O Rio Aguapeí, e popularmente conhecido como Rio Feio, nasce em Gália, próximo a Rodovia SP-294, seu principal afluente é o Rio Tibiriçá, que por sinal, também nasce em nossa região. Ele é um dos rios de maior extensão do Estado de São Paulo são aproximadamente 420 km até desaguar no Rio Paraná. Em todo seu percurso, corre aproximadamente paralelo ao Rio Tietê, que se localiza ao norte.
Neste dia, imagine uma estrada com areia, mas muita mesmo, como havia uma uma semana sem chuva, o areião no caminho era certeiro, acredito que esta seja a estrada com o pior areião da região, e logo atrás vem as estradas da 09 de Julho e Corredeira que também possuem uma camada de areia bem considerável. Por isto, cada quilometro pedalado pareça ser o dobro, a bicicleta perde a tração, e é preciso muita força e técnica para permanecer pedalando, mesmo assim, há trechos que fica quase impossível não descer da bike e seguir empurrando. Recomendo este pedal, mas é preferível ir depois de uma chuva, caso contrário, é sofrimento na certa.
No total, são aproximadamente 70 km de ida e volta até o pontilhão do Rio Feio, o acesso é pela estrada do Bairro São José. Um pouco antes de chegar ao rio, tem início um trecho de serra, com descidas bem acentuadas e belas paisagens ao redor, um prato cheio para quem gosta da adrenalina e também de contemplar a natureza. Na volta, nos deparamos com uma bela e intrigante espécie de aranha que estava imóvel, porém, parecia estar em estado de ataque ou defesa, pois duas de suas patas dianteiras estavam levantadas de forma ameaçadora.
Seguimos em frente, de noite, e com algumas baixas pelo caminho, alguns por razões de condições físicas ou por problemas com a bicicleta, acabaram aderindo ao carro de apoio que acabou sendo providencial. Chegar em Garça, parecia seu um grande troféu para quem quem continuava a pedalar, o cansaço era evidente após dezenas de quilomêtros percorridos e e de encarado muito areião pelo caminho, eu mesmo pensei em desistir por um momento, quando câimbras ameaçaram atacar minha perna. Apesar das dificuldades, ainda chegamos em 05 ciclistas ao final, tomar um banho, alimentar-se e descansar era tudo que queríamos naquele momento.
Trata-se do lugar mais isolado de nossa região, são raros os carros que passam por ali, não há nenhuma venda pelo caminho, e nem casas próximas à estrada. Chama a atenção também como muda a agricultura estabelecida nesta parte rural, há grandes plantações de laranjais por toda parte, o que mostra que a produção agrícola de Garça e região não vive apenas do café, além da laranja, também existem outras plantações, como de macadâmia, seringueiras, eucaliptos, árvores frutíferas, até mesmo de palmito pupunha, entre outras, o que mostra a diversidade do meio rural que muitos moradores da cidade ainda não tomaram conhecimento.
Rudi Arena