Estava lá em um dia alegre a explorar as pirambeiras da zona rural de Garça, mais precisamente a trilha iniciou na Fazenda Estrela, à margem esquerda da estrada de asfalto para Alvinlândia, quando já ao final, de repente, não é que aparece do nada um animal muito rápido, e logo saco a máquina, mas como registrar a imagem? Fotografar ou filmar? Optei pela segunda opção, pois corria o risco de tirar uma foto, ficar ruim, e depois o bicho escafeder-se e ficar sem nada.
O animal lembra um pouco o furão, comprido, ágil, cortava o mato com facilidade, tudo leva a crer que trate-se de uma espécie de mustelídios comum em nossa mata atlântica. Já havia avistados este animal outras vezes, mas nunca registrado, ótimo para comprovar que nossa fauna mora ali do lado, e tem animais que muitos duvidam que existem por perto. É, mas logo ali, habitam, macacos, jaguatiricas, tucanos, veados, esquilos, cascavel, aranha caranguejeira, tamanduás, lagartos, capivaras, estes são uns dos sortidos e coloridos animais já vistos e registrados pedal a fora pelo Piramba MTB, mas a lenda, a onça parda que habita nossa região e o imaginário popular, esta mesmo nunca tive o privilegio de ver, apesar do relatos de avistamento na região.
Para conhecer um pouco mais sobre esse quase vizinho que ronda nossas redondezas, segue informações sobre a espécie Irara, extraídas do Wikipedia*:
“A irara (Eira barbara) é um animal onívoro da família dos mustelídeos. É a única espécie do gênero Eira. Tem um aspecto semelhante ao das martas e fuinhas, podendo atingir um comprimento de 60 centímetros (não incluindo a cauda). As iraras habitam as florestas tropicais da América Central e América do Sul.
A irara é também conhecida no Brasil pelos nomes de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos, e jaguapé. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamada cabeza de cejo, que significa “cabeça de velho”. Sem dúvida, é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar “humano”.
Descrição
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é uma parente da marta. Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil: suas habilidades manuais ficam evidenciadas na captura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma, ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas traseiras e a cauda e, com as patas dianteiras, vai girando a fruta até que a mesma se solte do caule. As palmas de suas patas são lisas, as garras são parcialmente retráteis e as articulações de suas pernas lhe permitem virar as patas para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. São solitárias, mas podem ser vistas aos pares. Costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos e até cutias. Os filhotes nascem cegos e inteiramente cobertos de penugem negra. São facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar”.
* Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Irara