e vário tipos de terreno.
Trilha de pouca quilometragem (26 km), mas ótima para sentir o doce gosto que a prática do mountain bike pode proporcionar, sem negligenciar é claro suas pitadas de intensidade e momentos de leve amargor.
Um lugar bem próximo a cidade, localizado nos fundos do bairro rural de chácaras Adrianita. É preciso andar pelo curso da água e embrenhar-se um pouco mato a dentro, mas a visão final do topo da queda da cachoeira é fascinante e recompensadora.
Antes de chegar na grande queda, também é possível contemplar o encontro das águas do Córrego do Ouro com a do Córrego da Prata, ambos afluentes do Córrego do Barreiro, onde é captada a água que se bebe em Garça-SP.
Por isso, é um lugar de grande importância de preservação para o município, e ainda bem, que a sua volta existem vários pontos de restauração de áreas de preservação permanente, trabalho importantíssimo para que no futuro os garcenses possam desfrutar de segurança hídrica e água de qualidade.
Entre tantas cachoeiras nas redondezas do município de Garça-SP, especificamente esta era um antigo desejo conhecê-la, pois há tempo sabíamos de sua existência e de sua altitude extrema, e também que estava localizada no município de Álvaro de Carvalho, mas bem próximo à Garça.
Sua denominação não é a toa, pois entre muitas, ela é de uma altitude que chama bastante a atenção, por isso, já foi identificada como Cachoeira Quebra-Tudo. O nome não poderia ser mais apropriado, pois tudo leva a crer que e trata da cachoeira mais alta de toda região, por isso mesmo, era questão de honra chegar até ela, filmá-la e fotografá-la.
No entanto, era preciso chegar até em baixo da queda, pois nada como sentir a energia da água caindo de dezenas de metro em seu corpo. É como se a queda d´água pudesse purificar e revigorar o corpo, e é claro refrescar, ainda mais por ter sido um dia de forte calor e com andanças intensas pirambeira adentro, o banho de cachoeira não poderia ter vindo em hora melhor.
Apesar do nome e da altura da cachoeira, banhar-se nela é tranquilo. Só que chegar em baixo da queda não é das tarefas mais fáceis, assim como não há nenhuma dificuldade intransponível, muito pelo contrário, pra quem gosta de fazer um trekking, andar na margem ou por dentro do curso d´água é um prato cheio, é como sentir a natureza entrar pelos poros até chegar nas veia.
Este local é simplesmente fantástico, está localizado na direção da estrada de asfalto que leva ao bairro de Itiratupã que por sua vez integra o distrito de Jafa, este pertencente ao município de Garça. Para chegar até lá, é preciso seguir andando pelo curso d´água por um bom trecho até se deparar com uma queda não muito grande, mas onde há um poço de água cristalina que é um ótimo ponto de parada para se banhar, lugar em que já encontramos um porco do mato que apareceu do nada e depois partiu.
Antes deste poço passamos pelo recanto das borboletas, pois é incrível a quantidade desses insetos ali concentrados, a movimentação delas e seu colorido no ar faz até parecera que estamos em um desenho animado quando percorremos este pequeno trecho do curso d´água que seguíamos. E não foi só neste dia que as borboletas estavam lá, outros dias elas estavam no mesmo lugar, pode ser a época do ano, mas é um espetáculo a parte.
Um pouco mais adiante, encontramos o pico do urubu, logo que se chega não se avista nenhuma ave desta espécie, porém, não demora muito para que elas apareçam com força total e seus vôos rasantes. Este pico é muito alto e de um visual estonteante, de uma beleza ímpar, com a imagem do alto do desfiladeiro que ali existe. É como se estivéssemos defronte de um monumento natural que demonstra toda a exuberância da natureza e nos mostra como somos pequenos e frágeis quando estamos a um passo de um precipício mortal, talvez por isso o lugar acaba sendo ainda mais fascinante.
