Esta trilha sai de Garça, segue até entrar no distrito de Jafa e depois tem que pegar uma estrada de terra atrás da Igreja, logo em seguida existe uma longa e íngreme descida, acredito que seja a maior ladeira de Garça e por isso, a adrenalina é eletrizante. Basta parar de brecar que a bike chega a uma velocidade emocionante e perigosa. Pena que assim, fica difícil para apreciar as belas paisagens de serra ao redor, que são um estímulo a mais para encarar esse rolê. Vale mesmo a pena. Só não vale tomar um chão, é bom nem imaginar o estrago.
Quando termina a descida, chega-se no ponto de mais baixo da trilha, é a ponte de concreto do Rio da Garça. Em seguida, começa um bom trecho de subidas, não tão inclinado como foi a descida, mas por ser bem longa, acaba sendo um pouco cansativa. Para alívio, logo aparece uma venda, onde pudemos tomar uma tubaína gelada e nos preparar para o último trecho da trilha, que é bem mais suave, pois o final do estradão desemboca em estrada de asfalto que nos leva de volta a Garça. Escurece, e o pedal começa a chegar ao fim. O percurso total foi de pouco mais de 40 km. Fica registrado um agradecimento especial a São Pedro que mandou chuva e diminuiu o chato areião característico do lugar.
Cachoeira situada na Fazenda Cascata em Garça-SP, o pedal é de cerca de 20 km no total, o acesso mais fácil é através da estrada de terra que vai para a Corredeira, as margens da rodovia Garça-Álvaro de Carvalho. Não dá para chegar com a bike até a cachoeira, pois é preciso descer uma mata fechada em terreno íngrime na qual não há trilha. Mas sempre vale a pena o pedal, e neste dia não foi diferente, para variar, no final fomos comtemplados com um pôr do sol espetacular.
Este lugar é realmente incrível, ele é extremamente próximo da cidade, basta começar a descer a estrada da bomba do SAAE e antes de chegar no chão de paralelepípedo, é preciso sair da estrada e pegar os trios de bois do pasto a direita de quem está descendo. Embora curto o giro, ele é feito todo na pirambeira, e por isso a dificuldade de pedalar é grande, seja pelo terreno demasiadamente acidentado ou por ter trechos extremamente íngremes, em que é preciso carregar a bike morro acima. Assim, mais uma vez gostaria de reforçar a ideia de que a kilometragem do pedal não indica necessariamente o grau de dificuldade, pois são muitas as variáveis que devem ser levadas em conta.
O melhor desta trilha é poder pedalar e ao mesmo tempo desfrutar de um amplo e sublime horizonte, o que dá uma sensação de uma liberdade indescritível. O tempo todo o visual é belo e temos uma visão privilegiada da topografia do local. Infelizmente a umidade do lugar embaçou a lente da câmera e prejudicou o registro das imagens do vídeo abaixo, mesmo assim, dá para perceber a beleza e a dificuldade de se pedalar. A umidade é normal ali, pois há muitas nascentes e que estão sendo respeitadas suas margens que estão desprotegidas e expostas, porque não há mata ciliar alguma, o pasto tomou conta de tudo. Assim, o Córrego do Barreiro que fornece a água que chega nas residências da cidade de Garça e é alimentado por estas nascentes, sente o problema com a diminuição do volume de água e assoreamento de suas margens. Logo, podemos concluir que a negligência com o meio ambiente que parece nada ter a ver com a gente, tem sim, pois está ligado diretamente a qualidade da água que nos é fornecida, o reflexo pode ser sentido na prática.
No dia que foi feito as imagens não foi possível registrar os tucanos que assiduamente aparecem por ali e deu nome a trilha, mas eles não deram o ar da graça para contemplação e alegria nossa.Tudo bem, eles já apareceram ali diversas vezes, fica quem sabe para a próxima vez, mas de qualquer maneira, só o fato de tucanos serem vistos tão perto da cidade já demonstra a força e resistência da natureza face todas as ações dos homens que destroem o habitat natural dos animais na procura obsessiva majorar seus ganhos imediatos, mesmo que haja comprometimento com seus ganhos de meio a longo prazo.
