Manhã um pouco fria, mas com o Sol rachando e expectativas de ótimo pedal, com muita pirambeira e belos visuais, pois foi para isso que uma turma de ciclistas do Município de Cândido Mota vieram para Garça, após um contato no desafio que teve de mountain bike em Timburi-SP.
E como planejado, logo de início descemos atrás da mata do Bosque municipal para passar pela Cachoeira da União, após curtir um pouco o lugar que também tem o alto pico que exite ali, seguimos por trios de bois bem fechados, pois havia muito mato ao redor. Depois de passar por uma represa e corredores de eucaliptos e pés de cafés, saímos no trecho final da estrada da Bomba e ainda curtimos as íngremes descidas até o final chegar na ponte do Córrego do Barreiro.
Após isso, foi o momento de maior esforço do pedal , pois logo de cara era preciso subir um morro com grau de inclinação absurdo, praticamente impossível de ficar o tempo todo montado na bicicleta, tanto é que nenhum dos 14 companheiros de pedal conseguiram zerar a subida, que é quando o a cara pedala a subida inteira sem precisar descer da bike. Mas também, não é uma subida comum, é uma trilha de fazenda, e parte da subida é com chão de pedra e cheio de degraus e desníveis. Sem dúvida alguma, foi um momento de fazer o coração trabalhar a mil sob um forte sol das 11h da manhã. Subida que não tem como não suar e ficar cansar, montado na bike ou mesmo empurrando a pé e devagar é exaustivo, imagina então subir pedalando e o mais rápido possível, como muito fizeram, um verdadeiro teste cardíaco.
Após a subida, pudemos desfrutar da bela vista que a Fazenda Ouro fino proporciona, por ficar em uma parte alta próximo ao vales, pudemos ver de longe a cachoeira pela qual passamos, além uma paisagem exuberante que circunda a região, um prato cheio para belas fotografias do horizonte.
Mas o pedal não pode parar, então cruzamos as antenas e seguimos em direção ao outro lado da rodovia SP-294, mas precisamente para a Fazenda Igurê. Lá, passamos pela sede, a capela, o terreirão, represas, até entrar na trilha da mata, para enfim chegar na estrada do saltinho, e seguir para a belíssima Cachoeira do Cantu. Sol do meio dia, e muitas subidas, tempo seco, areião, terrenos acidentados, o desgaste era grande e o avançado da hora pesou, alguns seguiram de volta para Garça antes da última cachoeira, outros seguiram em frente, e como é de se esperar antes de uma cachoeira, uma forte descida nos esperava, e enfim um lugar de tirar o chapéu.
Mas como para tudo na vida se paga um preço, a subida da volta não foi fácil, mas também o final do pedal já se aproximava, seguimos então de volta para Garça e paramos em um bar para molhar a goela e confraternizarmos. Também merecia, depois de um pedal desgastantes de cerca de 45 quilômetros, e muito bom que rendeu boas risadas e belas fotografias.
É claro, teve uma corrente quebrada, um problema de cabo do mudador das marchas, algumas baixas, mas ao final, deu tudo certo e ficou um convite para que nossos amigos de Cândido Mota voltem para cá, e conheçam novas pirambeiras, picos e cachoeiras de nossa privilegiada Sentinela do Planalto, farta em nascentes, paredões, picos, represas, cachoeiras e trilhas, quem gosta disso, difícil não gostar de pedalar em Garça.