Não é preciso esperar muito tempo para que um bebê possa andar de bike sentado na cadeirinha. Apesar de não existir uma idade ideal exata, mas na cadeirinha é recomendável que tenha 01 ano de idade ao menos ou até um pouco mais, mas cada bebê tem suas peculiaridades, não há regra válida para todos. Existem vários modelos disponíveis no mercado, e é indispensável que esta tenha um cinto de segurança para prender a criança e também é muito importante que desde cedo já utilize capacete, para maior tranquilidade e segurança do passeio.
É preciso ficar atento a instalação da cadeirinha, esta pode ser dianteira ou traseira. Acredito que a criança aproveite mais se sentar na frente, pois a visão é mais ampla. Normalmente, a dianteira é feita para crianças menores de 04 anos e de até 15 quilos e a traseira é usada para crianças maiores e de até 22 quilos. Além do peso, verifique o tamanho e veja se a criança está bem acomodada no equipamento. Se for ainda adquirir a cadeirinha, leve a bicicleta junto para ver se encaixa corretamente, pois são muitos os modelos de bicicleta e também de cadeirinha, é preciso ver se são compatíveis e evitar toda e qualquer adaptação caseira.
As cadeirinhas são vendidas aos montes em lojas de departamentos, grandes magazines e em lojas especializadas em bicicleta. Mas em lugar algum existe orientações aos pais de que um requisito básico e necessário para adquirir é de serem bons condutores de bicicleta para poderem utilizar o equipamento de forma segura. É preciso ter consciência da necessidade de ter boa destreza, equilíbrio e controle da bicicleta, uma queda pode ocasionar severos traumas físicos e emocionais tanto a criança como aos condutores. Acrescentar uma cadeirinha a bike, além de deixa-la mais pesada, também modifica as variáveis do equilíbrio da bicicleta, é preciso testar e se necessário treinar antes.
Não há certificação pelo Inmetro de cadeirinhas, pois não existe norma que regulamente este produto. Assim, o ideal e que os produtos sigam as recomendações de produção de acordo com normas ISO 9001, incluindo teste de peso e também produtos que sigam padrões internacionais previstos na norma EN-14344.
Tomando as precauções e cuidados necessários para minimizar ao máximo os riscos, é possível curtir o pedal e estreitar os laços com a criança sem preocupação alguma. É uma ótima oportunidade para que a criança vá se habituando aos poucos com a bicicleta, sentir o vento bater na cara e o frio na barriga que uma descida pode proporcionar, ter um contato maior com a cidade sob um novo ângulo, diferente de quando se está a pé ou de carro. É um momento em que criança, pais e bicicleta entram em sintonia, e proporciona um tempo para aprofundar as relações de pais e filhos, por isso, o diálogo ao longo do caminho é importante, procurar observar e explicar as coisas que aparecem pelo caminho, tudo isso ajuda a despertar o interesse dos pequenos e apertar ainda mais os laços familiares.
Melhor ainda, é quando se está em uma cidade pequena, assim, é possível fugir um pouco do ambiente da cidade, chegar mais próximo as áreas verdes e mostrar os encantos que existem além do terreno urbano. Passear próximo à matas, passar perto de animais como bois, cavalos, gaviões, pássaros diversos e corujas, que são comuns de se encontrar, desperta na criança muito interesse. Por isso, pedalar pelas trilhas do bosque municipal de Garça-SP é um prato cheio e um ambiente muito agradável, por ser ladeado por árvores e animais se opõe ao asfalto e concreto da cidade, que as crianças geralmente já estão bem acostumadas.