Esta trilha é umas das melhores maneiras para chegar até Gália, pois possibilita passar pelos mais diferentes terrenos e encarar grandes descidas, subidas, grama, terra, asfalto, e não ter a companhia de carros a maior parte do tempo também colabora para um pedal mais agradável. Por tudo isso que Gália é um dos caminhos preferidos para os praticantes de MTB da cidade de Garça, pois são muitas as vias disponíveis para ir de Garça a Gália, como a rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, a estrada de afasto pela venda seca, a estrada de terra do Saltinho, somando a isso, tem a estrada da companhia inglesa e também várias trilhas por dentro de fazendas, que passa por meio de cafezais, eucaliptos, seringueiras, pastos, matas, etc. Isso tudo é um prato cheio para quem curte MTB, ainda mais que pode fazer sempre um caminho diferente na ida e na volta, aumentar ou encurtar o pedal conforme o contexto do momento.
Neste pedal, tomamos uma tubaína em Gália e voltamos pela Fazenda Dinamérica, nos banhamos em um pequeno rio que corta a propriedade e depois de muita subida e pirambeira, voltamos para Garça, um tanto cansado. Apesar do pedal ter sido de pouco mais de 40 km, as fortes subidas, os inóspitos terrenos percorridos e o ritmo acelerado do pedal, cansa, mais um cansaço gostoso, com uma agradável sensação de mais um pedal realizado com êxito. Ops, êxito mesmo seria se todos os 08 ciclistas que partiram para Gália tivessem voltados pedalando, mas isso não foi possível, porque uma uma das bikes quebrou no centro de Gália, e sem concerto, nosso companheiro de pedal precisou ter que ser resgatado por um veículo de quatro rodas. Realmente, foi uma pena, mas o pedal não podia parar, e não parou, que o ciclismo continue a cada dia ganhando mais adeptos, seja para andar de speed no asfalto, ou de MTB na terra, ou para fins de mobilidade urbana, que as duas rodas sem combustão ganhe o valor e respeito que merece.
Para chegar neste lugar, é preciso pegar uma estrada de terra atrás do distrito industrial de Garça e segui-la até o fim do caminho, então chega na fazenda que tem um mata burro na entrada. Esta propriedade pertencia a uma conhecida figura da sociedade Garcense, que por sinal seu nome foi associado a cachoeira, uma vez que quando proprietário construiu uma ponte e cimentou um caminho para chegar de carro até embaixo da cachoeira, mais cômodo que isso impossível. Nesta época, ela era bastante visitada, ao contrário de hoje.
Mas a natureza tem seus caprichos e uma força muitas vezes menosprezada pela mente humana, razão pela qual o que um dia o homem criou, a natureza tomou de volta com a naturalidade que lhe é característica. Assim, a ponte de madeira que um dia existiu se foi, logo, é preciso passar a pé por um longo brejo em que a água chega pela cintura e não possui uma cor e cheiro agradável. A maior parte da área cimentada também desapareceu, mas nada que nos desanimou a chegar ao nosso destino final, pelo contrário, tudo isso só enriqueceu a natureza e o rolê ao acrescentar um toque de dificuldade que dá pitada a mais de aventura ao pedal.
A trilha dentro da fazenda envolve uma descida extremamente íngreme que nos leva até o nível mais baixo de um lindo vale que fica entre a fronteira da zona rural de Garça-sp e o bairro Itiratupã do distrito de Jafa. O percurso total é curto, de cerca de 15 KM, mas isso não diz muita coisa, pois na volta é preciso encarar uma cansativa e íngreme subida, que é obviamente muito difícil de subir pedalando, mas não impossível, um desafio e tanto para pernas, músculo e pulmões.
O melhor de tudo isso é chegar na cachoeira escondida em meio a um estreito caminho talhado na mata atlântica sobrevivente daquela região, sua água é cristalina, muito pura mesmo, como é difícil de ser encontrada, também, é proveniente de uma nascente próxima dali, razão pela qual o volume de água não é tão grande, porém, em compensação ela é bem gelada, por isso bem refrescante e sua queda é bela, pois caí de grandes alturas, o suficiente para se banhar com gosto e satisfação. Qualquer esforço e vicissitude não foi em vão, a beleza e o banho de cachoeira foi uma recompensa para lá de generosa para quem se atreveu a fazer esta trilha.
