Cachoeira do Fundão – Serra da Canastra

Se existe algum fundo na Serra da Canastra, esse lugar só pode ser a Cachoeira do Fundão, pois ela parece estar lá no fundo mesmo, e quanto mais se aproxima dela, mais a fundo parece mergulhar na Serra da Canastra. A estrada de terra caminha em uma direção distante de tudo e de todos, é distante de todas as portarias do Parque Nacional da Serra da Canastra, e quando temos a sensação de que enfim chegamos, não, sempre é preciso seguir mais a fundo. Chegar à sede da Fazenda, não é o ponto final, pois a cachoeira mesmo, ainda é necessário andar bastante, atravessar um rio, percorrer uma estreita e alta trilha em meio à montanhas, até finalmente chegar no pé da cachoeira que já de longe já reluzia e chamava a atenção dos olhos.

Sem dúvida alguma, considero ser esta a melhor e mais bela cachoeira que eu já conheci, á água é extremamente limpa, mas também gelada, é repleta de peixinhos e possui um poço largo e bastante profundo, ao redor, as belíssimas e grandiosas montanhas fazem uma espécie de moldura para a cachoeira, como se fosse um quadro pintado minuciosamente pela generosa natureza da Serra da Canastra. Porém, tentar ficar em baixo cachoeira é tarefa quase impossível, tamanha força da queda da água.

Assim, todo o esforço e tempo despendidos para chegar lá, acabou valendo muito a pena. E, tudo isso custou módicos R$10,00 que nos foram cobrados de entrada, e ainda tivemos uma recepção bem hospitaleira e o prazer de apreciar o famoso queijo canastra com um bom café mineiro, que além de saborosos, foi muito importante para dar a energia necessária para encarar o longo pedal de volta até a cidade de São Roque de Minas. O total do percurso foi de mais de pouco mais 100 quilômetros do mais puro pedal de montanha.

Neste dia, é digno de nota a aparição de um lobo-guará que deu o ar dá graça e deixou que registrássemos uma foto. Realmente, não dá pra reclamar deste pedal que foi mais do que recompensador. Sem contar que a trilha passa pela nascente do Rio São Francisco, entre outras paisagens de tirar o chapéu. Por tudo isso, esta trilha é recomendadíssima, vale a pena fazer e conhecer a Cachoeira do Fundão encravada nas montanhas da Serra da Canastra, seja de Bike, Moto ou Carro, difícil é se arrepender depois.

Rudi Arena

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2ª Cachoeira da Geladeira (Inédita)

Se por um lado tivemos a decepção de encontrar a Cachoeira da Geladeira sem seu característico poço, por outro lado, no mesmo dia tivemos a agradável sensação de ter conhecido mais uma bela cachoeira. Esta, junta-se a outras dezenas já percorridas e registradas pelas lentes do Piramba-MTB.

Para chegar até esta queda d`água que cai de grande altitude em pedras, é preciso seguir o curso do córrego da cachoeira da geladeira sentido Marília-SP, após andar um certo tempo pelo seu leito e também pela sua margem, chegamos enfim a mais uma cachoeira localizada no município de Garça-SP. A queda fica do lado esquerdo e ainda era desconhecida por nós, apesar de já sabermos da sua existência e avistá-la de longe, demorou para conseguirmos chegar em baixo dela.

Na primeira tentativa a quantidade de teias e de aranhas era tão grande, que andar pelo rio era uma tarefa árdua e extremamente lenta, assim, achamos por bem abortar a missão. Alguns anos depois, houve a segunda tentativa, nada de teias e nem aranhas, o caminho estava livre para que pudéssemos desfrutar de um banho em uma cachoeira inédita para nós, o que foi muito gratificante, pois é sempre uma felicidade ímpar a sensação de conhecer uma nova cachoeira.