É recomendável sempre pedalar de forma defensiva, em velocidade de passeio, o percurso de bike não pode ser muito longo para não cansar a criança e é recomendável levar sempre água. Os primeiros passeios devem ser curtos para o bebê ir acostumando aos poucos. O importante é o conforto dele e evitar se afastar muito da casa, pois qualquer sinal de contrariedade é bom pegar o caminho de volta o mais rápido possível. Nunca levar a criança contra sua vontade, ela precisa ser convencida e se sentir segura. As experiências com a bicicleta devem ser agradáveis, caso contrário, pode ter o indesejado efeito de a criança refutar outros passeios de bike por associar isso a uma experiência ruim, o que pode comprometer e até desestimular o uso da bicicleta na infância.
Dicas para que tudo corra bem:
-Evite vias muito movimentadas, quanto menos veículos por perto, menor a probabilidade de acidentes e mais tranquilo o passeio.
-Evitar o horário com o sol forte entre 10h manhã e 15h da tarde ou não deixe de passar o protetor solar na criança.
– Leve sempre uma garrafa de água.
– Comece devagar, primeiro trajetos bem curtos, dê uma volta no quarteirão de teste, a criança precisa se acostumar aos poucos.
– Nunca leve a criança com sono, nem logo após comer ou mamar.
– É legal também associar o passeio de bicicleta a outras coisa que a criança gosta, como ir ao parquinho, tomar sorvete ou comer uma pipoca. O rolê pode ficar mais gostoso e estimulante.
– Ao contrário do que muita gente pensa, o uso de capacete não é obrigatório. Mas quando se trata de crianças ele para lá de recomendável, em caso de queda, a criança pode não conseguir se proteger com as mãos como um adulto sabe fazer.
Idade e peso determinam como a criança deve ser transportada*:
Canguru
– Preço médio: de R$ 70 a R$ 150
– Indicação: de zero a 18 meses ou até 9kg
– Pode ser de tecido e fibra, com alças dos ombros acolchoadas e reguláveis em comprimento
Cadeirinha dianteira ou frontal
– Preço médio: R$ 70 a R$ 110
– Indicação: crianças de seis meses a três anos ou 15kg
– Pode ser de plástico ou de ferro, pode ter regulagem para os pés
Cadeirinha traseira
– Preço médio: R$ 50 a R$ 110
– Indicação: sem limite de idade, até a criança caber
– Pode ser de plástico ou de ferro. Devem ser colocadas no bagageiro da bicicleta e ter uma grade protetora para os pés
Banco traseiro ou bagageiro
– Preço médio: a partir de R$ 35
– Uma almofadinha sobre o banco deixa o assento mais confortável
– Pode ter proteção e suporte para os pés, e a criança pode se segurar no ciclista ou atrás
Este lugar foi descoberto meio que por acaso em uma tentativa solitária de explorar novas trilhas nas pirambeiras que existem no entorno de Garça-SP, acabei conhecendo e me encantando pelos seus vastos atrativos que esta fazenda proporciona aos amantes de mountain bike.
Não são só as belas paisagens de vales e paredões enormes ao redor que cativa, tem também ao menos uma cachoeira cuja água parece ser própria pra banho, além de outros cursos d´água. Existem ainda represas, descidas alucinantes, assim como subidas quase impossíveis de pedalar montado na bicicleta, em algum momento é preciso descer dela. Na parte mais baixa do vale, há também um singletrack de trios de bois muito legal, tudo isso com um colírio da exuberante formações geográficas que se vê por todos os lados.
Nos fundos da Fazenda Cachoeiras de São Pedro, existem dois caminhos que descem até o fundo do vale, são duas descidas bem técnicas e íngremes, que exigem muita atenção, assim como, também há duas opções de subidas, ambas são extremamente desafiadoras, para não dizer que são muito difíceis de conseguir subir pedalando o caminho todo.
Pelo motivo da trilha ter os dois extremos, subidas e descidas com graus de inclinação bastante acentuado, é que esta trilha apesar de ser de quilometragem baixa (28 km), ela testa os limites do ciclista. Tanto para dosar a velocidade adequada nas descidas de modo a não arriscar levar um tombo que pode ter sérias consequências, como também esta trilha nos faz deparar com os limites do corpo humano, pois é preciso reunir todas as forças físicas e mentais possíveis para tentar pedalar na subidas, tarefa árdua e dificílima de ser executada.