Este pedal apesar de curto, não deixa se fazer ciclista suar, e é uma trilha muito tranquila e prazerosa para pedalar. A trilha começa em uma estradinha de terra atrás do Bosque Municipal de Garça-SP até pegar em uma bifurcação que leva em direção aos vales que existem naquela direção. Porém, antes de chegar a descer o vale, é preciso pegar um trio de boi a esquerda até deparar com as águas de um pequeno rio, que deve ser seguido rio abaixo por alguns metros até chegar na cachoeira. Tudo isso é feito em cerca de 10 ou 15 minutos e a distância da cidade é de cerca 2 a 3 km, um belo lugar, que possui uma visão privilegiada da natureza e com direito a um banho de cachoeira de água limpa, mas que dependendo do dia pode estar com areia, consequência do processo de assoreamento decorrente da ausência de mata ciliar em alguns trechos do curso do rio, o que aliás, é muito comum não só nesta região, mas no Brasil inteiro.
Após a pausa para se refrescar na cachoeira, é hora de seguir o pedal, e para não voltar pelo mesmo lugar, a opção é seguir costeando os vales a esquerda, pois escapar das subidas não é possível por nenhum caminho, é o preço que a cachoeira cobra, então seguimos em frente, passamos por uma represa, andamos por umas ruas de café até chegar na estrada de terra da Bomba do SAEE que nos levou de volta a cidade. Pedal leve, curto e rápido, mas que proporciona belas paisagens, cachoeira, e é de fácil acesso. Abaixo, segue dois vídeos da mesma trilha, mas em dias diferentes, aproveito para agradecer o Thiago Guimarães, vulgo Bulho, pela bela edição do vídeo da trilha feita dia 23/02/2013. O outro vídeo é de 21-01/2013.
Além de ter os benefícios que pedalar proporciona, fazer trilhas mais próximo de matas e rios, torna ainda mais gratificante esta atividade física, pois proporciona a oportunidade de admirar essas belas aves em seus habitats naturais. Neste ambiente elas desfrutam da liberdade que muitas aves que vivem em cativeiro não tem, pois infelizmente, vivem apenas para contemplação e satisfação de seus proprietários.
Sem dúvida alguma, uma ave de natureza silvestre que não foi domesticada, assim como qualquer ave em regra, deve ter o direito de voar. O fato destes animais terem asas, demonstra que voar é uma função essencial para a vida das aves. Assim, ver uma ave presa, por mais bela que seja, é sempre uma cena mais triste se comparar com a magia que é vê-la em plena liberdade, dona de seu destino, desfilando céu afora toda sua agilidade e exuberância que lhes são peculiares.
Rudi Arena
Maracanã-verdadeira
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Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Estado de conservação :Quase ameaçada (IUCN 3.1)
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem:Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Ara
Espécie: A. maracana
Nome binomial
Ara maracana
Vieillot, 1816
Sinónimos: Primolius maracana
A maracanã-verdadeira (Ara maracana) é um maracanã encontrado em beira de matas e buritizais, do estado brasileiro do Maranhão até o Paraguai e a Argentina. A espécie mede cerca de 41 cm de comprimento, fronte, parte do dorso e barriga vermelhas, face superior da cauda ferrugínea, face nua amarelo-clara, anel perioftálmico branco e bico negro. Também é conhecida pelos nomes de arara-pequena, ararinha, maracanã, mulata-maracanã e papagaio-de-cara-branca.
Dieta: São frugívoras. Há pouca informação sobre a dieta no habitat natural.
Reprodução: A época de nidificação depende da localização geográfica. A postura é de três ovos, cuja incubação dura 26 a 27 dias e é realizada apenas pela fêmea. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida). Os juvenis abandonam o ninho depois dos 70 dias de idade.
O Pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos) é um grande pica-pau da ordem Piciforme e da família Picidae. Conhecido também como Pica-pau-de-garganta-preta. Encontra-se desde o sul do Panamá até o norte da Argentina e em Trinidad.
Características
É um pica-pau grande e tem aproximadamente 36 cm de comprimento e 250 gramas. O macho possui a cabeça avermelhada, com uma mancha branca na base do bico e a fêmea apresenta o alto e a parte de trás da cabeça pretos e uma larga faixa branca entre os olhos e a base do bico.
Alimentação
Alimentam-se de larvas de insetos que vivem escondidos atrás de cascas de ávores mortas. Também comem frutos.
Reprodução
Assim como todos os animais, possui reprodução sexuada. Põe 2 ovos.
Hábitos
Vivem aos pares ou em grupos de até 5 indivíduos. Comum em florestas ralas de regiões campestres, capoeiras, palmais e florestas de galeria e de várzea. Fazem ninho em buracos altos nos troncos.
Esta é uma Fazenda que se propõe a ser de Eco-Turismo. Chegamos lá a princípio apenas para almoçar, mas não era possível pagar apenas o almoço, então desembolsamos os R$38,00 solicitados que incluía além do almoço, passeios pelas cachoeiras, piscina,entre outras coisas.
Apesar do lugar ser muito bonito, o que quebra um pouco o encanto é o tamanho das intervenções realizadas no curso do pequeno rio que passa pela propriedade. Ver grande parte do fundo do rio concretado, com um grande sistema de engrenagens para aumentar ou diminuir a vazão da água conforme conveniência do proprietário foi realmente chocante, assim como tomar um banho de cachoeira e sentir que seus pés estão sob um concreto e não areia ou pedra como é natural.
Acredito que é tolerável fazer pequenas intervenções para facilitar a acessibilidade de pessoas que não poderiam chegar até a cachoeira pelas dificuldades naturais existem, mas no caso, houve um exagero desnecessário, pois as obras dos homens acabaram ofuscando a beleza natural do lugar e um dia, a natureza pode cobrar o preço por tamanho desrespeito. Para uma propriedade que se julga ecologicamente correta e vende isso a seus turistas, não caiu nada bem modificar tanto assim o que a natureza fez.
A fazenda também possui, alguns animais em cativeiro, como tucano e jabuti, e ainda tem uma pequena exposição de objetos antigos que são interessantes. Apesar da decepção por tanto concreto junto a natureza, valeu a pena a visita a Fazenda, seja pelo almoço muito bom de comida no fogão a lenha ou pelo banho de cachoeira, mas a indignação com tanto concreto demorou para passar.
As maioria das imagens foram gravadas a margem da rodovia federal, BR-153 em um trecho de serra na cidade de Lupércio-SP, também conhecida como rodovia da morte, ela é famosa por seus acidentes e o pesado trânsito de caminhões. Por falar em morte, andar a beira de um precipício enorme, com caminhões passando a todo momento lá embaixo não é uma sensação mão muito agradável, é como se morte estivesse literalmente ao lado, pois um pequeno deslize em direção da rodovia, seria certamente letal.
A visão lá de cima é maravilhosa, realmente só a vista do horizonte já foi muito gratificante, mas o medo também não deu o ar da graça, pois o lugar parece querer sempre mostrar como somos vulneráveis. Assim, além da visão peculiar que o pico proporciona, ficou ainda a reflexão da fragilidade do corpo humano.