Rudi Arena

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Animal Atropelado na Rodovia SP-294

Atropelamentos de animais domésticos é muito comum nas rodovias da região, infelizmente, muitos gatos e cachorros morrerem assim, mas também animais silvestres morrem da mesma forma. Eles ficam cada vez mais vulneráveis a este tipo de ocorrência, uma vez que a diminuição progressiva de seus habitats os obrigam a buscar alimentos cada vez mais longe, próximos as rodovias e as cidades. Uma consequência de nossa forma predatória de explorar os recursos naturais e relegado a um problema de menor importância pelas autoridades.

Em um belo dia de pedal, ao retornar da cachoeira da Igurê pela represa, quando atravessamos a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros à caminho de Garça, nos deparamos com um Mamífero de médio porte atropelado, um animal peludo que nunca tínhamos visto, a pergunta que se fazia era “que bicho é esse”?

Enquanto um falou que era quati (descartado imediatamente), outro suspeitou tratar-se de um Guaxinim, também conhecido como mão pelada. Após algumas pesquisas, acredito que seja mesmo um Guaxinim, mas não há 100% de certeza. Quem souber confirmar ou indicar qual espécie seria, faça um construtivo comentário, por favor.

Rudi Arena

Cachoeira dos Escravos

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Cachoeira dos Escravos é simplesmente o pico com a vista mais incrível da região, as imagens falam muito mais do que qualquer descrição. Localizada próximo ao limite de município de Garça com Álvaro de Carvalho, porém, em território pertencente ao último.

O único problema é que para se chegar até lá, é preciso andar bastante por um asfalto sem acostamento, o que não é bem vindo para quem é chegado em andar nas pirambeiras da zona rural, mas neste caso, a recompensa é grande, sempre rende boa imagens e uma sensação agradável de sentir o vento batendo na cara de um lugar tão alto e com um horizonte tão privilegiado.

Rudi Arena

Pico do Carcará

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Há quase um ano que não íamos a esta cachoeira localizada entre o aeroporto de Garça e o bairro do São Lucas, ao lado da estação de tratamento de esgoto do SAAE, que infelizmente jorra o esgoto tratado na parte de baixo da cachoeira. Ainda bem que a gente chega na parte de cima  e assim,  podemos usufruir de uma água ainda limpa, que logo depois fica suja e mal cheirosa. Cheiro  nada agradável esse, que aliás dá para sentir da cachoeira, fora isso, é um lugar muito belo e com uma vista privilegiada.

Com o advento do horário de verão, fomos estimulados a ir até lá em pleno dia útil, pois é uma cachoeira bem próxima a cidade e ótima para se refrescar e também curtir o horizonte fascinante, onde gaviões carcarás estão sempre dando um rasante e exibindo suas belas plumagens coloridas. O nome de Pico do Cárcara não é a toa, é real, basta ir até lá que  certamente encontrará muitos ao redor.

Para  chegar até este pico, era muito fácil e rápido, bastava andar por alguns trios de bois em meio ao pasto que logo estava na cachoeira, mas desta vez para a nossa decepção, tudo mudou. Não havia um só trio ou trilha para se chegar até a cachoeira, tudo virou uma grande área de terra revirada, arada e extremamente fofa, o pneu a todo momento afundava, praticamente impossibilitando andar de bicicleta por ali, até mesmo nas descidas a bike não andava por mais esforço que fizesse.

Mesmo com toda essa dificuldade, seguimos em frente e chegamos até lá a cachoeira, mas voltar lá novamente vai demorar um pouco, cedo, pois se na ida que era descida já foi difícil, dá para imaginar como foi a volta. Em falar  em volta, nos deparamos com uma queimada em um pasto ao lado, pior foi constatar que o fogo foi colocado propositalmente, e provavelmente pelo dono da propriedade, pois fogo consumiu com exatidão o pasto e em linhas retas o que só poderia ocorrer com a utilização de líquidos inflamáveis.