Mais uma vez voltamos a fazer a encantadora e perigosa trilha do Downhill com acesso pela Fazenda Cachoeiras de São Pedro, sentido Itiratupã. Ficou conhecida como a descida do capote, foi apelidada assim, justamente pelo fato de que em outa ocasião um amigo sofreu uma forte queda nesta descida, já postado neste site.
Domingo pela manhã (14/06/2015) fomos novamente para esta íngreme descida e outras quedas acabaram por ocorrer, desta fez foram três quedas foram registradas pela lente do Piramba MTB, mas por sorte, ninguém se machucou de forma séria desta vez. Foi mais o susto e também um aro dianteiro de uma das bicicletas ficou bem torto, foi preciso desentortar na mão mesmo, na base da força bruta para poder seguir em frente.
Ao final, deu tudo certo, mas a lição que fica é que nesta descida todo cuidado é pouco, ela engana e é traiçoeira, qualquer empolgação ou desatenção durante a descida pode resultar em tombos cujas consequências podem ser muitas, desde um arranhão apenas como algo mais sério, por isso requer toda a atenção do ciclista.
A Fazenda Igurê e suas adjacências, sempre foram um prato cheio para os praticantes de mountain bike de Garça e região, a propriedade rural é grande, repleta de caminho e possibilidades. Não existe só a trilha da mata, do terreirão, ou da antiga porteira ferro, tem muito mais. Neste pedal, seguimos para o limite da fazenda sentido Bauru, pelo caminho a margem da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, até chegar a uma placa das famosas sedas de Gália-SP, daí então é preciso pegar uma carreador ou rua de café à esquerda e após descidas abruptas, chega-se em uma represa distante de tudo. Próxima ao território da Igurê, mas não necessariamente pertencente a ela acredito.
Na realidade, trata-se de um pesqueiro fantasma, com duas lagoas secas e o que sobrou de uma edificação, inclusive ali existe um pesado cofre abandonado, que vai saber a quem pertence. Porém, por outro lado brota peixes e vai saber mais o que da represa que persiste ali, é comum achar alguém pescando.
A volta deste pedal passa ainda por outra represa e poderia passar por mais, tão fecunda de águas é a Fazenda Igurê, que é uma mãe para todos os amantes de mountain bike de nossa querida cidade de Garça-SP, por suas vastas terras, com mata atlântica preservada, cachoeira, diversas represas, agradáveis descidas, muitas trilhas entre cafés, eucaliptos e seringueira, também é próxima a cidade e a entrada pode até não ser permitida oficialmente, mas ao menos é bem tolerada.
Ao voltar pela Estrada da Bomba (Adutora B1) de uma trilha em que a ida foi pela Cachoeira da União (Atrás da Mata do Bosque), nos deparamos com uma aranha chamou bastante a nossa atenção, pois era grande, robusta e até então nunca vista por nós. Ficamos olhando-a e ela se mostrou imóvel o tempo todo, chegamos a pensar que estaria morta, mas não, estava é assustada com a nossa presença que a impediu de seguir seu caminho, porém, logo deixamos de importuná-la para que pudesse retomar sua estrada.
Nestes pedais pirambeira afora, já encontramos diversas espécies de aranhas, algumas grandes, em geral próximas as cachoeiras, mas um pouco menor do esta. Uma exceção foi a aranha caranguejeira encontrada na entrada da mata da cachoeira da Igurê, mas que infelizmente não foi possível fazer um registro dela naquele momento.
Desta vez, o que me intrigou nesta aranha é que mesmo após uma pesquisa na internet, não consegui identificar que espécie de aranha seria esta. Quem sabe seja a temida e venenosa aranha armadeira? De uma coisa eu sei, ela parece não ser do tipo de fazer teia, mas sim de caçar andando pelo chão, além de ser bem estranha e impor respeito.