Véspera de ano-novo é dia pedalar também, por que não? E o destino foi uma bela e escondida cachoeira da Fazenda Cascata. Apesar de ser perto da cidade, a 11 km de distância da cidade de Garça-SP, ter água limpa e a cachoeira ter um ambiente agradável e uma queda de água revigorante. Nunca vi ali sinal de pessoas, alguém que tenha ido até lá ou que já tenha ao menos ouvido falar dela. É preciso dizer porém, que ela apesar de perto não é tão acessível, ainda mais atualmente, que o pasto em volta não tem mais rebanho bovino, logo, não tem mais o trio de bois para chegar até próximo a cachoeira. Só retou então ter que encarar um pasto com grama alta, difícil de pedalar e mais adiante, um um mato bem alto para atravessar, sem contar que para descer, além de ser ingrime, não tem picada, é preciso levar o mato no peito, mas sempre vale a pena a recompensa. Ainda mais neste dia, que pudemos constatar que a água da cachoeira estava limpa e cristalina, como nunca havíamos vistos. Nem precisa falar que o lugar é tranquilo, né? Mais ainda, porque, infelizmente os macacos não deram o ar da graça como da última vez que lá estivemos. Entretanto, ao menos um belo passarinho vermelho apareceu para colorir e alegrar o ambiente, tanto na entrada da mata da cachoeira quanto na saída desta, ele estava só de butuca, pousado inerte na grama, observando o seu redor. Acredito que esta ave seja um Surucuá-de-Barriga Vermelha (Trogon Curucui), mas como não sou um Ornintólogo, vai saber qual espécie é esta, pois nossa fauna é farta e normalmente, não temos a mínima dimensão de toda a riqueza animal que está a nossa volta.
Participantes do Abadá Capoeira de Garça que estavam acampados nas proximidades da cachoeira sob a tutela do respeitável professor, Julio Manzano, o Bizu, que desenvolve na cidade um belo projeto que contribui para a formação de valores humanos, éticos e ecológicos baseados no respeito, na socialização e liberdade, através da valorização da cultura brasileira. Nosso Churrasco na cachoeira acabou atrapalhando um pouco o grupo, mas ao menos tivemos a oportunidade de conhecê-los melhor em uma divertida guerra de terra.
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Dia 21/12/2012, fim de ano, época de confraternizar, assim, nada melhor do que reunir os companheiros de pedal e fazer um churrasco a beira de uma cachoeira. Apesar da ameaça de chuva, não caiu um pingo de água, e não poderia ter sido melhor, carne no ponto, cerveja trincando de gelada e uma boa conversa entre amigos. Realmente, foi um dia inesquecível que insistirá em permanecer na memória. E é sempre bom lembrar, que apesar do churrasco a beira da natureza, não deixamos nenhuma sujeira, recolhemos todo o lixo produzido e levamos para ser devidamente descartado na cidade. Também, não poderia ser diferente, seria muita sacanagem sujar a natureza que nos proporciona tantos momentos de alegria e descontração. Que 2013 seja o ano em que a bike seja ainda mais valorizada e continue a ganhar espaço tanto na cidade como na trilha, que o respeito ao meio ambiente e a uma vida mais sustentável, ganhe mais espaço, e possamos tornar a vida no planeta terra um pouquinho mais agradável, para nós, e para exuberante e esquecida natureza que nos cerca. Um feliz ano de 2013 a todos e que a paz reine no mundo.
Pedal super legal com uma galera que veio de Bauru para andar pelas matas e conhecer um pouco mais das belezas naturais da cidade de Garça-SP. Primeiro fizemos a trilha da Mata da Fazenda Igurê até chegar na cachoeira e voltamos pela trilha da represa das mesa propriedade. Depois, após um trecho de asfalto, pegamos uma estrada de asfalto até chega em uma estrada de terra do distrito de Jafa que ao fim chega em uma propriedade rural que tem uma bela vista, e várias quedas de água, e uma em especial é a Cachoeira da Geladeira, em razão de poço de água muito gelada, mesmo que no verão. O percurso total beirou os 40 Km, com direito a um extenuante, mas gratificante subida morro acima. Pois, como já diria o o saudoso poeta, tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Pedal cuja saída foi em Salesópolis-SP com destino a Caraguatatuba-SP, a descida da serra do mar foi por uma estrada de terra utilizada para manutenção da Petrobrás, esta trilha é conhecida como Estrada do Sol, e apesar de muitas descidas, também tem boas e cansativas subidas.
O percurso total foi de 71 Km, e passa por vários lugares interessantes, como um mirante que nos dá uma vista privilegiada da serra, muito embora no dia a neblina prejudicou um pouco a visão. Também passamos pelo Rio Pardo e por cachoeiras, que valem uma pausa se não for para se banhar ao menos para contemplar beleza e o clima característico da região, também passamos pela Instalações da Petrobrás.
