A incrível Cachoeira da Coruja.

Local de beleza cinematográfica localizado em Garça.

Por que Cachoeira da Coruja?

Esse local fica em propriedade particular e a escolha desse nome veio em homenagem a esse animal incrível que estampa uma das camisas do Piramba. Essas aves são exímias caçadoras, utilizam seus olhos aguçados e seu voo silencioso para dominar o ambiente. Para a cultura grega é símbolo de sabedoria.

Além disso, a intenção é manter a localização em segredo para evitar visitantes sem autorização do proprietário.

Saímos de Garça em torno das 3 horas da tarde do dia 15 de janeiro de 2022. A previsão do tempo era que haveria chuva.

Pouco antes da saída havia muitos trovões mas, partimos mesmo assim. Se por ventura chovesse abortaríamos a visita a cachoeira.

Dica Importante:

Toda vez que se pretende visitar locais de natureza e cachoeiras é muito importante observar as condições do tempo.

Com chuva se torna bastante perigoso em cachoeiras as conhecidas “trombas d’águas” ou “cabeças d’águas”, que é quando o rio recebe grande quantidade de água e acaba quase que “transbordando” levando consigo muitos resíduos como galhos, pedras e etc.

Além disso, dependendo da quantidade de dias de chuva anteriores a visita do local pode haver deslizamentos e até deslocamento de rochas. Algo que infelizmente aconteceu recentemente em Capitólio vitimando muitas pessoas e que, poderia ser evitado se tomados os devidos cuidados.

Mesmo que o tempo não marque chuva é importante prestar atenção no volume da água da cachoeira e da queda d’água. Qualquer alteração no volume é indicativo de tromba d’água. Nesse caso, o ideal é sair do local o quanto antes e procurar um local seguro.

Feito esse parêntesis, o pedal foi bastante curto. Com menos de 10 quilômetros percorridos beirando a Rodovia da Comunidade chegamos a propriedade. O Segurança franqueou acesso e os experientes pirambeiros Fausto e Rabicó acharam com muita facilidade a primeira queda após amarrarmos as bikes num tembé.

A primeira queda tem que ser acessada pelo lado direito e havia até uma corda amarrada em uma árvore. A primeira cachoeira possui em torno de 10 metros.

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Nos banhamos e depois seguimos pelo rio até a segunda queda que também possui uns 10 metros de altura.

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Mas, o que mais chama atenção é uma terceira queda já na beira de um enorme precipício. A vista é impressionante.

A quarta queda seguramente deve mais de 30 metros de altura.

Sinceramente eu desconheço um local de beleza tão impar como a Cachoeira da Coruja. Isso porque são muitas quedas em locais tão próximos e com belezas tão distintas.

O próprio visual do topo da cachoeira para o vale é de tirar o folego. Do lado direito emerge um grande paredão e a frente uma mata imensa preservada.

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Fica agora o desejo de chegar embaixo dessa imensa cachoeira. O que não deve ser tarefa fácil.

Ao final voltamos de bike em êxtase por essa nova cachoeira (ou novas cachoeiras) passando por milhares de pés de cafés num dia que jamais sairá de nossa memória. Cada vez mais Garça nos surpreende com suas belezas naturais.

Quase perdemos o PirambaCopter

O PirambaCopter é um drone Dji Spark e levamos ele em todos os pedais para principalmente registrar as cachoeiras e picos por um ângulo diferente que fazíamos antes. Com ele pudemos gravar já muitas cachoeiras.

Porém, como esses locais o sinal de gps é muito fraco e, as vezes até inexistente é preciso voar com ele no modo manual, ou seja, é preciso estar sempre mantendo o contato visual com o drone porque as funções de segurança dele (como o return-to-home – quando o drone retorna para o local de onde iniciou o voo) ficam desligadas.

Ao tentar gravar essa imensa queda (ainda consegui registrar parte dela como se vê no vídeo) mas, ele simplesmente parou de responder aos comandos no controle e foi levado com o vento. Ai bateu o desespero. Já nem o enxergava mais.

Fui até um local para tentar localizar e do nada ele se reconectou. Com muita calma fui trazendo ele até ao topo da cachoeira novamente. Quando percebi que haveria um espaço entre as árvores tentei pousá-lo. Ele bateu em um galho e caiu para dentro da cachoeira em um local seco. Ufa. Foi por pouco dessa vez.

Tivemos muita sorte. No próprio manual do Drone é desaconselhável fazer o que foi feito. Ele acaba se “confundindo” porque decola de 2 metros, e ao ser levado ao lado de uma queda de uns 30 metros o seu sensor de altura pode não funcionar corretamente mais. Somado ao fato de voar sem o sinal de gps. É realmente bastante arriscado.

Vicente Conessa.

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