Um pedal que percorre a fazenda de cultivo de eucalipto pertencente a empresa Duratex, esta localizada entre os municípios de Garça e Gália, mas pertencente ao último. Neste dia uma forte chuva nos pegou de surpresa, o que só fez aumentar o espírito de mountain bike na veia. É uma trilha sempre bem legal de se fazer, pois percorre diversos tipos de terrenos, passa por represas, por um rio, e a forte chuva que nos atingiu veio pra lavar a alma e deixar o pedal ainda mais divertido. As bikes é claro, precisaram de uma boa lavada e até de uma revisão, mas isso perto do prazer ela proporcionou não foi nada.
O que esta descida tem íngreme, tem também de perigosa. Infelizmente, neste dia um amigo de pedal caiu da bicicleta, e como a bike pega velocidade fácil, uma queda nestas condições pode trazer sérias consequências. Embora o tombo tenha sido forte, pois ele bateu a cabeça e rolou por diversas vezes ladeira abaixo, graças a utilização do capacete, ele se machucou mas evitou um mal maior. Por isso, é sempre bom reiterar a necessidade de usar-se o capacete, pois nunca se sabe quando iremos tomar um tombo, basta andar de bicicleta que sempre existirá um risco, por menor que ele seja.
Terceiro e último dia na Estrada Real, o dia com o pedal de menor quilometragem de nossa viagem, porém, isso não quer dizer que não foi preciso se esforçar bastante, pois os primeiros 30 km são praticamente só subida, não tem refresco nenhum e haja perna, joelho e pulmão para pedalar em tanta subida. Para compensar também, quando acabaram as subidas, só vieram descidas, uma atrás da outra, ininterruptamente, um verdadeiro paraíso do downhill de aproximadamente 20 km só de descidas íngremes e alucinantes. O difícil é não parar um pouco em algum momento para esticar os dedos, pois eles doem muito de tanto que tem que contraí-los para apertar o breque, esta peça da bike que foi muito exigida, pois se deixar a bike solta, é impossível fazer as curvas depois.
Quase em queda livre nas descidas, chegar até Paraty foi até que foi rápido. Assim, foi possível ter um pouco de tempo para aproveitar o sol ainda raiando na praia e saborear peixes e frutos do mar para fechar com chave de ouro o último dia de pedal, de uma viagem inesquecível pelos mais variados motivos. Porém, logo brisa do mar se foi, o tempo se esvaiu em um estalar de dos, no dia seguinte cedo teríamos que sair para uma longa viagem de mais de 600 km até voltarmos para Garça-SP.
Uma pena é que parte deste trecho foi recentemente pavimentado, motivo de uma longa controvérsia judicial, as obras haviam sido interditadas. Decisão judicial que entendo acertada, pois existem outras vias de acesso entre os dois municípios, e seria evidente o dano ambiental de asfaltar esta estrada que passa por belíssimas paisagens de serra da mata atlântica com uma biodiversidade riquíssima, pavimentá-la poderia colocar em risco tudo isso. A ação que originou este processo judicial, chegou a impedir qualquer trabalho de alargamento ou reparo no trecho de 12 km dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina. A medida foi requerida pelos ambientalistas, via Ibama, sob a argumentação de que a estrada da serra asfaltada, criaria desequilíbrios ecológicos e fortes impactos ambientais à flora e fauna. No entanto, o jogo virou e a informação é de que 100 homens já estão trabalhando e máquinas e equipamentos retornaram ao local da obra. Estas, que estiveram embargadas de 23 de agosto a 01 de outubro de 2014 em decorrência de ação judicial, foram retomadas em 05 de março de 2015. Mais uma vez, a natureza perdeu frente a interesses de econômicos.