Nos últimos kimoletros do pedal é praticamente só descida e é preciso brecar muito para poder fazer as curvas (os dedos chegam a doer), mesmo assim é possível atingir uma velocidade impressionante, chega a mais de 70 km por hora se o ciclista quiser, mas é preciso cuidado, porque apesar de passar poucos carros na estrada, não é bom dar sopa para o azar. Para recompensar todo o esforço ao final, nada como uma bela praia para relaxar músculos e mentes.
O animal foi avistado em um cafezal próximo a uma área de represa e mata ciliar na Fazenda Igurê, entre as cidades de Garça e Gália do estado de São Paulo ao final da tarde do dia 21/10/2012. O interessante foi que o animal não se amedrontou com a nossa presença, e se exibiu por um tempo, ainda bem, pois assim foi possível registrar a presença desta espécie, a dúvida é se é um Veado Bororó (Mazama Bororó) ou um Veado Mateiro (Manzema Americana). Assim, como as diferenças entre eles são tênues e sua distribuição geográfica são coincidentes, é difícil afirmar com segurança exatamente qual é essa espécie.
Este cervídeo é encontrado no que restou da mata atlântica do estado de São Paulo e encontra-se em estado vunerável de preservação pela dimuição de seu habitat natural pelo homem. Segue informações sobre as duas possíveis espécies de cervídeos que podem ser o animal registrado neste vídeo.
Rudi Arena
Nome Vugar: VEADO BORORÓ
Nome Científico: Mazama bororo
Família: Cervidae
Habitat: Ambientes de vegetação fechada, que proporcionam segurança.
Área de Ocorrência: Esta espécie é conhecida nos estados de São Paulo e Paraná, ocorrendo em áreas de Floresta Atlântica.
O veado-vermelho mede cerca de 50cm de altura e pesa em torno de 25 kg. A coloração geral é avermelhada, mais escuro no dorso, com o pescoço cinza lateralmente.
Alimentação: Alimenta-se de frutas, folhas e flores.
Reprodução: Gestação em torno de sete meses e desmame por volta dos quatro meses.
Comportamento: Normalmente é encontrado no final da tarde ou à noite.
Esta espécie é considerada a mais rara entre os cervídeos brasileiros, sendo ameaçada principalmente pela degradação do seu ambiente e pela caça.
Nome vulgar: VEADO MATEIRO
Família: Cervidae
Nome científico: Mazama americana
Distribuição: Leste do México até o Norte da Argentina
Habitat: Campos e florestas do nível do mar até 5.000m
Este é um pedal muito bom de fazer, tem boas descidas e belas vistas, passa por represas, corrégos, e próximo a vales, mas a maior parte do tempo percorremos uma trilha entre eucalíptos a perder de vista. No total foram 37 km entre Garça e Gália de diversão e suor.
Sábado, 29/09/2012, foi dia de pedalar até a antiga Igreja da Companhia Inglesa que um dia existiu em Gália-SP. Já na ida, nos deparamos com dois filhotes de cachorro que pareciam perdidos e carentes a beira da estrada de terra que leva a Companhia Inglesa, brincamos com eles e ficamos com muita pena, pois pareciam abandonados e não havia casa alguma por perto, mas o pedal precisava que continuar e seguimos em frente.
Fomos até a igreja, ao entrar, um animal voador muito barulhento veio nos recepcionar, devia ser um urubu, mas contrariando a sabedoria popular que a denomina como ave de mau agouro, desta vez, acredito que a ave trouxe sorte, pois, logo adiante, na mesma estrada de terra, tivemos o privilegio de avistar uma cena rara aqui na região, um tucano dando o ar da graça com seu longo e colorido bico.
Sem dúvida, só esta imagem já valeria o pedal, mais ainda pudemos desfrutar de outras belas imagens, como paisagens de serra, rios, gaviões carcarás, um por do sol deslumbrante e a lua, nem se fala, foi um show a parte. É por esta e por outras que pedalar de mountain bike é bom demais, permite um contato mais próximo com a natureza, o que nos proporciona reparar em detalhes que muitas vezes passam despercebidos na atribulação do dia-dia.