Rudi Ribeiro

Bomba às Torres por Vias Alternativas – Cachoeira da União – Pico dos Tucanos

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Esta é a trilha é o puro creme da pirambeira garcense, o caminho tradicional já é repleto de piramba, que seria descer a estrada da Bomba e atravessar o morro subindo até voltar pelas torres. Porém, neste dia o percurso foi diferente, a opção foi fazer um caminho semelhante ao descer o vale da estrada da bomba e subir pelas torres, mas neste dia prefermos ir por vias alternativas, através de trilhas dentro de fazendas e não pela estrada de terra que seria o caminho natural.

Inicialmente começamos a pedalar pela estradinha de terra que tem atrás do bosque municipal e seguimos em direção ao vale que existe ali ao fundo. Só que antes descer todo o vale, é preciso pular uma cerca a esquerda e seguir em direção ao rio que existe ali perto. Ao chegar no leito do rio,  é preciso descer rio abaixo até logo chegar na 1ª cachoeira da união, local ótimo para se refrescar e curtir do alto e bela visão da 2º Cachoeira da União.  A pausa foi curta, pois o pedal não pode parar, assim seguimos em frente e fomos pedalando pelos pastos e morros à margem esquerda da estrada da bomba para quem vai descendo, passando pelo Pico dos Tucanos , uma represa, muito pastos, fragmento de mata, brejos, para enfim chegar ao córrego do barreiro.

Então o ponto mais desgastante da trilha apareceu, ter que subir morro acima o vale da Bomba1  do SAAE, após uma curta, mas extenuante subida carregando a bike nas costas, demos no fundo da fazenda Paneira cujo acesso é pela estrada de terra do bairro rural São José. Daí em diante, tudo ficou mais fácil e familiar,  voltamos passando pelas torres e depois pegamos a estrada de terra da Adrianita. Mais um pedal diferente e com a cara do PirambaMTB, os mais de 30 km percorridos dão impessão de ser bem mais longo, pois o cansaço é inerente a esta trilha,  porém, a paisagem ao redor e as descidas alucinantes em trios de bois, recompensa cada gota de suor derramada.

Rudi Arena

Cascatinha (31/12/2012)

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Véspera de ano-novo é dia pedalar também, por que não? E o destino foi uma bela e escondida cachoeira da Fazenda Cascata. Apesar de ser perto da cidade, a 11 km de distância da cidade de Garça-SP,  ter água limpa e a cachoeira ter um ambiente agradável e uma queda de água revigorante. Nunca vi ali sinal de pessoas, alguém que tenha ido até lá ou que já tenha ao menos ouvido falar dela. É  preciso dizer porém, que ela apesar de perto não é tão acessível, ainda mais atualmente, que o pasto em volta não tem mais rebanho bovino, logo, não tem mais o trio de bois para chegar até próximo a cachoeira. Só retou então ter que encarar um pasto com grama alta, difícil de pedalar e mais adiante, um um mato bem alto para atravessar, sem contar que para descer, além de ser ingrime, não tem picada, é preciso levar o mato no peito, mas sempre vale a pena a recompensa.  Ainda mais neste dia, que pudemos constatar que a água da cachoeira estava limpa e cristalina, como nunca havíamos vistos. Nem precisa falar que o lugar é tranquilo, né? Mais ainda, porque, infelizmente os macacos não deram o ar da graça como da última vez que lá estivemos. Entretanto, ao menos um belo passarinho vermelho apareceu para colorir e alegrar o ambiente, tanto na entrada da mata da cachoeira quanto na saída desta, ele estava só de butuca, pousado inerte na grama, observando o seu redor. Acredito que esta ave seja um Surucuá-de-Barriga Vermelha (Trogon Curucui), mas como não sou um Ornintólogo, vai saber qual espécie é esta, pois nossa fauna é farta e normalmente, não temos a mínima dimensão de toda a riqueza animal que está a nossa volta.

Rudi Arena